quarta-feira, 30 de novembro de 2011

HÁ PESSOAS A QUEM CORTAM AS ASAS


O cortejo dos excluídos

Depois da revolução, falava-se, a torto e a direito, dos que foram retirados dos seus lugares de trabalho e “postos na prateleira”. Muitos deles eram gente ainda nova, competente e séria, considerada perigosa por não acertar, ideologicamente, com os novos senhores do poder. Para além da destruição de pessoas, um mal irreparável por qualquer preço, logo se viu um manifesto prejuízo, na maioria dos casos, da qualidade dos serviços, agora nas mãos dos comparsas, incompetentes, mas fiéis.
O mal de então pegou-se ao tempo e o cortejo dos excluídos continua. Há dias, pessoa válida, competente e generosa dizia-me, sem saber porquê, que a retiraram do seu lugar, sem lhe ser dada uma razão, a mantiveram um ano a olhar para o céu e a mandaram, agora, para onde não faz falta, nem sabe que fazer. É uma pessoa adulta, não aposentada, estimada por quem a conhecia e com ela lidava, a quem todos reconheciam valor, pelo seu porte e acção… Não é caso único. Que mundo este, com tão grande vocação para o desperdício!... Há excluídos que não se resignam e furam. Há outros a quem cortam as asas e limitam o campo. Quem vai responder por esta morte de pessoas e empobrecimento da sociedade, onde todos fazem falta?

António Marcelino



Os nossos emigrantes





António Afonso 
com a Gafanha da Nazaré 
no coração 



O António Afonso, 87 anos, viúvo, é um emigrante nos EUA. Alfaiate de profissão, aqui na nossa terra, junto ao estabelecimento comercial conhecido por Zé da Branca, com a sua palmeira, e em terras do Tio Sam, nunca deixa de pensar nos ares, paisagens e pessoas dos tempos em que viveu entre nós.

Templo da Igreja Evangélica, Gafanha da Nazaré


Paralelamente à arte que o distinguiu, ainda foi exímio barbeiro, mais aos fins de semana. Numa ou noutra carta que me escreveu e nas conversas durante as férias que passa na sua e nossa terra, António Afonso deixa transparecer, minuto a minuto, o amor que tem ao torrão natal que lhe está na alma. 

A sua oficina na América

Durante a recente visita que me fez, recordou figuras e factos doutros tempos com memória fresca e fiel, mas também das suas vivências na América. Referiu que, para vencer a solidão, se dedica a recordar, construindo miniaturas de madeira e outros materiais, onde aviva e enriquece a sua existência, reproduzindo, de cor, edifícios que traz na cabeça. Tornando-os presentes, longe daqui, pode, então, ao apreciá-los, voltar a recuar décadas e sentir-se gafanhão de coração. 

Forte e Farol

Da profissão de barbeiro é que não tem muitas saudades. Lembrou que antigamente os homens de trabalho duro só faziam a barba uma vez por semana, normalmente aos sábados, pelo que apareciam em força mais nesse dia. Tinha, portanto, de trabalhar noite dentro, até de madrugada, e ainda aos domingos, quando calhava. talvez por essa razão, pôs de lado o corte de cabelo e barbas. Nos EUA só foi alfaiate.
Aquando da mais recente visita, frisou que tem pela Gafanha da Nazaré «uma obsessão que nem queira saber; sonho com ela a todo o momento». E é por isso que, além das miniaturas, também escreve, porque «recordar é reviver». 
António Afonso é cristão evangélico, pertencendo à Igreja Evangélica da Gafanha da Nazaré. Trata-se de  um homem de convicções fortes, tendo estado na primeira linha dos que introduziram esta corrente cristã na nossa terra.

FM 



terça-feira, 29 de novembro de 2011

The Economist prevê fim da zona euro para breve

«A zona euro continua a caminhar a passos largos para o fim, afirma a revista The Economist. Depois dos países periféricos, os estragos da crise chegam ao epicentro da moeda única, com a Itália e a Espanha a darem os primeiros sinais. Apesar dos desmentidos, continuam a correr rumores de que Roma já teria pedido ao FMI um plano de ajuda, no valor de 600 mil milhões de euros.
Merkel e Sarkozy já admitiram que se estas duas economias seguirem o caminho da Grécia, Irlanda e Portugal, haverá um autêntico terramoto na Europa dos 17. É por isso que aquela revista dá apenas algumas semanas de vida ao euro.
A concretizar-se, o empréstimo internacional acima referido iria permitir à Itália um período de doze a dezoito meses para implementar os cortes orçamentais e as reformas de estímulo à economia mais urgentes.
Porém, ajudar Itália - que constitui 17% da economia do euro - representa mais do que resgatar Grécia, Irlanda e Portugal que, em conjunto, valem apenas 6% da moeda única.»
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ADIG: Exposição coletiva - 10 a 17 de dezembro


PAZ PARA O POVO PALESTINO




Dia Internacional de Solidariedade 
para com o Povo Palestino 
Maria Donzília Almeida



O dia 29 de novembro comemora o Dia Internacional de Solidariedade ao povo palestiniano, quando em 1947, a Assembleia Geral da ONU aprovou a divisão da Palestina em dois Estados: o Estado de Israel (judeu) e o Estado da Palestina (árabe). O segundo - o palestiniano, jamais se realizou. A partilha não foi aceite, pois, a Israel, coube um território maior e mais fértil. A partir daí, os conflitos agravaram-se. A História da Palestina tem sido muito conturbada. É disputada por dois povos: palestinianos e judeus, ambos descendentes de Abraão, a quem, segundo a Bíblia, teria sido prometida a terra de Canaã. A origem do povo palestiniano remonta aos tempos bíblicos, quando Cananeus, Filisteus e outros povos habitavam a região. As conquistas islâmicas do ano 636 até 1917 deram-lhes as atuais características árabe-muçulmanas. O território foi sucessivamente invadido, mas a população original permaneceu na Palestina e deu-lhe o seu nome: "Filistin" ( Terra de Gigantes). 
Os judeus ocuparam a região duas vezes: há cerca de 4000 anos, com Abraão e mais tarde, liderados por Josué, vindos do cativeiro no Egito. Os judeus espalharam-se pelo mundo com a repressiva ocupação romana e, no ano 135, foram definitivamente expulsos da Palestina. Na Europa, acusados de todas as desgraças reais e imaginárias, os judeus organizaram-se com o objetivo de regressar à Palestina, no final do século XIX. Compraram terras e instalaram colónias, mas ignorando o povo que habitava a região há mais de 1.800 anos. Embora o início da colonização tenha sido pacífico, nas décadas seguintes começaram os conflitos violentos que se intensificaram principalmente a partir da década de 20. Após a II Guerra Mundial (1945), o mundo assistiu, horrorizado, ao massacre dos judeus feito pelos nazis e apoiou a criação de um Estado que abrigasse os sobreviventes do holocausto e impedisse que a situação se repetisse. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SAIBA QUEM É ISABEL JONET




«Verão de 1972. Alguns dias por semana três miúdas de 12 anos vão até ao Hospital Ortopédico de Sant'Ana, na Parede, e passam horas a ler histórias às crianças internadas, a fazer joguinhos que as distraiam da lonjura da família, a ajudá-las ao almoço. São Parreira achava um desperdício três meses e meio de férias gastos só em idas à praia e não lhe terá sido difícil convencer a filha do meio a estrear-se no voluntariado com as amigas.
Foi a primeira vez que percebemos que podíamos fazer a diferença", diz Teté Sequeira, "e sei que a experiência marcou muito a Bli." Durante quatro anos, Bli está boa parte das manhãs de verão no Hospital de Sant'Ana. No tempo que sobra, tem encontro marcado, na praia de Santo Amaro, a dois minutos de casa, onde as famílias alugam sempre o mesmo toldo.»

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FADO ELEVA A NOSSA AUTOESTIMA






Fado, Património Imaterial da Humanidade
Maria Donzília Almeida
Portugal acorda, no dia 27 de Novembro, domingo, com a notícia de que o fado fora elevado à categoria de património da humanidade. Foi recebida com júbilo, no bairro de Alfama em Lisboa, berço desse canto que se tornou símbolo de todo um povo.
Até o Museu do Fado, permaneceu, excepcionalmente, aberto na noite de sábado, à espera da decisão da Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (Unesco). Desde sábado, os portugueses estavam ligados aos meios de comunicação, que regularmente davam informações sobre a reunião do comité da Unesco em Bali, Indonésia. Assim que se soube da decisão favorável, começaram a chegar as reações oficiais.

APESAR DA CRISE, OS PORTUGUESES SÃO SOLIDÁRIOS

"O Banco Alimentar angariou mais de 2950 toneladas de alimentos durante a campanha realizada em 1615 superfícies comerciais do país, sábado e domingo, com resultados próximos dos obtidos em 2010 (3265 toneladas).
Para o sacerdote jesuíta [Padre Vaz Pinto], este saldo não teria sido possível sem a “adesão” das pessoas e o esforço de perto de 36 mil voluntários que foram a força motriz de uma “operação gigantesca”.
“Só com boa vontade, muita solidariedade e espírito de sacrifício é que foi possível mobilizar, pôr a trabalhar, coordenar e trazer até aos bancos alimentares as quantidades espantosas de alimentos que as pessoas, generosamente, foram dando”, sublinhou"
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domingo, 27 de novembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 265


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 48 



ADIVINHAS 

Caríssima/o: 

Pois a bicicleta também pode ser um brinquedo e objecto de brincadeira. Há quem tudo aproveite e, fazendo-nos sorrir, também nos ponha a pensar... 
Seja então a brincar que hoje vamos de bicicleta até às adivinhas; e se umas já são muito “batidas”, pode ser que ao menos nos distraiam; se nem isso, com pedalada suave afastemo-nos e procuremos um bom domingo ao ar livre. 

Vamos então à primeira adivinha: 

1 - Qual é coisa, qual é ela 
que é redonda como o sol, 
Tem mais raios do que uma trovoada 
E anda sempre aos pares? 

Não está muito escorreita, mas aceitemos a resposta: “a bicicleta”. 

E a segunda pergunta assim:

Uma reflexão para este domingo:



ESPERA VIGILANTE E ACTIVA
Georgino Rocha

Era costume dos judeus abastados e ricos, quando tinham de se ausentar, confiar os seus bens aos cuidados dos servos, atribuindo-lhes responsabilidades concretas. Deviam desempenhá-las bem até que os patrões regressassem, não deixando ou enviando qualquer pré-aviso. O proceder dos servos manifestava a qualidade da relação com os seus senhores.
Jesus conhece bem os usos e costumes dos seus conterrâneos. Recorre frequentemente a eles, dando-lhes novas dimensões, enriquecendo-os com elementos que abrem horizontes mais vastos e interpelantes. Com estes recursos pedagógicos, os discípulos podem captar mais facilmente a mensagem que lhes quer transmitir. Hoje, lança mão da parábola do dono da casa que a confia aos seus empregados e parte de viagem. Deixa duas recomendações: cumprir responsavelmente a tarefa atribuída e estar vigilantes. E adianta uma breve explicação: O regresso pode acontecer a qualquer hora. O que vos digo a vós, digo-o a todos.

sábado, 26 de novembro de 2011

Vida e Harmonia captadas por Carlos Duarte

Fotografia de Carlos Duarte

O fotógrafo artista nunca passa indiferente pelo mundo que o rodeia. O comum dos mortais é que nem sempre capta a beleza que o envolve, a não ser que ela o provoque, despertando-o da sua apatia.
O Carlos Duarte habituou-nos, e ensinou-nos, a prestar atenção a quanto nos cerca. Neste registo, lá estão, na paleta das cores, as tonalidades fortes envolvendo a fonte de luz, a nervura da vida e o negrume da noite que tudo quer dominar. O verde da esperança e o azul do céu, de braço dado, libertam-se das trevas.  Mas deste quadro sobressai ainda a certeza de que a claridade é  sinal de vida e  harmonia, que se abraçam ternamente.   

FM

Quem pode pôr em dúvida a dramática crise de Deus?


CRISES E OPORTUNIDADES (2)
Anselmo Borges

Como escrevi aqui, no sábado passado, a crise faz parte da realidade. A evolução, desde o Big Bang, há 13 700 milhões de anos, foi deparando com crises e até becos sem saída, mas encontrou oportunidades, foi oportunista: a prova é que estamos cá.
Há transformações que implicam a mudança de paradigma - paradigma é, segundo Th. Kuhn, "an entire constellation of beliefs, values, techniques, and so on, shared by the members of a given community" (uma constelação total de crenças, valores, técnicas, etc., partilhados pelos membros de uma determinada comunidade). Ora, os paradigmas entram em crise. Por exemplo, o paradigma moderno entrou em crise e já se fala em macroparadigma pós-moderno: já não eurocêntrico, pois o mundo tornou-se multipolar; já não androcêntrico, pois tem de haver parceria entre homens e mulheres; a economia de mercado tem de ter sentido social e ecológico; impõe-se o diálogo inter-cultural e inter-religioso...

UM ANO SEM HOMILIAS NAS IGREJAS?

«Há algum tempo eu havia escrito alguns apontamentos para um artigo quase sério depois de ter ido à missa e ter sofrido durante uma homilia. O início da celebração havia sido muito bonito, tínhamos entrado em um singelo crescendo em direção ao momento central; mas mais de 15 minutos de homilia, talvez não do mesmo grau de intensidade, me haviam feito experimentar um processo inverso.
A reportagem é de Marco Tosatti e está publicada no sítio Vatican Insider, 22-11-2011. A tradução é do Cepat.»
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOBRE A MULHER - 25 de novembro




Aquele que maltrata uma mulher 
desceu à bestialidade dos primatas 
Maria Donzília Almeida
“Na mulher, não se bate 
nem com uma flor...”
De forma simbólica, estão aqui representadas duas formas antagónicas de lidar com a mulher. Se por um lado até o afago duma flor parecerá excessivo à delicadeza e fragilidade da mulher, quando se fala da outra face da moeda, de violência, de grosseria, está a levantar-se o véu dum problema social, que não é só dos nossos dias e tem feito muitas vítimas, ao longo da história - a violência doméstica.
Considero que qualquer criatura que ouse beliscar, nem que seja ao de leve, a integridade duma mulher, deixa de ser considerado Homem! Aquele que maltratou aquela que é a depositária da vida humana, que transporta no seu seio o recetáculo da própria Vida... desceu à bestialidade dos Primatas!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UNIVERSITÁRIOS DE AVEIRO AJUDAM COLEGAS

"Podia ser mais uma campanha de recolha de alimentos que se multiplicam na altura do Natal. A diferença desta iniciativa é ter sido feita por associações de estudantes da Universidade de Aveiro com o objetivo de ajudar outros colegas."
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Painéis cerâmicos: motivos profissionais




Este painel cerâmico, que registei na Rua Sacadura Cabral, Gafanha da Nazaré, é, de certo modo, uma homenagem aos nossos marnotos e moços de marinha. A safra do sal tende a extinguir-se por completo na zona aveirense, restando poucas marinhas, sendo uma delas espaço museológico (Marinha da Troncalhada). Por isso, julgo que urge avançar com registos que fixem para a história a vida de tanta gente que labutou na produção do sal. Posso adiantar que já lancei o desafio a um amigo, colaborador do meu blogue, para que avance com este projeto. Ficamos todos a aguardar. Porém, nada impede que outros o façam.

Presépios Tradicionais Portugueses

Na Assembleia Municipal de Aveiro, antiga Capitania


EUA e CANADÁ celebram Dia de Ação de Graças




Thanksgiving Day 
Maria Donzília Almeida

O Thanksgiving Day, Dia de Ação de Graças é um feriado celebrado nos Estados Unidos  e no Canadá, observado como um dia de gratidão, a Deus, pelas benesses ocorridas durante o ano. Neste dia, as pessoas dão graças com festas e orações.  Os primeiros Dias de Ação de Graças na Nova Inglaterra eram festivais de agradecimento a Deus, pelas boas colheitas anuais. Por esta razão, o Dia de Ação de Graças é festejado no Outono,  após a realização das colheitas e é comemorado na quarta quinta-feira de novembro. 
O primeiro foi celebrado em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos que fundaram a vila em 1620.  Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. Por ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621. Os homens de Plymouth mataram patos e perus. Outras comidas que fizeram parte do cardápio foram peixes e milho. Cerca de noventa índios também participaram da festividade. Todos comeram ao ar livre em grandes mesas. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Revista Evoluir: há em cada um de nós um poeta


Fernanda Reigota, à direita, com formandas

A revista EVOLUIR proporcionou 
necessidade e libertação para a escrita


No passado sábado, 19 de novembro, foi lançada uma nova revista, EVOLUIR, no salão da igreja paroquial da Gafanha da Nazaré e em Ílhavo, na pastelaria Mims, junto ao Centro Cultural. Trata-se de uma publicação nascida na aula de Escrita Criativa, da Universidade Sénior (US) da Fundação Prior Sardo, orientada pela professora Fernanda Reigota. Os textos são de Albertina Vaz, António Capote, Dores Topete, Fátima Martinho, Júlia Sardo, Maria Jorge, Maria Júlia Labrincha e Victor Cabrita. A coordenação esteve a cargo de Albertina Vaz, Dores Topete e Fernanda Reigota. A leitura de alguns trechos contou com fundo musical de acordes de guitarra clássica, com João Mónica a interpretar algumas melodias. 

A ideia da publicação desta revista surge no âmbito da disciplina de Escrita Criativa, «nas aulas e fora delas», como nos informa a professora Fernanda Reigota, animadora deste projeto nascido na US. Outros textos destes alunos já haviam sido publicados no blogue da universidade, Convida Saberes, e a determinada altura «a publicação [em revista] foi assumida por todos, como uma necessidade», afirma a nossa entrevistada. 
Num ápice, passou-se do projeto à sua concretização, depois da seleção, sempre com o objetivo de todos os alunos colaborarem, como veio a acontecer. «E agora vamos evoluir, porque a revista vai continuar; já estamos a escrever, com duas vertentes: a primeira, com a criação de uma narrativa coletiva, que seja testemunho da evolução da nossa sociedade, desde que nascemos, há mais de meio século; e a segunda, apoiando-nos em testemunhos, vivências, registos de figuras do concelho, mas também a partir de histórias contadas por pessoas, esperando delas licença para as recriarmos e publicarmos como testemunhos de vida», explica Fernanda Reigota.

UM SORRISO, UMA ESPERANÇA


Maria Donzília Almeida 

Solidariedade
Maria Donzília Almeida

Está a decorrer na escola, nesta semana de 21 a 25 de Novembro, uma atividade, em prol da LPCC- Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Teve como principais dinamizadoras, a professora de Moral e uma professora de História. Fazem parte de uma equipa de apoio à referida instituição, composta por várias pessoas, professores e funcionários, nas quais também me incluo. Cada um, conforme as suas aptidões e disponibilidade, colaborou com ideias e trabalho, na decoração do balcão de vendas, organização e angariação de “patrocínios”. É neste espaço que são expostos os vários artigos e acepipes, onde os alunos e restante comunidade escolar, vêm comprar, dando assim o seu contributo para a causa.
Num espírito de partilha e desprendimento, toda a comunidade contribuiu, no sentido de ajudar aqueles que já foram atingidos pelo cancro e/ou aqueles que poderão, no futuro vir a padecer do mesmo. A classe científica está a trabalhar, numa investigação intensa, almejando alcançar a cura desta enfermidade.
A venda e a extração de rifas, decorreu, hoje, toda a manhã. De tarde, chegou à escola, vinda do núcleo de voluntariado da LPCC de Coimbra, uma equipa, para dar aos alunos informação científica sobre o cancro. Esta decorreu em local acolhedor e muito confortável - a biblioteca da escola. Correu muito bem a palestra da jovem oradora, os alunos participaram com espírito cívico e no fim puseram, muito ordeiramente, as questões que a sua tenra idade, ainda lhes coloca.

Comunicação Social: É preciso remar contra a maré


Informar exige esclarecer-se

De quando em quando surgem notícias empoladas que, uma vez esclarecidas, já não encontram disponíveis aqueles que as deram para clarificar ou desmentir, se for o caso. As notícias referentes a casos que podem pôr em causa a Igreja têm nos jornais os jornalistas de serviço que mostram uma especial satisfação em dizer e em “morder”. Todos os dias há gente a reclamar e, quando muito, lá se atira para uma página de letra reduzida um desmentido a uma notícia que mereceu, ao dar-se, lugar de destaque.
No tempo em que as leis se respeitavam, obrigava-se a ser de outra maneira. Mas agora, os directores estão longe, os chefes não querem problemas, os colegas dizem que não é com eles e os tribunais sentenciam que não houve má-fé. Uma figura histórica famosa de França dizia: “Menti, menti, que alguma coisa fica!” E pronto, consciência tranquila e para a frente. Porque, para atrás, o coice já está dado.
Menos mal que não é sempre assim e não falta, na comunicação social, gente séria, correndo riscos, a remar contra esta maré negra.

António Marcelino

REMIND 25 – Exposição de FERNANDO GASPAR

No Museu da Cidade de Aveiro, entre 26 de novembro e 6 de janeiro 

Fernando Gaspar

No próximo dia 26 de novembro, vai ser inaugurada, no Museu da Cidade de Aveiro, a Exposição Individual REMIND 25, de Fernando Gaspar, natural de Vagos, evocativa dos seus 25 anos de carreira. Esta mostra é composta por obras originais e inéditas, subordinadas ao tema “Corpo Humano”. A exposição ocupa a totalidade das salas e os três pisos do Museu da Cidade, desenvolvendo-se através de um percurso. 
Nesta inauguração será apresentado o livro comemorativo, FERNANDO GASPAR - REMIND 25, que integra textos de convidados nacionais e estrangeiros, bem como a reprodução de todas as obras patentes na exposição. Trata-se de uma edição trilingue (português, francês e inglês).

O que é mais importante na relação da Igreja com a Cultura?


Não faz sentido que a Igreja pense 
em evangelizar sem «procurar 
a representação da Beleza»
Zita Seabra

A Igreja teve sempre uma relação privilegiada com a cultura. Ao pensar nos dois mil anos de Cristo, muitas das mais belas obras de arte têm a ver com o cristianismo e com a forma como se representa Deus e a Bíblia através da música, da pintura, da literatura e de todas as formas de expressão de arte. Abandonar a ideia do Belo e da sua busca, transformando a arte apenas num espaço vazio de sentimentos, faz perder a noção de Belo e afasta a Igreja daquilo que em muitos casos ela foi no encontro com as pessoas.
Não faz sentido falar de cultura sem falar da Igreja e não faz sentido que esta pense em evangelizar sem simultaneamente procurar a representação da Beleza. O papa Bento XVI tem falado e escrito sobre este tema, incentivando, tal como aconteceu noutras épocas, que a Igreja na sua liturgia e noutras formas de expressão não esqueça a procura do Belo. Esta demanda não se reduz ao património mas também se exerce nos dias de hoje, não deixando que algum mau gosto e incultura, que por vezes parecem sobrepor-se aos valores culturais inseparáveis dos valores espirituais, deixem abafar esse encontro constante entre Deus e a noção de cultura.
Há referências mundiais na literatura, na música, na arquitetura, na pintura. Não sei se a obra que na minha opinião mais nos aproxima de Deus, a Pietá, de Miguel Ângelo, podia ser feita sem o sentido de espiritualidade que ele coloca naquela escultura que nos espanta profundamente. No tempo atual também encontramos momentos assim, quando a fé e a cultura se juntam.

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Câmaras podem converter iluminações em ajuda a famílias carenciadas



EM ÉVORA 


«A Associação Comercial do Distrito de Évora propõe às Câmaras Municipais trocar as luzes de Natal por ajuda aos mais carenciados. É este o mote da campanha de Natal solidária denominada “Évora Distrito Mágico”. 
O objectivo é que os municípios disponibilizem parte da verba destinada à iluminação de Natal. O dinheiro será convertido em vales e entregue, posteriormente, a famílias necessitadas, que os devem trocar no comércio tradicional. 

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