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sábado, 20 de agosto de 2022

Dia Internacional do Animal Abandonado

A  nossa Nina

Celebra-se hoje, terceiro sábado de Agosto, o Dia Internacional do Animal Abandonado. Esta celebração acontece desde 1992 e tem por princípios fundamentais sensibilizar as pessoas para não abandonarem os seus animais, recolhendo e encaminhando os vadios  para estruturas vocacionadas para os receberem.
Se é verdade que há gente capaz de estimar os seus animais domésticos, também não falta quem os abandone à sua sorte, por razões nem sempre compreensíveis. Se houver dificuldades económicas, podemos garantir que os animais domésticos são os primeiros a adaptarem-se à nova situação, sem protestos. 
Por experiência própria, podemos garantir que os nossos animais, gatos, presentemente, têm alimentação garantida, cuidados recomendados pelos médicos veterinários, nomeadamente as vacinas e a esterilização.
A Nina não nasceu em berço de ouro. Veio num grupo de gatos vadios a quem garantimos água fresca e alimentação a horas certas.  Não se deixam apanhar, por mais carinhosa que a Lita se mostre. A  Nina, porém,  talvez por temperamento mais dócil, aceitou o convite para viver connosco. E cá está sempre à espera de  nos sentarmos a jeito para ela dormir uma boa  soneca, bem aconchegada.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Há horas para tudo

Há horas para tudo, principalmente na minha idade. Não me dou bem com euforias e muito menos com desânimos. Fico no meio termo. 
Porque estou confinado, que outra atitude não posso assumir face às notícias com que somos bombardeados a toda a hora sobre os efeitos perversos do Covid-19 e seus derivados, fico preocupado e torno-me mais cuidadoso. 
Para não falar mais do mesmo, volto-me para quem carinhosamente me acompanha em horas de maior isolamento. A Nina torna-me num privilegiado. Só me deixa por razões de força maior: comer, beber e tomar ar. E ali está junto aos livros. 
De vez em quando, desaparece, escondendo-se no meio deles. Será que anda envolvida em leituras de seu interesse?

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Vamos ter mais frio

A Nina já está no seu lugar
Vamos ter mais frio! Esta informação chegou aos meus ouvidos ao jeito de quem me anuncia uma grande novidade. Mas como poderia ser diferente se o Inverno começou há dias? Foi o que esclareci.
Fiquei com a impressão de que as pessoas associam à expressão Ano Novo Vida Nova a ideia da eterna primavera com os seus dias amenos e naturalmente agradáveis. 
O Inverno é a estação fria, ventosa e chuvosa pelas leis da natureza e da situação geográfica em que assentamos os pés e respiramos. E não há volta a dar.
A solução está em usar roupa adequada, procurar o aconchego do lar, sentir o crepitar das achas nos borralhos ou nas salamandras e, sobretudo, saborear o calor humano que dimana da alegria de viver. Umas boas risadas não afugentarão o Inverno? E não podemos esquecer que a estação mais fria só vai pregar para outras bandas lá para fins de Março.

F. M.

domingo, 5 de dezembro de 2021

A Nina ao calor da fogueira

 

No remanso da minha tebaida, o acender e reacender da salamandra ocupa-me uma boa parte do tempo, com música de fundo a animar a minha sensibilidade. A Nina dormitava por aqui e por ali olhando de soslaio quem passava e quem procurava o calor da fogueira. De repente, saltou e aproximou-se da salamandra e adormeceu tranquilamente para nossa contemplação.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Notas do meu diário em maré de pandemia

A Nina mostra-se atenta
Estes dias têm sido muito emotivos para mim. Até parece que ando um pouco nas nuvens, curiosamente carregadas com chuva que tempera o tempo e porventura os ânimos. Para além disso, dou comigo a pensar até que ponto o coronavírus mexeu comigo e com os demais, deixando marcas que se refletem nos seus comportamentos.
O medo que gerou sobretudo nos mais frágeis, pela idade e pelas diminutas resistências física e mentais, mas ainda o isolamento e distanciamento a que foram forçados, associaram-se deixando mazelas irreversíveis em muitos casos.
Uns terão reagido positivamente quando algumas nuvens se dissiparam, o que é de louvar, mas muitos outros não conseguiram dar a volta à situação, mostrando sinais inquietantes nos relacionamentos e comportamentos.
Permitam-me que me reconheça algo afetado. Vou descobrindo nas minhas atitudes e pensamentos diários sinais de temor nem sei de quê ou de quem, tristezas sem razões aparentes, incertezas sobre o que devo fazer ou pôr de lado. Contudo, de permeio algo de positivo senti no último fim de semana.  Mas disso falarei amanhã. 

FM 

terça-feira, 17 de agosto de 2021

NINA - Meiga e serena companheira

 

Pode parecer estranho que venha já com a Nina, em jeito de treino para reiniciar o meu blogue, mas faço-o com a consciência de que há animais domésticos que são serenos companheiros no dia a dia. É óbvio que as pessoas são a mola real da vida de cada um de nós. Mas temos de convir que imensas vezes nos deliciamos com animais como a nossa Nina. Não perturba quem está, não se zanga com ninguém, não barafusta seja com quem for. É  limpa e asseada, meiga e serena companheira. Ali está num lugar que ela já conquistou para dormir as suas sonecas. E desta vez. olhou-me de frente e penso que ficou feliz por me ver. Depois, deu meia-volta e passou a nova soneca.

domingo, 8 de novembro de 2020

SINAL DE PASSARADA


 A Nina é uma gata com sentidos apurados. Foi visitar-me ao sótão, hábito que cultiva há muito, e foi para a janela apreciar o ambiente, julguei eu. De repente, o instinto sobressaiu. A passarada passeava tranquilamente na cobertura e a Nina ficou muito atenta a pensar na forma de caçar um qualquer passarito. Desta vez não teve sorte.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

A Nina



OS GATOS

Há um deus único e secreto
em cada gato inconcreto
governando um mundo efémero
onde estamos de passagem

Um deus que nos hospeda
nos seus vastos aposentos
de nervos, ausências, pressentimentos,
e de longe nos observa

Somos intrusos, bárbaros amigáveis,
e compassivo o deus
permite que o sirvamos
e a ilusão de que o tocamos

Manuel António Pina

NOTA: A Nina, a nossa gata, tem carta branca para cirandar pela casa e arredores. Um pouco vadia, ou não fosse essa a sua origem, gosta de dar as suas voltas pelo quintal, mas regressa sempre. Dorme bem, que os gatos, pelos vistos, são dorminhocos, e quando acorda aprecia a companhia das pessoas, mantendo um silêncio misterioso. Hoje, depois do passeio matinal, procurou-me no sótão. Olhou-me fixamente, talvez a tentar descobrir o meu estado de espírito neste tempo frescote e de confinamento, e desandou para a janela. Olhou a paisagem, mirou quem passava, voltou-se para mim e deu-me ordens para lhe tirar o retrato. E como não sou poeta, lembrei-me deste poema de António Pina que diz tudo o que eu não seria capaz de dizer.