sábado, 28 de dezembro de 2013

A "Ílhava" no Museu de Ílhavo

A partir de segunda-feira 


Uma prenda de Natal para os amantes da ria 

Na segunda-feira, a “Ílhava”, que os Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo (AMMI) mandaram construir segundo planos (3D) do livro de Senos da Fonseca, chegará ao MMI. Esta é uma boa razão para aquele estudioso de temas ilhavenses, mas não só, ficar duplamente satisfeito. 
Senos da Fonseca teve a gentileza de me informar que nessa recriação foram fundamentais o espírito criterioso da Ana Maria Lopes e o saber do Cap. Marques da Silva, outros ilhavenses que à cultura da nossa terra, com ria e mar sempre em destaque, muito têm dado. 
O autor salienta que a “Ílhava” é «a bateira com que os “ilhós” escreveram “história”», acrescentando: «Ali exponho tudo quanto desde há vinte anos procurei saber sobre a bateira; uma inteira desconhecida quando dei os primeiros passos.» 

A brochura pode ser lida aqui

Há muitas Marias na terra...

«O ano ainda não acabou mas nada vai tirar o primeiro lugar do pódio a Maria, o nome mais escolhido pelos portugueses. Nos rapazes, João ameaça destronar Rodrigo, que está à frente desde 2009.»

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NOTA: Há hábitos enraizados, como se nota pelos nomes atribuídos às pessoas. Maria predomina, naturalmente, por ser o nome de Nossa Senhora. Ana, a mãe da Virgem Maria, também teve o seu tempo. Como José, João, Manuel (com a variante Manoel), Francisco, António e por aí fora. Joana, talvez pela devoção à padroeira da cidade e diocese de Aveiro. Quem frequenta os arquivos dos batismos, casamentos e óbitos depara com curiosidades dignas de registo. Não sei se há estudos sobre este assunto, mas que há matéria para reflexão, sobre as escolhas dos nomes na hora dos nascimentos, lá isso há. 
Há anos verificou-se a tendência para optar por nomes ouvidos nas telenovelas brasileiras e julgo que ainda está na moda esse hábito. Não há mal nenhum, mas eu gostaria mais dos nomes portuguesíssimos. No fundo, porém, cada um é livre de escolher o que quiser. Ainda bem.

Bom Ano Novo!


Pequenos pensamentos para 2014
Anselmo Borges

«Envelhecemos, mas, por mim, não tenho inveja da juventude. Pelo contrário, agora, à distância, o que quero é que os jovens vivam intensamente cada tempo. Na dignidade livre e na liberdade com dignidade. O que deveria ser norma para todos. Que vivam com atenção e intensidade, pois tudo passa muito rápido.»

José toma o Menino e sua Mãe

LEVANTA-TE, TOMA O MENINO E SUA MÃE
Georgino Rocha

Duas vezes, ouve José a voz do enviado de Deus que lhe diz: “Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe”. Uma, para fugir para o Egipto. Outra, para regressar às terras de Israel. A primeira, porque o Menino corria perigo de vida. A segunda porque Herodes, o perseguidor, havia morrido. E José acolhe prontamente a ordem recebida e, com obediência confiante, dá-lhe seguimento.

Não hesita nem se queixa, apesar do nascimento ter sido há tão pouco tempo, da fragilidade do Menino, da debilidade de Maria. Não teme a noite, nem a incerteza e o cansaço da viagem. Dócil e ousado, faz-se ao caminho. Que belo exemplo nos deixa: prontidão em ouvir, generosidade em arriscar, disponibilidade para agir, fidelidade em obedecer, discernimento para acertar, cuidado solícito em salvaguardar a sua família. José, movido pelo amor, realiza a missão recebida.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

São Nicolau



História do Pai Natal
Maria Donzília Almeida

De tanto ver a figura do Pai Natal empoleirada em todos os cantos e esquinas e pressentindo que a sua vocação não é o alpinismo, mas sim uma variante dos desportos de inverno, resolvi aprofundar o conhecimento desta figura mítica.
A história do Pai Natal tem duas origens: a primeira surgiu com a figura de São Nicolau, um arcebispo de Myra, na Anatólia, atual Turquia, considerado padroeiro das crianças e dos marinheiros. Viveu no século IV e ficou conhecido pela sua bondade e generosidade, pois distribuía sacos de moedas pelas chaminés das casas de famílias carenciadas. 
Após a sua morte, vários milagres lhe foram atribuídos, tendo vindo a ser declarado santo. Antigamente, o dia 6 de dezembro era celebrado como Dia de São Nicolau, e nesse dia trocavam-se prendas. Contudo, a Reforma Cristã transferiu para o Menino Jesus, a dádiva dos presentes.
Até 1931, o Pai Natal era representado de diferentes formas, surgindo com roupas de inverno, barrete na cabeça e em tons de verde e branco, típico dos lenhadores.

Amizade


«A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas»

Francis Bacon

Nova noite de magia



Natal 2013


Hoje anseio
Nova noite de magia
Em que nasças de novo;
Não para seres mais o menino
Mas para seres o Homem
Que com a palavra derrubasse o muro
Para que por ele passem
Aqueles para quem não há presente,
E muito menos futuro.

O melhor Presépio



«O melhor presépio de Jesus será sempre o coração dos pobres em espírito, dos puros, dos misericordiosos, dos pacíficos, dos que fazem das bem-aventuranças critério de vida e se sentem tocados de perto pelo amor do nosso bom Deus.» 


António Francisco, 
Bispo de Aveiro

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Alegria


«A alegria evita mil males e prolonga a vida»

Shakespeare

Nota:Não há dúvida. Se quisermos um corpo são e vida longa, temos mesmo de cultivar a alegria. Rir é um bom remédio para o corpo e para o espírito. 

Bom Natal

Crónica de João Carlos Espada
no PÚBLICO de hoje

«Talvez essa civilidade dos portugueses deva alguma coisa à cultura cristã, que nos tem impregnado ao longo dos séculos.»


"(Os cristãos) habitam pátrias próprias, mas como peregrinos; participam de tudo, como cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para eles uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira. Casam como todos e geram filhos, mas não abandonam à violência os neonatos. Servem-se da mesma mesa, mas não do mesmo leito. Encontram-se na carne, mas não vivem segundo a carne. Moram na terra e são regidos pelo céu. Obedecem às leis estabelecidas e superam as leis com as próprias vidas. Amam todos e por todos são perseguidos".

"Carta a Diogneto", do século II, 
de autor desconhecido

domingo, 22 de dezembro de 2013

Beethoven para este tempo

Jesus não faz anos dia 25

Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO


1. Não há ano zero. Sabemos que, sob o Império Romano, o tempo era contado a partir da fundação de Roma. Quando, no séc. VI d.C., a Igreja romana decidiu contar os anos a partir do nascimento de Jesus Cristo, deparou com um problema. A festa já era celebrada no dia 25 de Dezembro. Ficou determinado que o ano I começaria no 1º de Janeiro seguinte, que corresponderia ao ano 754 da fundação de Roma. O ano anterior (753) foi designado o ano I a.C.. Resultado: passamos do – 1 para o +1.

Os cristãos começaram a celebrar a Páscoa muito cedo, mas só encontramos referências ao Natal a partir do ano 354. Ao escolher celebrar a festa do Natal a 25 de Dezembro estava-se, de facto, a cristianizar a festa pagã do Sol invictus, que marca o renascer do sol, depois do solstício de Inverno. Bela inculturação.

Carta do Menino Jesus

Uma reflexão de Leonardo Boff


O materialismo do Papai Noel 
e a espiritualidade do Menino Jesus

Meus queridos irmãozinhos e irmãzinhas,

Se vocês olhando o presépio e virem lá o Menino Jesus e se encherem de fé de que ele é o Filho de Deus Pai que se fez um menino, menino qual um de nós e que Ele é o Deus-irmão que está sempre conosco,

Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas, especialmente nos pobrezinhos, a presenca escondida do Menino Jesus nascendo dentro deles.

Se vocês fizerem renascer a criança escondida no seus pais e nas pessoas adultas para que surja nelas o amor, a ternura, o carinho, o cuidado e a amizade no lugar de muitos presentes.

Se vocês ao olharem para o presépio descobrirem Jesus pobremente vestido, quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente pobres e mal vestidas e sofrerem no fundo do coração por esta situação desumana e se decidirem já agora, quando grandes, mudar estas coisas para que nunca mais haja crianças chorando de fome e de frio,

Se vocês repararem nos três reis magos com os presentes para o Menino Jesus e pensarem que até os reis, os grandes deste mundo e os sábios reconheceram a grandeza escondida desse pequeno Menino que choraminga em cima das palhinhas,

Se vocês, ao verem no presépio todos aqueles animais, como as ovelhas, o boi e a vaquinha pensarem que o universo inteiro é também iluminado pela Menino Jesus e que todos, galáxias, estrelas, sois, a Terra e outros seres da natureza e nós mesmos formamos a grande Casa de Deus,

Se vocês olharem para o alto e virem a astrela com sua cauda e recordarem que sempre há uma Estrela como a de Belém sobre vocês, iluminando-os e mostrando-lhes os melhores caminhos,

Se vocês aguçarem bem os ouvidos e escutarem a partir dos sentidos interiores, uma música celestial como aquela dos anjos nos campos de Belém que anunciavam paz na terra,

Então saibam que sou eu, o Menino Jesus, que está chegando de novo e renovando o Natal. Estarei sempre perto de vocês, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia em que chegaremos todos, humanidade e universo, à Casa do Pai e Mãe de infinita bondade para sermos juntos eternamente felizes como uma grande família reunida.

Belém, 25 de dezembro do ano 1.

Assinado: Menino Jesus

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