quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Jaime Ferreira da Silva - Exemplo de abnegação

Efeméride
1962
8 de Setembro
Homenagem ao ilustre pardilhoense no Largo Dr. Egas Moniz

Dando extraordinário exemplo de abnegação para salvar uma criança, morreu na ria de Aveiro, em circunstâncias dramáticas, o Dr. Jaime Ferreira da Silva [médico], que exercia o cargo de Governador Civil do Distrito de Aveiro. (Correio do Vouga e Litoral , 15-9-1962) — J.


Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo 
e João Gonçalves Gaspar

terça-feira, 7 de setembro de 2021

As mais belas fotografias - 2

Cabanas de Tavira - Forte de São João da  Barra 

Em Cabanas de Tavira, uma alvorada límpida impeliu o autor a erguer o drone por breves minutos. No solo, emergiu o bonito Forte de São João da Barra, fortificação mandada construir logo após a restauração da independência.

Fotografia: Manuel Ferreira

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Nossa Senhora dos Navegantes

Efeméride:
1863
6 de Setembro






Foi benzida, no sítio chamado Forte da Barra de Aveiro, a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja construção terminara em fins de Maio. (Campeão das Províncias, 12-9-1901; Litoral, 19-10-1979) - J

Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


Gosto de árvores, plantas e flores

É ponto assente que gosto de plantas e flores, desde que me conheço. Onde quer que esteja, os meus olhos fixam-se nas plantas e flores, deixando-me extasiado perante a beleza que delas emana. As cores e formas que sobressaem falam-me ao coração. E  quando um pontinho começa a desabrochar na planta, sou desafiado a  acompanhar o seu nascimento. Curiosamente, apesar deste gosto pela plantes e flores, património dos pequenos e grandes jardins, mas também da natureza em estado virgem, não as conheço pelo nome próprio. Sou literalmente um analfabeto.
De vez em quando, publico no meu blogue flores e plantas, mas raramente as identifico. Tenho pena. E há dias fiquei surpreendido com um amigo que, pelo telefone, se referiu a uma flor que estagiou neste meu blogue, dizendo o seu nome de batismo. De tão esquisito para mim, nem o fixei.
Nas minhas voltas pela ciberespaço, costumo chamar até mim blogues e sites relacionados com jardins, plantas e flores, para me deliciar. Hoje, nos BLOGUES QUE SIGO, na coluna à direita, podem ver um site especializado em plantas e em tudo o que lhes diz respeito.

FM 

Açores - Paisagem

Há paisagens que se fixam na nossa memória para sempre


                Açores - São Miguel






 

domingo, 5 de setembro de 2021

As mais belas fotografias - 1


Todos os anos, há uma regata de moliceiros entre a Torreira e Aveiro. Estas embarcações sobrevivem graças à carolice da população apaixonada pelas tradições da ria de Aveiro. Há agora menos de vinte moliceiros nestas condições. Fotografia: José Mariano

NOTAS: 
1. A National Geographic Portugal, que desde há anos  entra em nossa casa, delicia-nos com as suas fotografias e reportagens, que abordam os mais diversificados temas, muitos dos quais de civilizações exóticas;
2. Tentarei  divulgar algumas com regularidade.

A vida é tão curta...


"A vida é tão curta e o ofício de viver tão difícil, que, 
quando começamos a aprendê-lo, temos de morrer"

Ernesto Sábato 
(1911-2011), 
romancista

Nota: Publicado no PÚBLICO, 
hoje, em Escrito na Pedra

sábado, 4 de setembro de 2021

Júlio Dinis - Um escritor da minha adolescência

Num blogue que leio frequentemente, “De Rerum Natura”, li hoje um texto alusivo a Júlio Dinis, um escritor da minha adolescência e juventude, que muito me entusiasmou. Doente pulmonar, doença de que também padeci em duas alturas da minha juventude, esteve em Aveiro e na Gafanha, como já diversas vezes referi nos meus escritos.
Os seus romances deixaram em mim a ideia de que se tratava de um homem em sofrimento, com ânsia de felicidade. Como médico, que, aliás, nunca exerceu, sabia que a morte seria inevitável. Daí, penso eu, a opção pelos cenários de gente boa, trabalhadora, feliz. "A Morgadinha dos Canaviais", "As Pupilas do Senhor Reitor", "Uma Família Inglesa", "Os Fidalgos da Casa Mourisca" e "Serões da Província", entre outas  obras, ocupam o meu imaginário. 
Já lá vão muitos anos. Só esporadicamente releio umas simples páginas. Não seria ocasião para voltar a Joaquim Guilherme Gomes Coelho, o escritor Júlio Dinis? Talvez. 
A Feira do Livro do Porto, em curso, é-lhe dedicada.

Quem não vota nunca terá o direito de criticar

Aproximam-se a passos largos as eleições autárquicas. No dia 26 de setembro, os portugueses que constam dos cadernos eleitorais vão escolher os que nos hão de governar a partir das autarquias locais, Municípios e Freguesias. Sinais mais notórios da proximidade das eleições são a propaganda que os partidos e coligações se afadigam nas campanhas em curso.
A caixa do correio começa a merecer a minha atenção porque, já com alguma frequência, não faltam os folhetos com rostos e posições políticas que conheço. Todos, sem exceção, devem merecer a nossa atenção e o nosso respeito. Realmente, quem se dispõe a servir a comunidade, na política ou noutras áreas, mostra à evidência qualidades de disponibilidade, altruísmo, sentido de responsabilidade e capacidade de se dar e de servir muitíssimo louváveis, em tempos carregados de egoísmos. Os meus parabéns a todos os que, voluntariamente, dão a cara por um ideário ou projeto político,  neste caso.
A decisão de cada um de nós dependerá, necessariamente, não muito daquilo que prometem, mas daquilo que sabemos serem capazes de cumprir, com provas dadas nas áreas profissionais, sociais, culturais ou outras, tendo em conta as necessidades mais prementes das pessoas e comunidades. Votar é um dever. Quem não vota nunca terá o direito de criticar ou reclamar. 
Felicito todos, sem exceção, os que se candidataram, lembrando que os vencidos não poderão cruzar os braços. Há outros horizontes e outras eleições para se darem à sociedade. 

Fernando Martins

A palavra solidão faz-me companhia

Um poema de Álvaro Guimarães 
que publiquei há 15 anos

Praia da Vagueira (foto Via Verde)

O LIMPA-PALAVRAS

Limpo palavras.
Recolho-as à noite, por todo o lado:
a palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor.
Trato delas durante o dia
enquanto sonho acordado.
A palavra solidão faz-me companhia.

Quase todas as palavras
precisam de ser limpas e acariciadas:
a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar.
Algumas têm mesmo de ser lavadas,
é preciso raspar-lhes a sujidade dos dias
e do mau uso.
Muitas chegam doentes,
outras simplesmente gastas, estafadas,
dobradas pelo peso das coisas
que trazem às costas.

A palavra pedra pesa como uma pedra.
A palavra rosa espalha o perfume no ar.
A palavra árvore tem folhas, ramos altos.
Podes descansar à sombra dela.
A palavra gato espeta as unhas no tapete.
A palavra pássaro abre as asas para voar.
A palavra coração não pára de bater.
Ouve-se a palavra canção.
A palavra vento levanta os papéis no ar e
é preciso fechá-la na arrecadação.

No fim de tudo voltam os olhos para a luz
e vão para longe,
leves palavras voadoras
sem nada que as prenda à terra,
outra vez nascidas pela minha mão:
a palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.

A palavra obrigado agradece-me.
As outras não.
A palavra adeus despede-se.
As outras já lá vão, belas palavras lisas
e lavadas como seixos do rio:
a palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.

Vão à procura de quem as queira dizer,
de mais palavras e de novos sentidos.
Basta estenderes a mão
para apanhares a palavra barco ou a palavra amor.

Limpo palavras.
A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra.
Recolho-as à noite, trato delas durante o dia.
A palavra fogão cozinha o meu jantar.
A palavra brisa refresca-me.
A palavra solidão faz-me companhia.

Pode ver aqui 

"As mulheres sejam submissas aos maridos"

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Sobre o sexo, as mulheres, as religiões e a Igreja já escrevi aqui muitas vezes. Também em livros que publiquei, incluindo o próximo, O Mundo e a Igreja. Que Futuro?, que espero esteja nas livrarias em finais de Outubro. Retomo hoje o tema muito rapidamente, por causa do "alarido" que houve nos media provocado por uma leitura na Eucaristia de um domingo passado, transmitida pela televisão pública. Algum esclarecimento é devido.

1 O que se passou é que foi feita uma leitura bíblica a dizer: "As mulheres sejam submissas aos maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o Chefe da Igreja."

Previno que o texto é da Carta aos Efésios, atribuída a São Paulo, mas a autoria realmente não lhe pertence. Aliás, é preciso dizer que, no cristianismo, com Jesus, que escandalosamente tinha discípulos e discípulas, São Paulo deu um contributo decisivo para a emancipação feminina: "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus", escreveu na Carta aos Gálatas; e na Carta aos Romanos descreve Júnia como ilustre entre os Apóstolos.

2 Todas as religiões se entendem a si mesmas como reveladas. A pergunta é: como sabem os crentes que Deus falou?

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