Somos bispo, padres e diáconos para toda a gente
D. António Moiteiro (Imagem da Diocese de Aveiro) |
Porque seria difícil o contacto pessoal com o clero na eucaristia do dia 14 de setembro, na Sé de Aveiro, depois da cerimónia da entrada solene do novo bispo, D. António Moiteiro entendeu por bem marcar um encontro para a Casa Diocesana, Albergaria-a-Velha, que ocorreu hoje, 17, estando presentes quase todos os presbíteros e diáconos da nossa diocese. Foi um momento significativo de confraternização, onde o espírito de proximidade, sem formalidades, ficou enriquecido por algum sentido de humor e de alegria.
D. António Moiteiro sublinhou a importância de estarmos sempre «uns com os outros», adiantando que tem consciência de que vem inserir-se na comunidade diocesana, no pressuposto de que somos elos de uma cadeia, que liga o antes e o que há de vir. Disse que a Igreja existe para ser luz no mundo, devendo estar permanentemente de «portas abertas», cultivando o «Ide e fazei discípulos» que Jesus nos recomendou, para depois «os batizar e ensinar a viver». «Somos bispo, padres e diáconos para toda a gente» e não apenas para os que participam nos cultos, sem nunca «nos fecharmos nas nossas pastorais».
O prelado aveirense afirmou que não sabe por que motivo foi nomeado bispo, nem quer saber, mas assumiu que é a pessoa que, com o clero, «preside à caridade na diocese, dando o melhor que sabe e tem. «Todos temos de nos ajudar mutuamente para fazermos coisas bonitas e belas», sendo «santos, na comunhão com Deus e com todos». Marcos do Vale com a sua arte |
D. António frisou a mais-valia que vem da formação teológica profunda, a vivência da caridade pastoral, a entrega da vida como pastores e a pobreza como sinal de contraste. Referiu ainda que «a caridade é dom recebido na ordenação», que a eucaristia é fonte do exercício ministerial e que em circunstância alguma os presbíteros se devem dispensar de a celebrar diariamente.
Antes do almoço, o mágico Marcos do Vale, que no palco da vida também é o Padre Manuel Armando Rodrigues Marques, brindou os presentes com um número de ilusionismo, no estilo que o caracteriza, trocando-nos os olhos com anéis que se ligam e desligam, se juntam e se separam, sendo certo que só mãos de mestre conseguem os trocadilhos que nos encantam.
Fernando Martins