Celebra-se hoje, 5 de Maio, o Dia da Mãe. Como um filme, vejo a minha mãe, Rosa da Rocha, como sempre a conheci. Mulher determinada, trabalhadora e poupada. Governava a casa com determinação, sem mexer no dinheiro que o pai ganhava no mar alto da Terra Nova e da Goenlândia.
Era conhecida por Rosita Facica, talvez por ser de estatura mediana. Crente, herança que herdei. Era muito de dar conselhos, por vezes ao jeito de sermões. Todos os domingos me levava à Igreja Matriz da nossa paróquia, Gafanha da Nazaré. Sentado no chão, lá ia ouvindo o latim do nosso prior e os cânticos do povo. Já agora, recordo que no corpo da igreja ficavam as mulheres. Os homem na parte de traz e nas laterais. Havia uns bancos nessas zonas. Um lavrador muito respeitado, João Catraio, tinha uma cadeira especial que dava para se sentar ou ajoelhar.