sexta-feira, 29 de abril de 2022

Refazer a esperança. Jesus orienta os discípulos na missão

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo III da Páscoa



Jesus, o Senhor ressuscitado, aparece aos discípulos na margem do mar de Tiberíades. Era o romper da manhã de um novo dia. E diz-lhes: “Rapazes, tendes alguma coisa de comer?” É neste cenário que surge a novidade que quer transmitir-lhes, a eles e a nós. Jo 21, 1-19.
O «Homem de Nazaré» não se deixa confinar: nem pelos laços familiares, nem pelo seu grupo de discípulos, nem pela Lei, nem pelas representações feitas dele, nem pela morte, afirma Jacques Gaillot. Ele não ficou prisioneiro do túmulo. Ressuscitado dos mortos, Jesus está vivo para sempre. A vida de Deus resplendece nele. Unissinos. Ele o Vivente é definitivamente livre.
O mar de Tiberíades é cenário aberto e expressivo da acção de Jesus ressuscitado. Acção que nos chega em forma de narrativa com fundo histórico e carácter simbólico. Comporta uma mensagem qualificada fazendo o relato da aparição/manifestação de Jesus aos discípulos pescadores.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

A verdade liberta


Querubim Silva 
"Com a guerra perdem todos: os vencidos e os vencedores". E toda a humanidade. Com a Paz, todos ganhamos

A verdade liberta - é um princípio evangélico, válido para todos os tempos e lugares, para todas as situações e manifestações de vida, mesmo as expressões religiosas.
A vida dupla pode mascarar rostos de cera, sorrisos venenosos, comportamentos de aparente transparência... Mas a paz e serenidade dos corações só respira na limpidez do céu azul que a verdade gera e alimenta.
É neste contexto que se compreende a palavra dura do Papa Francisco: "Antes ser ateu do que católico hipócrita". Se há muito ateísmo de conveniência, para justificar um feroz individualismo de consciência que não admite qualquer referência objetiva crítica, também é certo que há muita "crença", católica ou outra, para camuflar túneis perversos de intenções, planos e procedimentos arbitrários.

Bom dia!

 

Bom dia com flores apaixonadas pelo mar.

Conferências de Santa Joana

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Farol tristemente só



Um dia destes encontrei o nosso farol tristemente só. A seus pés, nem vivalma. Areal sem gente é um deserto. Mas esta tristeza acabará brevemente.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Nunca me canso de admirar o mar

 

O fogo, o ar, a terra e o mar são elementos que nunca me canso de admirar. Dos quatro, não sei qual mais me seduz. Talvez me incline para o mar, porventura pela sensação que  me provoca  quando dele me aproximo. Entra-me pelos olhos e pelos ouvidos, chega ao cérebro e embala-me completamente. Dá-me a sensação de um infinito em permanente mutação e em cada minuto, quando batido pelo sol e pelo vento, ora violento, ora bonançoso, mostra uma personalidade forte e desafiante. Tão desafiante que não dispenso as visitas frequentes que lhe faço, sem nunca ousar enfrentá-lo.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

A Páscoa das mulheres

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

O que nos falta ver, escutar e anunciar, para que os desejos e atitudes do Papa Francisco se tornem desejos e atitudes de toda a Igreja?

1. Já publiquei, nesta coluna, várias crónicas sobre a controvérsia do papel das mulheres na Igreja [1]. Sentem-se discriminadas, pois há ministérios que lhes estão vedados, apesar da posição categórica de S. Paulo: Todos vós sois filhos de Deus em Cristo Jesus, mediante a fé; pois todos os que fostes baptizados em Cristo, revestistes-vos de Cristo mediante a fé. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus [2]​. Esta afirmação diz que não há dois baptismos diferentes: um para homens e outro para mulheres.

Seremos dignos do 25 de Abril ? (2)

Diz o PÚBLICO 
na sua edição de hoje


"Famílias em carência habitacional podem chegar às 100 mil. Nem metade poderá ter solução até ao 50.º aniversário do 25 de Abril"

"IHRU tinha identificado cerca de 26 mil famílias em situação de carência habitacional, em 2018, mas contas dos especialistas, com dados mais recentes, já apontam para mais de 60 mil e há quem defenda que possam chegar aos 100 mil."

O regresso a terra


Veio hoje do mar por onde andou. O meu registo indica o seu regresso às nossas terras com ares da ria.

Seremos dignos de Abril?

Escrevi este texto há 15 anos.
Terá razão a interrogação no título?

Salgueiro Maia no 25 de Abril de 1974
O 25 de Abril, que hoje é celebrado por muitos, enquanto outros tantos, ou mais, dele se alhearão, deve ser um momento de reflexão para todos,
para que saibamos descobrir razões e caminhos que coloquem os portugueses, todos os portugueses, na senda do progresso, sempre no respeito pela democracia, pela liberdade e pela dignidade humana.

Somos uns eternos insatisfeitos. Está-nos na massa do sangue. E até será bom, se isso for um ponto de partida para ir mais longe, no campo da valorização pessoal e colectiva, seguindo caminhos de respeito pelos outros, pela democracia, pela liberdade, pelo progresso sustentável e pelos valores que enformam a nossa cultura.
Nesse pressuposto, o 25 de Abril, que veio abrir caminhos à democracia, à descolonização e ao desenvolvimento, foi uma ocasião única para acertarmos o passo com a Europa e com o mundo, connosco próprios e com as diversas culturas, a quem tínhamos fechado as portas, ao abrigo da máxima de Salazar que defendia o “orgulhosamente sós”.

domingo, 24 de abril de 2022

Deus faz o nosso vizinho


"Nós fazemos os nossos amigos, fazemos os nossos inimigos, 
mas Deus faz o nosso vizinho"

Gilbert Keith Cherterton 
(1874-1936), 
escritos


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