Hoje, em Fátima, onde participei num encontro sobre Pastoral do Ensino Superior, encontrei um médico conhecido e uma enfermeira amiga. Não foram participar em encontros de formação, mas estavam ali para prestar auxílio aos peregrinos que, neste sábado escaldante, foram encontrar-se com a Mãe de Deus.
Risonhos, brincalhões até, mostravam uma alegria contagiante, ou não estivessem animados do verdadeiro espírito de serviço, de doação aos outros, em especial aos que mais precisam. E pelo que fiquei a saber, fazem desta actividade um hábito regular, conscientes de que a felicidade autêntica está mais no dar do que no receber.
Quando encontro gente generosa e disponível, como aconteceu neste sábado, não posso deixar de reconhecer que, afinal, neste mundo de tanto egoísmo, ainda há muitos homens e mulheres que são capazes de deixar tudo, em especial fins-de-semana carregados de futilidades, férias desgastantes e sem sentido, reformas apenas geradores de ociosidades castradoras, tempos livres cheios de nada, simplesmente para ajudarem quem necessita.
Quando regressei a casa, não pude calar-me, porque é imperioso dizer que o mundo continua a gerar, realmente, pessoas que sabem amar.
Fernando Martins