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quarta-feira, 3 de março de 2021

Mais saúde e beleza com jejum e abstinência


«Hoje, sabemos que o jejum e a abstinência contribuem em grande medida para a saúde e até para a beleza. Quanto à espiritualidade, não há dúvida. Significativamente, a sabedoria de todas as religiões esteve sempre aberta ao jejum sadio.»


Anselmo Borges


NOTA: Fui educado dentro das regras da Igreja Católica e nunca me arrependi de ter cultivado na minha vida esse espírito, no respeito pelas opiniões dos outros. E na quaresma, era certo e sabido que o jejum (comer menos ou não comer uma refeição por dia) e a abstinência (não comer carne) faziam parte dos rituais durante 40 dias.
O essencial, no entanto, era destinar o que se poupava ou o que fosse possível para os pobres, aqueles que realmente podiam passar fome, porque subsídios não existiam. E assim se passaram os anos.
É claro que hoje se multiplicam, talvez não tanto quanto o necessário, os apoios às famílias carenciadas, em especial agora por causa da pandemia. Contudo, infelizmente, há sempre fome neste mundo.
Hoje, encontrei uma frase que destaquei no meu blogue num texto do meu colaborador Anselmo Borges que vem a propósito e que proponho para reflexão. Afinal, o jejum e abstinência até fazem bem à saúde e à beleza.

domingo, 24 de março de 2019

Anselmo Borges - Uma Quaresma para o mundo


«Hoje, sabemos que o jejum e a abstinência contribuem em grande medida para a saúde e até para a beleza. Quanto à espiritualidade, não há dúvida. Significativamente, a sabedoria de todas as religiões esteve sempre aberta ao jejum sadio.»

1. Uma ilustre Catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto entrou em contacto comigo, porque queria saber algo sobre a relação entre o jejum e a espiritualidade. 
Lembrei-me então de que estamos na Quaresma. Ela é mais para os católicos, que durante 40 dias se preparam, pelo menos, deveriam fazê-lo, para a festa que constitui o centro do cristianismo, a Páscoa. De qualquer forma, animam-na ou devem animá-la valores que são universais, de tal modo que poderíamos fazer a pergunta: Como seria o mundo, se tivesse anualmente a sua Quaresma, tendo na sua base esses valores: jejum, abstinência, oração, silêncio, esmola, sacrifício, conversão? 

2. O que se segue é uma breve reflexão que tenta responder a esta pergunta. Começando pela urgência de um retiro. De facto, a Quaresma refere-se aos 40 anos que os judeus passaram no deserto a caminho da Terra Prometida e aos 40 dias que Jesus esteve no deserto, em retiro, preparando-se para a sua vida pública, na qual o centro seria a proclamação, por palavras e obras, do Evangelho, a mensagem da salvação de Deus para todos os homens e mulheres. 
Aí está: retirar-se para meditar e reflectir. O que mais falta faz hoje. Quem se retira para fora do barulho e da confusão do mundo, para meditar e reflectir, ir mais fundo e mais longe, ao essencial? O sentido dos 40 anos e dos 40 dias: a libertação da opressão e da escravidão, a caminho da liberdade e, consequentemente, da dignidade. Para a felicidade, evidentemente. 
Neste contexto, os valores da Quaresma.