quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sabores na Figueira da Foz


Na Figueira da Foz, numa zona, junto ao casino, que atrai turistas e veraneantes, não faltam  pevides, tremoços, amendoins e doces de chupar e de comer, estes últimos vedados a diabéticos. Pacientemente, os vendedores esperam os gulosos e os que gostam de roer sabores sempre agradáveis. Dizem que os tremoços não fazem mal, porque  não terão açúcar nem gorduras. Até me afiançaram que os podemos comer à vontade porque o nosso organismo os rejeita completamente. Então, vamos a isso, sem abusos.

Ainda o exemplo de Maria José Nogueira Pinto



Não me recordo da morte de alguém ter suscitado tantos testemunhos de apreço como aconteceu por estes dias com Maria José Nogueira Pinto. De todas as áreas políticas vieram elogios ao seu testemunho, à sua coerência e ao seu exemplo de mulher de fé. Vasco da Graça Moura, ateu ou agnóstico confesso, também não escondeu como apreciou a vida intensa de Maria José. Contudo, uma simples frase de José Pacheco Pereira, hoje na "Sábado", interpelou-me mais do que muito do que tem sido dito. Diz assim: «Ela [Maria José Nogueira Pinto] fez mais pela fé em que acreditava do que uma Igreja inteira.» É verdade, penso eu.
Há muitos anos li um livro que deve estar no meio de outros das minhas estantes, cujo título e teor (estou a citar de cor),  "Cristo desceu à rua", me interpelaram bastante na altura. Da leitura ainda recordo uma ideia que me ficou para a vida, e que era mais ou menos assim:  quando muitos passam fome (guerra?), há uns que vão rezar para a igreja, pedindo a Deus que os ajude, enquanto outros vão dar-lhes de comer. É isso. Se a oração é importante, os testemunhos concretos na vida são-no muito mais.
Pacheco Pereira, na sequência da frase que me serviu de mote a estas considerações, salienta: «o valor da propaganda pelo exemplo, uma expressão de origem anarquista, é o mais poderoso de todos.»

NOTA: Como estou de férias, não poderei confirmar, com rigor, a ideia que me ficou do livro que li. Não poderei precisar se se tratava de fome ou guerra. No fundo, seria uma situação complicada que necessitaria de  intervenção humana imediata. 


Toda a gente tem opinião acerca de tudo


Um mundo de interrogações 
incómodas mas necessárias 

António Marcelino

É inevitável, no agir do dia-a-dia de cada pessoa, o confronto entre os tempos já vividos e os que se vivem agora com o futuro no horizonte. Só no presente podemos ter memória do que se vivemos antes e abertura realista para projectos novos. O presente, porém, aparece-nos cada vez mais confuso e inquietante. Há menos memória, mas mais possibilidades para muitas coisas e mais problemas a enfrentar. São mais difíceis as relações e a comunicação pessoal atenta, pela abundância dos canais massificadores e porque o mundo de muitas pessoas e os valores em causa não coincidem em aspectos essenciais. Toda a gente tem opinião acerca de tudo, do que conhece e do que não conhece. E, quanto menos se conhece, mais se é dogmático nas afirmações e menos respeitador das opiniões alheias. Constroem-se mais muros que pontes, no dia a dia, na política, nas opções desportivas, que só no aspecto religioso se vai notando o contrário. Há mais diplomas de escola, mais festas e passeios de finalistas, mas menos conhecimento de coisas essenciais da vida. Por sistema, alguns vão apagando o passado e pensam, como ideal, um presente de imediatos, sem horizontes, sem projectos que se justifiquem a longo prazo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ÍLHAVO: cidade há 21 anos





Hoje, 13 de julho, assinala-se o 21.º aniversário da elevação de Ílhavo a cidade, com um conjunto de ações centradas no programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico da Cidade, que está em execução. A sessão evocativa terá lugar, pelas 19 horas, no edifício da Escola n.º1 de Ílhavo (Rua Ferreira Gordo), na qual será feita a visita ao edifício e a apresentação pública do projeto da “Casa da Música de Ílhavo”, conforme anuncia a câmara municipal.

***

É sempre salutar celebrar datas marcantes, não apenas para chamar a atenção dos mais distraídos para factos históricos, mas também para anunciar caminhos do futuro.
Quando se fala na extinção de autarquias, câmaras e juntas de freguesia, por imposição da troika e por imperativo de altos interesses do país, é bom que tomemos consciências de que há casos e casos. Realmente, há autarquias que talvez não tenham razão de existir, por força da desertificação de algumas regiões. Face a essa realidade, que é bem visível, creio que não podemos nem devemos cair na tentação de meter a cabeça debaixo da areia. Nessa linha, não creio que o concelho de Ílhavo, câmara e suas quatro freguesias, esteja na situação-limite de sofrer as consequências do corte em estudo. De qualquer forma, entendo que devemos estar atentos, tendo em vista a defesa dos nossos legítimos interesses.

FM

Poesia para começar o dia



Oração para o tempo de férias

Senhor, seja este o tempo
de nos relançarmos em aliança mais pura com o real
convictos daquilo que a hospitalidade
paciente e fraterna do mundo
em nós revela

Que saibamos apreciar a imediatez flagrante em que a vida se dá,
mas também as suas camadas profundas, escondidas, quase geológicas.
Que no instante e na duração saibamos escutar,
hoje e sempre,
o vivo, o desperto, o fremente
e o seu esperançoso trabalho.

Recebe, de nós,
a aurora e o verde azulado dos bosques.
Recebe o silêncio intacto dos espaços.
Recebe a música oceânica do vento.
Mas recebe igualmente a marcha desencontrada da história,
o desenho inacabado da nossa conversa terrena,
esta espécie de parto que,
entre dor e alegria,
nos une.

Sejam os nossos quotidianos gestos
mergulhados na vivacidade da troca,
abertos ao que de todos os pontos
da humanidade e do mundo converge,
impelido pelo teu Espírito.

Que a frágil chama de amor hoje acesa
Ilumine tudo por dentro:
desde o coração da menor partícula
à vastidão das leis mais universais.
E tão naturalmente invada
cada elemento, cada mola, cada liame,
florescendo e amadurecendo
toda a vida que em nós vai germinar.

José Tolentino Mendonça

Em Ecclesia

terça-feira, 12 de julho de 2011

RÁDIO TERRA NOVA: 25 anos de projetos e sonhos



Vasco Lagarto, a alma da Terra Nova

Tozé Bartolomeu, uma saudade 


A Rádio Terra Nova (RTN) celebra hoje as suas Bodas de Prata. São 25 anos ao serviço dos sem vez nem voz, os que nunca aparecem nos órgãos de comunicação social de amplitude nacional. Quem está atento minimamente à ação diária desta rádio com sede na Gafanha da Nazaré, sabe perfeitamente que é assim. E por força das novas tecnologias da informação, a Terra Nova pode ser ouvida e lida em todo o mundo, por emigrantes e não só. Nessa linha, torna próximos quantos têm raízes nestas terras beijadas pela Ria de Aveiro.

***

Recordo hoje, com alguma emoção, o dia 12 de julho de 1986. Havia no ar, há uns tempos, a febre das chamadas Rádios Piratas, e a Cooperativa Cultural da Gafanha da Nazaré até se tornara associada da Rádio Oceano, nascida em Aveiro. Numa assembleia-geral, quando o Vasco Lagarto anunciou essa posição da nossa cooperativa, eu próprio lancei o repto: E por que razão não avançamos nós para uma rádio na Gafanha da Nazaré? O Vasco sorriu e não adiantou grande conversa. Tempos depois, conhecedor profundo dessa área tecnológica, a rádio, sem nome, foi para o ar.
No dia 12 de Julho, fui alertado por um filho (estavam lá o Fernando e o Pedro, tendo sido a voz deste último a primeira a ouvir-se nas ondas hertzianas, com fonte na sede da Cooperativa Cultural) e corri para lá. Assisti a toda a azáfama, enquanto se diziam umas coisas e se punham no prato os LP, porque era preciso estar no ar.
Recordo que choveram alguns telefonemas. E no final da tarde, numa espécie de mesa-redonda, no improvisado estúdio, foi possível conversar, com algumas pessoas que entretanto chegaram, sobre a importância de uma rádio, ensaiando eu o lugar de entrevistador.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Grupo Columbófilo da Gafanha nasceu há 59 anos



Adelino Pina com filho de campeão

O pombo-correio dá-nos lições espantosas 
de resistência e do sentido de orientação

O Grupo Columbófilo da Gafanha (GCG) foi fundado em 1952. É, provavelmente, a mais antiga instituição criada na nossa terra. Tem uma longa história gerada à volta da paixão pelos pombos-correios, porém, pouco conhecida de muitos gafanhões. Imerecidamente, diga-se de passagem.
Adelino Pina, atual presidente da direção, defende como objetivos fundamentais para o desenvolvimento da columbofilia entre nós, mas não só, a obtenção de uma nova sede que garanta mais visibilidade e funcionalidade, mas ainda deseja a construção de um columbódromo, com finalidades pedagógicas. O GCG também deseja instalar um pombal numa Instituição particular de solidariedade social, preferencialmente com crianças portadoras de alguma deficiência, pois é conhecida a importância educativa no contato com animais. Para a concretização destes sonhos, que são pertinentes para o GCG, a associação regista o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo, cujo presidente, Ribau Esteves, tem mantido um diálogo muito frutuoso com os dirigentes.

Oliveira com 2850 anos


A mais antiga árvore de Portugal é uma oliveira, com os seus 2850 anos de existência. É obra! Mora em Santa Iria de Azóia, Loures, e a sua idade foi cientificamente determinada. Já tem a certidão de nascimento, como convinha a quem gosta da verdade. Cá para mim, não hão de faltar turistas e outros curiosos para ver idosa com ganas de continuar entre nós, portugueses. As azeitonas lá estão a atestar o que digo Veja mais no EXPRESSO.

Dois campeões nacionais de atletismo são da Gafanha da Nazaré



Diana Hernandez e Ricardo Freitas 
vencem lançamento de peso e disco 


Realizaram-se, este fim-de-semana, na Pista do Estádio Universitário de Lisboa, os Campeonatos Nacionais de Juniores. Neste evento tomaram parte Diana Hernandez (da Barra ) e Ricardo Freitas (da Cale-da-Vila). Estes dois atletas do GRECAS (Vagos), não deixaram os seus créditos por mãos alheias. 
A Diana ganhou a prova do lançamento do peso e foi vice-campeã na de disco. Ricardo Freitas venceu a prova do lançamento do disco, seguindo as pisadas da sua tia, Teresa Machado, melhor lançadora portuguesa de todos os tempos. 
Estão assim de parabéns estes dois jovens lançadores gafanhões, já habituados a outros êxitos de igual valia. 
Neste momento de contida alegria, não pode ser ignorado o apoio dado pelas seguintes entidades: Administração do Porto de Aveiro, nas pessoas do Eng.º José Luís Cacho – presidente do Conselho de Administração – ao Eng.º Jorge Rua – Director de Gestão de Espaços e Ambiente –, bem como ao Eng.º Fernando Caçoilo – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo – pelas facilidades concedidas para a preparação dos nossos atletas, que, embora não representando o clube da terra, por o Grupo Desportivo da Gafanha ainda não ter a Secção de Atletismo devidamente reestruturada, aqui nasceram e por cá continuam a viver e a treinar. 

Júlio Cirino

domingo, 10 de julho de 2011

PÚBLICO: Bento Domingues escreve sobre a ordenação de mulheres

(Clicar na imagem para ampliar)

Reflexão para este domingo: A cesta de Deus está cheia de boas sementes




SENTADO À BEIRA-MAR

Georgino Rocha

Sentado à beira-mar, faz o balanço da missão. O programa vai a meio e parece comprometido. Expulso de Nazaré, onde é acusado de ter acessos de loucura, dirige-se a Cafarnaúm, terra de encruzilhada de povos que vivem do campo, do comércio e da pesca. Os discípulos questionam-se e fazem perguntas que denotam pouco aproveitamento das lições anteriores.
 Jesus, sentado à beira-mar, vira as costas à terra onde vive gente ingrata e endurecida, revê o filme da sua aventura, renova a sua adesão ao projecto de salvação que Deus Pai lhe confia e sonha novas ousadias. O ambiente favorece-o nesta viagem interior: mar sereno a desafiar novas rotas, brisa suave a despoluir preocupações sobrecarregadas, ondulação ritmada que, de vez em quando, chega à praia e desperta outros entusiasmos e encantos ao espreguiçar-se perante o seu olhar extasiado e sonhador, e junto aos seus pés de cansado viajante.

Tecendo a vida umas coisitas - 245


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 28




VOLTA À FRANÇA
Caríssima/o:

Antes de irmos para a Volta à França, apreciemos algumas datas interessantes no mundo do ciclismo:

1868 - 1ª Prova masculina com bíciclos, vencida pelo inglês James Moore, Parque Saint' Cloud Paris.
          1ª Prova Feminina, ocorrida no parque Bordelais, em Paris, no dia 1º de Novembro.

1884 - Na Itália, o plano desportivo vai-se desenvolvendo. O Veloce Club de Firenze organiza a primeira corrida de bicicletas, no dia 2 de Fevereiro, num circuito de 33 quilómetros. Um jovem de apenas 16 anos, van Heste Rynner, é o vencedor.

1885 - Giusepe Pasta vence a I Volta dos Bastiones, realizada em Milão, cobrindo os 11 quilómetros em 37 minutos.

1886 - Graças a alguns ingleses, foram organizados os primeiros campeonatos mundiais, com boa consistência e organização mais séria, na cidade de Leicester.

1892  - Na Europa foi constituída a Internacional Cyclist Association que teve a sua sede em Londres, agrupando as Federações Nacionais dos Estados Unidos, Bélgica, França, Canadá, Alemanha, Holanda, Inglaterra e Itália. Um dos primeiros actos da ICA, foi a criação dos primeiros campeonatos do Mundo, substituindo as provas até então promovidas por entidades particulares.

1895 - No dia 9 de Outubro toda a cidade de Milão aplaude a chegada de Raffaelle Gatti, que regressa do "Tour do Círculo Polar Ártico".

sábado, 9 de julho de 2011

A despedida de Maria José Nogueira Pinto



Nada me faltará

Maria José Nogueira Pinto

Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.

Ler todo o artigo no DN

"Correio da Manhã": sobre a ordenação das mulheres




Bispos solidários com D. Policarpo

«Declarações de D. José sobre a ordenação das mulheres não caíram bem em Roma e o cardeal teve de explicar-se. Há quem fale em manifesto exagero.

Os bispos portugueses estão solidários com D. José Policarpo e qualificam de "exageradas" as pressões feitas sobre o patriarca, que o levaram, na passada quarta-feira, a publicar um esclarecimento sobre o caso da ordenação das mulheres.
O cardeal de Lisboa disse, em entrevista ao boletim da Ordem dos Advogados, que "teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental" à ordenação feminina, declaração que teve amplo eco internacional, com citações em diversos jornais europeus e, particularmente, italianos.»

Ler mais aqui

PÚBLICO: Poema ao sábado




ENTRETANTO

Não há que ter ilusões:
nós também somos

o fim da nossa estrada.
Com estas mãos,

com este mesmo coração
é que chegamos

ao cabo do futuro,
à extrema situação

de que partimos.
Mas, entretanto,

escrevamos.

Rui Pires Cabral

Hoje, Festival de Folclore na Gafanha da Nazaré




Tenho acompanhado desde a sua fundação o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, participando, quando possível, nas suas mais importantes realizações. Os Festivais de Folclore, anuais, entram normalmente  nas minhas agendas. Este ano, porém, por programações familiares, não poderei estar presente no festival que  hoje se realiza na Gafanha da Nazaré. Desejo, contudo, que tudo decorra conforme os desejos dos dirigentes e componentes do Grupo Etnográfico, que tão longe tem levado as nossas tradições. 
Aproveito para dizer que é cada vez mais importante valorizar o legado dos nossos antepassados, que foram gente de trabalho duro, de canseiras sem fim, de teimosia e de coragem, ou não fossem as dunas de areias movediças duras de roer. Eu sei que as novas gerações gafanhoas têm sido, nas últimas décadas, apanhadas por outras culturas, por força dos contactos inerentes à vida, o que, em princípio, não é mau, já que não podemos nem devemos ficar agarrados ao «orgulhosamente sós». As sociedades evoluem, crescem, progridem, misturam-se e integram-se de pleno direito na aldeia global, que é o mundo dos nossos dias. Mas também é verdade que a preservação das nossas tradições precisa de um recanto acolhedor nos nossos corações.
Sobre o Festival, veja aqui

FM 

Ílhavo: "Menos Lixo, Mais Poupança"


A campanha “Menos Lixo, Mais Poupança”, a decorrer em Ílhavo, com duração prevista de um ano, tem como principal objetivo elucidar todos os cidadãos sobre a melhor maneira de produzir menos lixo, beneficiando ao mesmo tempo de vantagens individuais e financeiras. Todos os meses serão lançadas propostas de ação para a redução de lixo, reforçando as políticas ambientais de gestão de resíduos seguidas pela câmara municipal. 
Para garantir a sustentabilidade financeira dos projetos a este nível em curso, as atuais taxas aplicadas não serão suficientes, sendo o executivo camarário obrigado a aumentá-las em mais 10 por cento, em relação aos valores actualmente praticados. 
Reconhecendo que, no contexto de crise económica, este aumento vai sacrificar ainda mais os orçamentos familiares, a autarquia lança o compromisso de não aumentar a taxa sobre os resíduos, caso, em conjunto, seja capaz de reduzir o lixo produzido no município em quatro por cento (750 toneladas), até ao final do corrente ano.

Fonte: CMI



Os Dez Mandamentos: O ABC da Conduta Humana



Os Dez Mandamentos

Anselmo Borges

Em todas as épocas, há quem julgue estar-se num momento decisivo. Também para se dar importância. 
Desta vez, porém, é mesmo a sério: encontramo-nos num cotovelo, num momento obscuro e decisivo, imprevisível, da História. A crise é imensa, de contornos não bem definidos, global. O que se segue pode ser pura e simplesmente o caos. As suas causas são múltiplas. Aliás, quanto aos fenómenos sociais, deve-se desconfiar das explicações monocausais. 
A crise é, evidentemente, financeira, económica, política, social, religiosa, moral, de valores. Sim, de valores. De valores vinculantes. 
Implantou-se o princípio do ter e do prazer e impera o individualismo descomprometido e consumista. Como já aqui escrevi, o célebre sociólogo Zygmunt Bauman, professor jubilado da Universidade de Leeds, caracterizou a situação como "modernidade líquida". Os laços, íntimos e sociais, são frágeis. Há o receio de compromissos a longo termo. Tudo deve ficar em aberto, para não fechar possibilidades.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Passos Coelho corta regalias no Governo



Passos Coelho quer Governo a dar o exemplo. Acho bem, mas fico com a sensação de que os poderosos do mundo da alta finança ainda não foram atingidos, por decisões do executivo nacional. Os trabalhadores já sabem  que vão ficar com os salários congelados e que o 13.º mês vai sofrer um corte muito elevado. O Natal, para a maioria, vai ser mais triste. Aceito (aceitamos) para salvar Portugal. 

Li no "SOL" online que os «Ministros deixam de ter direito a carro para uso pessoal ou fora da agenda oficial, acabam os cartões de crédito para despesas de representação e passa a haver limites salariais para os requisitados.
Passos Coelho decidiu acabar com as regalias nos ministérios. O primeiro-ministro (PM) quer que seja o Governo a dar o exemplo e vai cortar a eito nas despesas dos vários gabinetes.» 
Para quando as decisões sobre institutos, fundações, departamentos, gabinetes e outras repartições que servem, apenas, ou quase, para dar empregos aos boys? E para quando a redução de juntas de freguesia, de câmaras municipais, de deputados, de assessores e de gestores com ordenados e prémios principescos?
O povo português, que ganha pouco ao fim do mês, esse já está a sofrer na pele os efeitos das más governações de políticos desastrados e incompetentes. 

Sacerdote festejou o cancro de Chávez


Na Venezuela, um sacerdote católico festejou o cancro de Chávez, dizendo que "rezar pela saúde de Chávez é como pedir a Deus que cure as chagas das queimaduras a Lucifer". Não sei se este padre está no pleno uso da razão; não estará, porém, consciente dos seus deveres de clérigo, pois um cristão nunca pode desejar o mal ou a morte a ninguém, seja ele amigo ou inimigo. 
Quando se fala, em privado ou em público, todos temos o dever de pesar as palavras e as afirmações, não vá dar-se o caso de elas ferirem alguém ou os princípios a que estamos vinculados. E no caso dos clérigos muito mais, para não haver necessidade de explicações e mais explicações.  

Gafanha da Nazaré: Rua D. Dinis




D. Dinis:  rei poeta e lavrador

A Rua D. Dinis conduz-nos até ao século XIII, ao Rei Lavrador, altura em que D. Dinis iniciou, em 1279, o seu longo reinado de 46 anos. Esta rua atravessa campos que outrora foram agricultados de forma intensiva. Como as terras da atual Gafanha da Nazaré foram, durante séculos, de lavradores, seria impensável não homenagear um rei a quem todos muito devemos. Mas este rei, que impulsionou, como poucos, a agricultura, não se ficou por aí, porque outros interesses, multifacetados, o moveram, para bem do povo e de Portugal.
A sua biografia dá-nos conta do muito que desenvolveu D. Dinis, que casou com Dona Isabel de Aragão, mais conhecida por Rainha Santa Isabel, a do Milagre das Rosas, que serviu, muitíssimo bem, para ilustrar o seu coração caritativo, quando transformou as esmolas que levava no regaço para os pobres que a esperavam em rosas perfumadas.
Hábil diplomata, D. Dinis conseguiu salvar as riquezas da Ordem dos Templários, extinta pelo Papa, transferindo-as para a Ordem de Cristo, entretanto por si fundada. Esta Ordem haveria de desempenhar, mais tarde, papel de relevo na gesta dos Descobrimentos. Desenvolveu o comércio, mandou semear o pinhal de Leiria e organizou a marinha, contratando o genovês Manuel Pezagno, que muito contribuiu para a formação dos nossos marinheiros e para a defesa dos nossos interesses marítimos.

Celebrar 25, 30, 50 anos de casamento é bonito





As arrojadas escolhas de Deus 

António Rego 



Celebrar 25, 30, 50 anos de casamento é bonito. Mas não é menos bonito celebrar a consagração sacerdotal. É reavivar um conjunto de etapas do amor nas suas diversas fases. É ver a vida distante e próxima nas suas horas sublimes e nas suas rotinas aparentemente sombrias ou insignificantes. Mesmo que não seja uma comemoração arredondada, há um olhar novo sobre o tempo, os percursos, as opções, os erros, as fidelidades, a constância, os acertos de trajetória dentro dum caminho resoluto de viagem.

Rotários de Ílhavo entregam desfibrilhador à Misericórdia de Ílhavo



O Rotary de Ílhavo entregou à Misericórdia de Ílhavo um desfibrilhador, aparelho que fornece choque eléctrico bidirecional, utilizando elétrodos descartáveis que são colocados ao nível do tórax, podendo salvar vidas.
Este aparelho vai equipar o “carro de emergência” da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo.


***

Sábado, no relvado da Costa Nova, todo o dia, realiza-se o encerramento da actividade “Um Dia pela Vida”, da Liga Portuguesa contra o Cancro, onde vão estar todas as instituições que, em Ílhavo, apoiaram a iniciativa. Vai ser uma festa interessante e o valor adquirido é BOM; só a Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo conseguirá mais de 4000 euros.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”



Horta biológica

Maria Donzília Almeida 


“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A lei da conservação da natureza, subjacente ao enunciado do químico francês, Lavoisier, tem, uma grande acuidade, nos tempos modernos. 
Desde há muito tempo atrás, que é feita uma campanha insistente pelos órgãos que defendem a natureza, a favor da reciclagem. Nas escolas, lugar ideal para se praticarem, incentivarem e desenvolverem atitudes e práticas ecológicas, é feita essa divulgação e são postos ao serviço dos utentes, dispositivos próprios para a separação dos materiais de desperdício. 
Cada um, em sua casa, pode também contribuir para essa separação dos lixos, de modo a encaminhá-los para uma futura reciclagem. Esta não é nada mais que um reaproveitamento da matéria que tradicionalmente ia para a vala comum! 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Portugal tem capacidade para vencer adamastores


Pouco ou nada sei dos jogos das economias modernas, com agências a espiolharem e a ditarem leis sobre as capacidades económicas dos países e, mais ainda, sobre a honorabilidade dos mesmos. Os países pagam a sobrevivência e o trabalho dessas agências, ditando elas pareceres que podem deitar por terra a credibilidade dos Governos e dos Estados.
A Moddy’s, umas dessas agências, diz: “Portugal é um país que não recomendamos.” Trocado por miúdos, quer dizer que não vale a pena emprestar dinheiro a este recanto da Europa, com mais de oito séculos de história, porque não seremos capazes de liquidar as dívidas. E se mesmo assim alguém nos emprestar o que é preciso para vencermos dificuldades sérias, mas ultrapassáveis, então que não se esqueça de nos exigir juros altíssimos, mas nos derrotarem de vez. 
Durante o dia de hoje já ouvi e li que esta classificação de “lixo” com que nos “brindou” a Moddy’s, é injusta, ofensiva, terrorista e inexplicável, entre outros mimos e desabafos. Outros aconselham a cortar com essa gente, que terá, como meta, ferir de morte a Europa, começando por tentar liquidar os países periféricos, nos quais se integram Portugal e a Grécia. 
Para aquela agência, não importa que tenhamos um Governo com larga maioria a apoiá-lo, que luta, denodadamente, para pôr as contas em dia, com o sacrifício consentido do povo português. Tão-pouco lhe interessa que tenhamos o apoio da UE e do FMI e que Portugal tenha um passado histórico de que se pode orgulhar.
É preciso dizer frontalmente a essa gente que o nosso país, como Estado e como Nação, continuará com ou sem euro, dentro ou fora da UE, porque tem capacidade para vencer crises, para vencer adamastores, para desbravar mundos. 

FM

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