Natureza: beleza de Deus!
Celebra-se, hoje, o 36º Dia Mundial do Ambiente, por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 15 de Dezembro de 1972, que designou o dia 5 de Junho, de cada ano, como dia para a sensibilização da população do planeta Terra para os enormes desafios que se colocam à sua preservação, bem como à dos seus cidadãos e à valorização e protecção que estes têm que fazer desta casa comum onde habitam.
As principais comemorações internacionais do Dia Mundial do Ambiente, deste ano de 2008, realizar-se-ão em Wellington, na Nova Zelândia e o slogan adoptado é “Kick the Habit! Towards a Low Carbon Economy” (Muda o hábito! Para uma economia com baixos níveis de carbono).
Reconhecendo que as alterações climáticas constituem actualmente uma das grandes preocupações ambientais, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA) pede que os países, empresas e comunidades reduzam a emissão dos gases com efeito de estufa, sublinhando que todos nós podemos optar por fazer parte da solução, consumindo menos energia e fazendo opções mais ecológicas no nosso quotidiano.
A partir de meados do século XX, o meio ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação em todo o mundo. Contudo, ainda no século XIX, um biólogo alemão, de nome Ernst Haeckel (1834-1919), criou formalmente a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente, ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia.
Celebrado de várias maneiras (paradas, concertos, competições, ou até mesmo lançamentos de campanhas de limpeza nas cidades), nesta data, muitos são os responsáveis políticos que fazem as declarações habituais, através das quais se comprometem a tomar conta da Terra. Se é verdade que muitas promessas têm sido feitas, com o intuito de se conseguir que a vida seja sustentável e tenha qualidade no planeta, não é menos verdade que os resultados práticos têm ficado muito aquém das intenções proclamadas e do que a realidade exige.
Aprender a consumir menos do que aquilo de que realmente necessitamos, ter hábitos de poupança energética (caso das lâmpadas economizadoras), andar menos de carro, poupar água, comprar aparelhos electrodomésticos de baixo consumo, separar o lixo doméstico, isolar os nossos lares do frio e do calor, entre muitos outros hábitos pessoais, alguns deles diários, são medidas da responsabilidade de cada cidadão, que as deve assumir de forma mais consciente.
Para além disto, existe todo um conjunto de inúmeros problemas e desafios que esperam, urgentemente, medidas estruturais e coordenadas, a nível mundial.
A poluição dos rios, dos mares, da atmosfera, as alterações climáticas, a desertificação de vastas áreas do planeta, o efeito estufa, a diminuição da biodiversidade, são apenas alguns dos assuntos que aguardam respostas e soluções de fundo, não só do ponto de vista técnico, mas, sobretudo político.
Portugal não está imune a este fenómeno global e, neste momento, cerca de um terço do país tem características climáticas e vegetação próprias das zonas áridas, sobretudo em algumas zonas no interior do território e no Sul do País.
Noutros países, principalmente no continente africano, o problema é mais grave, pois todos os anos morrem muitos milhares de pessoas só por causa da seca.
As Nações Unidas calculam que cerca de 135 milhões de pessoas estão em risco de abandonar áreas de território dos seus países, devido à aridez, à falta de condições para a agricultura e abastecimento de água.
Vítor Amorim