sexta-feira, 10 de maio de 2019

Georgino Rocha: Escutar e seguir Jesus, o Bom Pastor


Jesus está em Jerusalém e passa pelo Templo no pórtico de Salomão. Decorria a festa da Dedicação que fazia a memória da sua re-consagração, após a profanação ordenada pelo Rei Antíoco IV. Um grupo de judeus questiona Jesus sobre a sua identidade. O diálogo é longo com perguntas muito directas e respostas cada vez mais pertinentes. João apresenta-o no capítulo 10 e a liturgia de hoje destaca os versículos 27-30, centrados na relação singular que explicita aquela identidade. É a relação recíproca entre Ele e Deus Pai, entre Ele e os discípulos, Entre Ele e os que vierem a seguir os seus passos. (O seu rebanho, em linguagem pastoril).
João, o evangelista, recorre a uma parábola que fica conhecida pela parábola do Bom Pastor que cuida zelosamente do rebanho. Usa a linguagem do tempo. Familiar e expressiva. E nesta passagem traduz aquela relação nos verbos escutar, conhecer e seguir. E, em jeito de justificação, acrescenta: “Eu e o Pai somos um”.
“Escutar, anota J. M. Castillo (La Religión de Jesús, ciclo c, p. 199). é o mesmo que interessar-se pelo que diz e obedecer-lhe ao que escuta; conhecer as ovelhas indica uma relação de mútua compreensão e aceitação; seguir define a forma de vida do discípulo que se fia de Jesus, deixa tudo por Ele e identifica a sua vida com a do pastor, como o pastor identifica a sua com a daqueles que pastoreia” Que grandeza de mensagem e simplicidade de comunicação! Constitui uma estimulante referência para todos os tempos, pondo em realce os traços marcantes dos que são chamados a, em nome de Jesus, serem pastores na humanidade, sobretudo na Igreja. Escutar é a primeira característica do discípulo pastor. Expressa a atitude permanente de quem vive a relação fundante.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Lançamento do livro “Santo André: memórias de um navio”



«No momento em que completa setenta anos, o Navio Santo André pedia uma uma boa história de vida. Esta monografia escrita a várias mãos e cheia de informação inédita recupera um género quase perdido na cultura portuguesa: a história de navios. Unidade flutuante com alma própria, o arrastão lateral Santo André teve uma vida de mar muito longa. Construído na Holanda em 1948 cumpriu mais de quarenta anos na pesca do bacalhau, no Atlântico Norte, e teve ainda, já sob o nome “Amazonas” alguns anos de viagens e trabalhos noutros mares. A ousadia do Município de Ílhavo fez dele um pólo do Museu Marítimo de Ílhavo, aberto ao público desde 2001. Neste livro honra-se esse percurso de várias fases. Descreve-se a construção do navio, invocam-se as suas viagens, contam-se peripécias e partilham-se memórias em discurso directo. Este livro é dedicado a todos os tripulantes do Navio Santo André.»

18 maio, sábado, 16:30

Ação integrada das comemorações do Dia Internacional dos Museus 2019

Nota: Texto e foto do Museu Marítimo de Ílhavo 

terça-feira, 7 de maio de 2019

Figueira da Foz: Hoje foi dia de passar pelo CAE





Enquanto fotografava a Lita espreitava. As estátuas estavam à espera da animação

Hoje foi dia de passar pelo CAE (Centro de Artes e Espetáculos), um espaço com programação variada e adequada à época. Isto significa que no verão a animação é valorizada e mais intensa, ou não fosse a Figueira da Foz uma estância balnear de referência. Há décadas por ali veraneavam as burguesia e até a aristocracia. Nos tempos atuais, perdeu, julgo eu, a fama de que gozou outrora. 
O CAE não estava muito frequentado. Uma exposição de fotografia de Rui Campos, “Arte no Feminino”, uma homenagem à mulher da Figueira que, na opinião do artista, deve ser retratada no seu quotidiano. Oficialmente encerrada, ainda tive a oportunidade de a apreciar. 
O jardim interior do CAE estava preparado para festas musicais, com o equipamento montado, palco, som e luzes a postos, mas também uma decoração agradável desperta interesse a quem chega. Um restaurante-bar completa o quadro. Os únicos visitantes, durante algum tempo, fomos nós. Mas valeu a pena.

Dia Internacional dos Museus - 2019


O nosso município tem diversos museus dignos da nossa admiração e com horários compatíveis para toda a gente. Possuem ainda dias abertos e com programas adequados para todos os públicos e para todas as idades. O Dia Internacional dos Museus vai garantir, certamente, excelentes oportunidades para todos viverem uns dias enriquecedores.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Notas do meu diário — Três momentos




Três aspetos da Serra da Boa Viagem: O longe fez-se perto
1. Esperada há muito, na precisa hora da partida para a Figueira da Foz chega-me a revista LER com as habituais novidades do mundo literário. Publicada nos princípios de cada estação do ano, desta feita trás o registo de Inverno|Primavera. Pelo telefone, explicaram-me há tempos os motivos: os colaboradores nem sempre respeitam os prazos estabelecidos. Está perdoada a demora porque gosto da revista.

2. E da revista transcrevo um poema, o primeiro texto deste número, na esperança de que me seja perdoada a ousadia de o fazer. O intuito é tão-só para saudar a LER e quem a faz trimestralmente. Mas ainda quem torna o mundo mais belo com a literatura, de que faz parte essencial a poesia: E aqui ofereço um poema de João Luís Barreto Guimarães, que acolhe os leitores na badana da capa.

Nómadas

Só o amor pára o tempo (só
ele detém  a voragem)
rasgámos cidades a meio
(cruzámos rios e lagos)
disponíveis para lugares com nomes
impronunciáveis. É preciso percorrer os mapas
mais ao acaso
(jamais evitar fronteiras
nunca ficar para trás)
tudo nos deve assombrar como
neve
em Abril. Só o amor pára o tempo só
nele perdura o enigma
(lançar pedras sem forma e o lago
devolver círculos).

Do livro Nómada (2018)
Incluído na antologia  O Tempo Avança por Sílabas.
Publicado pela Quetzal em 2019.

3. Depois, fui à varanda olhar a paisagem da serra da Boa Viagem, um desafio para quem vem ou passa por aqui. Gosto do sussurro do arvoredo, aqui e ali com mar à vista, do casario disperso com acessos sinuosos, com vida de quem aprecia a beleza da solidão, beleza esta que não será para todos, mas apenas para os que sentem prazer em olhar para o seu interior, irradiando paz para o mundo sôfrego de compreensão e solidariedade.

Fernando Martins

Bento Domingues — Os crismados responsáveis pelo futuro



"Sem empenhamento em fazer acontecer, na sociedade, 
o que celebramos, caímos no ritualismo"

1. As hierarquias eclesiásticas são muito tentadas a criar charadas para os párocos e os teólogos resolverem. O Crisma passou a ser exigido para se ser padrinho ou madrinha de outros sacramentos. Esta norma coincidiu com a progressiva falta de cristãos para satisfazer essas condições. Foi, então, decidido antecipar a idade para receber esse sacramento. Pior a emenda que o soneto. O Crisma passou a inscrever-se no fenómeno a que o Papa Francisco chamou a debandada da juventude, depois da catequese e da comunhão solene. Estamos sempre a ouvir esta observação: sou baptizado, fiz todas as comunhões, até sou crismado, mas isso já foi há muito tempo.
Não tem de ser assim. Um catolicismo iniciático deve ter várias etapas, desde o nascimento à Santa Unção. O Crisma, no Ocidente, deveria ser entendido como o Sacramento da responsabilidade pelo futuro da própria vida, da sociedade e da Igreja. Neste sentido, a idade mais aconselhável seria a do momento em que os jovens se preparam para tomar a sua vida nas próprias mãos, seja qual for o itinerário da sua escolha. O modelo é o do próprio Jesus. Foi depois de ter recebido o Espírito Santo que apresentou o programa da sua intervenção pública, um programa carregado de dimensões sociais e políticas: o Espírito do Senhor está sobre mim porque Ele me ungiu (crismou) e enviou para evangelizar os pobres; para libertar os presos e os oprimidos, para dar vista aos cegos, e para proclamar um ano de graça do Senhor [1], isto é, um Jubileu!

domingo, 5 de maio de 2019

Anselmo Borges — O Pai Nosso e o Maligno

Anselmo Borges


Levantou-se de repente e de modo totalmente desnecessário uma celeuma à volta do Pai Nosso e de uma possível nova versão. 
Assim, a actual versão diz: “Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.” Na nova tradução, passaria a dizer: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas ofensas, como também nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos leves à provação, mas livra-nos do Maligno.” 
Fica aqui a minha oposição a esta nova versão, sobretudo se se quiser introduzir na liturgia. Apresento algumas reflexões sobre o assunto. 

1. Não tenho objecção especial a que se introduza o “tu” dirigido a Deus. Mas, mesmo assim, chamo a atenção para o perigo de uma possível banalização que se tornou corrente nos dias de hoje. É preciso perceber que Deus se revelou como Abbá, querido Papá, mas ao mesmo tempo perceber que Deus é Deus, infinitamente para lá do “tu cá, tu lá”, como alguns comentadores já chamaram a atenção, de modo agudo e até com alguma acidez. É como os pais e os professores. Alguns querem ser tão próximos e “amigos” e iguais dos filhos e dos alunos que, depois, perdem toda a autoridade e, de “amigos”, passam a ditadores brutais, sem honra nem glória. Porque não sabem ser pais nem professores. 

Época balnear ensaia abertura


Segundo a tradição, os amantes das praias e do mar ensaiam abertura da época balnear, que ocorre a 1 de junho. Mas antes disso, o povo, ansioso pelo sol marinho e pela maresia que nos enche os poros do corpo e da alma, mal nota um dia airoso, corre para a Praia da Barra e outras. Hoje passei pela nossa praia e pude verificar que os preparativos para a abertura da época já estão em curso. É preciso dar condições de conforto e bem-estar, areal limpo e convidativo, com esplanadas atraentes para todos se sentirem bem. A máquina estava em hora de descanso, mas nos próximos dias entra em maré de azáfama. E como há anos, o galardão da Bandeira Azul será uma mais-valia.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa



Celebra-se hoje, 3 de maio, o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, com o propósito de promover os princípios fundamentais da liberdade no mundo da comunicação social. Urge combater os ataques aos media e impedir as violações às liberdades, enquanto importa evocar os jornalistas que têm sido vítimas de ataques, de torturas e assassinados. 
Todos os anos surgem notícias de jornalistas mortos quando exercem as suas missões de informar e mostrar ao mundo os dramas das guerras, dos que sofrem, dos que são violentados ou vilipendiados. 
Partindo do princípio de que a imprensa tem mesmo de ser livre e isenta de pressões, políticas ou outras, convivo mal com a mentira descarada, com as falsas notícias, com a publicação de textos pagos e camuflados de propaganda e publicidade. 
O mundo da imprensa, com excelentes órgãos independentes de informação, ainda nos animam a acreditar que é possível a seriedade. Repugna-me, porém, verificar a falta de educação e de tolerância na apreciação de jornais e revistas, só porque defendem ideias políticas da direita ou da esquerda, como se a verdade estivesse só de um lado. 

Fernando Martins

Georgino Rocha: Refeição de Jesus na praia com os discípulos


Jesus ressuscitado surpreende os discípulos em diversos locais e fases do dia. E também de ocupações. Prossegue as iniciativas para os reagrupar e comprovar a realização da promessa que lhes havia feito de ressuscitar após a morte de que iria ser vítima. É a Maria Madalena, a Cléofas e sua companhia, aos discípulos fechados em casa e aos que estavam na margem do mar de Tiberíades, após a faina da pesca. E a muitos outros.
O autor do relato, que leva o nome de João, faz uma bela composição catequética, lançando mão a elementos históricos de grande alcance simbólico. E redige o capítulo final em que, após a refeição na praia, realça o “papel” de Pedro como pastor que segue o Bom Pastor, a missão que é confiada a todos os discípulos a ser sempre realizada. E hoje com coragem redobrada.
O Papa Francisco ao dirigir-se especialmente aos Jovens, após o Sínodo que lhes foi dedicado, afirma: “É verdade que nós, membros da Igreja, não devemos ser ‘bichos estranhos’. Todos se devem sentir como irmãos e próximos, como os apóstolos, que ‘tinham a simpatia de todo o povo’. Ao mesmo tempo, porém, devemos atrever-nos a ser diferentes, a mostrar outros sonhos que este mundo não oferece, a dar testemunho da beleza, da generosidade, do serviço, da pureza, da fortaleza, do perdão, da fidelidade à própria vocação, da oração, da luta pela justiça e pelo bem comum, do amor aos pobres e da amizade social” (Cristo Vive, n. 36).
O relato de João, hoje meditado 21, 1-19, centra-se na refeição da praia, que segue de perto a narração do “pic-nic”, após a multiplicação dos pães e dos peixes. (Mt 15, 29-39). Vamos deter-nos em alguns pontos significativos.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Praias da Barra e Costa Nova continuam com Bandeira Azul




A Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) voltou a galardoar as praias da Barra e da Costa Nova, no Município de Ílhavo, com a Bandeira Azul, numa cerimónia realizada em 30 de abril, em Lisboa.
Esta distinção é atribuída anualmente, desde 1987, por um júri internacional da Fundação para a Educação Ambiental (FEE) a praias (marítimas e fluviais) e marinas que cumpram um conjunto de requisitos de qualidade ambiental, segurança, bem-estar, infraestruturas de apoio, informação aos utentes e sensibilização ambiental.
 
Fonte: Texto da CMI

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Igreja Católica distingue o historiador José Mattoso

Prémio Árvore da Vida 
- Padre Manuel Antunes para um grande historiador

José Mattoso (foto de Clara Azevedo)

«O historiador José Mattoso foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes 2019, atribuído pela Igreja católica, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, para destacar um percurso ou obra que, além de atingirem elevado nível de conhecimento ou criatividade estética, refletem o humanismo e a experiência cristã. O alto valor científico da sua investigação historiográfica, o pensamento sobre a identidade nacional portuguesa e a trajetória espiritual foram algumas das virtudes relevadas pelo júri, que decidiu, por unanimidade, atribuir pela primeira vez a um historiador o prémio, que este ano chega à 15.ª edição.»

Ler mais aqui 

NOTA: A vida e a obra do medievalista  José Mattoso sempre suscitaram o meu interesse  e a minha admiração. Tive o prazer de o ouvir, ao vivo, e de perceber a sua sensibilidade e humildade comoventes. Por isso, o meu aplauso pelo prémio,  que só pecou por tardio.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Dia Internacional do Jazz e o apelo à criatividade


O Dia Internacional do Jazz celebra-se a 30 de abril de cada ano. Foi criado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e anunciado pelo pianista Herbie Hancock.
Em 2012 comemorou-se pela primeira vez e ao longo destes anos mantêm-se os objetivos que consistem em lembrar a importância deste género musical e do seu contributo para a promoção de diferentes culturas e povos ao longo da história, sendo certo que o Jazz está associado à luta pela libertação e abolição da escravatura, como é sabido e li no Google.
Também é importante dizer que o Jazz é um estilo musical que apela à criatividade e à improvisação, facetas que entusiasmam os ouvintes, tanto mais que cada artista nunca se repete nas suas interpretações. 
Já agora, é justo referir que a Gafanha da Nazaré tem uma renomada artista de Jazz, a nossa Jacinta Bola, professora universitária no Brasil, a cujo lançamento do seu mais recente disco tivemos a feliz oportunidade de assistir.

“Os Últimos Terranovas Portugueses” – Um trabalho para ler e consultar

O mais recente livro de Senos da Fonseca 



Na segunda-feira da Páscoa, feriado municipal em Ílhavo, para além dos festejos próprios do dia, com condecorações e exposição “Ílhavo, Terra Milenar: do Paleolítico à atualidade, herança arqueológica”, patente na Casa da Cultura, houve também no Museu Municipal o lançamento do mais recente trabalho de Senos da Fonseca, “Os Últimos Terranovas Portugueses”, uma obra para ser lida, refletida e consultada, neste caso por todos os amantes das nossas terras, nomeadamente o povo que sente nas veias o som das ondas e os académicos voltados para a investigação da saga dos ílhavos na costa marítima portuguesa ou nos mares do fim do mundo.
“Os Últimos Terranovas Portugueses” apresenta-se numa edição cuidada, capa cartonada, e as suas 581 páginas integram um espólio fotográfico a cores e preto e branco trabalhado por mão de mestre, que enriquece sobremaneira o texto do autor, fruto de exaustiva investigação, por terras de perto e de longe, nem sempre navegadas por historiadores mais voltados para coleções das bibliotecas.
Senos da Fonseca disse que começou esta investigação  há 20 anos e nos seus planos «este livro seria o único que pensava escrever; e já escrevi 18». «Eu sou um eterno perguntador: quem eram estas gentes que integraram a Faina Maior?», questionou. Frisou depois a importância das razões que obrigaram os ílhavos a navegar litoral fora três séculos e, pé ante pé, foi à procura dessa gente, de norte a sul do país, tendo concluído que «somos um povo que não tem uma história em livro».
Salienta Senos a Fonseca, em "Breve emposta…", que, ao longo da investigação, percorreu «dez séculos do historial dessa grande saga que dá pelo nome de Faina Maior». E refere que o seu trabalho nos oferece fotografias, «muitas delas inéditas, que retratam diversos e interessantes aspectos da vida a bordo», tratadas com saber e arte por Rui Bela, que «reviu, formatou, alinhou, selecionou e tratou as imagens», enquanto concebeu todo o trabalho gráfico.
Para além dos agradecimentos dirigidos a quem o informou, esclareceu e lhe indicou pistas, o autor frisa que da leitura desta obra os leitores perceberão as razões por que este livro «só poderia ter a sua primeira edição em Ílhavo. A Câmara Municipal, assim o compreendeu, e desde a primeira hora desejou dar o seu apoio.»
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, enalteceu o trabalho do autor, que ilustrou, com verdades indiscutíveis, «vivências familiares associadas à vida de pescador, nomeadamente «as mulheres viúvas de homens vivos», verdadeiros pilares do equilíbrio familiar que garantiam o sustento do agregado, na ausência dos homens».
Para abrir o apetite, que seria fastidioso tecer algumas considerações, por mais breves que fossem, sobre cada capítulo, deixamos apenas, em jeito de desafio para a leitura ou consulta mais serena e demorada, os títulos gerais e capítulos: Abertura, À Laia de Explicação, Capítulo I - Seculo X ao Século XX; Capítulo II – Segunda Investida aos Mares da Tera Nova; Capítulo III – O Dóri; Capítulo IV – Recrutamento, Higiene, Assistência e Segurança; Capítulo V – O Arrasto; Capítulo VI – História Trágico-Marítima. E ainda Glossário, Bibliografia Geral, Nota Biográfica e Créditos.
Do muito que já lemos, podemos afiançar que a releitura, olhando fotos que não cansam, será, garantidamente, um propósito que nunca poderemos pôr de lado.

Fernando Martins

segunda-feira, 29 de abril de 2019

O Ilhavense venceu a borrasca

O perigo de morte do mais antigo jornal do concelho de Ílhavo — O ILHAVENSE — suscitou entre a população local, concelhia e emigrantes espalhados pelo mundo, entre outros que laboram os se fixaram noutras paragens do nosso país, uma onda de tristeza. E tantos se manifestaram contra essa eventual ou quase garantida perda, que tanto bastou para uns briosos ilhavenses, fazendo das tripas coração, apostarem na continuidade daquele quase centenário  jornal. Parabéns aos que manifestaram a sua solidariedade e aos que agarraram com unhas e dentes a ousadia de continuar com O ILHAVENSE.
Permitam-me uma palavra amiga e solidária ao meu querido amigo Torrão Sacramento que tanto fez por Ílhavo e suas gentes, remando vezes sem conta contra a maré. Espero que a sua colaboração, agora sem dores de cabeça, possa continuar.
A nova administração precisa do nosso aplauso pela sua determinação,  e à nova diretora, Maria José Santana, jornalista que muito aprecio e felicito, formulo votos de que possa levar a bom porto a barca, cujo leme já tens em mãos.

Fernando Martins

Vista Alegre - Ilustração à vista




domingo, 28 de abril de 2019

Bento Domingues: Os esquecidos da Páscoa

«A questão da vida depois da morte é comum a muitas religiões. A expressão “ressurreição” não é a descrição de um fenómeno. É a verificação de um facto. Jesus foi morto e umas mulheres testemunham que ele está vivo e que ele continua connosco.»

1. Os profetas bíblicos foram severos com o culto e os seus rituais por causa da injustiça e da hipocrisia que eles encobriam. Jesus de Nazaré nasceu dentro da mesma tradição religiosa e foi o seu crítico mais radical. No célebre diálogo que abriu com uma mulher samaritana, junto ao poço de Jacob – judeus e samaritanos odiavam-se – atreveu-se a dispensar os respectivos lugares sagrados para a relação com Deus: Mulher, chegou o tempo em que os verdadeiros adoradores não vão procurar nem Jerusalém nem Garizim. O que o meu Pai deseja são adoradores em espírito e verdade[1].
Estaria Jesus a negar valor a todos os rituais do culto? Não é Deus que precisa do culto e dos seus rituais, mas os seres humanos. Ele não precisa que o informemos do que se passa connosco e na sociedade. A oração não modifica a sua santa vontade, modifica-nos a nós. Acorda-nos da indiferença perante o sentido mais profundo da vida. Podemos tentar comover a Deus com os nossos pedidos, mas é o próprio Deus que se comove pelo eterno amor que nos tem. Nós é que não podemos deixar de ser quem somos: seres que, para viver na verdade, reconhecem o seu limite e pedem socorro.
As celebrações litúrgicas católicas estão distribuídas em dois ciclos fundamentais: o do Natal e o da Páscoa. Ao resto chamam-lhe Tempo Comum. Estes arranjos dos liturgistas têm bases bíblicas e uma longa história. São uma forma de organizar a oração oficial da Igreja. Seria ridículo pensar que foi Deus que compôs e impôs esta organização ritual. A verdadeira Igreja, a não confundir com a hierarquia eclesiástica, é o voluntariado do Evangelho. Precisa de rezar para não se descuidar de Deus e do mundo. Uma liturgia sem o imperativo do serviço aos mais necessitados, sem a negação do autoritarismo eclesiástico, isto é, sem a simbólica do lava-pés[2], está condenada a ser nada.
Estamos na oitava da Páscoa, mas as celebrações pascais vão até ao Pentecostes.

Anselmo Borges - A Igreja é uma canoa, não é um museu

Anselmo Borges

“Queridos jovens, ficarei feliz vendo-vos correr mais rápido do que os lentos e temerosos. A Igreja precisa do vosso entusiasmo, das vossas intuições, da vossa fé. Fazeis-nos falta. E, quando chegardes aonde nós ainda não chegámos, tende paciência para esperar por nós.”

Papa Francisco

No Sínodo de Outubro passado, em Roma, um jovem proveniente das ilhas Samoa, disse que a Igreja é “uma canoa, na qual os velhos ajudam a manter a direcção, interpretando a posição das estrelas, e os jovens remam com força, imaginando aquilo que os espera mais além.” 
Na recente “Exortação Apostólica Pós-Sinodal Cristo Vive aos jovens e a todo o Povo de Deus”, inspirada nas reflexões e diálogos do Sínodo, incluindo opiniões de jovens de todo o mundo, crentes e não crentes, o Papa Francisco retoma a imagem da canoa, para acrescentar: “Não nos deixemos levar nem pelos jovens que pensam que os adultos são um passado que já não conta, que já caducou, nem pelos adultos que julgam saber sempre como é que os jovens se devem comportar. É preferível que todos subamos para a mesma canoa e que entre todos procuremos um mundo melhor, sob o impulso sempre novo do Espírito Santo.” 
A pastoral só pode ser sinodal, isto é, caminhando juntos, dado que a Igreja somos todos e cada um deve contribuir com os seus carismas e a sua situação. “Ao mundo nunca aproveitou nem aproveitará a ruptura entre gerações.” Só com os contributos intergeracionais se poderá construir um mundo novo e uma Igreja aberta. Lá diz o ditado: “Se o jovem soubesse e o velho pudesse, não haveria coisa que não se fizesse”. 
O Papa apela aos jovens para que não esqueçam as raízes: “É fácil ‘sumir-se no ar’ quando não há onde agarrar-se, onde apoiar-se.” Não devem seguir quem lhes peça que desprezem ou ignorem a História. Quem faz isso “precisa que estejais vazios, desenraizados, desconfiados de tudo, para que só confieis nas suas promessas e vos submetais aos seus planos. Assim funcionam as ideologias de diversas cores.” E previne-os contra outro perigo: a adoração da juventude e do corpo. “Os manipuladores utilizam outro recurso: uma adoração da juventude, como se tudo o que não seja jovem se convertesse numa coisa detestável e caduca. O corpo jovem torna-se o símbolo deste novo culto, e, então, tudo o que tiver que ver com esse corpo é idolatrado e desejado sem limites, e o que não for jovem é olhado com desprezo.

Loja dos “+Afetos” na Gafanha da Encarnação


A Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação inaugurou a Loja Social “+Afetos”, com o objetivo, muito louvável, de promover a solidariedade na comunidade. Trata-se, no fundo, de uma resposta social, direcionada para as necessidades imediatas de famílias em situação de risco, que vai funcionar na sede da autarquia, entre as 10h e as 13h, dos primeiros e últimos sábados de cada mês. 
Nessa linha, recolhem bem usados ou novos em bom estado, para posterior utilização, necessariamente doados por particulares, comerciantes e empresas, sendo garantido, assim cremos, uma imediata distribuição, não muito comum em algumas instituições que se apoiam, por vezes, em burocracias incompatíveis com as urgências. A fome e outras carências não podem esperar. 
Felicito a Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação, com votos dos maiores êxitos nesta tarefa tão fundamental em pleno século XXI, apesar dos avanços tão notórios a nível económico, social e cultural.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

MaDonA - Fragmentos...

Cãezinhos

Vendedora
Circulava eu, tranquilamente, pela Avenida da Força Aérea, sempre a velha tendência de andar com a cabeça no ar, quando me aproximo da passadeira para a atravessar. Como mandam as regras da segurança rodoviária, devemos esperar pela cor verde dos semáforos, para uma passagem segura. Ao meu lado, estava um jovem casal, em que a senhora segurava uma trela dupla com dois caniches vivaços e irrequietos. 
Como é típico nos portugueses muito apressados (!?) se não vier um carro próximo, olha-se para ambos os lados da via e atravessa-se mesmo com o sinal vermelho. Confesso, mea culpa, que faço parte deste grupo transgressor. 
O jovem senhor que partilha deste mau comportamento, aventurou-se como eu, a atravessar com sinal vermelho, tomando-me até a dianteira. A senhora que ficara no início da passadeira, aguardando o momento de passar, exclama com reprovação “Olha que exemplo estás a dar aos cães! 
Sorri, complacente e prossegui viagem, em direção ao quartel da GNR, não para fazer nenhuma denúncia, apenas de passagem... 
Nesse percurso, junto À Oficina da Saúde, cruzo-me com um grupo de três pessoas, um deles um cavalheiro, bem-trajado e engravatado, (parecia uma testemunha de Jeová!) e apanhei de relance “Um homem quando se ajoelha, fica reduzido a um terço da sua estatura!” “um terço?”, contesta uma interlocutora. “Ah...a dois terços, vistas bem as coisas”....Ouvi, curiosa e prossegui a matutar naquilo “Um homem fica diminuído?”

Georgino Rocha: O Ressuscitado convive connosco

Domingo da Misericórdia 2019 

  
  É ao cair da tarde. Em Jerusalém, cidade onde há dias havia ocorrido a morte por crucifixão de Jesus de Nazaré. A noitinha está prestes a chegar. Começam a rarear os últimos clarões de luz. A hora do tempo marca o ritmo do coração e indicia o estado de ânimo dos discípulos: Esperança muito em baixo. Refugiados em casa, estão cheios de medo e com as portas trancadas. Sobretudo as do espírito encerrado no futuro imediato. O desfecho dos seus sonhos, que duraram quase três anos, deixou-os em estado de choque. O Rabi, o Mestre em quem haviam depositado total confiança, teve morte trágica. E agora, que vai ser de nós? Será conhecido o nosso refúgio e esconderijo? Virão à nossa procura? Que nos farão? E muitas outras dúvidas e perguntas enchiam a sua imaginação.
Jesus apresenta-se no meio deles. De modo simples. Sempre Ele a tomar a iniciativa, a surpreender. E saúda-os amigavelmente: “A paz esteja convosco”. João, o narrador do episódio (Jo 20, 19-31), não faz alusão a qualquer censura pelo passado recente. Apenas refere que lhes mostra as mãos e o lado, com as cicatrizes da paixão, sinais da sua identidade de crucificado. Não haja dúvidas. É Ele mesmo. Está à vista.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Senos da Fonseca - 45 Anos de Abril.



 45 Anos de Abril

Sobre a verde bruma do dia
Vê-se no céu pardacento
Um sol sem brilho nem fulgor.
A ria corre sombria.
Parece triste por nenhum barco
Sobre ela, a novo futuro rumar.

Dia de melancolia carpida,
Naquele que foi
Um dia,
O dia de todas as alegrias vividas.
A minha alma de hoje
Não é igual à alma de ontem.

Na minha alma de ontem soava
Num tambor feito de prata
Do tamanho do meu país,
a liberdade, então conquistada.
Hoje bate um trémulo tlim-tlam
Soando triste, na madrugada.

SF - 25 abril 2019


25 de Abril - Do discurso do Presidente da República



“Dir-se-ia que foi ontem, mas passaram já 45 anos. E há 45 anos quais eram as expectativas, os anseios, os desafios, as causas dos jovens de Portugal? Desse Portugal também jovem, apesar do milhão que havia votado com os seus pés, emigrando, recusando a vida sem liberdade, sem mais desenvolvimento, sem maior justiça social. Lembramos bem o que nos unia, a nós jovens, dos mais opostos pensamentos na alvorada da mudança. Unia-nos democracia em vez de ditadura. Liberdade em vez de repressão. Desenvolvimento integral e justiça social mais partilhada em vez de desigualdade económica, descriminação social, taxas confrangedores de mortalidade infantil, de escolaridade e de infraestruturas básicas. Paz em África em vez de empenhamento militar sem solução política. Isto nos unia.”
 
E mais...

“Muito do mais nos dividia. Os contornos concretos do regime político, o sistema de governo, a visão sobre a Europa e do Mundo, o papel do Estado, pessoas e organizações, o caminho, o fim, o ritmo da Revolução, o alcance da Constituição e como ela se devia conjugar com a Revolução, prolongando-a, moderando-a ou conformando-a. E como sempre acontece com as revoluções, cada qual cadinho de muitas, muito diversas, uns veriam os seus desígnios triunfar no instante inicial. Alguns, em vários trechos do percurso. Outros, na primeira versão da lei fundamental, outros ainda no somatório das revisões que a foram moldando a novos tempos e a novos modos. Em rigor, dos jovens de 74 nenhum pode dizer ter visto vencer tudo o que queria para o seu e nosso futuro.” 

25 de Abril

25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen,

In "O nome das coisas"

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