sábado, 25 de maio de 2024

Testemunho de uma emigrante na Austrália

Maria Aldina Santos 
- Não ter saudades é não se sentir português

Maria Aldina com seu marido

Numa entrevista à distância, via e-mail, “conversámos” com a nossa conterrânea emigrante, Maria Aldina de Oliveira Marçal Santos, radicada na Austrália. É assinante do nosso Timoneiro e sente, inevitavelmente, saudades dos seus familiares e amigos, residentes entre nós.
A Maria Aldina nasceu na Cale da Vila e é filha de Laurinda de Oliveira e de João Maria Marçal. Conheceu o seu futuro marido, Pedro Santos, quando ele, emigrante na África do Sul, veio a Portugal em 1971. Naquele país permaneceu até 1979. Depois surgiu a oportunidade da Austrália, onde reside com a família e amigos.
Como era a filha mais nova, nunca exerceu na Gafanha qualquer profissão porque “tinha de ajudar em casa" onde tirou “vários diplomas”. Na África do Sul trabalhou “num atelier de costura” e na Austrália “na Indústria hoteleira”. Presentemente está reformada.
Naquele país, a Aldina está integrada na Paróquia de Santa Teresa, participando nos eventos sociais e religiosos. Tem dois filhos, Pedro João, nascido na África, e Belinda, na Austrália. Sente-se orgulhosa dos seus filhos que frequentaram escolas onde se ensinava a Língua Portuguesa.
A nossa entrevistada sublinhou que sempre procuraram envolver-se em organizações de divulgação da cultura portuguesa, nomeadamente, no Rancho Folclórico Aldeias de Portugal, no Clube Português de Sydney e no Museu Etnográfico, entre outros. Ainda participa em eventos comunitários, apresentando comida e artes da nossa região.
A Aldina tem saudades de Portugal; “Não ter saudades é não se sentir português”, disse. E adiantou: “Sempre que nos é possível, viajamos para Portugal, porque é na Gafanha da Nazaré que “temos o nosso ninho, onde recebemos os amigos de várias partes do mundo”.
Maria Aldina recorda a sua experiência de emigrante: “Sair da casa dos pais aos 19 anos para encarar nova vida, conhecer novas culturas, aprender nova Língua, tudo para se poder defender dos desafios que aparecem, é muito difícil.” E ainda lembrou que é realmente importante o “safe-se como puder”.

Fernando Martins

Nota:Entrevista publicada no Timoneiro de Maio.

A NATUREZA QUE ME ENVOLVE

 Todos sabemos que a beleza da Natureza nos eleva o astral. Foi o que senti hoje, quando, um tanto ou quanto abúlico, passeei pelo nosso quintal, à procura da estabilidade mental, mas não só. Foi por ali que acordei para a dinâmica do dia a dia com mais vida. 
Apreciei o ambiente, senti o odor das plantas e suas flores e confirmei que vamos ter mais fruta nas épocas próprias. Depois, fotografei o que achei mais expressivo e regressei à comodidade dos meus aposentos para partilhar otimismo.
Bom fim de semana para todos.

Liberdade de expressão

"Se a liberdade de expressão consiste em pronunciar as frases aceites e os conceitos admitidos não há liberdade. Temos eventualmente um belo coro, mas liberdade, não."

António Barreto,
no PÚBLICO de hoje

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Passagem por Estrasburgo - Visita de Jornalistas



Não tendo sido muito viajado, tive o privilégio, há anos, de integrar uma delegação de jornalistas portugueses ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Um Postal Ilustrado, encontrado numa caixa, lembra o facto. Hoje, a visita estaria guardada num PC, Pen, Blogue ou noutro registo qualquer, porventura mais acessível.
A viagem foi normal e as paragens muitas, que os jornalistas são curiosos. Mas hoje fico apenas pelo Postal Ilustrado que mostra a imponente Catedral com torre de 142 metros de altura, mais de dois faróis de Aveiro.

Nota: A torre foi o ponto mais alto do mundo de 1625 a 1874.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Diáconos Permanentes ordenados há 36 anos

Há 36 anos, na Sé de Aveiro, foram ordenados os primeiros Diáconos Permanentes da nossa Diocese, em cerimónia presidida por D. António Marcelino.
Na altura, foi editado o cartão que ilustra esta página, elaborado por Jeremias Bandarra, um amigo sempre disponível para colaborar com a Igreja Aveirense, e não só.
Alguns já partiram para o regaço maternal de Deus. Vivos e atuantes, cada um com as forças possíveis, restam: Afonso Henrique Campos Oliveira, Luís Gonalves Nunes Pelicano, José Joaquim Pedroso Simões e eu próprio, Manuel Fernando da Rocha Martins.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Dia Internacional do Chá

O chá é uma bebida deliciosa marcada pelos mais diversos sabores. Para além dos convívios que pode proporcionar, à volta de uma mesa, com amigos e conhecidos, o chá faz bem à saúde. Há chás para tudo. Por mim falo: quando estou com azia, tomo chá e de imediato fico bem disposto.  
Todos sabemos que entre nós o chá já foi substituído pelo café, mas estou em crer que haverá, entre senhoras mais idosas, o hábito do chá a meio da tarde, tendo por companhia um docinho caseiro.
A data foi comemorada oficialmente pela primeira vez em 2005, em Deli, na Índia, e desde então foi ganhando relevo a nível mundial. E entre nós? Temos de pensar nisso.
Bom apetite.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Um conto de vez em quando



Não te esqueças do que estás para dizer…

Vi hoje o Jerónimo. Já não o via há muito. Estava à mesa do café a dormitar, como dormitam todos os velhos. Em qualquer sítio e a qualquer hora. Cá para mim, o Jerónimo estava a ensaiar mais uma das suas muitas histórias, para contar a quem se sentasse com ele à mesa do café.
O Jerónimo é um conversador nato. Basta uma palavra dita por um amigo, em qualquer circunstância, para logo ele disparar:
— Não te esqueças do que estás para dizer…
A partir daí, começava mais uma história de um rol enorme de recordações que não tinham fim. Mas as histórias saíam-lhe com graça. Uns esgares faciais, expressivos, e mãos que enriqueciam os pormenores davam-lhe uma dimensão única. Por vezes, os ouvintes, que outra coisa não podiam ser junto dele, ainda suportavam umas palmadinhas, mais ou menos agressivas, conforme a força das convicções do orador por vocação.
— Pois é, meu caro Jerónimo. Ontem encontrei um amigo que regressou da estranja…
— Ó pá, não te esqueças do que estás para dizer! Aconteceu-me precisamente a mesma coisa. Um dia destes também dei de caras com o Xico, que não via há anos.

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