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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ao sabor da maré — 4


1. Algo vai mal neste “reino” de Portugal, nomeadamente numa das suas Regiões Autónomas, a Madeira. Desde há mais de 30 anos que o “rei” da Pérola do Atlântico” não se cansa de ofender o continente, bem como os seus políticos e residentes. Usa uma linguagem desbragada, ofensiva da dignidade de adversários políticos, que toma como inimigos. Exige, reclama, chantageia, ameaça com a independência, sem que haja qualquer poder, político ou judiciário, capaz de deter as arremetidas do homem, contra todos os que não lhe dizem amem. É isto.
Por outro lado, os Açores, que estão no mesmo Atlântico, vão vivendo, democrática e respeitosamente, trilhando caminhos de progresso e de bem-estar, sem barulhos, nem ameaças, nem chantagens. O arquipélago já foi governado pelo PSD e de há anos a esta parte pelo PS. Que eu saiba, sem precisar de fantochadas e no respeito pelos demais autarcas, tenham eles as cores que tiverem.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ao Sabor da Maré - 3

1. Cumpriu-se ontem, mais uma vez, a tradição da festa em honra da Senhora dos Navegantes, com a procissão pela Ria de Aveiro, que, esta, não é assim tão antiga como muita gente pensa. Começou, realmente, depois do 25 de Abril e, após uma pausa, foi retomada logo a seguir à EXPO'98, com experiências ouvidas pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, durante uma festa que lá teve lugar. De qualquer forma, a ideia surgiu, criou raízes e tem-se mantido, graças no Etnográfico e ao apoio incondicional da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré.
Movimenta muita gente, muita coragem, mas também, certamente, muita devoção à Mãe de Deus, por quem, neste caso, vive as agruras do Mar, na busca de sustento para si e para a sua família. Esta festa, como todas as festas, aliás, tem muito de positivo. Aproxima as pessoas, gera fraternidade, provoca encontros quantas vezes inesperados, une as famílias, alimenta convívios nem sempre fáceis, promove a alegria e desperta vínculos de fé porventura adormecidos.
Daí o meu apoio e o meu interesse pelas festas populares. Contudo, não aprovo gastos exorbitantes, foguetes em demasia, artistas musicais sem nível ou mesmo rascas, muito embora, neste caso, haja outros gostos.
2. Com a demagogia de alguns políticos que até se dão ao luxo de brincar com coisas sérias é de aceitar, à partida, um certo desânimo por parte de muito boa gente. Portugal está a enfrentar uma grande crise, agravada com dívidas escondidas pelo "rei" da Madeira. Todos os portugueses de boa-fé sabem que o problema não se resolve com silêncios cúmplices nem com explicações esfarrapadas. O jornal i, de hoje, diz,  com razão: "Se [Passos Coelho] não puser na ordem Jardim, vai perder toda a autoridade política. Não pode estar a pedir austeridade a quem trabalha, cortar 3000 milhões de euros no Estado social e permitir ao seu companheiro de partido esconder o buraco das contas sem fazer nada." E acrescenta: "Há mais de 30 anos que [Alberto João Jardim] ergueu um Estado clientelar na Madeira. Jornais, clubes, empresas dependem de Jardim. Está sempre a arengar contra o "continente". É altura de ser colocado na ordem. Os governantes têm de cumprir a lei."

domingo, 4 de setembro de 2011

AO SABOR DA MARÉ - 2



1. Disse aqui, no meu blogue, que nem sempre apreciamos e valorizamos as nossas instituições que, no fundo, são o reflexo dos gostos, aspirações e sentimentos do povo que somos ou que gostaríamos de ser, enquanto membros ativos e criativos de uma sociedade em constante evolução, desde o século XVII.
Sublinhei então a necessidade de todos olharmos para o que nos cerca, no sentido de a qualquer momento apoiarmos as instituições que se dão à nossa comunidade. E haverá muitas maneiras de fazer, bastando para isso a nossa imaginação e espírito solidário. 

2. Participei, na quarta feira, 1 de setembro, na reunião promovida pela ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha), com vontade de colaborar, dentro das minhas limitadas capacidades. Gostei do que vi e ouvi, sentindo e pressentindo o gosto que muitos nutrem pelas problemas e aspirações da nossa terra. Bom sinal. Só espero que o prazer de colaborar de tantos gafanhões não esmoreça, antes prossiga num crescendo que decerto enriquecerá a nossa comunidade. Há muitas ideias, muitos projetos em carteira, muitos sonhos à espera de concretização.

3. Foi inaugurado o Monumento do Centenário, na Cale da Vila, conforme relatei neste meu blogue. Foi dito que este ato culminou um ano de celebrações do centenário da criação da paróquia e freguesia. Contudo, e se me permitem a franqueza, eu ainda esperava mais qualquer coisa de interessante, de que se falou há mais de um ano. Refiro-me ao arranjo urbanístico da zona em frente à igreja matriz e, ainda, ao aproveitamento do espaço outrora ocupado pelo mercado. Penso que estava em projeto a construção de um edifício para sede da Junta de Freguesia e dos Correios, bem como de uma praça que poderia chamar-se Praça do Centenário. A crise terá ditado as suas leis, mas seria boa ideia que não caísse no esquecimento.

Fernando Martins

domingo, 28 de agosto de 2011

AO SABOR DA MARÉ - 2

1. Em época marcada por inúmeras dificuldades, com a derrocada do comunismo, do capitalismo e do Estado Social, que prometiam o paraíso na terra, toda a gente consciente vive com o coração na boca, sem saber o dia de amanhã. Apesar disto tudo, impressiona a forma como a comunicação social nos apresenta, dia após dia, mas sobretudo aos fins-de-semana, hipóteses de programas de férias no país e no estrangeiro. Afinal, como se todos nadassem em dinheiro e livres de preocupações. Pensando bem, talvez a ideia não seja assim tão má, porque ao menos nos estimulam sonhos. Aliás, já dizia o Camões: "Imagine-o quem não puder experimentá-lo."
2. Mesmo longe, relativamente, da Gafanha da Nazaré, tenho seguido o entusiasmo que a nova direção da ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) tem mostrado nesta fase de início de mandato. É um significativo sinal de que, desta vez, vai realmente por diante a ideia que de se pugnar, de forma organizada e pela positiva, por uma sociedade mais fraterna e mais dinâmica. Como é natural, na ADIG haverá lugar para todos, quer na ação quotidiana, quer no apoio a que se dispõe a alinhar na primeira linha.
3. Sempre gostei de ler, ouvir e ver, na comunicação social, o que se distingue na nossa região. E por vezes até fico a conhecer realidades que me eram estranhas. Hoje, por exemplo, li no FUGAS do PÚBLICO uma notícia divulgada pela jornalista Maria José Santana, que diz seguinte: "Os amantes dos passeios náuticos têm, agora, a oportunidade de usufruir de passeios exclusivos na ria de Aveiro, a partir do cais da praia da Costa Nova. O novo produto turístico prevê o aluguer de lanchas (com tripulante) para cruzeiros ao pôr do sol, durante a noite, ou ao longo de todo o dia." A notícia continua, mas basta este naco para se perceber a importância da iniciatia.
FM