sábado, 22 de junho de 2024

Flores do meu quintal


De uma passagem pelo meu quintal numa hora de calor com vento desagradável.

Sem Deus, que futuro?

Concretamente nestes tempos de globalização, torna-se mais claro que não haverá paz entre as nações sem diálogo inter-religioso. Como não se cansou de repetir o teólogo Hans Kung: “Não haverá paz entre as nações sem paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões sem diálogo entre as religiões. Não haverá diálogo entre as religiões sem critérios éticos globais. Não haverá sobrevivência do nosso globo sem um ethos global, um ethos mundial.”
O diálogo inter-religioso é mais do que simples tolerância religiosa, pois é exigência do próprio Absoluto a que todas as religiões estão referidas. Precisamos de todas as religiões para tentar dizer melhor, embora sempre na gaguez quase muda, o Mistério que sempre transcenderá o que dele possamos pensar e dizer. As religiões estão referidas ao Absoluto, mas não são o Absoluto. Neste sentido, o místico diria: Deus é “nada” de todas as religiões. Mestre Eckhart pedia a Deus que o libertasse de “Deus”, isto é, dos seus conceitos, imagens e representações de Deus.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

UMA VIAGEM HUMANISTA

 
Carlos Patoilo, da Gafanha da Nazaré, e Rafael Anjos, de Ílhavo, conheceram-se na Juventude de Schoenstatt e estudam na Universidade de Aveiro. Rafael é doutorando em Engenharia Civil e Rafael é mestrando em Engenharia Mecânica. Os valores humanistas que partilham levaram-nos a Marrocos, no âmbito do programa humanitário UNIRAID.

Em fevereiro, ao longo de uma semana, percorreram cerca de 5 mil quilómetros, em nove etapas, ao volante de um Renault Clio de 1995, distribuindo 150 quilos de vestuário, equipamento desportivo e material escolar a crianças de aldeias remotas, onde a taxa de pobreza infantil ronda os 70%. Carlos e Rafael venceram as condições adversas do deserto, encontrando soluções “fora da caixa” para os problemas mecânicos que surgiram nas montanhas do Atlas e nas dunas. Nas aldeias onde pararam, encontraram uma “realidade chocante, onde tudo falta e onde se vive sem nada”. Viveram uma experiência humana especial que recordam: “Numa noite, no deserto, quando tentávamos solucionar um problema no carro, fomos surpreendidos pela visita de uma criança a quem oferecemos uma bola de râguebi. O olhar e sorriso que recebemos foram tão profundos que nunca iremos esquecer esse momento.” Sublinhe-se que a viagem de Carlos e Rafael foi apoiada pelo Município de Ílhavo, tendo o Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo, recebido os dois estudantes no dia da partida para Marrocos.


Na Revista  - CMI

NOTA - Os meus parabéns ao Carlos e ao Rafael pelos valores humanistas  que quiseram e souberam pôr em prática. Um forte abraço. 

António Rego — Um comunicador das "gentes" e das "ondas"


"O padre António Rego, antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e jornalista em vários órgãos de comunicação nacionais, afirma que autenticidade é o segredo para o comunicador e afirma-se sacerdote “das gentes” e “das ondas”.
“O dever de comunicar nas ondas foi uma experiência muito rica, porque tive sempre de ver, para além das câmaras e das imagens, uma comunidade viva. Não apenas a comunidade eclesial, mas a comunidade humana”, disse em declarações à Agência ECCLESIA."

Participei inúmeras vezes em reuniões e encontros de formação organizados pelo padre António Rego, na sua qualidade de diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais. Manifestava claramente os seus conhecimentos humanos e eclesiais, com naturalidade e otimismo. E na vida de comunicador, nas diversas áreas do jornalismo, mostrava a sua cultura multifacetada, onde sobressaía a fé que o animava.
Os meus parabéns ao padre António Rego pela celebração dos seus 60 anos de ordenação sacerdotal.

António Gedeão — Minha Aldeia



Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.

Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valências de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que emergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.

António Gedeão

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Gafanha da Nazaré - Cantiga Popular




Registo de 1919

Senhora da Nazaré,
Ó Nazaré da Gafanha,
A quem Deus quer ajudar,
O vento l'apanha a lenha!

A Gafanha foi à bulha,
A Barra foi acudir,
S. Jacintro teve medo,
Costa-Nova pôs-se a rir.

Hei-de casar na Gafanha,
Hei-de ser um gafanhão,
Para vender as batatas,
Às meninas de Alqueidão.

In Etnografia Portuguesa de Leite de Vasconcelos, Vol. III

Forum com vida


Passámos um dia destes pelo Forum - Aveiro. Muita gente que passeia e compra como sempre vimos. À partida, nada de novo. Apenas o povo que ciranda descontraidamente. Piza e cola zero ao lanche. Montras apelativas. Entrei na livraria. Não podia passar indiferente. Comprei um livro [Antes que me esqueça] de um blogger que leio diariamente, Francisco Seixas da Costa, dono de Duas ou três coisas.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Maio de 2024 foi o maio mais quente desde que há registos

Maio de 2024 foi o maio mais quente do globo 
desde que se iniciaram os registos, há 175 anos


Foi divulgado a análise da temperatura global referente ao mês de maio de 2024 e concluiu-se que se registou mais um mês a bater recorde de temperatura. Foi o maio mais quente da Terra, desde 1850, ano em que se iniciaram os registos.

A visita de um Esquilo em 2014

 


O avô ou bisavô  do Esquilo que andou pelo jardim do nosso parente e amigo Humberto Rocha também morou uns tempos no nosso quintal, em 2014. Depois, quando eu julgava que ficaria por cá, resolveu emigrar não sei para onde.  Fiquei triste por não se ter despedido de nós.

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