terça-feira, 21 de abril de 2009

ÍLHAVO: Santa Casa da Misericórdia comemora 90 anos



No próximo dia 24 decorre em Ílhavo a comemoração do 90.º aniversário da Santa Casa da Misericórdia, numa altura de grande azáfama com a construção do Hospital de Cuidados Continuados Integrados, a decorrer no local do antigo hospital. 
Segundo o Provedor da Santa Casa, Fernando Maria, os trabalhos decorrem em bom andamento prevendo-se o final das obras do edifício do hospital para o final do ano corrente e o hospital a funcionar em pleno, no segundo trimestre de 2010. Em relação à Capela, e devido às precárias condições das fundações da mesma que não permitem a remodelação, terá de ser demolida construindo-se nova capela com os mesmos traços arquitectónicos da anterior. Entretanto já está aberta uma nova saída que irá dar acesso à rua Ferreira Gordo. 
A obra de construção, de autoria do Arquitecto José Paradela, começou no dia 9 de Dezembro tendo sido entregue à empresa Construções José Coutinho, SA, pelo valor de 3.546.213,20 Euros mais IVA, estando já asseguradas as verbas: do Estado no valor de 750 mil Euros, da Câmara Municipal de 400 mil Euros e do empréstimo à CGD de dois milhões e 500 mil Euros, tendo a Autarquia assumido também a responsabilidade do apoio técnico à gestão do concurso, a fiscalização da obra além do investimento das infra-estruturas de acesso e sustentabilidade do Hospital. 

Programa do 90.º Aniversário 

Dia 24 Abril:

18.30 – Bênção da obra do Hospital de Cuidados Continuados Integrados, por Sua Excelência Reverendíssima o Bispo de Aveiro 
19.15 – Missa de Acção de Graças na Igreja Matriz com a assinatura do Compromisso dos novos Irmãos 
20.00 - Jantar de aniversário no Hotel de Ílhavo durante o qual se prestará homenagem aos funcionários com 15 e 20 anos de serviço na instituição

Nós, Sri Lanka

1. Se no 11 de Setembro 2001 muito se sublinhou a consciência generalizada ocidental de que «hoje todos somos americanos», se diante do gigante Tsunami da Ásia (29-12-2004) foi um facto a solidariedade global em que todos «nós» estivemos envolvidos e que, até pelas proximidades recriadas, contribuiria para tirar as lições do que é a «condição humana» como obrigação de na terra construir a paz, se… então poderemos dizer que «nós» estamos em todo o lado. Não fisicamente (a física quântica ainda não o permite!) mas espiritualmente, pois a gestão do tempo e espaço nas novas formas de comunicação vai-nos mostrando que mesmo para os sistemas mais fechados os muros vão caindo, as barreiras físicas vão-se esbatendo ficando «nós» diante uns dos outros em ordem à convivência. 2. A noção de que somos cidadãos do mundo poderá dizer que somos «nós, europeus», «nós, portugueses», «nós, humanos» … Este sentido de se estar em comunhão universal, sofrendo com os problemas da humanidade (das pessoas) e acolhendo as suas alegrias e conquistas, poderá concretizar um dos elementos mais estudados, a designada «expansão universal da consciência». É nesta noção muito aberta e clara que, por exemplo, nunca se ouviu falar tanto de determinados assuntos ou certas localidades como após acontecimentos incontornáveis que recolocam povoações, pessoas e interesses no mapa global. Quem não se lembra de no natal de 2004 todos «estarmos» na Ásia, no rescaldo das comoventes imagens do Tsunami da Ásia e de correntes de solidariedade, de conhecermos localidades de países como a Malásia, o Sri Lanka e tantos outros. 3. Hoje, mesmo «nós, europeus» temos de nos descentralizarmos de nós próprios e especialmente «estamos» com as populações civis do Sri Lanka, em que 40 mil pessoas fugiram de zona de combates e dos guerrilheiros Tigres Tamil, apontando a Human Rights Watch, no terreno, para «um banho de sangue». Afinal, «porquê»? Já bastava o banho do mar de 2004… Falta de memória? Alexandre Cruz

Prémio Padre Manuel Antunes para Adriano Moreira

IGREJA DISTINGUE ADRIANO MOREIRA
A Igreja Católica em Portugal atribuiu a Adriano Moreira o Prémio de Cultura “Padre Manuel Antunes” 2009, premiando uma vida em que teve “a preocupação por inscrever a política num horizonte axiológico, que tenha a pessoa como valor fundamental”.
Ler mais aqui

Um ícone da radicalidade

No próximo Domingo o Papa Bento XVI presidirá à canonização do donato carmelita Nuno de Santa Maria, o Beato Nuno, D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável, ou, como o povo há muito se habituou a tratar, com a sua consabida sabedoria, o Santo Condestável. Raramente, no percurso da comunidade lusa, uma figura alcançou resistir com tanto vigor a modas, tempos e vontades, para sobreviver com renovada presença num hoje que nos é dado testemunhar.
Nem todos vêem o mesmo quando pousam os olhos na envergadura deste Nuno. Alguns recusam-se mesmo a ver o óbvio. A busca do absoluto, nos séculos XIV e XV como no século XXI, tinge-se com as marcas da radicalidade, provada numa vida que, sem deixar de ser intensamente vivida, não raro confunde os protagonistas do convívio, em primeira ou em segunda mão. Os clamores materializados pelos contemporâneos de D. Nuno Álvares Pereira em face da sua opção religiosa foram seguramente bem mais audíveis que o não-senso de alguns dos nossos contemporâneos, incansáveis em combater tudo o que não entendem e todos os que não conseguem tolerar.
Seja como for, a vocação religiosa de Nuno de Santa Maria moldurou em definitivo a exemplaridade de uma vida. E não foi, por certo, o singular desempenho das responsabilidades públicas que trouxe a D. Nuno Álvares Pereira o afecto terno de tantas portuguesas e de tantos portugueses, vertido na confiança da sua intercessão junto d’Aquele a quem sempre procurou e a quem soube entregar-se inteiramente.
Nos dias que correm, propor como ícone de santidade um homem com o percurso de vida como o protagonizado pelo Santo Condestável é um gesto que não deixa de dar visibilidade a uma provocação: tu, leitor, já te procuraste nos trilhos do mundo e nos caminhos do coração? Que viste nas tuas deambulações em busca de ti mesmo? Acreditas que não estás sozinho neste permanente construir da tua pessoa? Arrisca questionar o teu percurso à luz do que Deus te pede, talvez descubras que a vocação, também a religiosa, é sempre um projecto de amor. João Soalheiro

2009, o ano da Astronomia

1. Este ano de 2009 é celebrado como o Ano Internacional das Astronomia. O motivo são a comemoração dos 400 anos das primeiras observações efectuadas por Galileu Galilei (1564-1642), um cientista fundamental da chamada revolução científica e cosmológica e que no ano 1632 publicou o «Diálogo dos dois sistemas, ptolomaico e copernicano». Os tempos eram difíceis e o trazer da noção de diálogo viria a ser providencial como abertura das possibilidades de propor uma nova forma de ver o mundo tão diferente da tida como habitual. Da comemoração deste ano procura-se reflectir sobre os contributos para a humanidade desta área de conhecimento que é a astronomia. Foram profundas as mudanças que há quatro séculos ocorreram neste âmbito, transformação envolta mesmo em polémicas com a forma tradicional de Ptolomeu ver o mundo (justificada pelos textos sagrados) em que o sol é que andaria à volta da terra (sistema heliocêntrico). 2. Este ano 2009, recriando o melhor da memória, quererá em todos gerar um dinamismo aberto e apreciador dos conhecimentos humanos como escola de vida ao serviço da dignidade humana. Valerá a pena destacarmos os objectivos deste ano internacional: Difundir na sociedade uma mentalidade científica; promover acesso a novos conhecimentos e experiências observacionais; promover comunidades astronómicas em países em desenvolvimento; promover e melhorar o ensino formal e informal da ciência; fornecer uma imagem moderna da ciência e do cientista; criar novas redes e fortalecer as já existentes; melhorar a inclusão social na ciência, promovendo uma distribuição mais equilibrada entre os cientistas provenientes de camadas mais pobres, de mulheres e minorias raciais e sexuais. 3. Objectivos ambiciosos que, na base do diálogo generoso, humano e científico, desejarão gerar mais proximidades pacíficas e mais desenvolvimento para todos.
Alexandre Cruz

Reinvenção da Solidariedade

O Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, pede a reinvenção da solidariedade, criando novas respostas para novas necessidades. A crise, que continua, exige mais atenção. Do Estado, mas também das comunidades locais. Ainda, naturalmente, das pessoas.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

De Israel para o meu blogue e para o mundo

Vamos viajar com o Comandante José Vilarinho
O Comandante José Vilarinho é um gafanhão, com raízes concretas na Gafanha da Nazaré. Há tempos desafiei-o a colaborar, enviando fotos e notícias das suas viagens pelo mundo, a bordo do paquete de cruzeiros, que dirige com bastante experiência. Que nos mostrasse o seu mundo, com tudo quanto ele tem de cultural. Contactar pessoas das mais diversas nacionalidades e conhecer diferentes maneiras de estar na vida serão sempre desafios aliciantes. Aqui fica, pois, o reflexo da primeira colaboração. Penso que por ela ficaremos mais ricos.

- Conforme prometido, aqui estou a enviar-lhe algumas notícias, de modo a que, de vez em quando, possa seguir as nossas viagens e sentir, como eu sinto, o prazer e a honra de ver a nossa bandeira desfraldada nos mais distante recantos deste mundo. - Apesar da nossa Marinha de Comércio (e de Pesca) ter desaparecido quase completamente, é de louvar o facto de alguns armadores estrangeiros manterem os seus navios registados na Bandeira Nacional, dando assim emprego àqueles que ainda gostam de fazer do Mar a sua profissão.

- Depois de alguns meses de descanso e reparações efectuadas no porto de Piraeus (Athenas) na Grécia, o pequeno ARION estava pronto de novo para iniciar a temporada 2009 no dia 10 de Abril . O ARION é um navio de passageiros, construído em 1965 em PULA na ex-Jugoslávia, com o nome Original de ISTRA . Em 1999 foi adquirido pelo armador grego, Mr. George Potamianos, que opera a sua frota a partir de Lisboa. O navio foi totalmente remodelado nos estaleiros navais da Rocha em Lisboa e renomeado de ARION. - O ARION é o mais pequeno dos navios da Frota da Classic International Cruises (www.CIC-CRUISES.com), dos quais fazem parte o FUNCHAL, PRINCESS DANAE , PRINCESS DAPHNE, ATHENA , e ARION. O ARION é chamado a PÉROLA da frota. - Segundo a mitologia grega, ARION era um músico, cantor e poeta nascido na Ilha de Lesvos, e era filho do Rei Neptuno, Rei do dos Mares. Durante uma viagem marítima, ARION foi atacado pelos piratas que o deixaram no mar sozinho para morrer afogado. ARION foi salvo por um Golfinho que o levou são e salvo à Praia de Tainaron. Daí o nome do Nosso ARION ter um golfinho como logótipo.

- O ARION é um navio considerado pequeno na escala de navios de passageiros, com 117 metros de comprimento e 16 de boca. Tem uma velocidade de cruzeiro de 16 nós e uma capacidade máxima de 340 passageiros e 135 tripulantes. - Iniciámos a temporada no dia 10 de Abril, escalando algumas das mais bonitas Ilhas Gregas, como Santorini, Mykonos e Rhodes, entre outras. Estamos esta semana a efectuar um cruzeiro de 7 dias com saída de Athenas, passando por Alexandria e Port Said, Egipto. Hoje estamos em Israel, para a sempre fantástica e tão desejada visita à Terra Santa (Jerusalém). - Amanhã estaremos em Limassol, (Chipre), depois Turquia. Voltaremos a Santorini e terminamos em Piraeus . - Sairemos no dia 24 para o mar Adriático, onde passaremos o Verão, com Cruzeiros pela costa da Croácia, Montenegro, Eslovénia e Itália. - Voltarei ao seu contacto com mais notícias do Adriático, no próximo mês, ou antes, se se justificar. Um muito obrigado pela companhia que o seu Blog me oferece, a mim e para todos os que estão longe. Um abraço José Vilarinho (Comandante)

Nota: Aspecto do navio comandado pelo José Vilarinho. Clicar nas fotos para ampliar.

Padre Miguel: Contacto do Brasil, com carinho

Do Brasil, recebi um e-mail de uma admiradora do Padre Miguel Lencastre, a propósito do texto que publiquei no meu blogue, sobre o encontro que tive com ele no sábado passado. Com a devida autorização, aqui transcrevo o comentário de Jeovana Saldanha, com os meus afectuosos cumprimentos para ela.
 FM

  "Sr. Fernando Martins, um grande prazer em escrever-te. Gostaria de parabenizar pela belíssima entrevista com o padre Miguel Lencastre em seu blog, no encontro apetecido. Sou psicóloga brasileira, admiradora da vida missionária do padre Miguel, que recentemente participei da celebração dos seus 80 anos, no santuário da Mãe Rainha em Olinda/Brasil. Muito desejo estar em junho em Portugal, para a celebração lusa. Mas, no Blog encantou-me a forma como conseguiste descrever um encontro tão querido, como qualquer um de nós, ao encontrar o querido Padre Miguel. Sinto-me sempre confortada quando reencontro aquele santo homem. Em minhas pesquisas, encontrei o seu Blog que passará a ser a minha leitura habitual. Parabéns e um grande abraço, do Brasil, com carinho. Deus nos abençoe, sempre!" 

Jeovanna Saldanha - Recife/PE/Brasil jeosaldanha@hotmail.com

domingo, 19 de abril de 2009

Gafanha da Nazaré: Cidade há oito anos




O passado é importante e bom, 
mas é preciso preparar e rentabilizar o futuro


Celebrou-se, hoje, o oitavo aniversário da elevação da vila da Gafanha da Nazaré a cidade, com um programa de alguma forma simbólico, já que não estamos em maré de grandes festas. Também oito anos de cidade não são um número “redondo”, como agora se diz. Contudo, o hastear das bandeiras, junto à sede da Junta de Freguesia; a visita à Fundação Prior Sardo, na casa de Remelha; a passagem pela Via de Cintura Portuária; a participação na Missa das 11 horas, na igreja matriz; e o almoço de trabalho com entidades e dirigentes associativos, no Navio-Museu Santo André, constituíram um programa comemorativo condigno, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, tendo como anfitrião o presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, Manuel Serra. Associaram-se autarcas, o Prior da Freguesia, Padre Francisco Melo, e diversas entidades. 
Na missa de acção de graças, o nosso prior aproveitou a oportunidade para lembrar que a freguesia e a paróquia nasceram juntas, tendo referido que as comemorações devem ser uma homenagem à “força de todos, mulheres e homens, que nesta terra trabalharam e continuam a trabalhar, para tornar esta sociedade, que vive entre a ria e o mar, de sabor a sal, cada vez mais próspera, inclusiva e justa, e onde a paz tem de ser a palavra de ordem”. 

A cultura da polivalência

Leonardo da Vinci
1. Os grandes autores da época do Renascimento primaram pelo espírito aberto de polivalência, do saber de tudo um pouco, da procura da visão de conjunto. Não, porventura, numa tentativa de explicação fixista unitária de tudo, mas na dinâmica procuradora do desenvolvimento humano integral, onde todas as faces da vida que nos envolve merecerão ter da parte do ser humano uma abordagem. Um dos maiores génios de sempre da humanidade vem desta época, Leonardo da Vinci (1452-1519). Das suas habilidades, do que nós hoje chamaríamos de polivalência, ele foi: pintor, escultor, arquitecto, matemático, engenheiro, fisiólogo, químico, botânico, geólogo, cartógrafo, físico, mecânico, escritor, poeta e músico do chamado Renascimento italiano. Teve, ainda, além de outras, intuições na área da futura aviação. 2. Claro que não vamos pedir tanto a nós próprios nem aos que hoje estudam ou ontem estudaram! Génio é génio! Mas haveremos sempre de pedir não um afunilamento demasiado na especialidade que faça perder a noção da globalidade (E. Morin). Poderemos mesmo colocar em esquema esta dúvida: o mercado de trabalho reclama polivalência adaptativa à realidade, mas, objectivamente, os circuitos dos estudos vão-se apurando sempre mais na especialização. Como articular? Por vezes perguntamo-nos a nós próprios: como pedir POLIVALÊNCIA, esta que traz consigo também a exigência e aceitação humanista e a capacidade de adaptação e recriação mediante as novas situações e mesmo as dificuldades…quando a formação aposta fortemente mais numa especialização no pormenor (?). 3. Nos tempos actuais (não dizemos se de crise, pré-crise ou pós-crise), esta capacidade de adaptabilidade generosa, na aceitação própria da gradualidade da construção da casa (seja física seja da vida), dará garantias de ser-se melhor profissional e mais cidadão na procura de cada dia (no pressuposto da ética) nos irmos moldando. Um novo renascimento! Alexandre Cruz

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 127

BACALHAU EM DATAS - 17

Júlia I

SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX - BENSAÚDE E MARIANO
Caríssimo/a:
E continuemos a nossa saga...
1857 - «…Mas em 1857, a Companhia [de Pescarias Lisbonense] viu-se forçada a suspender a sua actividade, por razões que se prenderam com o agravamento das leis fiscais.» [Creoula, 09; HPB, 27; Oc45, 79] 1865 - «O “imposto de pescado” já se elevava a 6 %.» [HPB, 26/28] 1866 - «Em 1866 voltou a ressurgir a Faina Maior com a empresa Bensaúde & C.ª, do Faial, que, por razões climatéricas, transferiu mais tarde a seca do bacalhau e as instalações principais para o Barreiro.»[Creoula, 09] «Nove anos depois da falência da Companhia das Pescarias Lisbonense (1857), em 1866, apareceram dois novos armadores “Bensaúde e C.a” e “Mariano e Irmãos” que armaram nesse ano 4 veleiros: HORTENSE, 98 t, SOCIAL, 148 t e 25 homens; JULIA I, 217 t e 41 homens; JULIA II, 145 t e 28 homens. O JULIA I e o JULIA II serão mesmo armados em lugres-patacho. De 1866 a 1903, estas duas empresas acabaram por ter praticamente o exclusivo da pesca do bacalhau.» [HPB, 28] 1875 - «A grande revolução nos métodos de pesca empregados ocorreu em 1875, ano em que se fez o primeiro ensaio com "dories", embarcações ligeiras de fundo chato, utilizadas há muito pelos pescadores americanos. As pesadas chalupas de difícil e perigosa manobra, quer no arrear, quer no içar para bordo, viram assim terminado o seu ciclo de utilização diário. Entre os franceses, cada dory era tripulado por dois homens, visto serem ligeiramente maiores que os dories usados pelos portugueses, estes ocupados por um só homem. A pesca era agora feita pelos pescadores isolados nas suas pequenas embarcações, senhores e donos do seu trabalho e do seu destino, ficando o navio fundeado no mesmo sítio durante vários dias, enquanto a abundância de pesca o justificasse.»[HDGTM, 40] 1885 - «Na Figueira da Foz, diz Rui Cascão, a pesca do bacalhau “reiniciou-se de facto em 1885, utilizando um só navio – o JÚLIA 1.º – com apenas 82 toneladas de lotação – sob o comando do capitão José da Cunha Ferreira (1856-1945).” »[Oc45, 79] 1886 - «Segundo Rui Cascão partiram para a Terra Nova dois navios – JÚLIA 1.º e JÚLIA 2.º, com a tonelagem de 270 m3.» [Oc45, 80] 1888 - «Das cerca de 21.000 toneladas que entraram no país, apenas 923 foram pescadas por navios nacionais.» [Oc45, 67] 1889 - «Segundo Rui Cascão “As campanhas [da pesca do bacalhau] foram feitas com 3 navios de 1889 a 1901, com excepção dos anos 1895/1896 e 1900”.» [Oc45, 80] 1890 - «Construção do navio ADÍLIA nos terrenos marginais da Cale da Vila, pelo pai do celebrado Mestre Mónica.» [Tim, Set/1990, “Toca a Marchar”] 1891 - «Em 1891, a empresa Bensaúde & C.ª deu origem à Parceria Geral de Pescarias que a par com a Mariano e Irmãos, da Figueira da Foz, deteve o exclusivo da pesca do bacalhau em Portugal.»[Creoula, 09]
Manuel

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