Nas férias de 2011, vividas mais na Figueira da Foz, dei comigo a tentar saber um pouco mais dos Mónicas, como construtores navais, alguns dos quais exerceram essa profissão na cidade mais identificada pela sua extensíssima praia.
De algumas coisas que li, dispersas e existentes na Biblioteca anexa ao Museu Santos Rocha, fiquei a saber que as primeiras referências conhecidas sobre a construção naval naquela zona datam da segunda década do século XVI, conforme refere a Monografia da Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz (MFSJFF), de Rui Ascensão Ferreira Cascão.
Diz o autor que «a primeira carreira de construção naval (…) ficaria a SE da Igreja Matriz, provavelmente na margem da Praia da Ribeira, para o lado da R. das Parreiras».
Em 1517, há referências a um tal «Diogo Viana,”mestre de fazer navios”, e nos últimos vinte anos do século XVIII houve, citando Santos Rocha, «um primeiro de expansão de construção naval», seguindo-se, muito mais tarde, na década de 40 do século XIX, «uma segunda fase relativamente boa». Rui Ascensão afirma, depois, que, «a partir de 1859, se iniciou uma longa crise que conduziu à paralisação quase completa desta actividade, por volta de 1875».
Entretanto, a MFSJFF Sublinha que «laboravam no século XIX seis estaleiros, não contando com o da Gala. O estaleiro de Baixo situava-se entre a actual R. Bartolomeu Dias e o local onde foi implantada a estação ferroviária; dele saiu a maior parte dos cerca de 50 navios construídos entre 1813 e 1893, a maior parte deles da responsabilidade dos conceituados carpinteiros navais Gonçalves Mendes (Francisco e seus filhos Manuel, Filipe, Vítor e José),»
Nota: Os apontamentos vão continuar
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