sábado, 25 de agosto de 2018

Diácono Augusto Semedo já está no regaço maternal de Deus





O diácono permanente Augusto Semedo já está no regaço maternal de Deus. A notícia chegou-me hoje [24 de agosto]. As mortes de familiares e amigos são sempre inesperadas. Caem sobre nós como alertas de que a vida terrena é mesmo  finita. Para os crentes, como eu, a vida continuará em Deus, que nos acolhe como filhos prediletos, na certeza de que o Pai Todo Poderoso “perdoa sempre, perdoa tudo”, no dizer, em jeito de lembrança, do Papa Francisco. 

O Augusto Semedo estava doente. Foi atingido por um AVC que lhe limitou os movimentos, sem lhe afetar a capacidade de falar, de refletir e de partilhar ideias e sentimentos, com uma lucidez digna de registo. Sucumbiu, para mim e para outros, de forma repentina, neste agosto que registaremos como o mês da sua partida para a felicidade em Deus, onde se lembrará de cada um de nós, como nós haveremos de manter viva, para sempre, a sua bondade para com todos. 

O Semedo, como o tratávamos, marcou-me profundamente como colega de curso e de trabalho no Diaconado Permanente da Diocese de Aveiro, ao longo de mais de 30 anos. Para mim, o diácono Augusto Semedo era o melhor de todos: Generoso no servir, culto na hora de esclarecer, humilde no momento de se dar aos outros, fervoroso na oração, aberto ao espírito vicentino sem dia e hora marcados, compreensivo na troca de ideias, alegre nos convívios fraternos. Era, realmente, um Rosto de Misericórdia, no dizer justo e oportuno do padre Georgino Rocha, como se lê no seu mais recente livro “Rostos de Misericórdia – Estilos de Vida a Irradiar”. 

As minhas sentidas condolências a toda a família e amigos. 

Fernando Martins

O equívoco da fé "na" Igreja

Anselmo Borges


1.É de A. Loisy um dos ditos que, desde o seu pronunciamento, no início do século XX, mais animaram o debate teológico: "Jesus anunciou a vinda do Reino de Deus, mas o que veio foi a Igreja." E é um dito decisivo também para a compreensão em profundidade da tragédia da pedofilia por parte do clero.
Quando se recita o credo (a síntese da fé cristã), é necessário estar prevenido contra possíveis alçapões. Vejamos. Diz-se: "Creio em Deus Pai, em Jesus Cristo, no Espírito Santo." Em português também se diz "Creio na Igreja una, santa, católica", como se esta estivesse ao mesmo nível de Deus. Realmente, não pode ser nem é assim. Aliás, o latim faz a distinção essencial, pois diz: "Credo in Deum..."; porém, não diz "Credo in Ecclesiam", mas "Credo Ecclesiam". A diferença essencial está naquele "in": Creio "em" Deus, o que significa: entrego-me confiadamente a Deus, mas não creio "na" Igreja; o que lá está é: em Igreja, isto é, fazendo parte da Igreja como comunidade de todos os baptizados, creio em Deus, em Jesus e espero a vida eterna...
Como habitualmente se coloca tudo no mesmo plano, dizendo "creio na Igreja", é fácil interiorizar a ideia de que se acredita na Igreja enquanto instituição, e instituição divina, com todos os enganos e desastres que se sucedem.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

FICAR COM JESUS POR DECISÃO LIVRE

Georgino Rochs

O discurso do pão da vida atinge o auge, no desabafo de Jesus, que João formula na pergunta dirigida aos Apóstolos: “E vós também quereis ir-vos embora?” A sinceridade denota um sabor de amargura. A preocupação manifesta um receio fundado. O risco é evidente e virá a ser concretizado na paixão. A circunstância, aliada ao tom da voz e ao brilho do olhar, provoca a resposta eloquente de Pedro: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Jo 6, 60-69.
“Quando se vive esta união com Jesus (tal era o caso de Pedro e dos discípulos que ficaram com Ele), as crises de dúvidas e obscuridades se superam. A força do Espírito faz-se força em nossa vida… É a vida que se caracteriza pela firmeza em ir na vida como foi Jesus e pela transparência de quem não tem nada a dissimular”, afirma J. M. Castilho, no seu comentário ao episódio de Cafarnaúm.
Jesus e Pedro surgem como o rosto pessoal da relação com Deus. Constituem as duas faces da realidade mais profunda da consciência: acolher a oferta, dar-se em liberdade; escutar a palavra, abrir-se à verdade; identificar o dom e fazer-se doação. Por isso, afirma João Paulo II: “A fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade”. O Papa propõe, na encíclica Fides et Ratio (Fé e Razão), uma belíssima e fundamentada reflexão sobre a verdade, questão central da vida humana e da história da humanidade.

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