sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo

Reflexão de Georgino Rocha 
para este fim de semana



DAR TESTEMUNHO DA VERDADE

Hora decisiva, a que Jesus vive no encontro com Pilatos, ocorrido no palácio do governador romano. Está em causa a confirmação da sentença de morte, já pronunciada pelas autoridades político-religiosas judaicas. Hora em que se condensa a urgência humana de saber quem é Jesus e o permanente desejo de Deus de dar a conhecer quem Ele é. A pergunta de Pilatos desvenda esta corrente profunda da humanidade. A resposta de Jesus revela claramente a sua identidade expressa na missão da realeza ao serviço da verdade. Dois homens frente a frente: o acusado de querer ser rei mostra uma autoridade moral que deixa o seu interlocutor perplexo e sem alegações. Apenas a pergunta que percorre toda a história: o que é a verdade? - Jo 18, 33b-37. É esta que humaniza a vida e dignifica as relações humanas. E quanta falta faz, sempre, mas sobretudo, hoje.
O Papa Francisco assinala com uma interpelante mensagem o Dia Mundial dos Jovens celebrado neste domingo. Tem como referência o episódio de Saulo/Paulo a caminho de Damasco e glosa a ordem que se faz ouvir: «Levanta-te e testemunha!». “Ao abraçar a vida nova que nos é dada no Batismo, recebemos também uma missão do Senhor: «Serás minha testemunha». É uma missão que pede a nossa dedicação e faz mudar a vida”.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

FAROL com proteção

Farol em perigo  com proteção de tabuado de eucalipto - 1947

 

ILHAS DA RIA - Um livro de Maria José Santana

 

ILHAS DA RIA é um livro da jornalista Maria José Santana, com edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos e fotografia de capa de Adriano Miranda. Os temas apresentados neste livro já foram publicados no PÚBLICO, jornal de que é colaboradora desde 2005.
ILHAS DA RIA tem 80 páginas e é de pequena dimensão, mas bastante interessante para as gentes da nossa região e não só. Muito se tem falado através dos tempos da Ria de Aveiro, também identificada por Laguna, mas nem todos conhecerão as ilhas que nela existem e que já tiveram vida com histórias que permanecem na memória de muitos.
Quem há pelas povoações circundantes que não conheça ou tenha ouvido falar da ilha do Monte Farinha, da Testada, de Sama (conhecida por quinta do Rebocho), entre outras, sendo certo que nelas se cultivou milho, feijão, batata, melancia, vinho e até se produziu sal, ao lado de rebanhos e cavalos, como recorda a autora, que falou com proprietários e descendentes de quem lá morou ou nelas passou férias?
Maria José Santana não se ficou pelas ilhas e pelos que nelas trabalharam ou veranearam, mas vai mais longe quando aborda as origens da Ria e os seus historiadores, como os escritores e artistas, de diversos matizes, que a souberam descrever e cantar.

F. M.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

EFEMÉRIDE - D. António dos Santos, Bispo da Guarda

No dia 17 de novembro de 1979, D. António dos Santos, até então bispo auxiliar de Aveiro, foi nomeado Bispo da Guarda pelo Papa João Paulo II. Manteve-se à frente da diocese egitaniense até 1 de dezembro de 2005. Faleceu no dia 26 de março de 2018.
Conheci D. António dos Santos desde o tempo em que foi prior de São Salvador, Ílhavo, e dele guardo gratas recordações assentes numa dedicação à Igreja sem limites e numa humildade cativante. Nessa altura, nas periódicas reuniões arciprestais, exibia frequentemente o Vaticano II para todos ficarmos a saber como devíamos agir.
Depois, como Bispo Auxiliar de Aveiro, soube estar à altura de colaborar com entusiasmo com D. Manuel de Almeida Trindade. Seguiu para a Guarda e quando nos encontrávamos dirigia-me, com muita naturalidade, palavras amigas, de onde sobressaía a simplicidade e a amizade do seu coração.

PEDOFILIA: Bispos portugueses querem apuramento histórico

Conferência Episcopal realça “acompanhamento” das vítimas e quer “apuramento histórico desta grave questão”. A comissão terá “real independência” para investigar. A CEP foi unânime na decisão.

Eugénio Fonseca 
Eugénio Fonseca, um dos signatários da carta que pedia uma investigação independente à pedofilia por parte de pessoas ligadas à Igreja Católica em Portugal (ver CV da semana passada), considera que a decisão dos bispos é “corajosa” e “assertiva”. De passagem por Aveiro, onde participou numa ação do Dia Mundial dos Pobres, o antigo presidente da Cáritas Portuguesa louvou a “coragem e humildade” de tudo quererem esclarecer e de “assumirem responsabilidades passadas”. 
Eugénio Fonseca adianta, no entanto, que falta definir quem faz parte da comissão. “É preciso que sejam pessoas independentes, totalmente isentas, da Igreja e muitas fora da Igreja, e que a comissão tenha meios para trabalhar”, nomeadamente acesso a todos os casos, pessoas e documentos. 
Eugénio Fonseca considera que nesta questão “monstruosa”, que “contraria os princípios fundantes da Igreja”, é preciso humildade para reconhecer o pecado, apoio para as vítimas e para os abusadores, que são doentes ou sofrem distúrbios, e dinamismos de prevenção para que tais situações não voltem a acontecer.

NOTA: Publicado no "Correio do Vouga"

terça-feira, 16 de novembro de 2021

O Mar a quem tanto devemos

Dia Nacional do Mar



O Dia Nacional do Mar celebra-se hoje, 16 de Novembro, e nós, os portugueses, temos boas razões para o festejar, ou não fôssemos, de certo modo, desde há séculos, tão dependentes dele. Por isso, seria de esperar que algo de especial fizéssemos para mostrar ao mundo quanto lhe devemos. Contudo, ainda hoje não ouvi nem vi nada sobre isso. Talvez por estar metido em casa envolvido por outras tarefas.
O mar tem assumido uma importância estratégica para Portugal, sendo um setor vital para a economia portuguesa e para o produto interno bruto (PIB), conforme li e sei, mas ainda li que em 2013 o mar que nos envolve deu trabalho a 100 mil pessoas, produzindo uma riqueza anual de 8 mil milhões de euros.
A celebração do Dia Nacional do Mar teve origem na "Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar", que entrou em vigor a 16 de novembro de 1994. Portugal ratificou o documento em 1997.

Farol da Barra de Aveiro merece uma visita




Não será novidade para ninguém se dissermos que o povo da nossa terra, na sua grande maioria, nunca subiu ao Farol. Vão até lá, apreciam-no de perto e de longe, sabem que é o mais alto de Portugal e ouvem a ronca em dias de nevoeiro no mar, mas não passam disso. 
Hoje venho lançar o desafio aos nossos conterrâneos, convidando-os a fazerem um esforço para subirem ao Farol pelos seus 288 degraus e para lá no topo, a 62 metros de altura, apreciarem uma paisagem circundante e deslumbrante em dia luminoso. E depois, com as fotografias que tirarem, não deixem de divulgar o espetáculo que registaram. 
O Farol entrou em funcionamento em 1893, após um processo demorado de estudos e construção. Posteriormente, houve necessidade de o proteger das investidas do mar, problema esse entretanto ultrapassado com a construção dos molhes. 
As visitas realizam-se às quartas-feiras, às 13h30, 14h15, 15h, 15h45 e 16h30, no inverno, até 27 de março de 2022. No verão, o horário será diferente. As marcações das visitas realizam-se no local, sem possibilidades de agendamento prévio e por ordem de chegada, por grupos até seis pessoas. A subida é pela escadaria de acesso.

F.M. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Evocando - Carregar moliço



João Sarabando, um conhecido publicista de Aveiro, terra e região que o envolveram imenso, recolheu esta foto que veio a ser publicada no livro "AVEIRO - Imagens de um Século (Do espólio de coisas de Aveiro deixado por João Sarabando)", organizado por Jorge Sarabando. Na legenda diz que se refere aos anos 70 do século passado.
Importa mostrar, a meu ver, esta e outras imagens dos meus tempos de menino e jovem, como marcas indeléveis de um passado de muito trabalho e luta persistente, que tive o grato prazer de testemunhar. Não com vontade de que esses tempos voltem, mas em jeito de homenagem aos nossos antepassados.

Fernando Martins

Papa Francisco, cidadão do mundo (2)

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Em Outubro, aconteceu a abertura oficial de um sínodo, já não exclusivo dos bispos, mas de toda a Igreja. Atrevo-me a dizer que é a decisão mais importante de todo o pontificado de Bergoglio.

1. No meu entender, o que unifica o percurso polifacetado do Papa Francisco é a luta por uma Igreja outra ao serviço de um mundo outro. Na crónica do domingo passado, tentei uma leitura desse percurso até 2018. Prometi que não deixaria em branco os anos de 2019 a 2021.
2019 ficou marcado por três grandes acontecimentos. O primeiro foi a assinatura do documento Fraternidade Humana pela Paz Mundial e a Convivência Comum, pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al-Azhar, Ahamad al-Tayyeb, em Abu Dhabi. É um documento extraordinário em si mesmo e ficará, para sempre, como referência do que devem ser as relações entre cristãos e muçulmanos. Além de encorajar e fortalecer o diálogo inter-religioso, promove não só o respeito mútuo, como condena, de forma radical, o terrorismo e a violência em nome de Deus. Em nome de Deus só se pode fazer o bem.

domingo, 14 de novembro de 2021

Não tenhamos medo de olhar de perto os mais frágeis

DIA MUNDIAL DOS POBRES 



Por iniciativa do Papa Francisco, celebrou-se este domingo, pela quinta vez, o Dia Mundial dos Pobres com objetivos de se pôr fim à pobreza de multidões de pessoas em todo o mundo. «O Dia Mundial dos Pobres, que estamos a celebrar, pede-nos que não viremos a cara para o outro lado, que não tenhamos medo de olhar de perto o sofrimento dos mais frágeis», lembra o Papa.
Na sua mensagem, o Papa denuncia «a multiplicação de novas formas de pobreza, questionando discursos políticos que fazem dos pobres “responsáveis pela sua condição” e mesmo um “peso intolerável” para o sistema económico». Diz ainda que «Um estilo de vida individualista é cúmplice na geração da pobreza e, muitas vezes, descarrega sobre os pobres toda a responsabilidade da sua condição. Mas a pobreza não é fruto do destino; é consequência do egoísmo».
Perguntaram um dia a Teresa de Calcutá se haveria forma de erradicar de vez a fome no mundo. E madre Teresa respondeu de pronto:  Claro que há; bastaria que cada um de nós matasse a fome, cada dia, ao primeiro  pobre que encontrasse na rua. (Citei de cor).

CASTELO DE POMBAL - Marca fascinante da nossa História


Gosto imenso da nossa região, da qual falo e escrevo frequentemente, exibindo as suas belezas. Raramente digo mal do que temos, preferindo apontar sugestões que considero viáveis para o bem da comunidade. Contudo, não deixo de apreciar, tantas vezes com emoção, as marcas históricas que os nossos antepassados nos legaram. Hoje, aqui fica o Castelo de Pombal que registei há anos quando por ali andei à descoberta do Marquês.

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