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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Um livro de Álvaro Garrido

Livraria Santa Joana - Aveiro
7 de março
18 horas


“Cooperação e Solidariedade: Uma História da Economia Social”,  um livro de Álvaro Garrido, conta a história das organizações que deram origem ao conceito de “economia social”: das corporações medievais às misericórdias, das organizações mutualistas às cooperativas, do paternalismo patronal do século XIX aos seguros sociais. 
Em Portugal, esta “ideia nova” transformou-se num variado movimento associativo, pouco suscetível de enquadramento nas diversas versões do Estado-Providência.
A apresentação deste livro será feita pela Profª. Doutora Raquel Campos da Universidade Católica Portuguesa.

Nota: Texto da divulgação do lançamento do livro no dia 7 de março, pelas 18 horas, na Livraria Santa Joana, em Aveiro. 

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Álvaro Garrido — "As pescas em Portugal"

"As pescas em Portugal" é um livro de Álvaro Garrido, que foi diretor do Museu Marítimo de Ílhavo e é, presentemente, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e seu atual diretor. Investigador, tem obra valiosa na área da história das pescas e economia marítima. 
Hoje, neste espaço, aconselho mais um livro da Fundação Francisco Manuel dos Santos, na esperança de que nossos leitores o leiam, ou não fosse o tema aliciante para quantos se interessam pelo mar e pelas pescas.
Diz Álvaro Garrido que o tema "carece de um debate público", sublinhando que "as pescas e os pescadores ora são objecto de invocações lendárias, ora se inscrevem numa atividade económica considerada decadente, condenada ao declínio".
Em 145 páginas, Álvaro Garrido, para além da introdução, aborda Ideias feitas e tendências longas, A política de pescas do Estado Novo, Da Revolução de Abril à Comunidade Económica Europeia, Impactos da política comum das pescas e Dilemas para o futuro: um declínio inevitável? e Fontes.
Na contracapa, na última das três notas, lê-se: "Com contributos de pescadores, armadores, cientistas e decisores políticos, esta é uma história das pescas portuguesas e um retrato do actual estado do sector, num ensaio que lança as bases para um debate urgente e sério sobre as pescas em Portugal."

F. M.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Álvaro Garrido deixa Museu Marítimo de Ílhavo

Álvaro Garrido deixa a consultadoria do Museu Marítimo de Ílhavo para dirigir a construção do Centro da História do Bacalhau de Lisboa, que integra o novo cais da capital. Trata-se de um projeto orçado em 27 milhões de euros, sendo financiado em parte pela taxa turística da autarquia lisbonense. Assim, a frente ribeirinha, entre o Terreiro do Paço e a Doca da Marinha, vai sair enriquecida com o referido Centro da História do Bacalhau. 
Álvaro Garrido deixa a gestão do MMI, passando as inerentes responsabilidades para a ”prata da casa”, assegurou Fernando Caçoilo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo. 
Entretanto, o Diário de Aveiro sublinha, hoje, que Álvaro Garrido esclareceu que «vai abandonar “em definitivo” a sua colaboração com o Museu Marítimo de Ílhavo, de que era atualmente consultor, por questão relacionadas com a sua carreira universitária», acrescentando: “A única razão da minha saída, há muito prevista, é a minha vida académica e a impossibilidade de continuar a colaborar com o Museu Marítimo de Ílhavo, ainda que residualmente.” 
Formulo os melhores votos dos maiores sucessos a Álvaro Garrido, quer ao serviço de novas funções, quer na vida académica e pessoal, reconhecendo  a forma  prestável com que sempre nos acolheu, desde a primeira hora em que assumiu responsabilidades no MMI.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Faz sentido ler o que pensa Álvaro Garrido

Álvaro Garrido no Museu de Ílhavo (Foto do meu arquivo)

Na senda de grandes entrevistas a outros tantos grandes historiadores, a revista bimestral “JN HISTÓRIA” publica, no seu número 18, editado em fevereiro, uma desenvolvida entrevista a Álvaro Garrido, assessor do Museu Marítimo de Ílhavo. “O esquecimento parece predominar sobre a memória”, ao lado da foto do entrevistado, é a expressão que nos desafia a conhecer mais e melhor Álvaro Garrido, professor da Universidade de Coimbra. E ainda antes das perguntas e respostas, Pedro Olavo Simões, o entrevistador e Coordenador Editorial da revista, afirma, como mais um desafio à leitura, «que faz sentido, neste momento social e político, ler o que pensa Álvaro Garrido, não só uma referência maior da história marítima, mas um profundo conhecedor do corporativismo do Estado Novo e da economia social».
O entrevistado, que foi diretor do MMI entre 2003 e 2009, passando depois a consultor, respondeu às questões que lhe foram colocadas com clareza e saber, preenchendo 18 páginas de texto e fotos, que são razão mais do que suficiente para tomarmos conhecimento dos meandros do salazarismo, em que é especialista qualificado. «Parece-me que a sociedade portuguesa foi bem domesticada pelo Estado Novo», não porque «a longevidade do regime permitiu essa domesticação silenciosa, mas porque a herança foi muito pesada».
Álvaro Garrido diz-se «muito preocupado» com a «deriva populista a que nós assistimos na Europa e no mundo» e afirma que «é um desconserto político, para o mundo, a eleição de uma figura com Donald Trump». E sobre a pesca do bacalhau, afiança que «Havia uma dimensão dramática, cruel, do trabalho humano da frota bacalhoeira portuguesa».
Referindo-se ao seu trabalho no Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), garante: «Enriqueceu a minha perspetiva, acrescentou conhecimento e fez-me mais e melhor historiador, na medida em que percebi processos menos abstratos, menos instituídos, que os historiadores, no campo académico, podem ter mais dificuldades em perceber.» Frisa que foi gratificante o trabalho no MMI, «muito racional e muito planeado», só possível «devido a uma visão institucional, política também, de qualificação do museu».
Reconhece, entretanto, que tem havido «um grande progresso no modo como as autarquias encaram a cultura e o património, apesar de algumas ineficiências e opções erradas». E adiantou: «No caso do município de Ílhavo (…), houve uma sensibilidade muito clara relativamente ao papel que o museu marítimo municipal podia ter no desenvolvimento local e regional e no país, enquanto instituição promotora de cultura do mar.»
Álvaro Garrido considera-se mais de Coimbra do que da sua terra natal, Beduído. Diz que gosta muito de Estarreja, onde tem familiares e amigos, e aprecia a Torreira, «um lugar onde garantidamente se apanha frio e vento, mas onde é muito agradável estar», razão por que a considera o seu «lugar de descanso».
Em jeito de síntese, Pedro Olavo Simões traça o perfil do historiador e professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, mas também assessor do MMI — O homem do mar com alma agrária [a sua grande paixão era a agronomia] —, sublinhando: «não é possível conhecer a história marítima contemporânea de Portugal, particularmente durante o Estado Novo, sem esbarrar sucessivamente no trabalho de Álvaro Garrido.»
Salienta, entretanto, que o rumo do mar e o setor bacalhoeiro durante o Estado Novo lhe foram sugeridos pelo grande historiador Joaquim Romero Magalhães, recentemente falecido, que «foi seu orientador da dissertação de doutoramento». Afirma que se trata de um «autor especialmente prolífico», com «vasta obra publicada em torno das suas áreas de interesse», que me dispenso de citar pela sua extensão. E já agora, permitam-me que revele um dos seus sonhos: «ver o Sporting campeão.»

Fernando Martins

sábado, 29 de julho de 2017

Álvaro Garrido: Venham ao museu e tragam um amigo também

Faina Maior
Embarcações lagunares

O bacalhau que comemos

Aquário dos bacalhaus
O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) aguarda a nossa visita em qualquer dia do ano. Jovens e menos jovens são sempre bem recebidos e desejados, porque um museu tem de ser permanentemente uma casa aberta, com a predisposição para acolher quem chega, ou não tivesse nascido para exibir um recheio multifacetado e devidamente organizado, direcionado para as pessoas. 

Álvaro Garrido 
Um dia destes lá fomos cumprir um ritual integrado nas férias anuais que teimamos em manter. À chegada, tivemos a dita de encontrar o consultor do MMI, Álvaro Garrido, que fizemos questão de cumprimentar, a quem lançámos uma questão: Dê-nos uma boa razão para visitar o Museu de Ílhavo durante as férias! E com toda a naturalidade, Álvaro Garrido sugeriu que o ideal seria participar na festa comemorativa dos 80 anos do museu, que decorre de 5 a 8 de agosto, sublinhando, como pontos altos, «a inauguração de uma exposição extraordinária intitulada História Trágico Marítima, que vai incluir muitas obras valiosas que não é comum verem-se em exposições». 
Referiu que há um concerto celebrativo no dia 6, à noite, no largo do museu, «precisamente baseado numa obra inédita de Fernando Lopes Graça — História Trágico Marítima, cuja letra foi escrita por Miguel Torga». E acrescentou: «É um espetáculo muito singular, inédito», tratando-se de uma obra musical que foi descoberta e que estava esquecida», obra essa «que tem sido trabalhada pelo maestro Vassalo Lourenço».
Álvaro Garrido lembrou, entretanto, que, de 5 a 8 de agosto, há continuamente atividades, visitas especiais e a possibilidade de «fazer coisas diferentes no museu, para vários públicos, dos 8 aos 80 anos». 
Questionado sobre o enquadramento do MMI no contexto europeu e a nível internacional, Álvaro Garrido adiantou que «o nosso museu é cada vez mais conhecido.» E esclareceu: «Os museus marítimos são muitos, mas têm identidades muitos diversas; há os museus marítimos de comunidade e museus navais», sendo certo que «os museus marítimos, à escala internacional, estão numa espécie de encruzilhada, hesitantes entre os caminhos a seguir». 
Disse que o MMI tem conquistado públicos, «talvez por efeito do fluxo de turismo que ocorre em Aveiro e que tem algum impacto no município de Ílhavo». «É um público mais aberto, do país inteiro, e o número de estrangeiros também está a aumentar, sobretudo espanhóis, franceses, e não só, e ainda ilhavenses que estão na diáspora; no verão é muito comum as pessoas virem ao MMI, quase como um ritual». E finalizou a nossa curta conversa com um apelo: «Venham ao museu e tragam um amigo também.» 

Fernando Martins

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fotografias de Valdemar Aveiro


No Museu Marítimo de Ílhavo



As memórias da pesca do bacalhau tardaram a surgir no espaço público. Crónicas e imagens permaneceram guardadas enquanto foi tempo de luto. Lentamente, quando a arca se abriu, uma após outra começaram a enriquecer-nos de histórias, alimentando uma herança cultural infinitamente rica, jamais revelada nas suas inúmeros capítulos de drama épico. Não muitos homens que andaram ao bacalhau construíram e partilharam memórias escritas e visuais, oferecendo-as em simultâneo. E poucos as produziram com o desassombro narrativo com que o faz o Capitão Valdemar Aveiro, homem de muitos talentos, ilhavense como quase todos os que governaram navios da lendária frota bacalhoeira portuguesa. 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Cápsula do Tempo — Memórias da Grande Pesca

NO MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO, 
ATÉ 13 DE JANEIRO DE 2014




«Pode uma baleeira do Bissaya Barreto, antigo navio-motor da frota bacalhoeira portuguesa, navio construído e batizado na Figueira da Foz em 1942, guardar de forma inviolável preciosas memórias da Grande Pesca? Pode um barco de madeira recuperado por antigos artesãos de construção naval vir a ser uma Cápsula do Tempo?
A memória social não é de ninguém. Por isso, não pode nem deve ser “encapsulada”. A não ser que queiramos tomar a ideia de reter ou “encapsular” o tempo como metáfora libertadora da própria recordação.
Os museus comprometidos com o trabalho identitário assumem a condição utópica de guardiões da memória. O Museu Marítimo de Ílhavo tem dedicado o seu projeto cultural nas representações construídas sobre a pesca do bacalhau, num processo de patrimonialização que procura ser aberto e pluralizador, socialmente responsável.»


Ler todo o texto de Álvaro Garrido aqui

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Prémio para Álvaro Garrido



Álvaro Garrido, Director do Museu Marítimo de Ílhavo e professor da Universidade de Coimbra, recebeu ex-aequo, o prémio Almirante Sarmento Rodrigues, atribuído pela Academia da Marinha, pela publicação do livro Biografia Politica de Henrique Tenreiro.