terça-feira, 21 de maio de 2024

Dia Internacional do Chá

O chá é uma bebida deliciosa marcada pelos mais diversos sabores. Para além dos convívios que pode proporcionar, à volta de uma mesa, com amigos e conhecidos, o chá faz bem à saúde. Há chás para tudo. Por mim falo: quando estou com azia, tomo chá e de imediato fico bem disposto.  
Todos sabemos que entre nós o chá já foi substituído pelo café, mas estou em crer que haverá, entre senhoras mais idosas, o hábito do chá a meio da tarde, tendo por companhia um docinho caseiro.
A data foi comemorada oficialmente pela primeira vez em 2005, em Deli, na Índia, e desde então foi ganhando relevo a nível mundial. E entre nós? Temos de pensar nisso.
Bom apetite.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Um conto de vez em quando



Não te esqueças do que estás para dizer…

Vi hoje o Jerónimo. Já não o via há muito. Estava à mesa do café a dormitar, como dormitam todos os velhos. Em qualquer sítio e a qualquer hora. Cá para mim, o Jerónimo estava a ensaiar mais uma das suas muitas histórias, para contar a quem se sentasse com ele à mesa do café.
O Jerónimo é um conversador nato. Basta uma palavra dita por um amigo, em qualquer circunstância, para logo ele disparar:
— Não te esqueças do que estás para dizer…
A partir daí, começava mais uma história de um rol enorme de recordações que não tinham fim. Mas as histórias saíam-lhe com graça. Uns esgares faciais, expressivos, e mãos que enriqueciam os pormenores davam-lhe uma dimensão única. Por vezes, os ouvintes, que outra coisa não podiam ser junto dele, ainda suportavam umas palmadinhas, mais ou menos agressivas, conforme a força das convicções do orador por vocação.
— Pois é, meu caro Jerónimo. Ontem encontrei um amigo que regressou da estranja…
— Ó pá, não te esqueças do que estás para dizer! Aconteceu-me precisamente a mesma coisa. Um dia destes também dei de caras com o Xico, que não via há anos.

sábado, 18 de maio de 2024

O Diabo e o Pentecostes

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Volto ao tema, porque permanentemente a questão está aí nos meios de comunicação social e há quem me telefona a perguntar o que é que eu penso. Um dos casos mais recentes tem a ver com um homem que envenenou os pais (felizmente sobreviveram) a mando de uma bruxa que lhe disse que eles tinham o diabo no corpo e era preciso matá-lo. Claro, o homem sofre de problemas psiquiátricos… E lá vêm os rituais satânicos... Depois, perante a tragédia do nosso mundo hoje, com horrores sem conta e à beira do abismo, ouvimos: “Isto é o diabo, um inferno...”.
O Papa Francisco refere-se-lhe com frequência, para que as pessoas estejam atentas e evitem o que é obra do Maligno: o mal, o ódio, a guerra, as intrigas… O padre G. Amorth, falecido em 2016, exorcista na Diocese de Roma e fundador da Associação Internacional de Exorcistas, que fez milhares de exorcismos, chegou a dizer que ele andava à solta no Vaticano e denunciou seitas satânicas instaladas na Cúria e servidas por membros da Igreja, incluindo “monsenhores e até cardeais”. Ele lá saberia do que estava a falar!...

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Liberdade Religiosa no Mundo


 A que nível estamos da Liberdade Religiosa no Mundo? Excelente pergunta para todos refletirmos sobre o assunto. 

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Imagem da nossa Terra



Gosto de passar por ali. De um lado o largo 31 de Agosto, do outro a Fábrica das Ideias.É, realmentente, uma importante centralidade da Gafanha da Nazaré.

A pergunta por Deus: uma questão infinita

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias


Tem-se frequentemente a ideia de que, à partida, o ateu, quando nega a existência de Deus ou quando afirma que, com a morte, acaba tudo, tem do seu lado a razão, ficando o crente sob a suspeita de não-racional, de tal modo que é a ele apenas que compete ter de apresentar razões da sua fé
Ora, as coisas não são assim, de modo nenhum. Por paradoxal que pareça, também o ateu assenta a sua negação da existência de Deus ou da vida depois da morte num acto de fé, melhor, numa crença. “Em qualquer das suas formas, o ateísmo é uma crença e não uma evidência, escreveu o filósofo Pedro Laín Entralgo, um ‘creio que Deus não existe’ e não um ‘sei que Deus não existe’.”

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Contos e outras histórias de Fernanda Reigota

Para surpresa minha, encontrei ontem, na Livraria Leya do Centro Comercial Glicínias, um livro em exposição — OS PÁSSAROS QUE ME HABITAM — de Fernanda Reigota, que adquiri de imediato. Conheço  a autora há bons anos e tenho apreciado a sua cultura e labor profissional.   Em casa iniciei a leitura. Do livro falarei mais tarde.

Apresso-me a noticiar a publicação desta obra de Contos e Outras Histórias para anunciar que o lançamento do livro será na referida livraria, no próximo dia 11 de Maio, pelas 17 horas.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Grafites com arte

 

Quando passar pelo largo 31 de Agosto, junto à igreja matriz da Gafanha da Nazaré, não deixe de apreciar esta ilustração. Há grafites com arte.

domingo, 5 de maio de 2024

Dia da Mãe - Recordações

Celebra-se hoje, 5 de Maio, o Dia da Mãe. Como um filme, vejo a minha mãe, Rosa da Rocha, como sempre a conheci. Mulher determinada, trabalhadora e poupada. Governava a casa com determinação, sem mexer no dinheiro que o pai ganhava no mar alto da Terra Nova e da Goenlândia.

Era conhecida por Rosita Facica, talvez por ser de estatura mediana. Crente, herança que herdei. Era muito de dar conselhos, por vezes ao jeito de sermões. Todos os domingos me levava à Igreja Matriz da nossa paróquia, Gafanha da Nazaré. Sentado no chão, lá ia  ouvindo o latim do nosso prior e os cânticos do povo. Já agora, recordo que no corpo da igreja ficavam as mulheres. Os homem na parte de traz e nas laterais. Havia uns bancos nessas zonas. Um lavrador muito respeitado, João Catraio,  tinha uma cadeira especial que dava para se sentar ou ajoelhar.

Além do amor ao trabalho e às tarefas do dia a dia, da minha mãe herdei ainda o gosto pela verdade, pela humildade, pela poupança, pela atenção aos mais pobres, pelo respeito por nós próprios e pelos demais, pela honradez sem hesitar.

Fernando Martins

Para mais tarde recordar


 
Daqui a uns tempos haverá outras formas, porventura ainda por descobrir, que nos permitam recordar o passado. Por enquando, os blogues talvez sirvam para mais tarde evocarmos pessoas, usos e costumes, modas e tradições.
Hoje, por exemplo, dediquei algum tempo às fotografias com mais de 60/70 anos. E a Lita lá está a apreciar um canário ou outro passarinho qualquer numa  gaiola.

A questão do Homem: a questão de Deus

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias

Ainda ecoa aquela proclamação que Nietzsche em A Gaia Ciência (1882) colocou na boca de um louco: “Deus morreu! Deus está morto!” Desde então o mundo não é o mesmo. É certo que para Nietzsche Deus tinha de morrer, pois o que a religião proclamava é contra a vida, de tal modo que, com a proclamação da morte de Deus, é o mar infindo das novas possibilidades do sim à vida que se abre. No entanto, à morte de Deus não se seguiria a morte do Homem e do sentido último de toda a realidade?
Segundo as análises de Gilles Lipovetsky, “Deus morreu, as grandes finalidades extinguem-se, mas toda a gente se está a lixar para isso. O vazio do sentido, as derrocadas dos ideais não levaram, como se poderia esperar, a mais angústia, a mais absurdo, a mais pessimismo”: isto escreveu ele em A era do vazio - presentemente, parece que já não pensa exactamente da mesma maneira.
De qualquer forma, os espíritos mais atentos julgam que é necessário dar antes razão a L. Kolakowski, o filósofo polaco agnóstico, já falecido, quando afirmou que, desde a proclamação da morte de Deus por Nietzsche, nunca mais houve ateus serenos: “Com a segurança da fé desfez-se também a segurança da incredulidade.

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