quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Novas tecnologias

As novas tecnologias, nomeadamente o iPad, levam-me a cometer alguns erros. Peco desculpa, por isso.

Embarcações que tiveram berço na laguna


Ausente, àquela hora, por motivo de férias, não poderei participar no lançamento do mais recente livro de Senos da Fonseca, "Ambarcações que tiveram Berço na Laguna", mas não posso deixar de o recomendar. Não o li, é certo, mas o autor garante, como lhe é habitual, qualidade e rigor. Vai ser um livro das minhas férias. Lembro, ainda, que o lançamento da obra está a cargo de Ana Maria Lopes, também ela uma profunda conhecedora de temas marítimos e lagunares. A não perder as suas considerações.

Obras junto à Guarita


Junto à réplica da antiga Guarita, no Jardim Oudinot, estão a decorrer obras de construção de um restaurante, para servir todos os que gostam de estar ao lado da Ria. Não estarão concluídas para o Festival do Bacalhau, que é já na próxima semana, mas a verdade é que o Oudinot existe para além disso. Vamos, então, esperar como calma, porque haverá tempo para tudo.

Férias e espiritualidade


Esqueça a praia, o calor e a agitação: 

No silêncio dos mosteiros é que se está bem
Rui Martins

O papa aludiu esta quarta-feira às férias de muitos católicos para os convidar ao silêncio, condição que diz ser essencial para a oração, ao mesmo tempo que salientou a importância dos mosteiros como espaços propícios à espiritualidade.

Leia mais aqui


Férias para estes tempos - 3



Livros, música, rádio e televisão

A leitura, fonte de prazer e de cultura, não implica, necessariamente, a compra de livros. Quem há por aí que não tenha em casa livros, comprados há tanto tempo, que nunca foram lidos? Prometa a si próprio ler pelo menos um livro, durante este mês de agosto. Mas se não os tiver, procure visitar uma biblioteca, na Gafanha da Nazaré ou em Ílhavo, onde poderá requisitar uma ou mais obras e ler jornais e revistas. Não paga nada e pode habituar-se a estas visitas, sempre enriquecedoras.
Se é assim para livros, também pode acontecer que haja em casa CD para voltar a ouvir, agora com mais calma. E ainda pode consultar a programação das rádios locais e nacionais, bem como das televisões, para na hora certa assistir a séries ou filmes da sua predileção, sem se tornar escravo das telenovelas sem sentido. Além disso há programas científicos e reportagens que o levam, seguramente, de forma virtual,  nas asas da fantasia até paisagens de sonho e a civilizações incríveis que persistem nos nossos dias.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Férias para estes tempos - 2





Organize-se

Em família, crie-se o hábito de planear férias, mesmo que não haja dinheiro para gastar. Pense-se que é sempre possível passear a pé ou de bicicleta, com programa direcionado para uma praia do nosso concelho ou dos concelhos vizinhos. O piquenique substituirá, com algumas vantagens, desde logo com poupança, a frequência de restaurantes ou de bares.
Aproveite-se o período de férias para pôr em ação um esquema de vida saudável, com base numa alimentação fresca e regrada e no exercício físico, opções que não implicam grandes custos, para além de nos ajudarem a criar hábitos de sobriedade e de contenção.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Moliceiro acrobata

Moliceiro a bolinar
Imagem rara e espetacular de um moliceiro a bolinar. Arte com o saber de experiência feito. O arrais não frequentou qualquer escola náutica, mas aprendeu na vida. O moliceiro navega contra o vento, numa posição incrível. Haverá ainda quem saiba conduzir um moliceiro assim? Esta imagem foi-me enviada pelo Ângelo Ribau, que não conseguiu identificar o autor. Ela aqui fica, em homenagem aos arrais e a tantos outros que nos deram, na ria, exemplos de coragem e saber.

Férias para estes tempos - 1



As praias esperam-nos

Será possível gozar férias no meio de uma crise económica, financeira e social tão grande como a que estamos a viver? Com algum esforço e com uma boa dose de organização, pensamos que sim.
A ideia generalizada em muitos meios de que férias só serão possíveis com grandes gastos e em estâncias turísticas de nomeada poderá passar à história, se levarmos à prática a imaginação e a capacidade criativa de novos e menos novos.
Estamos convencidos de que à nossa volta há excelentes motivos de interesse a descobrir, a explorar e experimentar, contribuindo, assim, para valorizar o que temos. Sabemos que a tendência de muitos se inclina para falar de viagens por outras terras e outras gentes, de costumes exóticos e paisagens deslumbrantes, mas é garantido que as mais das vezes nem sequer conhecemos bem o que está ao pé da nossa porta. Pretende-se conhecer o distante, continuando a ignorar o que nos envolve e até o que está na matriz da nossa forma de ser e de estar na vida.
Sem pretendermos ocupar o direito à imaginação de cada um, deixamos neste espaço algumas sugestões, que não passam disso mesmo. Veja a partir de amanhã.

Para pessoas amedrontadas


Lago Tiberíades


NÃO TENHAIS MEDO. SOU EU. TENDE CONFIANÇA

Georgino Rocha

Exortação revigorante dirigida a pessoas amedrontadas. Exortação firme e determinada num contexto de perigo iminente. Exortação clarificadora de fantasmas possíveis e identificadora de rostos perdidos na noite.
A cena ocorre no mar de Tiberíades. Os intervenientes principais são Jesus de Nazaré e os discípulos que se deslocam numa barca e já estão longe da terra. A ocasião surge no percurso da travessia. A circunstância é a da tempestade ameaçadora. E os gestos e as palavras que se percebem são de gritaria e de pânico. E não era para menos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Concha para a minha coleção




GRATIDÃO

Maria Donzília Almeida

“A gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o que temos em suficiente, e mais. Ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje, e cria uma visão para o amanhã." 

Melody Beattie 

No seu tratado sobre Relações Humanas, o americano Dale Carnegie teceu algumas considerações, muito importantes, sobre o assunto em epígrafe. Diz ele que duma forma geral, as pessoas não têm esse hábito enraizado, no quotidiano do seu relacionamento com o próximo. Nós não devemos esperar gratidão dos outros, já que não ser grato é comum no ser humano. Mas, quando alguém tem o dom de agradecer, seja a quem for, essa pessoa é possuidora duma sensibilidade e uma educação especiais, segundo o patrono das Human Relations. 
Quantos de nós, agradecem a Deus, por “todas as maravilhas que ele operou”? Há muita gente, a quem, não passa pela cabeça, agradecer as maravilhas arquitetónicas, as maravilhas artísticas, as sete maravilhas do mundo, tantas coisas que o homem tem criado ao longo dos tempos, usando a sua inteligência, sabedoria e arte. Mas sabemos quem criou o universo, pois, quanto mais os cientistas avançam no conhecimento, mais provas recolhem da existência desse Criador.

A ADIG não é contra ninguém

Paulo Costa, Júlio Cirino, João Alberto Roque e Manuel Serra

É urgente dar importância ao que é importante 

A ADIG — Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré vai ser uma aposta forte na valorização do que é essencial para o bem-estar de todos os gafanhões, na certeza de que a vida democrática não se esgota nos partidos políticos. A vida cívica, com partidos e outras forças, tornar-se-á mais rica, se todos derem as mãos na defesa do que é importante. Isso mesmo sublinhou o vereador da Câmara Municipal de Ílhavo Paulo Costa, na tomada de posse dos novos órgãos sociais da ADIG, que ocorreu na quinta-feira, 4 de agosto, no salão nobre da Junta de Freguesia. 
Confesso que fiquei surpreendido com a adesão de tantos conterrâneos nossos aos anseios da nova ADIG, agora com a liderança de Júlio Cirino, um homem que não gosta de virar a cara a desafios que têm a ver com a terra que o viu nascer. Aliás, no seu discurso de posse (ver aqui) teve o cuidado de indicar um conjunto de iniciativas que se tornam estimulantes para todos os que amam a Gafanha da Nazaré. Ainda me disse que a ADIG não é contra ninguém, mas a favor do que é fundamental a vários níveis. 
Paulo Costa, também ele gafanhão, congratulou-se com a presença de tantos apoiantes, enquanto sublinhou a premência de «todos ajudarem a direção na prossecução dos seus objetivos». Referiu que «o associativismo é a forma mais pura da força popular», porque é aí «que damos o nosso tempo para o bem de todos, sócios e comunidade». 
Afirmou que somos «de longe» o município, tal como a nossa freguesia, que mais tem crescido acima da média nacional, «em todos os indicadores», graças ao nosso povo, às associações, aos empresários e às autarquias. Garantiu ainda que a CMI continuará a colaborar, «dando importância ao que é importante». 
Também o presidente da Junta de Freguesia, Manuel Serra, enalteceu o papel que a ADIG por certo vai desempenhar na promoção dos valores que nos foram legados pelos que construíram a nossa terra, numa altura em que «a alternativa era a América». Contudo, e porque importa prosseguir a caminhada de progresso e bem-estar, Manuel Serra chamou a atenção para a necessidade de todos contribuirmos, nestes tempos de crise, para o regresso a tudo o que nos deu riqueza: a agricultura, as pescas e a construção naval. 

Fernando Martins 


Novos Órgãos Sociais da ADIG 


A Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré (ADIG) elegeu na Assembleia Geral, que decorreu no passado dia 28 de julho, os novos Órgãos Sociais para o biénio 2011-2013, depois de várias reuniões, onde se discutiram projetos para o futuro e se constituiu a lista agora eleita. 
Júlio Cirino da Rocha lidera a Direção de que fazem também parte Leopoldo Oliveira, Aldina Casqueira Guimarães, Paulo Pinto, Carlos Teixeira Pereira, João Aristides Marçal, Álvaro Guimarães, Helena Ferreira e Manuel Mário Bola. 
Na Assembleia Geral, continuam João Alberto Roque e Cândido Casqueira. Josué Ribau completa o elenco.

Constroem-se mais muros que pontes


Um mundo de interrogações 
incómodas mas necessárias

António Marcelino

É inevitável, no agir do dia-a-dia de cada pessoa, o confronto entre os tempos já vividos e os que se vivem agora com o futuro no horizonte. Só no presente podemos ter memória do que se vivemos antes e abertura realista para projectos novos. O presente, porém, aparece-nos cada vez mais confuso e inquietante. Há menos memória, mas mais possibilidades para muitas coisas e mais problemas a enfrentar. São mais difíceis as relações e a comunicação pessoal atenta, pela abundância dos canais massificadores e porque o mundo de muitas pessoas e os valores em causa não coincidem em aspectos essenciais. Toda a gente tem opinião acerca de tudo, do que conhece e do que não conhece. E, quanto menos se conhece, mais se é dogmático nas afirmações e menos respeitador das opiniões alheias. Constroem-se mais muros que pontes, no dia a dia, na política, nas opções desportivas, que só no aspecto religioso se vai notando o contrário. Há mais diplomas de escola, mais festas e passeios de finalistas, mas menos conhecimento de coisas essenciais da vida. Por sistema, alguns vão apagando o passado e pensam, como ideal, um presente de imediatos, sem horizontes, sem projectos que se justifiquem a longo prazo. 

domingo, 7 de agosto de 2011

Poesia para este domingo




Foi assim que a história começou.
Era uma vez um homem
que tinha um relógio.
Dava  corda ao relógio,
o relógio andava, o tempo passava,
E o homem ficava a olhar,
O relógio a andar,
e o tempo a passar.
Mas um dia o homem
não deu corda ao relógio:
O relógio parou — o tempo passou.
Então o homem nunca
mais deu corda ao relógio.
E foi assim que a história acabou.

Eduardo Libório, 
História do Homem que Tinha um Relógio 
in ‘Poesias, Desenhos e Correspondência’

Caderno Economia do EXPRESSO

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 248



DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 31



BICICLETA
Caríssima/o:

Dia de poesia... Então, procuremos acompanhar Herberto Hélder, “ o poeta pernalta [que] dá à pata nos pedais... de pulmões às costas e  bico no ar”...

«Lá vai a bicicleta do poeta em direcção
ao símbolo, por um dia de verão
exemplar. De pulmões às costas e bico
no ar, o poeta pernalta dá à pata
nos pedais. Uma grande memória, os sinais
dos dias sobrenaturais e a história
secreta da bicicleta. O símbolo é simples.
Os êmbolos do coração ao ritmo dos pedais -
lá vai o poeta em direcção aos seus
sinais. Dá à pata
como os outros animais.

O sol é branco, as flores legítimas, o amor
confuso. A vida é para sempre tenebrosa.
Entre as rimas e o suor, aparece e desaparece
uma rosa. No dia de verão,
violenta, a fantasia esquece. Entre
o nascimento e a morte, o movimento da rosa floresce
sabiamente. E a bicicleta ultrapassa
o milagre. O poeta aperta o volante e derrapa
no instante da graça.

De pulmões às costas, a vida é para sempre
tenebrosa. A pata do poeta
mal ousa pedalar. No meio do ar
distrai-se a flor perdida. A vida é curta.
Puta de vida subdesenvolvida.

O bico do poeta corre os pontos cardeais.
O sol é branco, o campo plano, a morte
certa. Não há sombra de sinais.
E o poeta dá à pata como os outros animais.

Se a noite cai agora sobre a rosa passada,
e o dia de verão se recolhe
ao seu nada, e a única direcção é a própria noite
achada? De pulmões às costas, a vida
é tenebrosa. Morte é transfiguração,
pela imagem de uma rosa. E o poeta pernalta
de rosa interior dá à pata nos pedais
da confusão do amor.
Pela noite secreta dos caminhos iguais,
O poeta dá à pata como os outros animais.

Se o sul é para trás e o norte é para o lado,
é para sempre a morte.
Agarrado ao volante e pulmões às costas
como um pneu furado,
o poeta pedala o coração transfigurado.
Na memória mais antiga a direcção da morte
é a mesma do amor. E o poeta,
afinal mais mortal do que os outros animais,
dá à pata nos pedais para um verão interior.»

                                    Manuel  



Conceito de Saúde e Doença





Antropologia e medicina

Anselmo  Borges


Já não vivendo em círculos fechados, acontece-me ser convidado para intervir sobre o tema em epígrafe, no contexto de colóquios de e para médicos.
De facto, o conceito de saúde e doença depende também da ideia que se tem de Homem.
1. Assim, sublinharia, em primeiro lugar, a neotenia, para reconhecer que o ser humano é um prematuro, nasce antes do tempo, sendo esta a condição de possibilidade de se tornar Homem. Enquanto os outros animais vêm ao mundo já feitos, o ser humano nasce por fazer e tem de se fazer. Por isso, é sempre o resultado de uma herança genética e de uma cultura em história, com encontros e desencontros e onde há lugar para a liberdade. O Homem é por natureza cultural.

Cá estou de novo

Depois do anunciado período de férias a que me dediquei,  cá estou de novo. De novo e julgo que renovado para viver mais um ano em permanente contato com os meus leitores e amigos. Descansei, li, pensei, alinhei algumas ideias, sonhei. E também vivi momentos de muitas saudades destas andanças pelo mundo do ciberespaço. Senti o palpitar do mundo que não parou de girar e de nos ameaçar com catástrofes que, por certo, ninguém quer. São os homens e mulheres deste mundo que constroem o futuro da humanidade. Cometem erros, dão passos acertados, alimentam sonhos, elaboram projetos, mas os egoísmos persistem no meio das comunidades. Daí o mundo desregrado em que vivemos ou labutamos. Uns conseguem tudo e outros ficam sem nada. E não há meio de criarmos uma nova ordem social de que tanto falava há anos Maria de Lurdes Pintasilgo. Contudo, continua em nós o sonho da meta desejada, rumo a uma sociedade mais justa e mais fraterna.
Como sempre, espero a participação de todos os meus amigos e leitores.

Fernando Martins

domingo, 24 de julho de 2011

FÉRIAS

De quando em vez é preciso parar, para descansar e para refletir. Penso que há muito devia ter feito isto. Escrever todos os dias, para os meus blogues e não só, começa a pesar. Os meus amigos e leitores podem, porém, ficar cientes de que voltarei logo que possível... Até breve.

Fernando Martins

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

O Tesouro da Sabedoria




CHEIO DE ALEGRIA, AGARRA-SE AO TESOURO

Georgino Rocha

Atitude decidida e coerente, fruto de um coração inteligente e de uma vontade determinada. Atitude assumida com firmeza pelo homem que passa no campo e sente o seu olhar “golpeado” pelo brilho de um tesouro. Atitude emblemática de tantas outras que, ao longo dos dias, somos chamados a considerar e fazer nossas.
O homem da parábola concentra todas as energias na realização da maior aventura da sua vida: obter a preciosidade vislumbrada. Definida a meta dos seus desejos, reorganiza e reordena todas as suas rotinas, reelabora a sua escala de valores, redimensiona a distribuição do tempo. Nestas diligências, sente o seu ânimo transbordar de alegria e toma decisões arriscadas.
Por isso, prossegue sem demora o seu plano de acção: pôr a salvo o tesouro descoberto, desfazer-se dos bens a fim de conseguir a importância indispensável à compra, adquirir o campo onde está o achado. Em todo este processo, uma confiança revigorante galvaniza as suas forças anímicas e energias espirituais.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 247



DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 30


A CORRIDA DE BICICLETA

Caríssima/o:

Para variar, hoje vamos de banda desenhada. Creio não valer a pena desvendar a solução que o «Juvenil» trazia na página 37.







Manuel 

sábado, 23 de julho de 2011

Tolerância Positiva


RELIGIÃO NA RESPONSABILIDADE

Anselmo Borges

A caminho dos 93 anos, é um dos últimos sobreviventes daquela plêiade de gigantes políticos europeus que reconstruíram a Europa, souberam lidar com a Guerra Fria, contribuíram, sem tibieza, para o desanuviamento mundial, estabeleceram as bases da União Europeia. Quando a política não era mera Realpolitik, pois ainda se apoiava em saber e se movia por ideais. Foi ministro da Defesa, da Economia e das Finanças, chanceler federal. A sua influência continua hoje forte através do seu semanário DIE ZEIT. Falo de Helmut Schmidt.
Acaba de publicar Religion in der Verantwortung. Gefährdungen des Friedens im Zeitalter der Globalisierung (Religião na responsabilidade. Perigos da paz no tempo da globalização), reunião de textos de conferências em várias partes do mundo. Ficam aí algumas ideias marcantes.

Amália nasceu neste dia em 1920



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Figueira da Foz: “Cais da Memória I”



INAUGURAÇÃO AMANHÃ, SÁBADO, NO CAE

O Porto da Figueira da Foz e a cidade revisitados em fotos de outros tempos, numa exposição a inaugurar amanhã, sábado, 23 de julho, pelas 18 horas,  no CAE — Centro de Artes e Espectáculos. A exposição ficará patente até 21 de Agosto. Trata-se de um “primeiro episódio de uma viagem pela Figueira da Foz de outros tempos, olhando o vigor dos Homens que lhe ofereceram um porto, que lhe sangraram o belo estuário, pese a força indómita dos temporais que também por cá insistiram em esculpir ferrete”.
A exposição integra perto de uma centena de fotografias do Arquivo Histórico-Documental do Porto da Figueira da Foz (APFF, S.A.), num projeto desenvolvido por Bárbara Lopes da Fonseca.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Costa Nova: arte na esplanada


O bom gosto manifesta-se de muitas maneiras e em toda a parte. Oferecido pela natureza ou pelos artistas, populares ou eruditos. E quando assim, a vida tem outro sabor. Durante este verão, procure identificar motivos artísticos. E se quiser partilhar os seus registos comigo e com os meus visitantes, muito melhor.

Portugal está na ribalta




Forças ocultas 
numa sociedade distraída
António Marcelino

De vez em quando somos publicamente surpreendidos por notícias variadas que nos deixam perplexidades, desconfianças e até fundados receios. O mundo das pessoas não é transparente e os interesses em campo entrechocam-se. Há sempre vítimas destes jogos escuros. São os mais fracos, pessoas e países, os que, numa vida de muitas dificuldades, tentam sobreviver, sem que saibam depois quem lhes põe pedras no caminho ou mesmo quem lhes fecha o caminho para que não possam ir mais longe.
Quando tudo se passa às claras há sempre alguma possibilidade de prevenção e de defesa. Não, porém, quando se cultiva o secretismo e, à superfície, não aparecem senão boas intenções, propaladas competências e mesmo gestos de solidariedade. Normalmente gestos vistosos e publicitados de muitas maneiras. Em sociedades democráticas, nas quais ninguém deverá recear ninguém, o secretismo é incómodo e preocupante, mesmo que não se consigam vislumbrar os contornos das manobras em campo.

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