sábado, 27 de agosto de 2022

Formação Sinodal — Nó górdio da Igreja

O nó górdio da Igreja está no desafio de desatar os nós da instituição para lançar as pontes de união indispensáveis para vivermos em comunhão missionária. Esta dinâmica passa necessariamente pela formação sinodal como tem sido atestado pelos relatos diocesanos.
“Que é isso? Questiona um canonista que com a sua jurisprudência se apressa a fazer uma leitura do que acontece na Igreja e acrescenta: Não se fala disso nem se manifesta alguma curiosidade.
Realismo? Distância crítica? Outras hipóteses são possíveis. Assumo neste artigo os relatos dos mencionados autores e proponho-me fazer um espécie de retrato da situação.

Renovar e restaurar a esperança

Salman Rushdie e o diálogo inter-religioso

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

1 - Em 2006, realizou-se, em Santa Maria da Feira, o V Simpósio "Sete Sóis Sete Luas", que teve como tema "Qual é o Deus do Mediterrâneo?" Foram conferencistas Salman Rushdie, Cláudio Torres e eu próprio. O debate, moderado por Carlos Magno, durou quatro horas, com uma assistência atenta, que esgotou todos os lugares disponíveis da auditório da Biblioteca Municipal.
Evidentemente, a figura central era Salman Rushdie contra quem tinha sido lançada em 1989 pelo ayatollah Khomeini uma fatwa, isto é, um decreto religioso, condenando-o à morte por blasfémia. Trinta e três anos depois, no passado dia 12 de Agosto, Rushdie foi esfaqueado, quando se preparava para uma palestra em Nova Iorque. O atacante é Hadi Matar, um homem de 24 anos, de origem libanesa. A fatwa nunca foi levantada e havia até um prémio de mais de 3 milhões de dólares para quem assassinasse o acusado de blasfémia por causa do livro Os Versículos Satânicos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Teatro Aveirense tem nova imagem

O Teatro Aveirense acaba de lançar a sua nova identidade gráfica. A nova imagem representa uma mudança na forma de comunicar, estando presente em todos os suportes de divulgação da sua atividade.

Festa de Nossa Senhora da Nazaré

Na Gafanha da Nazaré, já se respira o ambiente da tradicional festa em honra da nossa padroeira, Nossa Senhora da Nazaré, que se celebra no último domingo de Agosto. Suspensa durante dois anos, por força da pandemia, volta este ano para alegria dos devotos de Nossa Senhora e dos que vivem com prazer os momentos festivos.
O dia principal será no domingo com Eucaristia, às 10h30, na Igreja Matriz, e procissão, à tarde, às 16h30.  Uma hora antes há desfile de bandas na avenida José Estêvão.
A noite de domingo vai ser  animada por Quim Barreiros.
As festas são uma necessidade dos homens e mulheres, jovens e menos jovens, de todos os tempos. Servem para animar  e promover a alegria das pessoa, afugentar o stresse, esquecer canseiras e  trabalhos duros e criar laços de proximidade e  fraternidade. Vêm de tempos ancestrais, muitas herdadas de diversas civilizações. 
Em Portugal, realizam-se à sombra de padroeiras e padroeiros das paróquias e de outros santos e santas da agenda católica. Normalmente, acontecem no Verão. 
Presentemente, o povo de todas as idades e culturas participa em festas, com as mais variadas origens, de música, teatro,  danças e cantares, folclore e etnografia. Contudo, as tradições mais antigas continuam a manter-se.

Dia Mundial do Cão

A Lita com o Totti e a Tita

Celebra-se hoje o Dia Mundial do Cão, em homenagem ao animal de estimação mais fiel ao ser humano. Diz-se que terá sido o primeiro animal a ser domesticado pelo Homem. Não faltam provas da sua lealdade e do prazer que sente em estar junto dos humanos. E quando é abandonado ou se perde, não descansa enquanto não descobre o caminho de regresso à casa onde se sentiu mais feliz. Há imensas provas da sua lealdade a quem lhe abriu as portas e dele tratou.
Pela nossa casa, passaram e viveram diversos caninos, mas os dois últimos, o Totti e a Tita, foram os que mais nos amaram. Escrevo a palavra amaram porque não encontro outra que traduza a sua dedicação e lealdade a todos os membras da família.
Foi a Lita quem os educou desde que entraram na nossa casa. E com a morte natural deles, não encontrámos coragem para os substituir. Não há um ditado que diz "Quanto mais conheço os homens mais gosto dos cães"?

Um exercício interessante


Jesus convida-te: Amigo, vem ocupar o teu lugar

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXII do Tempo Comum

Na comunidade de Jesus, as atitudes devem ser diferentes, convergindo, todas, na humildade e na verdade, na gratuidade e no amor desinteressado, na atenção preferencial e delicada ao esquecido e abandonado.

Este apelo-convite surge na parábola do banquete, narrada por Jesus, na conversa, à mesa, com um fariseu que o havia convidado a tomar uma refeição em sua casa. Constitui uma espécie de resposta às atitudes dos comensais que buscam os primeiros lugares, sinal ritual da importância social e religiosa de cada um. Serve de contraponto e realça valores fundamentais a quem pretende ser discípulo e fazer parte da comunidade dos que o seguem. Lc 14, 1. 7-14.
“Jesus contrapõe à conduta regida pela lei da reciprocidade comercial – dou-te se me dás… e para que me dês também – a atitude da generosidade gratuita. Esta é a do discípulo: amar a fundo perdido. Jesus quer que os discípulos colaborem na construção do Reino para ir forjando o mundo mais humano e fraterno querido por Deus”. J. Casanova, Homilética 495, Ano C.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Poliedro Pastoral


O sonho de uma Igreja missionária capaz de construir pontes e não muros, pode refletir-se através de uma figura apresentada pelo Papa Francisco: o poliedro… Esta figura orienta-nos para saber que ser Igreja em saída significa ir em busca de todas as partes, a fim de uni-las no poliedro, arquétipo de construção social. Por isso é necessário assumir o desafio a converter o olhar e o método de interpretar a realidade a uma dimensão sistémica da vida. Cardeal Tolentino, SNPC 2.08.2022.

FÉRIAS — Museu Municipal de Ílhavo

 

Como sugestão de férias, aconselho  o Museu Municipal de Ílhavo, onde há muito que apreciar. E quando lá for faça perguntas ou leia as legendas do que está exposto. 

Há tempo para tudo

Neste mundo, tudo tem a sua hora, 
cada coisa tem o seu tempo próprio

Tempo de paz


Há o tempo de nascer e tempo de morrer;
o tempo para plantar e o tempo para arrancar;
o tempo para matar e o tempo de curar;
o tempo de destruir e o tempo de construir;
o tempo de chorar e o tempo de rir;
o tempo de estar de luto e o tempo de dançar;
o tempo de atirar pedras e o tempo de as juntar;
o tempo de se abraçar e o tempo de se afastar;
o tempo de procurar e o tempo de perder;
o tempo de guardar e o tempo de deitar fora;
o tempo de rasgar e o tempo de coser;
o tempo de calar e o tempo de falar;
o tempo de amar e o tempo de odiar;
o tempo de guerra e o tempo de paz.

(Ecl 3. 1- 8)

Em  Bíblia para todos - Edição literária 

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

A nostalgia faz bem à saúde

«Nos últimos anos, mais de uma dúzia de estudos analisaram o poder predominantemente “positivo” e “restaurador” da nostalgia, definindo-a como um “tampão” contra a instabilidade emocional e um “importante recurso para manter e promover a saúde psicológica”»

Afinal, a nostalgia faz bem saúde. E eu pensava que não. 

FÉRIAS — Marinhas


Aproveite as férias para visitas. Sugiro uma passagem pelas Marinhas ou Salinas que foram reaproveitadas para turista ver. Quando lá fui encontrei turistas estrangeiros, certamente aconselhados pelas agências.

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Santo André espera visitantes

 

O Santo André, navio museu, é um desafio a quem passa pelo Jardim Oudinot. Renovado com gosto, é um digno representante da pesca do arrasto do fiel amigo nos mares da Terra Nova e da Groenlândia. Mas também proporciona panoramas lindíssimos a quem por ele ciranda, sobretudo em dias luminosos.

O Dia Internacional do Tráfico de Escravos e sua Abolição

(Foto Google)

O Dia Internacional do Tráfico de Escravos e sua Abolição tem lugar a 23 de Agosto. Foi escolhido o dia 23 de Agosto, em homenagem à revolta de escravos de São Domingos em 1791, pondo fim ao sistema de escravidão, que deu lugar à Independência do Haiti. Foi adotado pela UNESCO, sendo celebrado desde 1998.
A escravatura existiu desde sempre no mundo, continuando hoje, aberta ou camufladamente. A nossa história diz que a primeira “partilha” de escravos em Portugal aconteceu sob tutela do Infante D. Henrique, em Lagos, no ano de 1444. Mais de 200 homens, mulheres e crianças foram disputados entre os interessados. Li há muitos anos que o Infante D. Henrique foi o primeiro a escolher a sua quota de um quinto dos escravos, selecionando os que mais lhe convinham. Li ainda que a escravatura vai manter-se no reino até meio do século XIX, apesar de serem do Marquês de Pombal as primeiras leis que impediam a sua importação para o país, uma proibição que não se alargava a outras paragens do Império. Ainda há pouco tempo foi julgado um casal, acusado de manter trabalhadores em regime de escravatura.

Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo


Libertação de presos políticos em Portugal

O Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo celebra-se a 23 de agosto, desde 2008, quando foi assinada a Declaração de Praga sobre a Consciência Europeia e Comunismo, segundo li no Google. Este dia também é denominado por Dia da Fita Preta, como tributo a todas as vítimas dos regimes autoritários e totalitários. Quem não se lembra das vítimas da PIDE?
Se pensarmos bem, as vítimas dos regimes políticos, democráticos ou não, continuam nos dias de hoje, quando sentimos e vemos autênticos escravos em trabalhos desumanos, violentos e forçados, com salários que mal dão para comer e sem regalias. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A Gafanha foi à bulha

Para não cair no Esquecimento

João Sarabando
              A Gafanha foi à bulha
              E a Barra foi acudir;
              S. Jacinto teve medo,
              Costa Nova pôs-se a rir...

              Ó pinheirais da Gafanha,
              botai fora o nevoeiro;
              quero ver o meu amor
              que anda no largo de Aveiro.


Em Cancioneiro de Aveiro, 
João Sarabando; 1966

domingo, 21 de agosto de 2022

Eugénio de Andrade - Um poema para este domingo

O mar. O mar novamente à minha porta.
Vi-o pela primeira vez nos olhos
de minha mãe, onda após onda,
perfeito e calmo, depois,

contras as falésias, já sem bridas.
Com ele nos braços, quanta,
quanta noite dormira,
ou ficara acordado ouvindo

seu coração de vidro bater no escuro,
até a estrela do pastor
atravessar a noite talhada a pique
sobre o meu peito.

Este mar, que de tão longe me chama.
que levou na ressaca, além dos meus navios?


Nota: A poesia tem sempre espaço no tempo de férias... e fora delas.  Boas férias para todos.

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