sábado, 8 de setembro de 2012

Uma Igreja outra é possível



Por Anselmo Borges, no DN 

Cardeal Martini


No dia 8 de Agosto, em jeito de testamento espiritual, deu a sua última entrevista, no Il Corriere della Sera, afirmando que a Igreja precisa de "uma mudança radical. A começar pelo Papa e pelos bispos". Preocupava-o uma Igreja 200 anos atrasada, sem vocações, agarrada ao bem-estar: "os nossos rituais e vestimentas são pomposos." "Na Europa do bem-estar e na América, a Igreja está cansada." Três instrumentos para sair deste esgotamento: "O primeiro é a conversão. Deve reconhecer os próprios erros. Os escândalos de pedofilia obrigam-nos a empreender um caminho de conversão. As perguntas sobre a sexualidade e sobre todos os assuntos que dizem respeito ao corpo são um exemplo. Devemos perguntar-nos se as pessoas ainda escutam os conselhos da Igreja em matéria sexual. A Igreja é ainda uma autoridade de referência ou apenas uma caricatura nos media?" O segundo conselho e o terceiro têm a ver com a recuperação da palavra de Deus e dos sacramentos como ajuda e não como castigo. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

"A fome não é um dever constitucional", diz Adriano Moreira


Adriano Moreira, figura incontornável da cultura portuguesa, com o seus 90 anos de idade a causarem inveja a gerações mais novas, continua opinar com sabedoria e sagacidade sobre Portugal, os portugueses e a comunidade internacional. Desta vez, na RTP, sublinhou, com oportunidade, que "A fome não é um dever constitucional". Todos sabemos disso, mas fingimos ignorar a evidência.


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Leigos, uma novidade conciliar?

Por António Marcelino

O decreto abre a dizer que, “para tornar mais intensa a atividade apostólica do povo de Deus, o Concílio deve voltar a sua atenção para os cristãos leigos, absolutamente necessários à ação da Igreja… O apostolado dos leigos é consequência da própria vocação cristã e, por isso, nunca poderá faltar à Igreja”. Numa Igreja, durante séculos clerical, estas palavras marcam um rumo novo. Pela necessidade se chegou ao reconhecimento da dignidade. Já antes esta fora afirmada na Constituição da Igreja, uma porta aberta para novas perspetivas eclesiais e apostólicas e para se olhar o mundo com outro apreço e esperança.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Freitas do Amaral defende tributação pesada para quem ganha mais



Em nome da “justiça fiscal”, Freitas do Amaral sugere uma “tributação especialmente pesada” para quem ganha mais de dez mil euros por mês. “Todos têm de contribuir para pagar a crise, não podem ser só as pessoas da classe média”, considera o antigo governante.

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A porta estreita que devia ser larga

Igreja fechada


Dói ver como se põem de lado leigos que apresentam novas iniciativas apostólicas, dão sugestões em grupos e em conselhos de que são membros, mostram a sua discordância ante decisões que saem apenas de uma cabeça…
Outros são marginalizados também porque optam por trabalhar em organizações profissionais ou até partidos políticos em vez de movimentos de Igreja…
Dói, por se teimar, fora do tempo e ao arrepio do mesmo, em conservar uma Igreja fechada e sem futuro. Uma Igreja clerical. Quanto falta ainda para que o Vaticano II esteja cumprido de modo a ser, com uma Igreja renovada, sinal de esperança e de tempos novos?!

António Marcelino, no CV

João XXIII e os artistas






"Não se trata apenas, na vossa profissão, de promover a aquisição de riquezas materiais nem de favorecer a sagacidade dos grupos humanos em matéria económica. O que os interessa – e esta é a honra da vossa vocação – é valorizar o sopro espiritual que anima cada povo. Com efeito, é pela voz dos seus poetas e dos seus artistas que um povo, mesmo antes de ter conseguido o seu desenvolvimento económico, pode revelar o encanto e o mistério da sua fecundidade interior. Esta voz do poeta e do artista instrui, educa, consola: é fonte da alegria mais pura e santa. A mensagem de que é portadora passa por cima das barreiras artificiais que separam os homens uns dos outros. Nas horas de tristeza e de humilhação, no auge das guerras fratricidas, a voz do poeta e as harmonias musicais do artista levaram os homens a refletir e sugeriram-lhes as ideais mais pacíficas."

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Postal Ilustrado de Férias: Ilha de Lockrum

Por Maria Donzília  Almeida


Dubrovnik é, sem qualquer dúvida, a pérola da Croácia e este país dos Balcãs é hoje em dia, um destino turístico, sobejamente conhecido. Está para os Croatas, como o Algarve para os Portugueses. Olhando para a costa croata, onde o Adriático é bastante mais limpo e cristalino do que no lado italiano, tem-se a nítida sensação que este é um destino de massas. Há veraneantes, em barda, por todos os cantos e esquinas. Ouvem-se vários linguajares, semelhando uma torre de babel! 
Nota-se uma grande preocupação governamental em organizar o turismo, proteger os parques naturais, preservar os monumentos, etc. A costa da Croácia é um verdadeiro encanto e o governo tem bem consciência disso. Dubrovnik é banhada por um mar tão transparente que as atividades de snorkeling, resumem-se a entrar na água com uma máscara. Perto ou longe da costa, tanto faz. É baixar a cabeça e ver as maravilhas do mar.
Pena é que Portugal com uma costa vastíssima, não tenha ainda sabido rentabilizar as potencialidades que tem, para um turismo de qualidade. O oceano Atlântico, não consegue rivalizar com o Adriático, nas temperaturas da água, mas tem os seus encantos próprios e um bom fundo... É bondoso... para os pés e lá, não se corre o risco de os cortar nas rochas, como aconteceu a uma amiga! Vistas curtas ou inércia das entidades políticas?

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tempo quente e incêndios florestais

"Em setembro, ardem os montes, secam-se as fontes."

Com o tempo quentíssimo, ampliado seguramente pelos múltiplos incêndios que tudo destroem, temos de reconhecer a justeza deste provérbio. Oxalá se mantenha uma temperatura agradável, mas que os incêndios acabem, dando o merecido descanso aos bombeiros e a tranquilidade aos que vivem assustados com o fogo. 

Onde o tempo é outro

Por João Aguiar Campos





As férias trouxeram-me à serra. É certo que, por razões familiares, por aqui passo com muita frequência; mas as férias permitiram duas semanas de presença, traduzidas em conversas mais longas e observação mais paciente.

Vi o óbvio: uma população envelhecida, passeando achaques e olhares tristes. Muitos, procurando na memória nomes e acontecimentos para alimentar diálogos.

Num passeio a meio da manhã, o cenário é o mesmo todos os dias: do interior das casas escorre o som das rádios ou televisões. O volume demonstra as dificuldades de audição dos moradores. Alguns assomam ao patamar das escadas, para ver se passa vizinho com quem possam trocar frases doridas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Happiness

Por Maria Donzília Almeida





Perdoem-me os defensores da língua portuguesa, mas eu também o sou! Apenas utilizo o termo inglês, por uma economia de dicção, de tinta e de espaço ocupado! A palavra portuguesa, correspondente, tem cinco sílabas e...é uma palavra grave! Não gosto, decididamente, das coisas graves, prefiro as agudas ou as esdrúxulas...como o nome que ostento!
Será esta a razão aparente do uso da língua de Shakespeare, pois o verdadeiro motivo...só pode ser o contágio do espírito “poupadinho”do nosso ministro da economia! De tanto poupar, à custa da usurpação dos nossos proventos, até me fez sentir compelida a poupar as nossas palavras! Uso a estrangeira, seguindo o caminho e as práticas de Álvaro Santos Pereira! Com esta tendência de nos ir roubando a “ração”, qualquer dia vai acontecer-nos como ao burro do Inglês! Quando o animal se tinha habituado a não comer....e a não dar qualquer despesa, morreu! Que desfaçatez para o dono! Nem lhe deu o prazer de poder gabar-se que tinha um burro dependente, sem nenhum encargo financeiro! Sr ministro! Vai querer imitar o Inglês? Sabe, eu gosto muito dos Ingleses e se o Sr também gostar.........corremos esse perigo!

Figueira da Foz de antigamente

Por gentileza de um amigo, partilho com os meus leitores um filme da década de 30 do século passado, que mostra, apesar de ser mudo, a vida de gente da alta sociedade naquela estância balnear. Veja aqui

Senhor Jesus dos Navegantes adorado em Ílhavo

Foto de Carlos Duarte




Momento único e profundamente expressivo registado por Carlos Duarte. Da escuridão da morte provocada por um processo ignóbil elaborado pelos hierarcas do tempo, brota a luz do mundo que redime e nos indica caminhos de misericórdia, de perdão e de fraternidade universal.
O Senhor Jesus dos Navegantes, adorado em Ílhavo, de maneira especial, pelas gentes do mar, continuará a indicar a rota certa que conduz a portos seguros.



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