sábado, 6 de janeiro de 2024

MULHER GAFANHOA - Marchas de 2009



Para não se perder, fica no meu blogue. Estava numa caixa, mas aqui fica mais segura, penso eu!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

OUTROS TEMPOS — 1926

Foto de Marques Abreu


Outros tempos.— 1926. Descalça como era hábito naquele tempo. O texto poético dá outra cor ao quadro. Publicado na revista ILUSTRAÇÃO MODERNA.

A poesia de Ana Luísa Amaral



Ana Luísa Amaral, a poeta que faleceu em 5 de agosto de 2022, deixou uma obra que vale a pena ser lida e relida. Infelizmente, não voltará a partilhar novos poemas, mas os que deixou, compilados em livro de mais de mil páginas, merece estar sempre à mão para leituras e releituras.
Quem gosta de poesia tem mesmo de ter por perto o seu livro “O olhar diagonal das coisas”, editado pela Assírio & Alvim.
Não sendo crítico literário, nem para lá caminho, nunca poderia fazer apreciações eruditas. Apenas digo que, se puderem, leiam Ana Luísa Amaral.
Aqui partilho um poema do seu livro.

Eu? ela perguntou

Mas diz-me como
se trago sobre mim
pano de linho
tingido de mil céus?

Se continuo a amar
o meu olhar ao espelho
nele passeio os olhos
como em longo deserto
vagueia o peregrino?

Mas sobretudo
se não ecoa em mim
o nome que me dás

nem o meu sim
ressoa
em nitidez de sino?

Extraordinário apelo à paz

 


O apelo à paz chega ainda da igreja de Nossa Senhora da Ajuda, a matriz da Paróquia de Peniche (Patriarcado de Lisboa), que construiu um presépio onde Jesus está sozinho, no meio de escombros, numa evocação à guerra na Terra Santa, com “um significado muito especial, muito único”.

“É mais forte, arrepia-nos, acaba por ser quase aterrador ver assim uma criança completamente desamparada, sozinha, sem ninguém, sem uma mãe, sem um pai, sem uma mão, é terrível. Assim a mensagem passou mais forte”, explicou Francisco Gonçalves Domingos, à Agência ECCLESIA.

Recantos da minha terra


Tenho como um dos meus maiores prazeres divulgar as belezas da minha terra, a Gafanha da Nazaré. Há muito que o faço, mas tenciono intensificar esse prazer. Quando era miúdo assisti, por vezes, a conversas que depreciavam as Gafanhas e suas gentes. E isso terá contribuído para que, pessoalmente,  me envolvesse na divulgação deste recanto beijado pela Ria e pelo Mar, através da comunicação social. Sinto  que, desde há muito, as Gafanhas passaram a ocupar, dignamente, um lugar cimeiro no panorama regional e até nacional.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Cortejo dos Reis - 7 de janeiro de 2024


Na Gafanha da Nazaré, o Cortejo dos Reis é uma festa. Há pessoas disponíveis, há música com cantares dos nossos antepassados e os autos apresentados durante e no fim do Cortejo têm décadas de existência. Há gafanhões, homens e mulheres, que sabem de cor os diálogos das diversas cenas.
Os participantes usam trajes um tanto ou quanto da área do folclore e o povo participa com alegria. Os contributos pessoais e o leilão das ofertas destinam-se às despesas correntes e a obras da paróquia.

Tempo de ingénuas memórias

Nos votos de Natal e Ano Novo aproveitamos a deixa para evocar tempos idos. Um dia destes contactei uma prima para saber da sua saúde. Vive só, com doenças próprias da idade, com bengalas para se deslocar, mas com as visitas regulares das filhas. Vai vivendo, como me segredou, mas é uma mulher que consegue resistir e ultrapassar obstáculos.
Lembro-me perfeitamente do seu nascimento, Tinha eu seis anos. A novidade chegou-me pela minha mãe:
— O padrinho Necas foi à pesca e encontrou uma menina na borda. Vamos vê-la! E lá fomos.
Eu e o meu irmão, com os seus três anitos. 
Vimos a criança e eu perguntei, preocupado, como é que ela apareceu na borda… e como não morreu?
— Só Deus sabe, disse a minha mãe.
A ingenuidade é muito bonita!

NOTA: Uma saudação amiga com votos de coragem, que a vida vale a pena ser vivida,

Jorge P. Ferreira - Reflexão oportuna

Jorge Pires Ferreira, 
diretor do Correio do Vouga 
- Diocese de Aveiro

A declaração (“Fiducia supplicans”) que possibilita abençoar, dentro de certas condições, casais em situações irregulares e casais do mesmo sexo causou várias reações entre católicos e não católicos.
Entre estes últimos, indiferentes na sua grande maioria para a questão, as opiniões que se ouviram foram de apreço. Parecia, a julgar pelas primeiras notícias na comunicação social generalista, que finalmente a Igreja aceitava a homossexualidade.
Entre os católicos, as reações foram – e são – de dois tipos. Para uns, é um passo em frente, e positivo, na abordagem da homossexualidade (os “casais em situações irregulares” pouco interessam para o caso). Estes, que consideram o documento como algo positivo, subdividem-se entre os que acham que há novidade na prática e os que dizem que não há propriamente novidade porque “não se pretende sancionar nem legitimar nada” (n.º 34).
Para os outros, os que receberam negativamente a declaração, há novidade, mas é uma contradição em relação ao que a Igreja sempre pensou e disse sobre a homossexualidade e o casamento católico.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

BABE - Bragança

Uma fotografia
com história 

Grupo de Cantares de Babe

Trabalhos relacionados com jornalismo levaram-me a Bragança em novembro de 1995. Numa hora de descontração, os participantes foram contemplados com uma visita a Babe, uma freguesia histórica que muitos desconheciam.   Ao encontrar esta fotografia, fui até lá com a minha já frágil memória. 
Frente à igreja matriz, entrámos num pequeno salão que dava pelo nome de Celeiro. O povo, que ainda hoje é pouco, ali guardava os seus cereais e este grupo tocou e cantou as suas modinhas para os jornalistas visitantes.
O mais curioso para mim e para outros foi o acontecimento histórico que se realizou naquela humilde povoação de Bragança. A 26 de Março de 1387 o Duque de Lencastre despediu-se de sua filha D. Filipa de Lencastre, casada com D. João I, Rei de Portugal, tendo sido consagrada a aliança com a Inglaterra.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

As nossas origens



Hoje foi dia de mexer em papelada antiga guardada numa pasta. Pela sua curiosidade, aqui fica cópia de um recorte com algumas dicas. Foi publicado no Timoneiro em janeiro de 1971.

ANTÓNIO FEIJÓ - O Amor e o Tempo

De uma passagem 
por Ponte de Lima


Quando viajamos, temos por hábito procurar monumentos ligados a artistas e escritores, em especial. Em Ponte de Lima registei este  poema. 


segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

2024

É hoje o primeiro dia de 2024, mas também é  um  dia para acreditarmos com convicção que o amanhã depende de nós. Do que fizermos de bom  com convicção, de mãos dadas com quem nos cerca. 
PELA POSITIVA brotou há anos porque apostei, cansado de uma comunicação social que destacava, com muita frequência, o negativo, mas admito que tenho  ainda  muito que aprender.
Da minha janela aprecio um dia luminoso que augura um ano repleto de bênçãos que nos abram portas ao bem e ao belo que habita em cada um de nós. A felicidade que almejamos depende do contributo de todos.
Um ano florido para todos.

Nota: Flor do nosso jardim.

AIDA VIEGAS - Hoje o dia é meu

Aida Viegas












Hoje o dia é meu
Foi Deus quem mo deu
Vou viver feliz.
Terei amanhã?
Quem é que mo diz?
Eu não vou deixar
A vida passar
O tempo escapar
Sem saborear
Preciosa dádiva
Que é pra mim a vida.

Esta hora é minha
Vou aproveitá-la:
A olhar o belo,
A sorver a paz,
Gozar a saúde,
A quebrar a raiva
E esquecer o medo.
Minimizo a dor
Afasto a ansiedade
Afogo a tristeza.
Vou resolver tudo
Com este segredo:
Vou beber amor
Só felicidade;
Sirvo à minha mesa
Sempre acompanhada,
De calma alegria,
E, à sobremesa
Comerei magia.
Hoje o tempo é meu.
Foi Deus quem mo deu.
Que belo este dia!...

Aida Viegas

NOTA: Este poema de Aida Viegas faz parte de um comentário que a minha boa amiga, poeta que conheço e leio há bons anos, me remeteu. Publico-o com muito gosto, com votos das maiores venturas, sempre com poesia.

domingo, 31 de dezembro de 2023

ÚLTIMO DIA DE 2023


Pessoalmente, reconheço que 2023 foi um ano cheio. É sempre cheio quando temos saúde, paz e amor. Não me posso queixar. Como não sou, de certo modo, ambicioso, só tenho que agradecer a Deus, à família e aos amigos o dom da vida que me ajudaram a manter. Fiz coisas boas e outras menos boas. Andei ao sabor da maré, com os olhos postos no meu futuro e no futuro dos que me cercam, em especial a Lita, os meus filhos, netos e bisneta. Terei falhado algumas vezes, mas errar é próprio dos humanos.
Aqui chegados, resta-me felicitar todos os amigos e mesmo os que o não são, cultivando o espírito de um futuro melhor para todos.
Que em 2024, terminem as guerras, as fomes e os sofrimentos de toda a ordem. Está nas nossas mãos contribuir para um mundo muito melhor.

Fernando e Lita

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