Foi assim que a história
começou.
Era uma vez um homem
que tinha um relógio.
Dava corda ao relógio,
o relógio andava, o tempo
passava,
E o homem ficava a olhar,
O relógio a andar,
e o tempo a passar.
Mas um dia o homem
não deu corda ao relógio:
O relógio parou — o tempo
passou.
Então o homem nunca
mais deu corda ao
relógio.
E foi assim que a
história acabou.
Eduardo Libório,
História
do Homem que Tinha um Relógio
in ‘Poesias, Desenhos e Correspondência’
Caderno Economia do
EXPRESSO