domingo, 13 de dezembro de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 161

BACALHAU EM DATAS - 51




O PRINCÍPIO DO FIM ...

Caríssimo/a:

1964 - «O máximo de arqueação líquida (capacidade) da frota bacalhoeira [é] de 67.026 toneladas em 1964, quase sete vezes mais que em 1934. Ora, se nesse período, o número de unidade em laboração pouco mais que duplicou, o que supõe um crescimento de capacidade média de pesca por navio.» [Oc45, 101]

1965 - «A quarta e última novidade só se detecta em 1965. É então que faz a sua primeira viagem inaugural o primeiro arrastão pela popa da frota portuguesa, o MARIA TEIXEIRA VILARINHO, armado pela empresa José Maria Vilarinho, L.da, de Aveiro. Construído nos Estaleiros Navais de Viana, foi também o primeiro navio da frota dotado de porão congelado.» [Oc45, 100]

1966 - «Até 1966, os diversos tipos de navios de pesca à linha perfazem a maioria das unidades da frota, embora nessa data a capacidade global de pesca dos arrastões bacalhoeiros já supere a dos veleiros com e sem motor.» [Oc45, 95]

1967 - «... a liberalização do comércio do bacalhau aconteceu em 1967...» (v. 1934)[BGEGN, 1991, 7]

«O princípio do fim da “Campanha do Bacalhau” ocorreu aquando da liberalização do comércio do bacalhau, em 22 de Julho de 1967 (Portaria n.º 22790). No essencial, este diploma, assinado pelo Secretário de Estado do Comércio, Fernando Alves Machado, abolia a “tabela do bacalhau” em vigor desde meados de trinta e permitia aos armazenistas a importação de remessas a título individual (abolição do sistema de quotas de rateio).» [Oc45, 104 n. 3]

1969
- «National Geographic Magazine, reportagem a bordo de um bacalhoeiro português.» [C., 20]

1970 - Aparece a Friopesca para apoio à actividade piscatória da Sociedade de Pesca Miradoiro, formada em 1965. Pioneira no lançamento da batata pré-frita e na preparação e congelação de legumes (ervilhas, favas, pimentos).

«No início dos anos setenta, uma nova modalidade se impôs – a de “redes de emalhar”. O sistema era semelhante ao anterior só que, agora, as possantes lanchas não largavam linhas com anzóis que era preciso iscar, mas sim redes incolores, de monofilamento, onde o peixe se enredava e não se libertava mais.» [Oc45, 54]

1971SET10 - Tragédia nos mares da Terra Novas – Incêndio no navio S. JACINTO: morreram oito tripulantes.

[Fazendo memória destes Tripulantes, do sofrimento de suas Famílias, sinto a angústia de todos os familiares da equipagem que contemplei espelhada no rosto cerrado e no coração apertado da Avó do Fernando, meu sobrinho!

Viver dias tão compridos é arrepanhar o Céu, fazer amizade com o Demónio, mas, logo a seguir gritar num desengano abismal: “T'arrenego, Satanás! E te esconjuro que vás prò mar acolhado!” E, num arrebatamento, à Senhora dos Navegantes, da Boa Viagem, da Nazaré e da Fátima eu Vos prometo,... nós Vos prometemos...]


«O RAINHA SANTA viria a ser transformado em navio de redes de emalhar após a campanha de 1971. A transformação dos sete navios-motor de pesca à linha em arrastões ocorreu entre 1961 e 1967.» [Oc45, 106 n. 26]

1973 - «Nas 37 campanhas ininterruptas que efectuou entre 1937 e 1973, ano em que foi o único veleiro de pesca a ir aos bancos, o CREOULA foi sempre referenciado como o navio de vela de pesca à linha mais bem equipado e mais confiável da frota portuguesa, dados os cuidados postos na sua construção e aprestamento. [C., 43] “Após a sua campanha de veleiro solitário em 1973 e verificando a inviabilidade da pesca nas condições de que o CREOULA dispunha, em 31 de Dezembro de 1973, o registo do navio foi alterado para tráfego local, sendo encarada a venda ou desmantelamento como solução final.»[C., 38]

«Em 1973 terminaria a pesca com navios que podiam navegar à vela; os lugres com motor CREOULA e LUÍSA RIBAU cumpriram então a sua última safra.»[Oc45, 91]

«Tal como noutros países, a frota de embarcações da “grande pesca” seguiu com enorme atraso as inovações da tecnologia usada nos navios de guerra. De notar que na Armada portuguesa a chamada “marinha de vela” praticamente desaparecera na década de noventa do século XIX. A frota bacalhoeira prolongou-a até ao terceiro quartel do século XX.» [Oc45, 99]

«Além dos efeitos da crise do petróleo de 1973 sobre as despesas de exploração dos navios, os armadores viram rurir todas as condições que o Estado lhes dera durante largos anos: garantia de recrutamento de pescadores para o ofício de pesca à linha, estabilidade dos salários, crédito abundante e barato, reserva de mercado e preços mínimos de venda do bacalhau aos armazenistas.» [Oc45, 90]

Manuel

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