sábado, 2 de abril de 2016

Os direitos de todos na Constituição

A Constituição da República Portuguesa 
completou  40 anos 


Direitos de todos

1) Todos têm direito, nos termos da lei, à informação e consulta jurídicas, ao patrocínio judiciário e a fazer-se acompanhar por advogado perante qualquer autoridade.
2) Todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objecto de decisão em prazo razoável e mediante processo equitativo.
3) Todos têm direito à liberdade e à segurança.
4) Todos têm direito ao trabalho.
5) Todos têm direito à segurança social.
6) Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
7) Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
8) Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.
9) Todos têm direito à educação e à cultura.
10) Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.
11) Todos têm direito à fruição e criação cultural, bem como o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural.
12) Todos têm direito à cultura física e ao desporto.

Sobre o radicalismo islâmico

Crónica de Anselmo Borges 

«Só um Estado não confessional 
pode garantir a liberdade religiosa de todos»

1. Face aos ataques terroristas que se têm multiplicado, a condenação tem de ser inequívoca. O próprio Papa Francisco não tem poupado nas palavras: "Violência cega dos atentados", "estes cruéis actos abomináveis, que só causam morte, terror e horror", "a violência e o ódio homicida só conduzem à dor e à destruição", "atentado execrável", "crime vil e insensato"...
Depois de tudo quanto foi dito e escrito, não sei o que poderia acrescentar, mas há uma questão que não pode ser evitada: se há relação ou não entre o islão e a violência. Como disse Michael Walzer, consciência crítica da esquerda americana, à revista Philosophie Magazine (Fev. 2016), "são muitos os intelectuais de esquerda que, preocupados com evitar toda a acusação de islamofobia, não ousam qualquer crítica ao islamismo radical. Preferem insistir no facto de que a causa do fanatismo religioso não é tanto a religião como a opressão do imperialismo ocidental e a pobreza que criou. Não é completamente falso. O Daesh não teria nascido no Iraque sem a invasão americana em 2003. No entanto, o Califado não é produto dos Estados Unidos, mas fruto de um retorno do religioso, hostil aos valores ocidentais."

O Ressuscitado entra em nós pelos sentidos

Reflexão de Georgino Rocha

«Jesus sai ao encontro 
de quem vence preconceitos 
e se põe a caminho 
na mais maravilhosa aventura espiritual»

Jesus ressuscitado continua a surpreender, a provocar encontros que rasgam novos horizontes de vida, a aproveitar as mais diversas circunstâncias para atestar a sua presença real no meio de nós. E o evangelista João, por meio da comunidade a que deu origem, faz a narração de modo belo e eloquente.
O medo fechava o coração dos discípulos e ameaçava matar toda a esperança. O desânimo e a inquietação provocaram um vazio de pasmo angustiante e forçaram-nos a trancar-se na sala da casa onde se encontravam. A lembrança dos últimos acontecimentos agravava a situação sofrida: a morte do Mestre, a hipótese provável de lhes acontecer o mesmo, a debandada e a procura de esconderijo, o encarar um futuro sem saída airosa e consistente.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Imagens com Memória

Exposição de Fotografias Antigas 
no Centro Cultural de Ílhavo


“Imagens com Memória” é uma exposição de fotografias antigas patente no Centro Cultural de Ílhavo, tendo sido inaugurada no dia 28 de março. Trata-se de uma iniciativa integrada nas comemorações do Feriado Municipal de Ílhavo, com organização e dinamização do Centro de Documentação.
A mostra, constituída por imagens, postais, gravuras, ilustrações, pinturas e vídeos, contou com a participação de munícipes que aceitaram associar-se ao projeto e pode ser visitada até ao dia 17 de abril. A partir do dia 19 do mesmo mês, a exposição será apresentada, pelas 21h15, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, no âmbito do XV aniversário da elevação da nossa terra a cidade.

Fonte: CMI

quinta-feira, 31 de março de 2016

Notas do Meu Diário: Cuidar dos pais


Não tenho a felicidade da presença física dos meus pais. Morreram há muito, mas no meu espírito eles sentam-se ao meu lado, riem e gracejam, choram e comovem-se, ralham e ficam calados. Vezes sem conta vi os seus olhos fixos nos meus e ouvidos atentos ao que eu dizia. E o contrário também é verdade. 
Vem isto a propósito de uma crónica de Laurinda Alves publicada no Observador, intitulada "Quero continuar a ser a filha dos meus pais". Recomendo  leitura. E recomendo porque nem sempre se olha para os pais idosos com o carinho que eles merecem e necessitam. Ouvem-se desculpas com o trabalho, falta de tempo, falta de dinheiro, falta de espaço em suas casas, etc. Contudo, conheço famílias que nos dão lições de dedicação a quem tanto deu  aos filhos,  netos e à comunidade. Ler a crónica de Laurinda Alves aqui. 

Deambulando pela Figueira da Foz

Forte de Santa Catarina em dia de feira Medieval
Entrada na Marina
Barquinho na Marina
História na cidade
Mãe vigilante no Jardim Municipal
Gaiteiros na Feira 
Desfile Medieval
Burros para a arte de bem cavalgar toda a sela
Carrossel a pedais 

quarta-feira, 30 de março de 2016

De regresso ao trabalho


Depois do regresso, as arrumações. Gosto de mudar de ares como de mudar o que me cerca. Às vezes arrependo-me e volto à posição inicial. Amanhã, se Deus quiser, estarei em posição de atualizar os meus blogues e de apostar no arquivo de papelada avulsa. É que frequentemente não consigo descobrir o que pretendo. 
Confesso que andava com saudades da minha tebaida. Noutro sítio, sinto-me como peixe fora de água. Nem respiro bem nem sei concentrar-me. Canso-me depressa fora da minha casa.
Ana Maria Lopes anunciou hoje no seu blogue o 4.º aniversário do Ciemar a celebrar no Museu de Ílhavo, sábado, 2 de abril, pelas 17 horas,  enquanto evocou Bernardo Santareno e o seu livro “Nos Mares do Fim do Mundo”, com estórias de tripulantes de navios bacalhoeiros, colhidas durante 12 meses nos bancos da Terra Nova e da Gronelândia. Tanto bastou para reler nacos deliciosos da prosa daquele escritor, que também foi médico no Gil Eanes. Vai sair uma nova edição do livro “Nos Mares do Fim do Mundo”, melhorada, segundo li no Marintimidades.


terça-feira, 29 de março de 2016

"Tempos de Pesca em Tempos de Guerra"

Um livro de Licínio Amador


"Tempos de Pesca em Tempos de Guerra", que ainda não li, mas cujo teor conheço por informações do autor, diz muito a muita gente da nossa terra e região, por abordar um assunto que não pode cair no esquecimento. Trata este trabalho do afundamento do “Maria da Glória”, onde pereceram alguns gafanhões, entre outros. Também se salvaram alguns, e de todos, os que morreram e os que sobreviveram, dá nota Licínio Amador, um ilhavense apaixonado pela temática marítima. Sei do seu esforço para se documentar sobre aquele naufrágio provocado, em tempos da Segunda Guerra Mundial, por um submarino alemão, que não respeitou a posição neutral de Portugal naquele conflito bélico de grande e dolorosa dimensão.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Será possível ressuscitar a Europa?

Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO


«O que importa 
é a ressurreição da Europa. 
Como? Veremos.»

1. Não tenho nenhuma competência para me juntar à torrente de discursos sobre os modos de enfrentar os actuais movimentos terroristas, quer nos seus desígnios globais, quer europeus. Destaco a lucidez do Editorial do PÚBLICO [i]:Enquanto se financiar sem limites, o terrorismo continuará a matar. É preciso secar-lhe as raízes.
É sempre possível dizer que as raízes do terrorismo não são financeiras e que o dinheiro, sempre à disposição, é apenas um recurso instrumental. Seja como for, as discussões sobre as suas raízes metafísicas, sociais, éticas e religiosas não podem servir para esquecer a urgência em lhe cortar as bases e os percursos financeiros. Haverá vontade firme de executar esta operação, quando os bem conhecidos circuitos do comércio de armas e de seres humanos continuam, ano após ano, à solta, a crescer e a matar?

domingo, 27 de março de 2016

Notas do Meu Diário: Figueira da Foz


Forte de Santa Catarina 
A Figueira estará a mudar? Penso que sim. Há anos, nas férias da Páscoa, a Figueira da Foz era positivamente invadida por turistas nacionais e estrangeiros. Não tenho dados estatístico, mas é essa a minha perceção. Os restaurantes não enchem, o trânsito flui com regularidade, os estacionamentos não oferecem dificuldades. Junto da minha residência, nas Abadias, tudo parece calmo. Os apartamentos não dão sinais de moradores. 
Num restaurante que costumo frequentar, uma responsável dizia, para quem a queria ouvir, que o turismo tem merecido pouca atenção dos autarcas. Daí, dizia, o reduzido afluxo de visitante.
Este fim de semana, contudo, a Feira Medieval, que decorreu junto ao Forte de Santa Catarina, com tendas a condizer, desde artesanato a “cousas para beber” e comer, ofereceu alguma animação à cidade. Registos históricos, música, danças, gente vestida à moda de tempos de há séculos, burros de carga para miúdos aprenderem a arte de bem cavalgar toda a sela, teatro e cenas do quotidiano da Idade Média. 
Também por lá passámos, não para matar saudades, que somos desta época da União Europeia, agora de crise económica, social e política, mas que outrora se massacrava com guerras intestinas, com razões complicadas para o entendimento do pensar dos nossos dias. Se calhar, as mesmas razões dos conflitos de hoje, pautadas por interesses pessoais, regionais, invejas, ódios, vinganças, ânsia de poder, “glória de mandar” e “vã cobiça”, da tal  "vaidade a que chamamos fama”, como disse Camões.

Páscoa de 2016

RESSURREIÇÃO

Garantia de eternidade


Ressurreição é primavera florida, é vida nova renovada e renovadora, é alegria contagiante, é renascimento sempre desejado, é início da era cristã, é porta que se abre à partilha, é bondade libertadora, é projeto de mudança, é reconciliação com o outro, é anúncio de paz universal, é ânsia de fraternidade, é escolha de caminhos que conduzem a portos de abrigo, é luz que ilumina sem cessar, é partida para rumos sadios, é meta de ternura a alcançar, é conquista do amor no dia a dia, é sentido de proximidade com todos, é descoberta de horizontes mais largos, é atingir o cume da montanha, é experiência de perdoar a cada momento, é garantia de eternidade.

Notas do meu Diário: Cumpri o prometido


No meio do mundo, consegui fazer o jejum da penitência. Não foi de todo fácil ignorar os ódios dos terroristas nem dos que sofrem as consequências desses ódios anunciados como de um Deus que dizem ser também o nosso. Não é nem pode ser. Gosto do  Deus que descobri nos alvores da minha juventude, que não do que senti em menino. Este era de barbas brancas, carrancudo, com o dedo especado a indicar-nos o fogo do inferno por tudo e por nada. Depois, muito mais tarde, veio o Deus do perdão, do caminho, verdade e vida partilhada. E agora, com o Papa Francisco, temos o Deus da Misericórdia que enfrenta barreiras anacrónicas dos que não aceitam a bondade infinita do Senhor Todo Poderoso. E da bondade infinita deste Deus já gosto muito mais…

Páscoa de 2016

O Coelhinho da Páscoa

Crónica de Maria Donzília Almeida


Num dia cinzento e frio, 21 de março, o GTUS (Grupo de Teatro da Universidade Sénior) levou brilho e magia a um grupo de criancinhas dos jardins-escola da cidade de Ílhavo, com a dramatização da história do Coelhinho da Páscoa, ali no seu Museu Marítimo.
No imaginário das crianças, a entrega dos ovos de chocolate é feita por um coelho de olhos vermelhos e pelo branquinho. Como se trata de uma historinha ternurenta, passo a transcrevê-la sucintamente.
Perto da casa do Menino Jesus, um passarinho construiu o seu ninho. Todas as manhãs, Jesus era acordado pelo alegre chilrear da avezinha.
Certa manhã, porém, Ele foi acordado pelo piar aflito do passarinho. Jesus espreitou e viu que a mamã passarinho chorava inconsolável, pois a raposa havia roubado os seus ovinhos.
O menino Jesus ficou triste e saiu pela floresta, pedindo aos bichos que passavam que o ajudassem a encontrar os ovinhos roubados.
—Gatinho, queres ajudar-me a encontrar os ovos da mãe passarinho?
—Não posso Jesus. A minha dona encarregou-me de caçar um rato que lhe rouba queijo todas as noites.

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