sábado, 27 de maio de 2006

Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

O lucro fácil e a natureza humana
Desde que rebentou o escândalo do negócio dos selos sucedem-se as prosas moralistas sobre a irresponsabilidade de quem ali investiu. Comentários um tanto enjoativos, porque é fácil falar depois de ter estalado a bronca - poucos alertaram antes de ela acontecer. E também porque sempre existiram, e continuarão a existir, negócios especulativos, mais ou menos lícitos, que atraem analfabetos e pessoas cultas na ilusão do lucro fácil.
São conhecidas as febres na Bolsa, com as acções a valorizarem-se porque muitos julgam que elas irão subir ainda mais (lucro garantido!), portanto compram, puxando para cima as cotações - até que um dia a bolha rebenta, pondo o mecanismo a funcionar ao contrário, com toda a gente angustiada a vender quanto antes.
Aconteceu no crash de 1929, a que se seguiu a maior depressão económica da história, só terminada com a Segunda Guerra Mundial.
Mais recentemente, e em menor escala, deu-se a queda brutal em Wall Street em Outubro de 1987 e o rebentar em 2000 da bolha especulativa envolvendo empresas de novas tecnologias.
Por cá, foi sentido o crash de 1987, mas já no tempo de Marcello Caetano se registara entre nós uma euforia bolsista que acabou mal, como é da regra.
A especulação não é um exclusivo da Bolsa. No princípio do século XVII as tulipas que então a Holanda importava da Turquia contraíram um vírus benigno, que lhes alterava as cores.
Essas tulipas valorizaram-se então extraordinariamente. Os holandeses desataram a comprar bolbos na convicção de que a subida do preço das tulipas não iria parar. Mas quando alguém, mais prudente, começou a vender, a queda dos preços foi vertiginosa, arruinando muita gente.
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Novas regras para a abertura de farmácias

Numa sociedade
democrática,
os monopólios
não fazem sentido
Ontem, o Governo de José Sócrates avançou com a notícia do fim do monopólio das farmácias, cujos proprietários apenas podiam ser farmacêuticos devidamente habilitados. Qualquer pessoa, a partir de agora, pode vir a instalar uma farmácia em qualquer ponto do País, a partir de algumas regras que serão definidas em breve. O acesso a esse direito está vedado, tão-somente, a médicos e industriais de produtos farmacêuticos, directa ou indirectamente. No entanto, nenhum proprietário poderá ser detentor de mais de quatro farmácias. O Governo criou ainda as farmácias hospitalares, que funcionarão 24 horas por dia e todos os dias do ano, devendo ir a concurso a sua exploração. Terão preferência os proprietários da zona dos hospitais. Por outro lado, as farmácias ficarão livres para estabelecer os preços dos medicamentos, tendo em conta um tecto máximo a definir pela tutela, ficando aberta a porta à livre concorrência. Haverá, também, a possibilidade de adquirir medicamentos por unidade. Por incrível que pareça, numa sociedade democrática com mais de 30 anos de vida, tínhamos entre nós um monopólio escandaloso, que não fazia qualquer sentido nos tempos de hoje. Ainda bem que o Governo tomou esta decisão, corajosa, o que mereceu o apoio da oposição. No fundo, resta-nos esperar que tudo isto venha a contribuir para a descida do preço dos medicamentos, muitos dos quais não estão acessíveis à grande maioria de quem vive apenas do salário mínimo nacional ou de salários muito próximos desse. E a possibilidade de se poder comprar por unidade virá reduzir, significativamente, o desperdício de medicamentos. Fernando Martins

Pressão do lucro e competição

Mota Amaral critica desumanização da sociedade
O ex-presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, criticou hoje as alterações dos ritmos de vida das pessoas “ditadas pelo lucro e competição”, apelando a uma reflexão da sociedade sobre o assunto. “Chego a pensar se não é preciso encontrar uma forma de dizer que o rei vai nu”, disse o social-democrata João Bosco Mota Amaral, ao defender a necessidade de “evitar a desumanização” das actuais sociedades do mundo global.
O antigo presidente do Governo Regional dos Açores falava na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, num debate subordinado ao tema “20 anos de Portugal na União Europeia” (UE), organizado pela Associação Juvenil de Estudos Europeus e Comunitários (AJEEC).
Mota Amaral, tendo por mote uma parte da intervenção do economista Marcelo Nuno, líder da Comissão Política Concelhia de Coimbra do PSD, que fez uma retrospectiva dos progressos registados em Portugal após a adesão à UE, em 1986, introduziu no debate “algumas linhas de crítica a esta mudança vertiginosa da nossa sociedade”.
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Um poema de Cabral do Nascimento

AMO O SILÊNCIO Amo o silêncio e as vozes que insinuam, Meigas ciciam, musicais, veladas, Fracas, serenas, pálidas, cansadas, Doces palavras que no ar flutuam. Amo o silêncio e a luz difusa… E amo A tarde cor de cinza, a chuva calma, E o mar sem ondas, liso como a palma Da minha mão aberta… E em cada ramo Das árvores sem folhas, amo os verdes Musgos pendentes, flácidos, em tiras… Assim, minh’alma extática, suspiras, Meu coração tranquilo, assim te perdes! Rude fragor do mundo, sombra fria, Passa de largo! Não me acordes, não! Deixa correr a fonte da ilusão, Enche-me a vida de melancolia…

sexta-feira, 26 de maio de 2006

A importância de procurar a verdade

"Código Da Vince" confunde muita gente
O "Código Da Vince" e outra literatura semelhante estão a confundir muita gente, sobretudo a que não tem uma cultura com raízes seguras. Depois desta obra, muitas outras se seguiram para explorar essa realidade. É certo que há pessoas que buscam permanentemente o sagrado e o religioso, de tal modo andam insatisfeitas com a fé ( ou a falta dela) que lhe ofereceram (ou não ofereceram) ao longo da vida.
Outras deixaram adormecer a formação religiosa que receberam durante a infância e agora são acordadas por estas literaturas especulativas, que não têm como finalidade qualquer rigor histórico, porque o que interessa aos seus autores e editores é vender muitos livros.
Baralhados com o que lêem, os leitores podem perder o rumo ou desligar-se das raízes que os ligaram à religião que lhes foi legada pelos seus pais ou educadores.
Hoje proponho a leitura de um trabalho esclarecedor.
Que seja uma leitura atenta e que sirva de ponto de partida para outros estudos. São os meus votos. Clique aqui.

Um artigo de D. António Marcelino

RESPEITO
QUE DIGNIFICA,
DESRESPEITO
QUE EMPOBRECE As confusões que o laicismo levanta cada dia, premeditadas e alimen-tadas, continuam a fazer estragos sociais e a sujar a vida das pessoas. Não me refiro ao problema ao lugar no protocolo do Estado dos responsáveis da Igreja Católica, em actos civis oficiais. Uma presença que parece ser cada vez mais incómoda para o estado laico e para os intérpretes do que este significa, exige e exclui. Certamente que as instituições locais, que não são nem anónimas, nem intemporais, agirão segundo o bom senso e o respeito que lhe merecem outras instituições, quando servidoras incontestáveis do bem comum e da humanização pessoal e local. E se estas, por pruridos ou razões, não convidarem para as suas celebrações, nenhum membro da hierarquia católica se sentirá penalizado na sua pessoa, nem deixará, por isso, de continuar a sua missão de serviço à comunidade, com igual ou crescente dedicação. A falta de respeito, sempre impune, que se vai espalhando e que conspurca tudo o que se relaciona com o sagrado, é que me parece preocupante e de efeitos negativos para o tecido social em geral, para as relações que se operam no seio do mesmo, para a salvaguarda e promoção dos padrões fundamentais da educação e da cultura, para a tentativa de rasgar páginas incómodas da história. A história mostra que quem não respeita o sagrado, a seu tempo não respeitará nada, nem ninguém. A referência à dignificação de nós mesmos está, necessariamente, acima de nós e postula e procura um horizonte mais largo, que nos dê segurança interior e nos permita emergir do banal. A igual dignidade de todos nós ou tem uma origem e uma fonte indiscutível que nos ultrapassa, ou depressa desaparece, porque logo surgirá no horizonte quem pretenda nivelar por baixo e quem classifique os outros, pelas mais diversas razões, como gente desprezível ou apenas joguete dos seus próprios interesses. Os grandes da sociedade e os indispensáveis ao progresso da mesma, serão, então e apenas, os membros do grupo. O desrespeito pelo sagrado concretiza-se de muitas e variadas maneiras. Desrespeito pela verdade, pelas pessoas concretas, pela justiça, pela história… Mas é, principalmente, desrespeito por Deus, pela Sua Divindade e manifestações, pelo transcendente. É, por vezes, adulteração consciente da verdade, a pretexto de liberdade, ateísmo ou laicismo agnóstico. Quando alguém perde o respeito pelo sagrado, perde-o por si e pelos outros e julga-se livre para fazer ou dizer, sem peias, o que lhe apetece. As verdadeiras balizas do viver em sociedade estão no respeito que se tem por tudo quanto nos ultrapassa a todos por igual. A isso se diz “sagrado”, importante para que cada um se sinta respeitado na sua dignidade, nas legítimas expressões da mesma e no mundo dos valores que cimentam a sua história e a sua cultura. Hoje, os interesses dos grupos económicos e dos media comandam a sociedade, por vezes sem freios éticos ou morais. O sensacionalismo vende tudo e não respeita nada, nem ninguém. A pitada do anti-religioso tornou-se aliciante para o negócio que dispensa escrúpulos. O mundo escravo do dinheiro, do poder e do prazer é pobre e sem futuro. Estará a Igreja dominada por medo destes fantasmas? Nem de longe. Está é preocupada, por amor à verdade e por respeito às pessoas, com o empobrecimento humano e social que se expande. É uma sementeira de onde nada se pode esperar. As vitórias contra Deus e o que há de mais sagrado na vida são sempre efémeras. Vence quem acredita que qualquer forma de morte jamais pode gerar vida. O sagrado e o divino resistem sempre ao tempo. O laicismo ateu ainda não viu que assim é e os desrespeitadores de Deus e do homem fingem vitórias que nunca terão.

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Presidente da República aposta na CNIS

CAVACO SILVA VAI FALAR AO PAÍS DAS BOAS PRÁTICAS DAS IPSS
O Presidente da República considera a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), um parceiro social muito importante e credível e vai apresentar ao país as boas práticas das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) como exemplo, “para que se saia da letargia e do desânimo” que a actual crise tem provocado. Segundo declarações do responsável da CNIS, Pe. Lino Maia, à Agência ECCLESIA, a preocupação foi ontem manifestada, ao final da tarde, no decorrer do encontro de uma delegação da CNIS com Aníbal Cavaco Silva. Neste encontro, de cerca de uma hora, o Presidente da República “mostrou que estava bem informado sobre a actividade da CNIS e das IPSS, manifestou grande apreço por aquilo que vêm fazendo”, disse o Pe. Lino Maia. No Palácio de Belém, a delegação da CNIS foi dizer ao Presidente que tinha ficado agradada com o discurso do dia 25 de Abril, em que apontou a inclusão como via para a liberdade”, apresentando a Cavaco Silva a disponibilidade para colaborar com todas as outras organizações para esta causa. A CNIS manifestou ainda vontade e disponibilidade em “integrar o compromisso cívico tendo como causa a inclusão”. Antes deste encontro com o Presidente da República, o Pe. Lino Maia já tinha referido que os bairros sociais e a desertificação do interior devem merecer "particular atenção" na preparação do roteiro contra a inclusão, a lançar pelo Presidente da República. "O interior, que deixa muitas pessoas sós, e os bairros sociais são os dois aspectos mais prementes a que se devia dar maior atenção", disse o presidente da CNIS, em declarações ao órgão oficial da Confederação, “Solidariedade”. Satisfeitos com a confiança depositada por Cavaco Silva, os responsáveis da CNIS assumem essa responsabilidade e prometem continuar a colaborar.
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Fonte: Ecclesia

Um artigo de Jorge Pires Ferreira, no Correio do Vouga

Ameaça ou sintoma e oportunidade?
Estreou na semana passada, nos cinemas, “O Código da Vinci”, filme baseado no romance homónimo de Dan Brown que em Portugal vendeu de 470 mil exemplares e no mundo terá vendido 40 milhões.
O filme segue a par e passo o livro, que, como foi algumas vezes referido no Correio do Vouga, tem basicamente o seguinte enredo: Há um segredo que vai mudar a história da humanidade. A Opus Dei manda matar, mas não consegue impedir que se venha a conhecer aquilo que a Igreja escondeu durante séculos. E o que a Igreja escondeu é: Jesus e Madalena casaram e tiveram filhos. A protagonista do livro/filme é descendente directa de Jesus e Maria de Magdala.
Obviamente, a obra é uma ficção. Uma ficção que os críticos têm denegrido enquanto obra literária (talvez por ter vendido muito), mas que os leitores têm devorado como poucas. A linguagem é simples; os capítulos são curtos; o enredo, misturando história, religião, arquitectura, pintura, matemática e segredos é fascinante; e o tema central, tocando em Jesus, toca no centro da cultura em que vivemos. Mais: a ficção é construída com factos, meio-factos e não-factos, provocando frequentemente um sentimento de indignação a quem está minimamente por dentro dos assuntos. Indignação, mas também admiração pelo engenho do autor. Pode não ser grande literato, mas sabe prender com mestria o leitor, relacionando os factos mais improváveis.
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Divorciados recasados

Divorciados recasados e a Eucaristia É uma questão delicada e atinge cada vez mais cristãos: os divorciados que decidem refazer a sua vida voltando a casar. Por isso, impõe-se que se conheça o que diz a Igreja sobre isso e que propostas pastorais há para estas pessoas. Numa iniciativa da Escola de Pais da Vera Cruz, o Pe Manuel Joaquim Rocha, vigário judicial do Tribunal Diocesano, abordará o tema “Divorciados recasados e a Eucaristia”. A sessão, aberta a todas as pessoas, está marcada para o dia 26 de Maio, no Salão Paroquial da Vera Cruz, às 21h30.

Um poema de Sophia

Um dia Um dia, gastos, voltaremos A viver livres como os animais E mesmo tão cansados floriremos Irmãos vivos do mar e dos pinhais. O vento levará os mil cansaços Dos gestos agitados irreais E há-de voltar aos nossos membros lassos A leve rapidez dos animais. Só então poderemos caminhar Através do mistério que se embala No verde dos pinhais na voz do mar E em nós germinará a sua fala.

Época balnear começa a 1 de Junho

Praia da Barra
Quercus diz que
qualidade da água nas praias
melhorou em 2005
Nas vésperas do início da época balnear, a 1 de Junho, a Quercus faz uma avaliação positiva da qualidade da água nas praias, dizendo que melhorou no ano passado. No entanto, a associação ambientalista lembra a persistência de alguns problemas. “Houve um ligeiro aumento da fracção de praias más, mas um aumento significativo de praias boas em detrimento de aceitáveis”, revela a Quercus, com base na informação pública oficial disponibilizada no site http://www.vivapraia.com e no Relatório sobre a Qualidade das Águas Balneares elaborado pelo Instituto da Água.
Em Portugal existem 478 praias não interditas ao público, sendo que 407 são costeiras e 71 interiores. Estas continuam a apresentar pior qualidade que as costeiras, constata a Quercus, em comunicado.
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Fonte: PÚBLICO

Ria de Aveiro por estes dias

RIA DE AVEIRO
COM SEUS RECANTOS
E ENCANTOS
Porto de pesca costeira

Costa Nova

Torreira

quarta-feira, 24 de maio de 2006

DIA MUNDIAL SEM TABACO - 31 DE MAIO

COMEMORAÇÃO
DO DIA MUNDIAL
SEM TABACO
EM AVEIRO
O Dia Mundial Sem Tabaco vai ser assinalado no próximo dia 31 de Maio, decerto por todo o mundo mais atento à saúde das pessoas e do ambiente.
No Dia Mundial Sem Tabaco pretende-se, sobretudo, sensibilizar a população para os malefícios do tabaco e para as consequências, em termos de saúde humana, que o hábito de fumar poderá provocar.
Em Aveiro vai haver uma sessão especial para isso, no final da qual serão realizados rastreios aos fumadores, medindo o nível de monóxido do carbono, um dos principais tóxicos do tabaco.
A iniciativa, a cargo das Clínicas “Amo-te Vida”, conta com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro, e vai decorrer no dia 31 de Maio, pelas 16.30 horas, no Pequeno Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.

Intolerância Religiosa

Intolerância étnica
e religiosa
aumenta na Europa
A situação na Europa relativamente à intolerância étnica e religiosa é “muito grave”, manifestando-se num recrudescimento de manifestações de racismo e discriminação. O alerta foi deixado pelo representante especial das Nações Unidas para o racismo e a discriminação racial, Doudou Diene. Este responsável interveio na Conferência Eruomed sobre “Racismo, xenofobia e media”, promovida em Viena pela presidência austríaca da UE e a Comissão Europeia. Diene lembra que, ao lado de antigas formas de discriminação, surgem “novas e mais complexas acções de violência e rejeição”. O resentante especial das Nações Unidas para o racismo e a discriminação racial apontou dois fenómenos particularmente graves: a “banalização do racismo” e a “legitimação intelectual” de formas de xenofobia e intolerância. A inclusão de movimentos de extrema direita em cada vez mais países europeus é um sinal desta situação, defendeu. Doudou Diene lembrou ainda que, durante os acontecimentos que sacudiram a periferia de Paris, no final de 2005, emergiu uma outra realidade, a islamofobia. A Europa, frisou, está a perder a sua identidade para adquirir uma nova, multiracial e multicultural, o que gera uma série de implicações visíveis nestas manifestações de violência.
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Fonte: Ecclesia

CNIS pronta para a aposta nos Cuidados Continuados

Instituições pedem
condições para
apostar na qualidade
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) espera que a criação de uma Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde a Idosos e Dependentes não exclua as IPSS. Esta preocupação foi ontem manifestada a Inês Guerreiro, coordenadora nacional desta Rede. O programa, vocacionado essencialmente para idosos e dependentes, pretende garantir tratamentos médicos continuados após alta hospitalar. Eugénio da Fonseca, presidente-adjunto da CNIS, explica à Agência ECCLESIA que, no encontro, se procurou definir “qual o contributo que as Instituições podem dar para a execução deste programa e com que recursos podem contar para a sua concretização”. Este responsável lembra que “boa parte” das IPSS também prestam cuidados de saúde, sobretudo junto da população idosa. Nesse sentido, a CNIS tenciona fazer um estudo para saber “qual a taxa de idosos dependentes que tem nos seus equipamentos”, como forma de perceber qual o impacto que este programa poderá ter. Uma segunda medida passar por “fazer uma apresentação do programa a todas as Instituições que trabalham com pessoas idosas”, numa sessão a organizar em Fátima, numa data ainda a definir. O novo modelo de cuidados continuados integrados de Saúde e Apoio Social foi apresentado pelo Primeiro-Ministro e pelos Ministros do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, e centra-se na definição, programação e progressivo desenvolvimento de um conjunto de serviços que tem por objectivo dar resposta às necessidades de saúde e apoio social das pessoas idosas e cidadãos em situação de dependência. O presidente-adjunto da CNIS acredita que o programa “não coloca em causa nada do que as Instituições estão a fazer” e que as mesmas não estão obrigadas a aderir ao mesmo. “O que todos queremos é uma prestação de serviço com maior qualidade, sabendo nós que a qualidade acarreta exigências que têm de ser solidariamente partilhada”, aponta, referindo a necessidade de apostar na “formação de recursos humanos” e de reconverter equipamentos. Para o futuro, Eugénio da Fonseca deixa votos de que aconteça uma maior articulação “entre o social e a saúde”.
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Fonte: Ecclesia

EICA: Inauguração foi há 50 anos

A MINHA HOMENAGEM
A QUANTOS PASSARAM
PELA EICA
A EICA (Escola Industrial e Comercial de Aveiro) foi inaugurada em 24 de Maio de 1956, com a presença do ministro das Corporações e Previdência Social. Há precisamente 20 anos, os antigos alunos da EICA lembraram a efeméride com a edição de uma brochura e de um prato decorativo, que mostra o edifício por onde passaram milhares de alunos, no âmbito das antigas escolas técnicas, que formaram muitos profissionais para a vida prática. Nessa brochura, escrevi, então, que “Todos quantos passaram pela ‘Fernando Caldeira’ e pela ‘EICA’, para falarmos somente dos que se sentem vinculados a Escolas que criaram escola, sem qualquer menosprezo pelas dos nossos dias, de nomes incaracterísticos, e pelos seus professores e alunos, reconhecem que se torna imperioso apontar aos mais jovens a mística que nelas se respirava e que foi passando, de geração em geração, qual testemunho que urge manter vivo no coração de cada um”. Recordo isto, porque penso que os antigos alunos da EICA jamais esquecerão os tempos que por ali passaram a estudar e a conviver, criando laços de amizade que ainda hoje perduram. Ainda há dias, em almoço de confraternização com colegas que comigo inauguraram a nova EICA, pude constatar a força desses laços, reforçados ano a ano, apesar da tristeza que nos invade quando recebemos a notícia sempre dolorosa de um ou outro que já partiu para a viagem sem regresso.
Recordar vivências, ouvir estórias tantas vezes repetidas, olhar os cabelos brancos de uns e as rugas que teimam em escavar sulcos cada vez mais profundos de outros, mas também ouvir as vozes e as gargalhadas que não se alteraram e ver os sorrisos sempre iguais da maioria foi prazer que experimentei no último encontro de antigos alunos da EICA. Não sei se esta data de alguma forma foi ou está a ser lembrada com a dignidade que ela merece. De qualquer forma, aqui fica a minha modesta homenagem a quantos passaram pela EICA, professores, empregados e alunos, desde a data já longínqua de 24 de Maio de 1956. Fernando Martins

Citação

"(...) Nunca os jornalistas tiveram uma tão semiótica formação universitária e nunca existiram tantas disciplinas e tantos livros sobre a deontologia dos media, e contudo nunca tivemos jornalistas tão pouco sérios, tão desleixados em termos de cultura geral, escrevendo muitas vezes com os pés, e tão demagógicos no modo como apresentam as coisas"
Eduardo Prado Coelho,
PÚBLICO de hoje

Um texto de Alexandre Cruz

Códigos (de Vinci), venham eles!
1. Parece que este é mesmo o tempo dos códigos. Não falamos dos “códigos de barras”, estes que dão cada vez mais que pensar nas contas à vida dos portugueses! Referimo-nos, claro, com toda a naturalidade e sem quaisquer publicidades, aos múltiplos códigos de autores nacionais e internacionais, que, por caminhos mais ou menos fantásticos, pretendem agora, finalmente, ao fim de tantos séculos, descobrir a última verdade, tendo nós até agora andado todos enganados!... Naturalmente que hoje, em tempos de pós-modernidade, e já tendo integrado os desencantos sócio-políticos e científicos, mas vivendo nos vazios da ressaca à sua sombra, eis que a projecção da imaginação encontrou no enredo de “código”, meias verdades e muitas mentiras, a “chama” que faltava ao ideal imaginário colectivo. O “código”, como itinerário, “fórmula”, caminho, que o espectador tem de percorrer até chegar ao final para aí encontrar a “solução”, nem que esta seja o “nada” ou a “não verdade”, é hoje o fascínio que atrai, fazendo sonhar um mundo diferente. O escritor, no caminho dos Anéis, de Cristóvão Colombo, de Leonardo de Vinci, de Jesus, …, sabiamente sabe envolver o leitor; este tem de saber ler, não “comer” tudo pela mesma medida, ter capacidade de visão crítica. Inteligentemente, e também para sua própria sobrevivência, o escritor, com meia dúzia de “factos” que naturalmente (e até pela distância temporal) levantam as dúvidas saudáveis, faz desta possível dúvida de investigação a sua pura certeza que defende na obra, esta que sendo decretada como “ficção literária” coloca no leitor com menor maturidade os olhos de “história verdadeira”. 2. Quanto ao escritor, o “pão” está garantido! E quanto mais polémica, confusão, enredo, mistura de coisas sensíveis que tocam as pessoas com intenções ideológicas, mais vende… Neste tempo, quanto às instâncias envolvidas ou criticadas em obras de ficção (e em ficção pode-se dizer tudo, mesmo a maior mentira como sendo a mais pura das verdades!), a sabedoria obrigará um reaprender a situar-se dando unicamente a importância relativa aos mundos da imaginação que o “vento” levará… Quanto às entidades que estudam a história, cuidado não venha o mundo das “ilusões contemporâneas”, pela sua força mediática, reescrever a história na base da ficção. Quanto ao debate sério e esclarecedor sobre “tudo o que está em causa” como desafios à procura da verdade comum, neste contexto, então venham os códigos! Uma certeza estará garantida, os códigos que registam a época presente da literatura, haverão de cansar e “passar à história”! Por isso merecem uma importância relativa, não sendo de sobrevalorizar. O mesmo se aplique, por exemplo e para nossa salvação, ao Festival da Eurovisão da Canção que há dias, na Europa de Mozart, Chopin, Beatles, elegeu como melhor, votada em 24 países, uma canção de monstros, quase a tocar o satânico, escandalosa falta de gosto…! Dar importância demasiada será tornar facto, sublinhar, valorizar como referência e paradigma, tudo isto apesar de ser não ficção mas um facto histórico, pela negativa, que o metal mais pesado tenha chegado a símbolo da canção europeia. Se é certo que quanto a gostos não se discute, também não é menos verdade que acreditamos em melhores gosto que virão… Num aliar de inovação e criatividade à “alma das gentes”! E já agora, onde estão as referências, o tão debatido “papel das elites” neste aperfeiçoamento, em tudo, colectivo? 3. ALGUNS DESAFIOS SÉRIOS DOS CÓDIGOS: Talvez seja de sublinhar a evidência de que importa ler como ficção aquilo que é ficção, e não fazer da ficção a “reescrita da história” pessoal e de referências comuns; em sociedades da informação, cada vez mais ou as pessoas sabem o terreno que pisam e conhecem de forma fundamentada as sua próprias convicções e crenças ou então com a última “moda” a pessoa pode embarcar na onda, porventura, da sua própria indignificação; os “códigos” sedutores e especialistas na “destruição do tabu” não conhecem fronteiras e aparecem normalmente também associados ao “mágico” como substitutivo do “anéis” esforçados do empenho, atenção, compromisso, verdade pessoal e colectiva, sendo publicações tanto mais procuradas quanto mais o “vazio” das grande verdades que fundamentam a humanidade se forem diluindo; tais obras, estudadas como estratégia de comunicação mediática ao pormenor são tantas vezes o sensível “momento” de descoberta no mágico enredo de “algo novo e diferente” que a pessoa nunca tinha ouvido falar, apesar de nas Faculdades de Filosofia e Teologia de forma acessível tais factos serem aprofundados e estudados; para as religiões, este é o tempo do grande desafio de se explicar na linguagem mais acessível ao grande público as certezas, as dúvidas, as investigações sobre as questões da Fé, num aprofundamento e mesmo revisão de questões de fronteira (à luz das ciências humanas e neuro-ciências)… mas, na hora da verdade, quando se marca iniciativa esclarecedora e aberta sobre temáticas do género, claramente, os défices de participação demonstram, cabalmente, que a força colectiva destas “procuras” ainda não superou as “horas” do sensacionalismo. Todavia, independentemente e acima de tudo, este esclarecimento com acções permanentes e abertas será o caminho de um maior enriquecimento de todos. Outros séculos felizmente já lá vão, e aos mais variados níveis, do “ocultar” da verdade, dos textos e da investigação. Sentir os “Códigos” como desafio e oportunidade de encontro e esclarecimento para todos é tão simples e tão evidente hoje como o dizermos, por exemplo, que existe, entre tantos outros escritos considerados apócrifos (sem “credibilidade”) um Evangelho de Tomé que apresenta peripécias sobre o Menino Jesus (Evangelho da Infância). A Igreja não o oculta e estuda-se tais realidades nas Universidades, mas é importante o público em geral sabê-lo; não venha nas vésperas da próxima Páscoa (como tem acontecido nestes últimos anos) algum escritor dizer esta “última” e vender milhões de livros. (A isto, que anda muito nas modas, e já agora sem ficção se diga, também poder-se-á chamar o “fácil oportunismo literário” com desonestidade intelectual.) Para um trabalho sério e a sério nestes âmbitos, são muitas as Universidades no mundo que todos os dias investigam e publicam. Este tempo da “ficção” que vende e da “história” que se esquece, e não se está interessado em melhor conhecer, é uma imensidão de dúvidas que são desafios!

Um artigo de António Rego

Santo Graal É possível que, no fundo de todas a histórias à volta da novela Da Vinci, esteja apenas um romance, com cenários de cartão, muito bem embalado, vendido ao cinema. De permeio, uma grande máquina comercial, muito serviço de imaginação, e gente, muita gente, a tomar a novela pela realidade, a ficção pela história, o thriller pelo documentário encenado. E, diga-se, algumas pessoas crentes, cristãs, católicas, com uma pergunta: terei sido enganado pela Igreja? Será que o mundo andou a dormir até àquele dia em que o pintor mais célebre da Última Ceia revelou que no lugar de João estaria Madalena? E que isso significaria outra história de Jesus? Tudo isto não passará de episódio fugaz que vai derreter-se com o do tempo. E certamente não provocará os estragos que muitos temem. A fé das pessoas na figura de Jesus assenta na solidez da narrativa evangélica que desde os primeiros tempos foi alimentada pelas comunidades cristãs. Apesar de ser necessário vigor e clareza na afirmação da fé, pouco adianta a recriação de autos e fogueiras diante de ficções que por si se desvanecem. Mas não deixa de ser importante para os crentes uma pergunta: que sabem as nossas comunidades cristãs, católicas, sobre os evangelhos? A sua inspiração, composição, os seus autores, os textos canónicos e os apócrifos, o valor documental e a matéria de fé, o seu enquadramento, os géneros literários, as alegorias, parábolas, as cenas de carácter catequético, as palavras literais de Jesus, o essencial e o periférico? Estão levantadas, num livro de ficção, algumas destas questões? Ainda bem. As respostas têm vinte séculos de pregação e estudo em igrejas, escolas, universidades, em hebraico, grego, latim e línguas vernáculas em que foram vertidos os textos vétero e neo testamentários. Tudo isso está dito e em constante recapitulação e questionamento entre os biblistas, teólogos e pastoralistas. Não são poucas as questões que continuamente se lançam sobre as narrativas bíblicas. Basta estudar um pouco mais aprofundadamente as leituras proclamadas diariamente na liturgia, para se compreender que nenhum interpretação técnica é pacífica e definitiva. Mas importa dizer que para além de todas as exegeses, há uma experiência serena de fé na Palavra inspirada e indefectível que passou por todas as vicissitudes dos seus autores e das comunidades que a transmitiram.Esta fé é um santo Graal religiosamente guardado no coração dos cristãos, sem códigos nem criptagens. Vivido na transparência que não teme os desafios da história. Nem as brincadeiras de mau gosto, espécie de PlayStation das figuras que fizeram a história bíblica. Os criadores de fábulas dão lucro, mas nada acrescentam à história. Mesmo assim podem questionar as razões de fé dos crentes. E nisso têm mérito.

terça-feira, 23 de maio de 2006

Portugal na Lista Negra da Amnistia Internacional

VIOLÊNCIA POLICIAL E CONTRA AS MULHERES
Os maus-tratos por parte das forças policiais e a violência contra as mulheres são as duas questões que fazem Portugal surgir no relatório anual da Amnistia In-ternacional.
No relatório, referente a 2005, afirma-se que pelo menos 33 mulhe-res morreram em resultado da violência doméstica e é ainda insuficiente a formação das forças de segurança quanto ao uso da força e das armas de fogo, tendo morrido no ano passado "pelo menos três pessoas" em resultado do uso da "força letal" por parte da polícia.
No relatório do ano passado, referente a 2004, além dos maus-tratos por parte das forças policiais a AI referia também o elevado número de presos preventivos e denúncias de racismo e discriminação. Estas últimas questões não surgem no relatório deste ano, mas diz agora a AI que a violência contra as mulheres em Portugal é motivo de grande preocupação, apesar das medidas criadas desde 1990, incluindo legislação específica, e planos nacionais contra a violência doméstica.
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Para ler mais, clique SOLIDARIEDADE

Citação

"(...) o respeito pelos factos, a equidade de tratamento, a necessidade de confirmar dados e a separação de opinião e informação estão a afastar-se perigosamente da prática jornalística geral, em prol de abordagens definidas por razões comerciais ou imperscrutáveis, que não respeitam a deontologia jornalística."
José Vítor Malheiros,
sobre o livro de Manuel Maria Carrilho,
PÚBLICO de hoje

RELIGIÕES

"RELIGIÕES - HISTÓRIA,
TEXTOS E TRADIÇÕES"
"Religiões – História, Textos e Tradições" é uma obra da “RELIGARE” – Estrutura de Missão para o Diálogo com as Religiões – e Paulinas Editora, que tem como objectivos primários dar a conhecer ao grande público o essencial da história das principais religiões implantadas na comunidade portuguesa, privilegiando a difusão dos seus textos mais simbólicos, assim como as suas diversas tradições e formas de expressão.
Na elaboração do volume estiveram envolvidos os representantes institucionais de diferentes religiões, especialistas da área das religiões, da antropologia e da sociologia, entre outros.
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Fonte: Ecclesia

Chaves por estes dias

CHAVES, com seus recantos e encantos (Para ver melhor, clique nas fotos)

Primeiro referendo de iniciativa popular em Portugal

Jaime Gama,
Presidente da
Assembleia da República
:: Petição por um referendo
sobre a PMA prestes
a fazer história
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Os promotores da petição para um referendo sobre a Procriação Medicamente Assistida (PMA) estimam ter reunido já as 75 mil assinaturas necessárias para obrigar a Assembleia da República a discutir a proposta. Este poderá tornar-se o primeiro referendo de iniciativa popular na história da nossa democracia.
A Presidente da Federação das Associações de Defesa da Vida, Isilda Pegado, explica à Agência ECCLESIA que a entrega da petição será definida, por estes dias, numa reunião com o presidente da Assembleia da República.“É uma grande vitória da democracia”, indica, lembrando que o referendo foi uma “conquista tardia, no nosso país.
“Este facto histórico merece relevância e, nesse sentido, vamos pedir ao Presidente da Assembleia da República que receba a petição”, adianta Isilda Pegado.
A lei orgânica do referendo define, no seu artigo 10º, que “a iniciativa da proposta de referendo da Assembleia da República compete aos deputados, aos grupos parlamentares, ao Governo ou a grupos de cidadãos eleitores”.
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Para ler todo o texto, clique aqui

NO CUFC: Criação de emprego - dia 27

No CUFC “Sociedade
e Criação
de Emprego” No próximo sábado, 27, entre as 9.30 e as 12.30 horas, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), junto à Universidade de Aveiro, vai decorrer uma jornada organizada pela Fundação Sal da Terra e Luz do Mundo, subordinada ao tema “Sociedade e Criação de Emprego”. Intervêm nesta jornada a Dra. Manuela Silva, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, o Prof. Borges Gouveia, do Departamento de Economia e Gestão da UA, e o Dr. António Marques, presidente do Instituto de Formação e Emprego. A entrada é livre.

No Santuário de Schoenstatt

Santuário de Schoenstatt ::
Vigília de Adoração
Convocados pelo Papa Bento XVI, no próximo dia 3 de Junho, véspera da festa do Pentecostes, estarão reunidos, em Roma, representantes de todos os Movimentos Eclesiais, para uma Vigília de Oração com o Santo Padre. No Santuário de Schoenstatt, da Gafanha da Nazaré, neste mesmo dia, estaremos especialmente em sintonia com eles, através de uma Vigília de 24 horas de Adoração contínua ao Santíssimo Sacramento. Juntos, queremos implorar o Espírito Santo para o Santo Padre, para toda a Igreja e pela santificação das famílias. Para essa Vigília de Adoração convidamos todas as pessoas interessadas. Um convite especial dirigimo-lo aos diversos Movimentos Eclesiais da Diocese de Aveiro, à qual pertence o Santuário, elevado pelo nosso Bispo, D. António Marcelino, em 1993, a Santuário Diocesano. A Vigília terá início no dia 3 de Junho com a celebração da Eucaristia às 8 horas e concluirá no dia 4, também com a Eucaristia, às 8 horas. O referido Santuário situa-se no Centro Tabor – Rua do Santuário, Lugar da Senhora dos Campos – Concelho de Ílhavo.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Conferência das Igrejas Europeias premeia jornalista português

António Marujo
é jornalista do ano,
na área do religioso
O jornalista e escritor António Marujo, especialista em assuntos religiosos, ganhou o prémio de “jornalista religioso do ano”, atribuído pela fundação americana "John Templeton”. O anúncio foi feito, hoje, 22 de Maio, em Genebra, na Suíça, pelo gabinete de comunicação da Conferência das Igrejas Europeias (KEK).
O objectivo é premiar jornalistas que escrevam sobre religião em órgão de imprensa laicos com exactidão, imparcialidade e espírito ecuménico. O prémio, de cinco mil francos suíços, já tinha sido ganho, por António Marujo, em 1995 e é a primeira vez que é entregue, por duas vezes, à mesma pessoa. A entrega do prémio será feita a 6 de Julho, em Lisboa.
Entre os trabalhos que valeram o prémio ao jornalista do "Público" destacam-se, entre outras, peças sobre a iniciativa “A Bíblia em Festa” - por ocasião do ICNE - intitulada “Bono Vox, bebedor de vinho e leitor da Bíblia”, e uma entrevista com José Tolentino Mendonça, padre, poeta e professor, intitulada "Jesus é um mistério fascinante, ainda por descobrir". O júri considerou que António Marujo está “fascinado por algo muito mais profundo do que a Igreja”, ou seja, “o mistério da própria Igreja”.
Nascido em 1961, António Marujo tem várias obras publicadas na área da religião. É jornalista do “Público” desde a sua fundação, em 1989, tendo trabalhado anteriormente no “Diário de Lisboa” e no “Expresso”.
José Manuel Fernandes, director do “Público”, declarou que este prémio “é motivo de orgulho”.
A KEK é uma organização que congrega 125 Igrejas Ortodoxas, Protestantes, Anglicanas e Vetero-Católicas de todos os países da Europa, para além de mais 40 associados.
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Fonte: Ecclesia

Citação

“Talvez alguns governantes (nem todos) raramente se lembrem de que fazem parte de um governo ‘socialista’, para quem as pessoas têm de estar em primeiro plano”
Eduardo Prado Coelho,
PÚBLICO de hoje

Recordando: Ordenação diaconal

Sé de Aveiro, onde foram ordenados
os primeiros diáconos permanentes da Diocese
Diáconos Permanentes
para a
construção do Reino
Hoje de manhã, abri a caixa do correio com uma mensagem que me sensibilizou sobremaneira. Um amigo de sempre lembrou-me que nesta data, 22 de Maio de 1988, Dia de Pentecostes, fui ordenado diácono permanente, para o serviço da Igreja Católica. Comigo, foram ordenados oito companheiros de jornada, em cerimónia presidida por D. António Marcelino, na Sé de Aveiro. Fomos os primeiros na Igreja Aveirense. Outros se seguiram. Graças a Deus. Diz o meu amigo: “Caríssimo: Só para te dar um abraço e relembrar aquele dia que já vai longínquo e no qual foste assumido como ponte – pequena e frágil, é certo, mas que servirá como estrutura para a construção do Reino. Um grande abraço também à Lita que te tem acompanhado de uma forma especial neste período e presumivelmente não lhe terá sido muito fácil. Graças a Deus! Manuel” Um deles, o Carlos Merendeiro da Rocha, já faleceu, mas os outros permanecem activos e fiéis ao compromisso que assumiram diante de Deus e perante o nosso Bispo, com o testemunho da comunidade diocesana. São eles o Afonso Henriques Campos de Oliveira, o Augusto Manuel Gomes Semedo, o Daniel Rodrigues, o Fernando Reis Duarte de Almeida, o João Afonso Casal, o José Joaquim Pedroso Simões e o Luís Gonçalves Nunes Pelicano. Olhando para trás, sinto que todos deram no mundo, cada um a seu modo e conforme os seus carismas e possibilidades, o testemunho da perseverança na fé, mas também da caridade e do serviço permanente aos outros, sem outras ambições, para além do gosto de ser útil e da convicção de que é possível construir um mundo muito melhor. Aos meus colegas diáconos e suas famílias, bem como a todos os que, no dia-a-dia, nos ajudam com a sua cooperação, apoio, amizade e orações, desejo um dia de paz, na alegria de Cristo Ressuscitado.
Permitam-me que me dirija, de forma especial, com uma palavra de reconhecimento, a D. António Marcelino, que nos ordenou e sempre nos tem acompanhado com tantas expressões de estímulo e de amizade fraterna.
E ao Espírito Santo, parafraseando Paulo VI, peço que nos dê a todos: “Um coração grande e forte Para amar a todos Para servir a todos Para sofrer por todos” Fernando Martins

domingo, 21 de maio de 2006

ESCRAVATURA

ESCRAVATURA:
FENÓMENO AUMENTA
COM GLOBALIZAÇÃO "Na Europa, o trabalho forçado está claramente a aumentar", disse, em Genebra, Patrick Belser, perito da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em questões de trabalho forçado, adiantando que a prosti-tuição representará dois terços do fenómeno no continente. A par das formas tradicionais de trabalho forçado, estão a aparecer outras formas de "servidão" induzidas pela globalização e pelo crescimento da imigração ilegal para países desenvolvidos, afirmam organizações internacionais, alertando para o facto de mais de 12 milhões de pessoas no mundo serem vítimas de formas modernas de escravatura, um fenómeno que está a agravar-se na Europa. O flagelo ocorre principalmente na Ásia, com 9,5 milhões de trabalhadores forçados, América Latina (1,3 milhões), África Subsariana (660 mil) e África do Norte e Médio Oriente (260 mil). Nos países industrializados existem 360 mil pessoas sujeitas a trabalhos forçados e nas economias de transição 210.000, sendo que 55% são do sexo feminino e entre 40 a 50 % têm menos de 18 anos.
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Fonte: iid

Marcha Contra a Fome

Realiza-se hoje, em 365 cidades de cerca de 100 países, incluindo Portugal, a Marcha Contra a Fome, promovida pela ONU
RECEITA PARA
CRIANÇAS AFRICANAS
Em Portugal, a Marcha Contra a Fome realiza-se em Lisboa (entre a Torre de Belém e as Docas), no Porto (entre o Cais de Gaia e o Passeio Alegre) e nos Açores (em Ponta Delgada e na Horta).
Tanto no Porto como em Lisboa decorrem em simultâneo com as marchas duas corridas de dez quilómetros, com o apoio de atletas como Rosa Mota, Carlos Lopes, Alberto Chaiça, Eduardo Henriques e Luís Jesus.
Cada três portugueses que participarem na Marcha Contra a Fome podem, com uma inscrição individual de dez euros, ajudar a alimentar e educar uma criança em África durante um ano, como explica Fernando Melo, director da "TNT" e organizador da iniciativa em Portugal.
A Marcha Contra a Fome - intitulada "Walk the World 2006" - é uma iniciativa das Nações Unidas promovida pela multinacional de transporte expresso "TNT " e visa não só angariar fundos, como também, sensibilizar a opinião pública para o problema.
O projecto iniciou-se em 2003 com a participação de dez países asiáticos, tendo sido alargado a 70 em todo o mundo em 2004, com o objectivo de combatera fome de 30 mil crianças a nível mundial.
As marchas e corridas contra a fome tem por objectivo angariar cinco milhões de euros, valor que dará para alimentar 180 mil crianças. Todos os anos as Nações Unidas escolhem um país para o qual revertem as receitas do "Walk the World".
Este ano a verba conseguida destina-se a alimentar e educar crianças da Tanzânia.
Segundo Fernando Melo, o objectivo em Portugal é conseguir juntar 20 mil pessoas, angariando 200mil euros, que poderão alimentar e educar oito mil crianças durante um ano.
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Fonte: RR
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Nota: Esta marcha também pode despertar em cada um de nós o gosto pela ajuda fraterna a quem passa fome no mundo. Exemplos desses não faltam, como não faltam notícias, com frequência, de quem vive no limiar da pobreza. Noutros continentes e em muitíssimos países, e também em Portugal.
Por diversas vezes aqui abordámos esta questão por demais conhecida. Mas se ela é mesmo conhecida, como creio, a verdade é que a fome ainda não foi erradicada entre nós, apesar dos múltiplos esforços desenvolvidos por pessoas e instituições. A prova disso está no trabalho incansável do Banco Alimentar Contra a Fome, que dá de comer a milhares de portugueses.
Urge, então, que façamos mais qualquer coisa em prol de tantos que não têm o mínimo para se alimentarem no dia-a-dia.
F.M.

Citação

"Em cada um de nós há um artista chamado saudade, que misteriosa e inesperadamente transforma o nosso passado em matéria de beleza"
Knight

AVEIRO: FEIRA DO LIVRO

Rossio
Até 4 de Junho
Amantes do Livro
e da Leitura
já têm um novo espaço
Os amantes do Livro e da Leitura já têm um novo espaço para se deliciarem. É no Rossio, ladeado pela ria e pelo casario de uma parte da cidade, cujas gentes há muitos anos se habituaram a sentir o pulsar de pessoas que procuram descontrair-se por ali. É a Feira do Livro, com tudo quanto ela encerra, que veio agora para ficar naquela zona histórica, durante o mandato da actual Câmara Municipal, a pedido dos editores e livreiros que costumam estar no certame. Para além da animação que caracteriza uma feira como esta, da passagem de escritores e de outros vultos da cultura, a Feira do Livro é sempre uma oportunidade única para os leitores ou candidato a leitores cirandarem de stand em stand, de escaparate em escaparate, manuseando os livros e tentando perceber a lógica da compra que pretendem efectuar. São livros de edições recentes e mais antigas, são obras raras e quase ignoradas, são livros muito procurados e outros nem tanto, são autores conhecidos e outros nem por isso, de tudo um pouco será possível ver, mexer, cheirar, espreitar… até se decidir por uma ou por outra compra. Há sempre amigos que se encontram e que nos dão as suas opiniões, há gente que busca o livro com um entusiasmo tal que nos contagia, há o escritor pronto a conceder-nos um autógrafo, há os pais que encaminham os filhos para o que vale a pena levar para casa, há os avós que lembram aos netos a importância dos clássicos, há, em suma, todo um conjunto de motivações que nos atraem e acicatam em nós o gosto pelo livro. Livro que há-de ser lido na tranquilidade das nossas casas, alimentando sonhos, dando pistas de recreação e de viagens, ensinando a viajar e a conhecer outras gentes e outros mundos. Por tudo isto, não deixe de ir à Feira do Livro. Ela espera por si, de segunda a quinta-feira, das 17 às 23 horas; às sextas, das 17 às 24 horas; aos sábados, das 15 às 24 horas, e aos domingos das 15 às 23 horas. Até 4 de Junho. Não se esqueça. Fernando Martins

Colaboração dos leitores

À noite as estrelas
descem do céu
e vêm boiar no rio.
*
No escuro da noite
o sol
aguarda a sua vez.
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in MÉSSEDER, J. P. (2002).
À Noite as estrelas descem do céu
(34 poemas para jovens e alguns desafios poéticos).
Porto: Campo das Letras (ilustrações de Emílio Remelhe).
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Colaboração enviada por Sara Silva

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Provas de amor
Andam por aí muitas palavras, semeadas na televisão, no jornal, na conversa do café, no intervalo da música da discoteca, na esquina da rua.
Dizer, apenas com palavras, que amamos, que é preciso fazer, denunciar o mal... mas se o dizer não é acompanhado de actos, então as palavras têm sabor a vazio, e só envergonham quem é denunciado por só dizer e nada actuar.
Jesus não se contenta com as belas confissões de quem diz que ama, mas não cumpre os Seus Mandamentos; amigo, de verdade, é o que cumpre a Palavra do Mestre. Por outro lado, quem dissesse que amava a Deus e não amasse o outro, o próximo, igual a si, esse seria mentiroso - para usar palavras da Bíblia.
Quem ama de olhos abertos e de coração atento, bem depressa se apercebe que há por aí falta de compromissos a sério; os grandes problemas das pessoas resolvem-se com grandes e generosas respostas.
Foi assim que fez Jesus connosco, que deu a Vida; nada menos!
Provas de amor? É preciso procurá-las nas acções, no compromisso, no fazer; nas tentativas sérias de respostas humanas e capazes.
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in "Diálogo", 1074 -
VI DOMINGO DA PÁSCOA- Ano B

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Judas amigo de Jesus
Lembro-me perfeitamente, miúdo, ter imensa pena de Judas. Achava aquilo tudo terrivelmente intri-gante. Pelas pregações que ouvia, era como se entrasse num mundo muito negro: Jesus precisava do suplício da Cruz para nos salvar e, para isso, Judas tinha de entregá-lo àqueles que o crucificariam. A minha imensa pena derivava assim de uma percepção confusa do destino trágico que se abateu sobre Judas: ele teve de aceitar tornar-se um réprobo, para ser possível a salvação da humanidade.
Muito mais tarde, obtive a minha pequena "vingança", ao ler o Monsenhor Quixote de Graham Green. Lá estava que uma Igreja cristã - se me não engano, a Igreja copta - contaria Judas na sua ladainha de santos. Tive uma surpresa boa, que me deixava fora da amargura que me causara a constante diabolização de Judas.
Na base daquela imagem, estava uma concepção errada da salvação, pois o seu pressuposto era que tudo se teria passado no quadro de um mecanismo em que os seres humanos funcionavam como marionetas, movidas pelo destino, como se não existisse a liberdade e a história estivesse pré-determinada.
Recentemente, falou-se muito do Evangelho de Judas, um texto que se enquadra na tradição gnóstica e em que a figura de Judas sai reabilitada.
O que é, no essencial, a gnose?
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Para ler todo o texto, clique aqui

Gotas do Arco-Íris - 18

Gaivotas

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BORRELHOS
vs. CEGONHAS
Caríssimo/a: Dizia-me o meu Amigo: - Se tu olhasses bem, tinhas visto que eu não estava! Curioso: olhar para ver. E eu olhei e não vi nada. As bicicletas voavam pela estrada. O pedalar era rijo que uma chuvada se anunciava e as tramagueiras ficavam distantes. Havia que chegar lá antes de ficarmos como pintainhos: todos molhados. Abrigados, vimos o saltitar agitado de manchas pardas junto à borda da Ria. Eram os borrelhos... Fixar o horizonte, olhar e apreciar o seu bailado inconstante era a fascinação dos momentos que antecediam a chuvada... A sorte foi alguma: a chuva só nos molhou por fora que as tramagueiras mais uma vez foram o nosso escudo... Os borrelhos já se tinham ido... Agora eram as gaivotas que atraíam o nosso olhar na sua mancha ao longo do muro da marinha. E nós bem víamos como as penas do seu corpo se mexiam com o vento. E hoje? [Onde estão os estudantes-ciclistas a caminho da Gafanha para Aveiro? E as marinhas de sal? Será que os borrelhos e as gaivotas ainda lá estão?] Hoje, circulando pela A25, impõem-se-nos as cegonhas altaneiras no cimo das suas plataformas. A velocidade permite olhar mas será que nos deixa ver e ouvir? Como nos ficam longe as cegonhas; e os borrelhos e as gaivotas já voaram para o mundo das recordações. Enquanto rabisco estas palavras soltas, o melro canta, canta. E o melro é preto e o seu bico amarelo. Mas onde é que já vi esta combinação de preto e amarelo? Será que o canto do melro tem a ver com a subida do Beira-Mar? Quem o souber que mo diga. Manuel

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