sábado, 18 de dezembro de 2021

Bacalhau é Rei

Rei Bacalhau: MMI

Vamos entrar na semana em que o bacalhau é rei e senhor todo poderoso das mesas portuguesas. Das minhas memórias, posso afiançar que o bacalhau sempre foi rei na ceia da consoada. Posta grossa bem demolhada, com batatas, couves e ovo cozido, tudo bem regado com azeite de qualidade, de preferência, mais um cheirinho de vinagre, o nosso Rei no prato é sempre saudado com ditos a condizer: A posta tem bom aspeto, é de boa lasca, está no ponto de salga. Um ou outro atira para a conversa que nunca comeu bacalhau tão bom na vida. E os entendidos avançam que este é do Atlântico Norte, que o do Pacífico é fibroso.
Quem o demolhou, cá em casa, explica o cuidado que teve: Água fresca, de manhã e à noite, sem esquecer a lasquinha arrancada com a ponta da faca para saber o estado do Rei para a festa da família. Depois saltam os doces: rabanadas, bilharacos, aletria e bolo-rei. Tudo bem regado com vinhos conforme as posses. E votos, muitos votos de que no próximo ano tudo se repita.
Boa consoada para todos os meus leitores, amigos e suas famílias.

Fernando Martins

O Natal é Deus connosco

 

Se tens tristeza, alegra-te!
O Natal é alegria.
Se tens inimigos, reconcilia-te!
O Natal é paz.
Se tens amigos, busca-os!
O Natal é encontro.
Se tens pobres ao teu lado, ajuda-os!
O Natal é dádiva.
Se tens soberba, sepulta-a!
O Natal é humildade.
Se tens pecados, converte-te!
O Natal é vida nova.
Se tens trevas, acende a tua lâmpada!
O Natal é luz.
Se vives na mentira, reflete!
O Natal é verdade.
Se tens ódio, esquece-o!
O Natal é amor.
Se tens fé, partilha-a!
O Natal é Deus connosco.

Nota: De apontamentos pessoais guardados, mas cuja autoria não consigo recordar. Se alguém souber, agradeço informação.

Herbert Haag: 20 anos depois

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

O meu querido amigo Herbert Haag, talvez o maior exegeta católico do século XX, morreu fez este ano 20 anos: "partiu" no dia 23 de Agosto de 2001. Era realmente um dos maiores especialistas em ciências bíblicas, até porque dominava, para lá do latim e do grego, o hebraico, o aramaico, o ugarítico, o árabe...
O mistério da morte é que se parte sem deixar endereço. Ele acreditou, e eu com ele, que na morte não cairia no nada; pelo contrário, entraria em plenitude no mistério da infinita misericórdia de Deus, o Deus bom e amável, que Jesus anunciou por palavras e obras. Mas como é ninguém sabe. A morte é o mistério pura e simplesmente. O Absoluto tem duas faces: precisamente a morte e Deus.
Ficou a obra (Liberdade aos cristãos e A Igreja católica ainda tem futuro? estão traduzidos em português), a amizade, a saudade. Saudade, essa palavra que só a língua portuguesa tem e que, se tiver a sua raiz no latim salutem dare, donde vem também saudar, exprime o desejo de que, esteja onde estiver, esteja bem. Se a ligação for com solitate, então exprime a tristeza de quem está só porque o amigo já não está e faz-nos falta.

Dia de Nossa Senhora do Ó

Celebra-se hoje, 18 de dezembro, o dia de Nossa Senhora do Ó, cujo culto vem desde o século sétimo. Rezam as crónicas que terá começado em Toledo, atual Espanha, no ano 656. Na época de D. Afonso Henriques, esta imagem era conhecida por Nossa Senhora de Almonda. A partir de 1212, com a edificação da igreja, começou a ser conhecida por Nossa Senhora do Ó.
Nossa Senhora do Ó é a representação de Nossa Senhora grávida do Menino que haveria de estar na base de uma grande revolução que marcou a nossa era e teve por base a  construção de uma nova civilização, também chamada a civilização do amor. Projeto lindo que continua a inspirar os homens e mulheres de boa vontade.
Nossa Senhora do Ó mora também em nossa casa, concretamente no nosso quarto, por opção da Lita, com a qual concordei. Quando nos levantamos, ela olha-nos fixamente, como que a recomendar-nos que nos portemos bem. Fazemos por isso.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Papa Francisco celebra 85 anos

O Papa Francisco celebra hoje 85 anos, razão para humildemente o felicitarmos com votos de que continue a pautar a sua vida por uma entrega total à missão que assumiu, já com idade avançada. O seu amor à Igreja, indesmentível e estimulante, não deixa ninguém indiferente, mesmo os não crentes. Que Deus o proteja e o ajude a manter-se firme ao leme da barca de Pedro.

Feliz és tu porque acreditaste, Maria

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo IV do Advento

"Alia a fé confiante à ousadia criativa como Isabel e Maria e ajuda a ser mais humano e feliz o Natal de tantos menosprezados sem teto nem pão, sem agasalho nem trabalho, sem consolação nem alegria de viver. Que a porta da cova de Belém se abra e haja Natal abrigado e feliz para todos."

Isabel proclama feliz, Maria, sua prima, porque acreditou na mensagem que Gabriel, o enviado de Deus, lhe anunciara. A fé de Maria abre caminho a quem acolhe Deus na sua vida e com Ele colabora na realização do projecto de salvação. A felicidade de Maria – expressa tão bem no poema/cântico do Magnificat composto certamente por Lucas – brota da leitura da história, tempo e espaço onde Deus actua e quer envolver-nos. A nossa correspondência livre e generosa origina a experiência feliz de sermos amados e responsabilizados. Lc 1, 39-45.
A fé “incarna na vida concreta, afirma o Papa Francisco na recitação do ângelus perante centenas de pessoas reunidas na Praça de São Pedro. Toca a carne e transforma a vida de cada um”. E acrescenta: “Cada um de nós – não o esqueçamos – é uma missão a cumprir. Portanto, não tenhamos medo de perguntar ao Senhor: o que devo fazer?”

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Ordenação episcopal de D. Manuel de Almeida Trindade

EFEMÉRIDE
1962
16 de dezembro

Durante uma imponentíssima cerimónia litúrgica, realizada na Sé Nova de Coimbra e presidida pelo bispo-conde Dom Ernesto Sena de Oliveira, recebeu a  ordem episcopal D. Manuel de Almeida Trindade, Bispo de Aveiro.

Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo 
e João Gonçalves Gaspar


Ao procurar nas redes sociais uma foto de D. Manuel de Almeida Trindade para ilustrar a nota da sua ordenação episcopal,  dei de imediato o primeiro lugar a esta. D. Manuel está nos aposentados  que a Diocese de Coimbra lhe destinou, após  o termo da sua missão em Aveiro, como segundo Bispo da restaurada diocese de aveirense. E tenho uma razão para isso.
Um dia, no regresso a Aveiro de uma reunião, eu e o saudoso Daniel Rodrigues resolvemos visitar  D. Manuel. Fizemo-nos anunciar e logo ele veio ao nosso encontro. Seguiu-se o convite para o acompanharmos. Recebeu-nos com a lhaneza que sempre cultivou. Mostrou-nos o seu recanto e o velho seminário onde havia sido professor e reitor. E como passa o tempo, D. Manuel? - A rezar, a ler e a escrever; tenho todo o tempo ocupado. Mais uma curta memória: No lançamento de um dos seus livros (Sinfonia - Notas biográficas sobre o Padre Arménio), à minha pergunta sobre o que iria fazer depois deste livro, respondeu-me de  pronto: - Vou escrever outro!

David Mourão-Ferreira - Voto de Natal


VOTO DE NATAL

Acenda-se de novo o Presépio no Mundo!
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos!
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos.

E a corrida que siga, o facho não se apague!
Eu aperto no peito uma rosa de cinza.
Dai-me o brando calor da vossa ingenuidade,
para sentir no peito a rosa reflorida!

Filhos, as vossas mãos! E a solidão estremece,
como a casca do ovo ao latejar-lhe vida...
Mas a noite infinita enfrenta a vida breve:
dentro de mim não sei qual é que se eterniza.

Extinga-se o rumor, dissipem-se os fantasmas!
Ó calor destas mãos nos meus dedos tão frios!
Acende-se de novo o presépio nas almas.
Acende-se Jesus nos olhos dos meus filhos.

David Mourão-Ferreira

NOTA: No Natal, tenho sempre presente a poesia de David Mourão-Ferreira


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

O Douro fica sempre na alma de quem o visita

Ontem, a RTP ofereceu-nos no programa da Carlos Daniel um debate sobre o Douro e suas potencialidades, que segui com interesse. Tanto bastou para me trazer à memória uma viagem oferecida pela Câmara de Ílhavo  em 2008. Por isso, aqui partilho o que então escrevi.




“Nenhum outro caudal nosso corre em leito mais duro, encontra obstáculos mais encarniçados, peleja mais arduamente em todo o caminho…

Beleza não falta em qualquer tempo, porque onde haja uma vela de barco e uma escadaria de Olimpo ela existe.”

Miguel Torga, 
in “Portugal”

Ontem subi o Douro com olhos bem abertos à contemplação das belezas de que tanto tenho ouvido falar. E lido, em autores que cantam o rio que cortou cerce o seu leito, deixando marcas de feridas que os séculos fizeram secar. As chagas sararam, mas as crostas ressequidas lá estão, oferecendo a quem as aprecia a dureza da corrida desenfreada das águas soltas e apressadas com vontade de descansarem no oceano.
E se a beleza da paisagem é indiscutível, ao modo de nos obrigar a voltar, a paisagem bonita das velas dos barcos, de que fala Miguel Torga, já se foi com a voracidade do progresso. Os rabelos há muito que perderam o privilégio de temperar e refinar o Vinho Fino nas bolandas da descida da Régua até Gaia. Aqui recebeu o baptismo de Vinho do Porto, numa clara manobra de marketing, bem engendrada há séculos, que tais técnicas não são exclusivas dos nossos tempos.

Inês Margaça: É preciso sorte para singrar no mundo do espetáculo

Inês Margaça em entrevista ao Timoneiro


A menina que começou a gostar de música aos quatro anos e que aos cinco enfrentou as teclas de um piano, sob a orientação da professora Delta Ribau, é hoje professora de canto e intérprete de canto lírico. Soprano com domínio de voz e alma da artista, ensina canto, dá concertos e estuda a caminho do mestrado, tendo beneficiado de uma bolsa, no âmbito do Projeto Erasmus, em Itália, para onde seguirá brevemente. É ela Inês Margaça, com quem tivemos a oportunidade de conversar há dias.
O Timoneiro não pode ficar indiferente aos projetos de uma artista que assume conscientemente os desafios do Canto Lírico e merecedora de ser conhecida pelos seus conterrâneos, os gafanhões, muitos dos quais se orgulham de ela ser uma artistas qualificada e digna dos grandes palcos, aos quais há de chegar, porque vontade não lhe falta.
Depois dos primeiros passos no piano, passou pelas escolas da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, onde recebeu lições da Prof. Rute Simões que a ajudou a entrar no Conservatório de Aveiro, aos 9 anos, ao mesmo tempo que frequentava o ensino oficial.
Com o 3.º grau de piano, percebeu que os seus professores gostavam da sua voz. “Eu cantava tudo e mais alguma coisa e todos diziam que eu era afinadinha e que a minha voz tinha um bom timbre”, disse.
Depois, com toda a naturalidade, deu o salto para a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, do Porto, que ainda frequenta, agora no primeiro ano de mestrado. E quem sabe se logo depois não surgirá a vontade de avançar para o doutoramento!

Centro de Religiosidade Marítima merece uma visita



O Centro de Religiosidade Marítima nasceu em Ílhavo na requalificação do espaço do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários, nas traseiras da igreja matriz de São Salvador. O espaço foi construído com gosto e arte, fundamentalmente concebido para preservar e mostrar a religiosidade marítima dos ílhavos através dos tempos. Trata-se de uma obra da responsabilidade da Câmara Municipal de Ílhavo, à qual se associou a paróquia de São Salvador, com imensas peças de âmbito religioso, muitas delas retiradas há muito dos serviços litúrgicos, mas perfeitamente restauradas. 
Muito se tem falado das preciosidades expostas, mas não posso deixar de reconhecer que tudo excedeu as minhas expetativas, tal a beleza estética, a sensibilidade artística e a riqueza do espólio que pude apreciar quando lá fui, dali saindo com a promessa de voltar. Daí que recomende vivamente aos meus leitores e amigos uma visita quanto antes. Até ao fim desde mês de dezembro a entrada é gratuita.

Horário: 
Terça a sábado 
10:00 - 13:00 / 14:00 - 18:00 
Domingo 14:00 - 18:00

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Luís Cipriano de Magalhães faleceu neste dia

Efeméride
1935
14 de Dezembro

Faleceu no Porto o Conselheiro Luís Cipriano Coelho de Magalhães, filho do Tribuno José Estêvão Coelho de Magalhães, que vivamente se interessou pelo progresso de Aveiro, mesmo pela restauração da sua Diocese. (Arquivo, XXVIII, pg. 245: Correio do Vouga, 29-2- e 23-12-1944) – J.

In "Calendário Histórico de Aveiro"

Nota: Tinha 76 anos de idade e frequentou a nossa região, habitando o célebre Palheiro da Costa Nova. Cantou a Ria e a sua família cuidou da capelinha de Nossa Senhora da Saúde. Também ali acolheu o célebre escritor Eça de Queirós. 

O Menino vem a caminho



Muito do que ouvimos, vemos e sentimos nos diz que o Menino do Presépio vem a caminho com toda a sua candura e o Advento litúrgico que a Igreja nos propõe não é mais do que uma proposta para vivermos esta quadra como um desafio à nossa responsabilidade de cristãos, que se há de projetar no tempo. No fundo, o que se pretende é que todos saibamos sair das nossas comodidades e indecisões, avançando corajosos para a construção da paz, da harmonia, da partilha solidária e da contemplação, rumo à fraternidade universal.
Santo Natal para todos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Ajudar o Advento da Alegria

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO

Não podemos baixar os braços. Igrejas que entrem num verdadeiro processo de conversão ajudam o Advento da Alegria. Preparam o Natal.

1. Há exortações e exortações. Algumas parecem tão exageradas que exprimem mais o desejo de quem as faz do que a possibilidade de poderem ser levadas a sério pelos seus destinatários. A Missa deste Domingo começa com um imperativo impossível: alegrai-vos sempre! Parece uma exortação inútil, como se alguém estivesse triste porque queria. Aliás, o mesmo S. Paulo também faz outra exortação ainda mais inútil: alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram[1]. No entanto, a exortação que deu o nome ao 3.º Domingo do Advento, ao alegrai-vos sempre, acrescenta: no Senhor, isto é, no Ressuscitado, alma do Domingo para se tornar alma de toda a semana. É este o próprio fundamento do movimento cristão, com modalidades diferentes, segundo os tempos e lugares.

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro

 

"Tal como aconteceu com os pastores e com os Magos, que não só se puseram a caminho, mas a partir daquele momento começaram algo novo, também cada cristão e cada comunidade são chamados a interpretar os sinais que nos vêm de Deus e a ir ao seu encontro. Viver o Natal é fazer o caminho que eles percorreram para se encontrarem consigo mesmos e com Aquele que vinha apontar um caminho de salvação."

Ler toda a mensagem aqui

Piódão para começar a semana

Recanto 
No museu local

Igreja matriz 

Um dos meus prazeres é recordar vivências que permanecem em recantos especiais da minha memória. Hoje venho com marcas da minha passagem por Piódão, aldeia típica famosa pela originalidade do seu casario e pelas histórias que lhe estão associadas. Hoje fico-me pelas imagens, destacando a falta de gosto da igreja que destoa numa terra de xisto. A lenda (ou história) de em Piódão se ter refugiado Diogo Lopes Pacheco, um dos que assassinaram Inês de Castro, a tal que terá sido coroada rainha depois de morta, também está associada a esta terra da serra do Açor.

domingo, 12 de dezembro de 2021

Manuel Ribau Teixeira já está no regaço maternal de Deus

Ontem à noite, faleceu em Lisboa o meu bom amigo Manuel Ribau Teixeira. Radicado na capital, com a família, esposa e filhos, Manuela Godinho, Pedro e Margarida, respetivamente, já está no regaço maternal de Deus um dos meus melhores amigos da infância e juventude. O seu corpo vai deixar-nos, mas o seu espírito de homem bom, dialogante, fraterno e generoso permanecerá nos seus familiares e amigos e nos que tiveram a dita de com ele trabalhar e conviver.
O seu sorriso aberto e franco e a sua palavra próxima e interessada com que me ouvia, bem como a simplicidade e humanidade das suas considerações a propósito das minha vida e projetos tocavam-me vivamente. Era, realmente, o amigo que sabia acolher e ouvir e com quem dava gosto conversar.
A nossa amizade vem da adolescência e juventude. Tempos de convívios fraternos, de diversões sadias. Sem televisões, os nossos domingos à tarde eram passados em casa dos seus pais, com a música a marcar o ritmo das nossas vidas. O Manuel tocava violino e os irmãos completavam a orquestra: O Ângelo, viola; o Plínio, bandolim ou banjo; o Diamantino, guitarra. Juntavam-se outros  que gostavam de música: O António, filho de um cantoneiro, banjo; e o Olívio Rocha, meu parente, rabecão. Eu, sem jeito para músico, ficava no lugar do público. Preferia a biblioteca da família Ribau, herdada de dois tios (Um padre e outro professor de matemática no Liceu de Aveiro), falecidos muito cedo.
O Manuel Ribau Teixeira, o mais velho, sobressaiu pelo seu apego ao estudo. Licenciou-se em Física, empregou-se e avançou para o doutoramento. Teve a gentileza de me oferecer a tese que defendeu na Universidade de Lisboa em 1983: “Processos atómicos em descargas luminescentes de Cátodo OCO.” Confessei-lhe que não percebia nada do que ele demonstrara. Ele riu-se, como era natural, e insistiu na oferta, que guardo religiosamente.
Um dia escrevi, num jornal, que o meu amigo Manuel Ribau Teixeira teria sido o primeiro doutorado da Gafanha da Nazaré. Se me enganei, não fui desmentido nem informado do contrário.
Hoje, depois de saber da sua partida para a ternura misericordiosa de Deus, elevo uma prece ao Senhor de todos os dons para que lhe dê um cantinho de onde possa contemplar os seus familiares e amigos até à hora do encontro final.

Fernando Martins

EXÉQUIAS

Velório: Amanhã, às 18 horas, na Igreja de Santa Joana Princesa, em Alvalade;
Missa de corpo presente na terça feira às 14h00;
Saída para o cemitério dos Olivais às 14h30;
Funeral às 15h00.

NO)TA: O Ângelo, o Plínio e o Josué também já faleceram. Ainda estão connosco, felizmente, o Diamantino e a Maria de Fátima.

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