sábado, 11 de fevereiro de 2017

Para todos mudarmos de conversa


«A terra não nos pertence. Esta noção fundamental é-nos lembrada pelos ecologistas. Deixando de lado todos os fenómenos espúrios, considero que esta nova atenção consagrada ao ambiente é um acontecimento capital para a história da Humanidade.»


Abbé Pierre
In Testamento

Uma história para nos fazer sorrir...

Forte de São José

José Manuel Coelho é um cidadão e político português, capaz de criar guerras na Madeira. Há dias, foi condenado a prisão efetiva, por ofensas a um adversário político, durante uma campanha eleitoral, que o juiz considerou graves. Jurou que não seria preso. Vai daí, ameaçou pedir asilo político ao autoproclamado Principado da Pontinha, onde reina D. Renato Barros II, ”O Justo”. O reino de D. Renato tem 187 metros quadrados e fica a uns 70 metros ao largo do Funchal. O único habitante é o príncipe D. Renato, quando lá vai de visita.

Ler mais sobre o principado aqui 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Para falar, ouvir o silêncio

Crónica de Anselmo Borges 



Quando comparamos o ser humano e os outros animais, notamos que a linguagem é característica decisiva dos humanos. Já no século XVIII se deu essa compreensão, pois encontramos inclusivamente caricaturas com um missionário no meio da selva africana dizendo a um macaco: "Fala, e eu baptizo-te." Se falasse, era humano. Evidentemente, esta fala refere-se ao que é próprio do ser humano: dupla articulação da linguagem.
Pela palavra, abrimo-nos ao mundo e o mundo abre-se a nós. Falando, damos razão disto ou daquilo, argumentamos, comprometemo-nos, formamos comunidade. Sendo a razão humana linguisticizada, só podemos compreender-nos a nós próprios em corpo, com outros e na história.

O homem, pelo facto de ser "zôon lógon échon", animal que tem logos (razão e linguagem), é também "zôon politikón", animal social, político, diferentemente do animal, que é gregário, e a razão disso é a palavra, como bem viu Aristóteles, na Política: "A razão de o homem ser um ser social, mais do que qualquer abelha e qualquer outro animal gregário, é clara. Só o homem, entre os animais, possui a palavra." E continua: "A voz é uma indicação da dor e do prazer; por isso, têm-na também os outros animais. Pelo contrário, a palavra existe para manifestar o conveniente e o inconveniente, bem como o justo e o injusto. E isto é o próprio dos humanos face aos outros animais: possuir, de modo exclusivo, o sentido do bem e do mal, do justo e do injusto e das demais apreciações. A participação comunitária nestas funda a casa familiar e a cidade."

Saber escolher para viver em plenitude

Reflexão de Georgino Rocha


Jesus recorre ao contraste para realçar a novidade de vida dos discípulos. Lembra sentenças da Lei e dos Profetas muito apreciadas pelos judeus fiéis e faz-lhes uma interpretação radical em que desvenda o seu alcance genuíno e sentido integral. Justifica a sua atitude dizendo: “Não vim anular, mas dar plenitude”. E enumera os preceitos referentes ao homicídio, ao adultério, ao divórcio, ao juramento, à não violência e ao amor aos inimigos. Visualiza assim o novo rosto de quem é luz do mundo e sal da terra, irradiando felicidade. (Mt 5, 17-37).

A lei é precisa para congregar vontades e definir regras de convivência; mas, sem amor de doação, a vida desumaniza-se e a sociedade perde vitalidade. As normas são indispensáveis para gerar a harmonia na família e noutras formas gregárias, mas sem misericórdia compassiva e tolerante, a relação humana degrada-se e o egoísmo impõe-se. Os códigos têm valor enquanto regulam interesses e articulam funções nas organizações, mas sem atenção respeitosa à pessoa e ao bem comum, o conjunto desfigura-se e perde o sentido de serviço público. De facto, as Escrituras registam mandamentos e sentenças que definem o comportamento fiel do povo eleito para viver segundo a vontade de Deus. A situação actual reforça a importância desta urgente conjugação que dá rosto humano à realidade e segurança à liberdade.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O Santa Maria Manuela parte para novas aventuras!

Santa Maria Manuela 
no Universo Jerónimo Martins


«Com efeitos legais a partir do passado dia 11 de Novembro, a Pascoal alienou o " Santa Maria Manuela" ao Recheio Cash and Carry, SA, empresa do universo Jerónimo Martins.
Motivações estratégicas e de contexto a tal obrigaram.
Foi uma honra para a Pascoal protagonizar e assumir a enorme responsabilidade de tornar realidade um sonho que se foi tornando colectivo, transformando um martirizado e heroico casco, num extraordinário navio seja qual for o ponto de vista de análise.
Preservámos o que de melhor tem o património marítimo português, ao mais alto nível, mantendo o navio com o pavilhão convencional de Portugal!.
Por outro lado, cumprimos o imperativo de consciência de homenagear em espaço vivido - o Santa Maria Manuela - todos aqueles que foram para a pesca do bacalhau à linha, do Capitão ao Moço, gente de Caminha à Fuzeta e aos Açores.
Dignificamos a Marinha Mercante Portuguesa ajudando a formar tripulações capazes de operar um grande veleiro que - tantas vezes nos últimos anos - foi o único representante de Portugal nas maiores concentrações mundiais de Tall Ships!
Milhões de pessoas admiraram a extraordinária beleza do SMM e mais de 400 000 pessoas o visitaram!
A todos quantos de forma sincera e desinteressada colaboraram com a Pascoal neste projecto, o nosso imenso abraço de amizade e agradecimento!
Aos novos proprietários e armadores, os nossos maiores votos de felicidades no desempenho da nobre tarefa de dar um novo impulso ao projecto SMM!
Pela nossa parte, caros Amigos, não pensem que nos estamos a despedir. Estamos apenas a dizer um até já!

Viva o Santa Maria Manuela e o seu projecto!
Viva Portugal!

Anibal Paião                                                        João Vieira»

Li aqui 

Postal Ilustrado: Painéis cerâmicos cheios de sentido






A Gafanha da Nazaré, como muitas povoações de Portugal, é rica em painéis cerâmicos ou outros. Terras antigas brindam os visitantes e quem passa com inscrições em pedra, cada uma com a sua história, dignas de se perpetuarem no tempo. Trata-se de uma riqueza cultural nem sempre aproveitada e muito menos apreciada, mas merecedora de estudos, importantes para os presentes e para os vindouros.
Quando calcorreamos a nossa terra, se levantarmos os olhos do chão ou da frente, fixando, por momentos, o casario, deparamos com painéis cerâmicos saídos da imaginação dos seus proprietários. Com muito bom gosto, uns, e nem por isso, outros. Porém, vale sempre a pena, porque cada painel está, obviamente, ligado à vida e pensar das pessoas que apostaram neles, como sinal identitário da família.
Nas minhas andanças por aí, sobretudo quando vou sem pressas, vejo painéis devocionais, de agradecimento a Deus, a Nossa Senhora e aos Santos, de identificação familiar, de evocação de memórias com cenas caídas em desuso, mas dignas de registo pela sua marca pedagógica e histórica.
Pelo que tenho visto, as pessoas agem sem complexos nem preconceitos, principalmente quando chega a hora de agradecer benefícios atribuídos a Deus, a Nossa Senhora, em especial de Fátima, ou à mediação dos santos das suas devoções.

Fernando Martins

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Escuteiros vendem folares à porta da Igreja Matriz

Neste fim de semana, 
foram batidos todos os recordes 
de vendas de bolos

Chefe Fátima Simões e ajudantes
Chefe dá explicações
Há quem goste de escolher pela cor
Quem foi à missa das 11h15 na Igreja Matriz, no domingo, 29 de janeiro, reparou decerto nos escuteiros do Agrupamento 588 do CNE, Gafanha da Nazaré, que vendiam bolos ou folares sem ovos em cima. Era uma azáfama e se não tivéssemos encomendado um, ficaríamos a ver navios, porque se esgotaram num ápice. O sinal de que os bolos doces são apreciados está precisamente na procura rápida que se verificou. E cada um custa apenas dois euros.
A Fátima Simões, bem conhecida entre nós pelo seu dinamismo, não tinha mãos a medir. Mas nem assim deixou de posar para a fotografia e de nos prestar alguns esclarecimentos sobre esta ação.
É escuteira há 17 anos, sendo, presentemente, a chefe de unidade da II Secção, os Exploradores. «Desde sempre tive um “bichinho”, mas como andava por outros movimentos e serviços fui deixando sempre “para o canto” esse gosto», disse. E acrescentou: «Com a entrada da minha filha para o escutismo, o “bichinho” cresceu e cá estou.»
Fátima Simões garante-nos que a venda dos bolos já se faz há uns 20 anos, mas de forma regular só há uma década. Sublinha que são folares ou pão doce e a venda ocupa seis fins de semana por ano, «independentemente de colaborarmos com o Conselho Económico nas vendas de bolos que também promove».
Segundo a chefe Fátima Simões, a venda deste fim de semana, dinamizada pela sua secção, bateu todos os recordes, com 400 bolos vendidos em todas as missas da paróquia.
Esta iniciativa, que visa a angariação de fundos para as muitas despesas do agrupamento, dirige-se atualmente para a construção em curso da nova sede dos escuteiros, em que todos estão empenhados, como é compreensível.
Na confeção dos bolos, para além do envolvimento dos escuteiros e chefes, há ofertas de pessoas amigas, nomeadamente, farinha, ovos e açúcar. E o agrupamento ainda conta com amigos experimentados em fazer a massa, com as doses adequadas, e para a cedência de fornos, onde os bolos são cozidos.
Conforme nos informou a chefe Fátima, o agrupamento foi autorizado pela direção do Grupo Desportivo da Gafanha a vender bolos naquele fim de semana, junto ao Pavilhão Desportivo, onde esteve a decorrer um torneio de basquetebol feminino sub 14.
Importa dizer que os nossos escuteiros, com o seu dinamismo própria, se envolvem em diversas iniciativas de enriquecimento pessoal e coletivo. O agrupamento tem 4 secções com um efetivo de 80 associados e 17 chefes.

Fernando Martins

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