sábado, 25 de julho de 2020

Paz entre as religiões, paz entre as nações

Crónica de Anselmo Borges 


1) A Basílica de Santa Sofia, em Constantinopla (Istambul), inaugurada pelo imperador Justiniano no século VI e dedicada a Cristo, Sabedoria de Deus, foi durante quase mil anos o maior templo cristão, impondo-se pela sua beleza e majestade. Muitos que lá entraram e contemplaram a cúpula, com 55 metros de altura e 30 de diâmetro, e o Cristo Pantocrator a olhar do alto disseram ter feito uma experiência do Céu.
A sua história tem sido atribulada. Foi realmente durante quase um milénio (537-1453) o santuário mais significativo da cristandade; a seguir ao Grande Cisma (1054), tornou-se a igreja mais importante dos cristãos ortodoxos, que os católicos, no tempo das cruzadas, conquistaram e dominaram (1204-1261); depois, durante quase 500 anos (1453-1931), tornou-se, com a conquista de Constantinopla, a mesquita "imperial" mais importante do islão, tendo Constantinopla passado a chamar-se Istambul, pois era tal o esplendor e a força de Constantinopla que não se dizia "ir a Constantinopla" mas "ir à cidade" (em grego: eis tên polín). Em 1931, depois da dissolução do império otomano, Mustafá Kemal Atatürk, fundador da Turquia moderna, como sinal da laicidade do Estado, dessacralizou-a e transformou-a num "museu oferecido à humanidade", aberto ao público em 1935 já com os vitrais e os ícones cristãos, que tinham sido cobertos com gesso, porque o islão proíbe as imagens, e, em 1985, declarado património mundial da Humanidade pela UNESCO. O actual presidente da Turquia, Recep Erdogan, decretou, no passado dia 10, que voltasse a mesquita, recomeçando a ser lugar de oração a partir de ontem, dia 24. Entretanto, o governo turco assegurou que terá os mosaicos com imagens cristãs tapados durante as orações e que continuará aberta ao turismo, nacional e estrangeiro, com entrada gratuita (até agora, as visitas rendiam 50 milhões de euros anuais).

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Ouvir com o coração

Crónica de Flausino Silva 
publicada no "Correio do Vouga"


No passado dia 11 celebrou-se o dia de São Bento, Padroeiro da Europa. São Bento de Núrsia, assim referido por ali ter nascido no seio de uma família abastada, exerceu, com a sua vida e a sua obra, uma influência fundamental no desenvolvimento da civilização e da cultura europeias.
Tendo fundado uma das maiores ordens - a Ordem dos Beneditinos -, São Bento de Núrsia foi o criador de um dos mais importantes e utilizados regulamentos de vida monástica, a Regra de São Bento, autêntico compêndio de prática de vida e de espiritualidade.
Num tempo em que se fala tanto da Europa por múltiplas e menos boas razões - pandémicas, económicas, sociais, migratórias e políticas - em que se pressente o ressurgimento e o regresso a egocentrismos nacionalistas e populistas, falar da vida e da importância de São Bento é uma ousadia.
Temos sido fustigados, desde há anos a esta parte e mais intensamente nos últimos tempos, por insidiosas ideias, princípios e decisões de índole secularista, rejeitando toda a influência da Igreja na esfera pública, empurrando-a para dentro dos templos e confinando os assuntos religiosos à esfera privada dos indivíduos.

Cheio de alegria, agarra-se ao tesouro

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XVII do Tempo Comum

Parábola do Tesouro Escondido - Rembrandt
"Feliz o homem que tem a sorte de achar o tesouro da sabedoria e, 
ainda mais feliz, se o mantiver, fizer crescer e irradiar"

Atitude decidida e coerente, fruto de um coração inteligente e de uma vontade determinada. Atitude assumida com firmeza pelo homem que passa no campo e sente o seu olhar “golpeado” pelo brilho de um tesouro. Atitude emblemática de tantas outras que, ao longo dos dias, somos chamados a considerar e fazer nossas. Mt 13, 44-52.
O homem da parábola concentra todas as energias na realização da maior aventura da sua vida: obter a preciosidade vislumbrada. Definida a meta dos seus desejos, reorganiza e reordena todas as suas rotinas, reelabora a sua escala de valores, redimensiona a distribuição do tempo. Nestas diligências, sente o seu ânimo transbordar de alegria e toma decisões arriscadas.
Por isso, prossegue sem demora o seu plano de acção: pôr a salvo o tesouro descoberto, desfazer-se dos bens a fim de conseguir a importância indispensável à compra, adquirir o campo onde está o achado. Em todo este processo, uma confiança revigorante galvaniza as suas forças anímicas e energias espirituais.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Maria João Pires celebra aniversário



Evoco hoje, 23 de Julho, dia do seu aniversário, a pianista Maria João Pires, porventura a maior pianista portuguesa do século XX. Nem sempre compreendida, é bom saber que foi uma menina prodígio, como pode ser lido na bonita história, cuja leitura recomendo. 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

VIVA A RIA




Viva a Ria, pois então... Na hora do descanso... 13 horas, mais minuto menos minuto. Logo mais, pela fresquinha, será muito diferente.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Chaves - Ponte romana com ou sem carros?

Doze anos depois, 
ponte romana de Chaves voltará a ter carros? 
Os cidadãos vão votar 



Tribunal Constitucional já deu luz verde para a realização de um referendo local. Ponte romana pedonalizada em 2008 poderá voltar a receber veículos ligeiros? Os flavienses vão decidir no dia 13 de Setembro... Li no PÚBLICO.

NOTA: Não tem conta o número de vezes que passei por esta ponte com séculos de história. De pé e de carro, lendo com alguma frequência a inscrição que atestava a sua vetusta idade. E depois procurei saber um pouco mais da presença dos romanos por aquelas bandas. Já lá vão muitos anos, também, sem possibilidades de voltar a uma terra onde, com toda a família, fui muito feliz. 
Apesar deste relacionamento com Chaves, desconhecia que a ponte estava vedada ao trânsito automóvel, decerto por razões de segurança, mas ainda por respeito à sua idade.Os flavienses saberão decidir para bem de todos. 

Tarde de inverno


Em maré de recordações, passeio de moliceiro, numa tarde de Inverno, 2008.

Prémio Gulbenkian para Greta Thunberg


A ativista sueca Greta Thunberg venceu a primeira edição do prémio Gulbenkian para a Humanidade, no valor de um milhão de euros. A jovem sueca foi escolhida entre 136 nomeações (correspondendo a 79 organizações e 57 personalidades) provenientes de 46 países.
O prémio será aplicado pela Fundação Thunberg em projetos de combate à crise climática e ecológica, de forma a ajudar os que enfrentam os piores impactos desta crise, particularmente a sul. 
O presidente do Grande Júri deste Prémio, Jorge Sampaio, sublinhou que a adolescente sueca "conseguiu mobilizar as gerações mais novas para a causa do clima” e que “a sua luta tenaz por mudar um status quo que teima em persistir, que fazem dela uma das figuras mais marcantes da atualidade”. 
O nosso aplauso para a vencedora.

Li no Jornal i

UE - Acordo ao fim de cinco dias


Ao fim de cinco dias, os 27 chefes de Estado e governo da União Europeia aprovaram, esta terça-feira, um pacote global de 1,8 biliões de euros para apoiar a recuperação da actividade, paralisada pela pandemia do novo coronavírus, e promover a transformação da economia num sentido mais verde, inclusivo e digital. Assim li no PÚBLICO

Também o Presidente da República saudou esta manhã em Madrid o histórico resultado do Conselho Europeu, que esta madrugada terminou em Bruxelas.

NOTA: Vamos acreditar que os estados da UE, a começar pelo nosso, vão ser capazes de gerir a fatia dos milhões disponibilizados, de forma a poderem promover a recuperação económica que todos  desejam. 


E voltou a chuva...


E voltou a chuva com a sua tristeza. Faz falta para dar vida aos jardins e campos agrícolas, é certo, mas ainda não tínhamos verdadeiramente aquecido neste Verão. Vamos então esperar que, depois da rega, a vida possa sorrir aos veraneantes. Continuação de boa semana.

Mudar de vida


Tenho andado com vontade de mudar de vida. O confinamento acorda-me para essa necessidade. Então, vem à tona da razão a pergunta: — Mas que fazer e como fazer? 
Penso um pouco, imagino-me a caminhar pelas ruas da Gafanha à cata de assuntos...  e não registo nada de jeito. O mesmo casario com poucas inovações dignas de nota... as ruas, como teia de curvas e contracurvas sem avenidas dignas desse nome, os mesmos rostos fechados, apressados e tensos. Paro e encosto-me à bengala para sentir o calor que veio forte e depressa se escapou... e dou por mim a caminho do ponto de partida, desolado por nada de nobre ter achado. 
Com quem me cruzo, a maioria, garantidamente, já nada diz... e não me diz nada. Vivos com cara de enterro, em jeito de quem procura horizontes de futuro que tardam. Não alimento nem proponho pessimismos. E concluo que o culpado de tudo está no medo em que me sentei pensativo. Amanhã será diferente. Depois direi. 

Fernando Martins

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