domingo, 3 de julho de 2005

LER JORNAIS

Para muitos, e falo do que conheço, os jornais só nos trazem e mostram tragédias, dramas, tristezas, desgraças. Mas não é assim. Se corrermos com olhos bem abertos as suas páginas, com preocupações positivas, descobriremos sempre coisas bonitas e agradáveis de ver e de ler. Do “PÚBLICO” de hoje, transcrevo, para oferecer aos meus leitores, um parágrafo do artigo de Frei Bento Domingues. “Diante do mistério de Deus, toda e qualquer fórmula humana não pode ser mais do que um balbuciar ligado a determinadas condições linguísticas, históricas e filosóficas. As fórmulas podem oferecer pistas úteis, talvez mesmo indispensáveis, para orientar os nossos passos para Aquele que chama por nós para além de nós. Gosto do Credo do padre Serge de Beaurecueil, alma da sua impressionante liberdade, manifestada ao longo desta aventura: ‘Para falar como o profeta Jeremias, encontrei Alguém, o Deus vivo, que me seduziu. Não acredito nas ideologias, mas creio em Jesus de Nazaré. Não creio na moral, mas creio no Espírito Santo, guiando, a partir de dentro, os meus passos. Não creio possuir a Verdade que do alto da minha superioridade distribuiria aos outros. Desejo apenas, com eles, muitas vezes por eles e através deles, passo a passo, dia após dia, caminhar para ela. Que seja ela a possuir-me. Por maior que possa ser a obscuridade da nossa noite, creio por eles e por mim, com todo o meu ser, na radiosa Estrela da manhã’.”

BOAS FÉRIAS - 2

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O prazer de ler As férias, para serem bem vividas, têm de nos levar a sentir e a experimentar alguns prazeres. Na passada semana abordei o prazer de conviver e hoje sugiro o prazer de ler. É certo e sabido que muitos compram livros ao sabor das propostas das editoras e dos críticos. Também os compram porque os amigos lhes falaram das suas saborosas leituras e dos autores das suas predilecções. Depois, há livros que ficam à espera de serem lidos, meses e meses e até anos. As férias podem ser, pois, excelentes oportunidades para todos pormos as leituras em dia. Claro que não vamos, de modo nenhum, passar os dias todos das férias a ler, porque a vida não se faz só de leituras. Mas, se houver boa vontade, podemos cultivar o prazer de ler, lendo com regra os bons poetas e prosadores portugueses, que os temos, felizmente. Não vou aqui e agora sugerir nomes e livros, porque seria impossível agradar a toda a gente. Neste meu espaço, aliás, tenho escrito sobre um ou outro escritor, sobre um ou outro livro, dos que mais me sensibilizaram no momento e nas circunstâncias.
Há horas para tudo, se quisermos. Horas para o romance, horas para a poesia, horas para o ensaio, horas para o religioso, horas para o espiritual, horas para o bíblico, horas para a Bíblia, horas para o teológico, horas para o biográfico, horas para o filosófico, horas para a crítica literária, horas para o comentário sobre o que se leu, horas para o jornal e para a revista, horas para tudo, afinal. O que é preciso é que a leitura tenha um espaço próprio nas nossas férias. E se tivermos em conta que os livros são, sem sombra de dúvidas, dos nossos melhores amigos, então mais razões haverá para lhes dedicarmos parte significativa dos tempos livres, que os temos, decerto, nas férias deste ano. Fernando Martins

sábado, 2 de julho de 2005

Em Fátima, com gente solidária

Hoje, em Fátima, onde participei num encontro sobre Pastoral do Ensino Superior, encontrei um médico conhecido e uma enfermeira amiga. Não foram participar em encontros de formação, mas estavam ali para prestar auxílio aos peregrinos que, neste sábado escaldante, foram encontrar-se com a Mãe de Deus.
Risonhos, brincalhões até, mostravam uma alegria contagiante, ou não estivessem animados do verdadeiro espírito de serviço, de doação aos outros, em especial aos que mais precisam. E pelo que fiquei a saber, fazem desta actividade um hábito regular, conscientes de que a felicidade autêntica está mais no dar do que no receber.
Quando encontro gente generosa e disponível, como aconteceu neste sábado, não posso deixar de reconhecer que, afinal, neste mundo de tanto egoísmo, ainda há muitos homens e mulheres que são capazes de deixar tudo, em especial fins-de-semana carregados de futilidades, férias desgastantes e sem sentido, reformas apenas geradores de ociosidades castradoras, tempos livres cheios de nada, simplesmente para ajudarem quem necessita.
Quando regressei a casa, não pude calar-me, porque é imperioso dizer que o mundo continua a gerar, realmente, pessoas que sabem amar.
Fernando Martins

Dívida moral para com África

O combate à pobreza africana é uma dívida moral que os países ricos têm para com o continente negro
O combate à pobreza africana é “uma dívida moral que os países ricos têm para com o continente negro. Primeiro, depauperaram-no das suas gentes através da escravatura. Depois, roubaram-lhe as riquezas naturais através da colonização. Agora, estão a levar-lhe os melhores cérebros. Mas a reparação é também em proveito próprio, pois traduz-se num investimento na segurança global. A pobreza gera migrações ilegais, violência e terrorismo” – denuncia o Pe. José Vieira, no último editorial da Revista «Além-Mar».
África é um continente rico em recursos naturais e humanos para “poder sonhar com um futuro melhor. Hoje, 280 milhões de africanos já podem encarar o futuro com esperança, mas continuam a precisar de ajuda para combaterem a pobreza, a malária, a sida e a tuberculose. Se é algo que é devido a qualquer população de um qualquer continente, em relação aos africanos a nossa responsabilidade é maior” - refere o sacerdote Comboniano.
Fonte: ECCLESIA

Concerto contra a POBREZA em ÁFRICA

Posted by Picasa Solidariedade só possível com gente solidária
Em dez palcos do mundo (Londres, Versalhes, Berlim, Roma, Filadélfia, Barrie, Tóquio, Joanesburgo, Moscovo e Cornualha), decorreu, em simultâneo, um concerto planetário para combater a pobreza em África. É garantido que amanhã, daqui a um mês e mesmo nos próximos anos a pobreza persistirá e milhões de pessoas acabarão por morrer na extrema miséria. Isto não significa que seja de condenar a iniciativa que há-de levar outros milhões de seres humanos a concluir que urge construir uma nova ordem social, que, de uma vez por todas, consiga matar a fome a quem a tem no dia-a-dia.
Mas se é verdade que todos concordam com a urgência de se darem passos firmes, no sentido de erradicar a pobreza, que não deixa de nos envergonhar a todos, também é justo admitir que o egoísmo ainda é, infelizmente, uma marca indelével dos tempos em que vivemos.
Como é que queremos acabar com a fome e com a pobreza extrema em África, se não somos capazes de dar pão aos que o não têm, quantas vezes perto de nós? Comecemos, pois, pelos pobres que há entre nós e logo a seguir, mas mesmo logo a seguir, olhemos para os africanos pobres, muitos dos quais falam e rezam em Português.
Entretanto, não deixemos de apoiar as instituições que estão no terreno a lutar para que muitos sobrevivam, enquanto o pão não chega. Afinal, a solidariedade universal só é possível com gente solidária, generosa e com capacidade para amar.
Fernando Martins

sexta-feira, 1 de julho de 2005

Luta contra a pobreza global

Dia Internacional da Banda Branca, símbolo da luta contra a pobreza no mundo Celebra-se hoje, 1 de Julho, o Dia Internacional da Banda Branca, símbolo escolhido para representar a luta contra a pobreza no mundo. Em Portugal pretende-se mobilizar a sociedade para a acção em torno da luta contra a pobreza e para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). A campanha “Pobreza Zero” (ver em www.pobrezazero.org) quer alertar os políticos que passados 5 anos da assinatura da Declaração do Milénio as promessas continuam por cumprir. Por isso, sob o lema “Pobreza Zero”, a campanha apela “à sociedade para que se mobilize, actue e pressione os líderes políticos, e exija, como primeiro passo para a erradicação da pobreza, o cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio”. Em cada 5 segundos que passa, morre uma criança de fome. “A persistência da pobreza e da desigualdade no mundo de hoje não tem justificação” – refere o site da campanha.
No ano de 2000, 189 chefes de Estado e de Governo assinaram a Declaração do Milénio que levaram à formulação de 8 objectivos de desenvolvimento específicos, a alcançar entre 1990 e 2015. Estes objectivos, chamados os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), podem ser resumidos da seguinte forma:
1- Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome.
2- Alcançar o ensino primário universal.
3- Promover a igualdade entre os sexos.
4- Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças.
5- Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna.
6- Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves.
7- Garantir a sustentabilidade ambiental.
8- Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Poderá obter todas as informações sobre a luta contra a pobreza global, sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e sobre a forma de participar activamente nesta iniciativa internacional em www.pobrezazero.org
Fonte: ECCLESIA

BÍBLICA: onde a Bíblia se faz vida

Posted by Picasa Não posso deixar de recomendar a sua assinatura
Ao completar meio século de existência, a revista BÍBLICA bem merece uma referência neste meu espaço, ou não lhe estivesse eu ligado desde há quase 45 anos. Foi nela e com ela que me aproximei mais da Palavra de Deus, sendo cada número motivo de reflexão e de aprofundamento das verdades que me sustentam. Confesso que nem sei que mais admirar. Se a análise aos textos bíblicos com o contributo de especialistas, se a divulgação de curiosidades do Povo de Deus através dos séculos, se o esclarecimento de dúvidas a quem as tem, se as ilustrações sempre de grande qualidade, se as reportagens sobre temas oportunos, se as notícias ligadas à Sagrada Escritura e à Terra Santa. Tudo me merece atenção, tudo me leva a meditar, tudo me ajuda a compreender o mistério de Deus em cada um de nós e no mundo. O último número, o 299, referente a Julho-Agosto, com textos sobre João Paulo II e Bento XVI, não deixa de nos oferecer curiosidades que vale bem a pena ler e reler. Ninguém me encomendou o sermão, mas não posso deixar de recomendar a sua assinatura (7.5 euros, por ano, para Portugal). Para isso, basta escrever para Difusora Bíblica, Rua São Francisco de Assis, Apartado 208, 2496-908 FÁTIMA. F.M.

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