terça-feira, 23 de abril de 2019

Dia Mundial do Livro - Boas leituras



O Dia Mundial do Livro é celebrado desde 1996, a 23 de abril, por decisão da UNESCO. Pretende-se promover o livro, os autores, os ilustradores e os editores.
Diz o Google que esta data foi escolhida com base na tradição catalã, segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de S. Jorge, e recebem em troca um livro, testemunho das aventuras do heroico cavaleiro. Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em abril de 1616.
Para os amigos dos livros e das leituras, esta efeméride tem um duplo sentido, que engloba o prazer do conhecimento, o sentimento da busca do belo, o enriquecimento de imaginário e o gosto de viajar para a descoberta de outras gentes e outras culturas, que a grande maioria das pessoas podem não ter possibilidades de sair de casa.
Eu, que pertenço ao grupo destes últimos, sinto-me feliz por ter sido educado para as leituras, que são um dos meus grandes prazeres que a vida me tem proporcionado.
Boas leituras para todos.

FM

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Dia Mundial da Terra







O dia Mundial da Terra celebra-se a 22 de abril de cada ano, desde 1970. A ideia partiu do senador norte-americano Gaylord Nelson, que resolveu organizar um protesto contra a poluição da Terra, depois do desastre petrolífero de Santa Bárbara, na Califórnia, ocorrido em 1969.
Daquele acontecimento não se tem falado muito, ultimamente, mas o tema da poluição e das lutas a favor da defesa do planeta, ameaçado constantemente, apesar dos tratados internacionais assinados pelos países conscientes dos seus deveres nessa linha, não deixa margem para dúvidas sobre a importância do nosso dever de cuidar da casa comum, no dia a dia de todos.

domingo, 21 de abril de 2019

RESSURREIÇÃO

Que a Luz de Cristo Ressuscitado nasça para cada um de nós

Senhor!
Eu bem Te vejo, apesar
da escuridão!
Inda me não tocou a Tua «Mão,
mas bem na sinto, bem na sinto em meus cabelos,
numa carícia igual a um perfume ou um perdão.

Senhor!
Eu bem te vejo, apesar
da escuridão!
Que já se abriram cinco
               (ou são cinquenta?...
                   ou são quinhentas?...)
Estrelinhas azuis no Céu azul
— as Tuas cinco, ou não sei quantas, feridas
lavadas pelas águas lá de Cima.

Vejo-Te ainda incerto e vago
como um desenho sumido,
mas esta é, Jesus, a última das noites.

Há já três
(não Te lembras, Senhor, das bofetadas
e dos cravos nos pés?...)
que Te pregaram numa cruz
e que morreste.

Até logo, Senhor!
           (Deixa ser longa a Noite e o Logo longo,
           que é de noite que eu seco os meus espinhos
           e cavo, na minh´alma, o Teu jardim.
           Rompa tarde a Manhã de ao fim
          da Tua minha Noite derradeira.

— Não quero é que Te rasgues novamente,
quando, no terceiro Dia longe-perto
                                       misericordiosamente,
ressuscitares em mim.)

Sebastião da Gama
 In  SERRA-MÃE

sábado, 20 de abril de 2019

Anselmo Borges: Entre a Sexta-Feira Santa e a Páscoa: Sábado

Anselmo Borges

Crentes ou não crentes — quem o disse foi George Steiner — é em Sábado que vivemos. Que é que isto quer dizer? Todos, de um modo ou outro, em nós mesmos e no mundo, constatamos e vivemos a Sexta-Feira Santa do sofrimento, do horror, da violência, do silêncio e da noite, e todos, de um modo ou outro, de forma mais explícita ou menos explícita, mais consciente ou menos, é pelo Domingo, o Domingo da Páscoa, que suspiramos e esperamos, a Páscoa da salvação.

O que nestes dias os cristãos celebram é este Sábado, que pertence ao núcleo da existência cristã, como disse São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã também a vossa fé. Se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”. Evidentemente, a ressurreição implica por si mesma uma meditação sobre a morte e o sentido último da existência. Uma meditação sobre o Sábado, no qual vivemos.

1. Na história gigantesca do universo, com 13.700 milhões de anos, o sinal distintivo de que há Homem, não já simplesmente algo, mas alguém, são os rituais funerários. A partir daí, já não estamos em presença de um animal qualquer, mas do ser humano, que sabe que sabe, que tem consciência de si, consciência de que é mortal, e que, nem que seja de modo confuso, espera para lá da morte. A consciência da morte e a esperança constituem, portanto, na História do mundo, uma novidade essencial e radical.
Perante a morte e a mortalidade, surge a interrogação fundamental, que está na base das artes, das filosofias, das religiões: o que é o Homem? Sabemos que somos mortais, mas ninguém sabe o que é morrer, ninguém sabe o que é estar morto, nem sequer para o próprio morto. Face à morte, a linguagem falha. Assim, dizemos, perante o cadáver do pai ou da mãe, de um amigo: ele/ela está aqui morto/morta. Ora, o que falta é precisamente o pai, a mãe, o amigo, pois o que ali está não passa de restos mortais e lixo biológico. Ou dizemos que os levamos à sua última morada. Ora, quem se atreveria a enterrar ou a cremar o pai, a mãe, um amigo? Também dizemos que os vamos visitar ao cemitério. Ora, nos cemitérios, com excepção dos vivos que lá vão, não há ninguém. O Evangelho é cru: nos cemitérios, só há ossos e podridão. Então, o que há realmente nos cemitérios, para serem considerados lugares sagrados, de tal modo que a violação de uma sepultura constitui, em todas as culturas, uma profanação e um crime nefando? O que há nos cemitérios não é senão essa pergunta radical: O que e o Homem?, o que é ser Homem?

Miró nasceu neste dia em Barcelona




Miró nasceu em 20 de abril de 1893, em Barcelona, e faleceu no dia 25 de dezembro de 1983, com 90 anos de vida. Exerceu a sua atividade de pintor surrealista entre 1912 e 1983.
Gosto de Miró há muito, sem saber porquê. Gosta-se porque se gosta. É o meu caso. E na impossibilidade de possuir qualquer obra sua, nem de muitos outros artistas que aprecio, contento-me em ter, bem à minha frente, no meu sótão, um azulejo com a reprodução de um seu trabalho.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Filarmónica Gafanhense nos Jardins de São Bento








A Filarmónica Gafanhense vai atuar nos Jardins de São Bento, no dia 25 de Abril, à tarde, interpretando José Afonso, a convite do Primeiro Ministro António Costa. Trata-se de uma honra e do reconhecimento do mérito da nossa banda. A notícia foi avançada pelo Expresso deste fim de semana. Auguramos uma excelente atuação, felicitando a direção, o seu maestro e todos os músicos da nossa filarmónica.

Placas alusivas ao Prior Sardo foram repostas









A Gafanha da Nazaré celebrou no passado 19 de abril a efeméride da elevação a cidade. Criada freguesia em 23 de junho de 1910 e paróquia em 31 de agosto do mesmo ano, foi promovida a vila em 1969. A cidade veio em 2001, por mérito próprio. Já lá vão 18 anos.
Admitimos que muitos gafanhões das atuais gerações não são muito dados a celebrações. Vivem fundamentalmente o presente, porventura mais preocupados com o futuro. Não os condenamos por isso, porque a vida agitada que nos envolve tem muito que se lhe diga.
Participámos na simbólica cerimónia da reposição das placas elucidativas da estátua do Prior Sardo (P. João Ferreira Sardo), inaugurada em 31 de agosto de 1992, no jardim do mesmo nome, tendo sido ele um dos principais obreiros da criação da Paróquia e Freguesia, o que aconteceu em 1910. As placas originais haviam sido roubadas por vândalos que andam por aí à solta, um pouco por todo o lado. Este género de crime já nos atingiu algumas vezes: Roubaram o busto do mesmo Prior Sardo que existia frente à igreja matriz antiga, duas placas no adro da igreja e o busto do monumento ao Mestre Mónica, para não referir outros vandalismos.
As placas junto aos monumentos são fundamentais, não só para lembrar os homenageados, mas também para elucidar os turistas que passam. Quem viesse à Gafanha da Nazaré e passasse pelo Jardim 31 de Agosto, ao contemplar a estátua, ficaria sem saber de quem se tratava. Mas as placas foram repostas, não com a qualidade que o nosso fundador merecia, mas com materiais mais modestos, para não se tornaram apetecíveis aos ladrões e negociantes de metais nobres.
Estando presentes o presidente da Câmara, Fernando Caçoilo, e o Prior da nossa terra, P. César Fernandes, entre outros membros das autarquias concelhias, o presidente da Junta de Freguesia, Carlos Rocha, reconheceu realmente a importância das placas e salientou que as agora repostas “traduzem fielmente o que o Prior Sardo quis transmitir à população da Gafanha da Nazaré”, manifestando a “esperança de que as agora recolocadas possam perdurar”, porque a nossa terra “merece que estas coisas sejam bem tratadas e devidamente identificadas”.

Fernando Martins

Georgino Rocha: Jesus, o Ressuscitado por Amor


O túmulo de José de Arimateia recebe os restos mortais de Jesus de Nazaré. A autoridade manda rolar a pedra de protecção e destaca um piquete de vigilância. Os amigos voltam a suas casas e pensam iniciar um novo ciclo de vida. Apenas um grupo de mulheres, de que se destaca Maria Madalena, faz o luto, recordando o tempo da sua companhia. Tudo parecia arrumado. Mas a surpresa surge ao raiar da madrugada do terceiro dia.
Madalena e algumas das suas companheiras fazem uma visita ao túmulo. E encontram as coisas desarrumadas. Ficam inquietas e procuram uma explicação. O sobressalto acalma quando ouvem o anúncio feliz: Não está aqui. Ressuscitou! A notícia chega aos apóstolos Pedro e João, que vão confirmar o sucedido. E a partir deles, muitos outros o comprovam, como exemplificam os textos bíblicos. O Ressuscitado provoca vários encontros e atesta quem é: O Crucificado que o Amor fez ressuscitar. Agora somos nós as suas testemunhas!
“Uma leitura inteligente dos Evangelhos, e depois de todo Novo Testamento, conduz à conclusão de que… Jesus foi ressuscitado por Deus em resposta à vida que viveu, ao seu modo de viver no amor até ao extremo: poderemos dizer que foi o seu amor mais forte do que a morte – amor ensinado aos discípulos ao longo da sua vida (com toda a sua vida!), e depois condensado no novo mandamento: «Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei» - a causar a decisão do Pai de chamá-lo da morte à vida plena” Enzo Bianchi.
O amor vence a morte. Ainda que o ódio gere violências de todo o tipo na vida terrena, a sua vitória é fugaz, apesar das ruínas que provoca. Há sempre um amanhã, o da confiança inteligente, o do sentido da vida, o da missão recebida, que nos abre as portas do futuro. Jesus Cristo é a sua garantia definitiva selada por Deus na ressurreição. O desejo profundo de viver comporta a fragilidade de morrer, antecâmara da vida nova, abundante e feliz.
A Páscoa da ressurreição é a festa por excelência. Faz-nos celebrar as surpresas de deus em Jesus. Naquela manhã, torna-se visível que a vida vence a morte e o amor é mais forte do que o ódio. Há provas claras desta verdade que a história regista, mas sobretudo o “livro de Deus”. Vamos rememorar quatro que foram testemunhas das aparições do Ressuscitado e nos transmitem uma bela mensagem de boas Festas Pascais.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Patrícia Reis: Sacrifício e Páscoa

Patrícia Reis
Sacrifício e Páscoa
ou como não soubemos ensinar os mais jovens a pescar

 «Celebramos a Páscoa sem perguntar o que celebramos. Diria que festejamos uma possibilidade que as novas gerações encaram com desconfiança e com alguma arrogância: o sacrifício. O sacrifício de Jesus em prol da humanidade, assim nos ensina o credo cristão. Será de pensar nesta palavra em desuso: sacrifício.

Olho à minha volta e vejo jovens incapazes de conceber um plano de vida. Não sabem o que querem, sabem que querem viver bem. Estão dispostos a correr atrás da bola? A fazer sacrifícios? Não me parece. E tão pouco me parece que os façam em prol do Outro. Afinal, a Páscoa é sobre isso mesmo: sacrifício em prol do Outro. Não são ovos de chocolate nem cabritos assados ou promessas infantis de não fazer isto ou aquilo.

Deveria ser uma opção de vida, concreta, no dia-a-dia. A minha geração e a anterior trabalharam muito para pôr peixe na mesa. Não ensinámos os nossos filhos a pescar. É uma pena. Deveríamos ser pescadores. Todos nós.»

Ler mais aqui 

É urgente requalificar o “Vouguinha”


«Se o Vouguinha estivesse a funcionar, devidamente requalificado e modernizado, para se ir ao Porto, diretamente de Albergaria, demorar-se-ia cerca de 50 minutos e o seu custo seria muito menor.
A qualidade de vida da população do concelho de Albergaria-a-Velha terá muito a ganhar com o crescimento e desenvolvimento deste meio de transporte relativamente ao transporte rodoviário.
Vamos lutar pelo Vouguinha, andar para a frente sim, defendendo o que as populações justamente têm reivindicado. A modernização desta linha pode ser a grande oportunidade para a regeneração urbana e de intervenções de requalificação ao longo do corredor desta infra-estrutura, sendo um investimento decisivo para as populações e para o aparelho produtivo do distrito.»

A Comissão Concelhia de Albergaria-a-Velha do PCP

NOTA: Concordo com os que defendem a requalificação do "Vouguinha", que utilizei diversas vezes há bons anos. Todos sabemos que a utilização do automóvel é hoje o meio mais fácil para as nossas deslocações, mas temos de reconhecer que nem todos o têm ou podem usar. E o povo, na generalidade, precisa de alternativas mais baratas para resolver os seus problemas. O "Vouguinha" seria essa alternativa. Sigam o link para saber mais.

Farol da Barra — A largueza de horizontes


Em conversas informais e em observações naturais tenho reparado na pobreza de horizontes a vários níveis de muita gente. Pensa-se no aqui e agora, no que olhamos sem nada ver, no que projetamos para o imediato e raramente para o futuro.
Alguém me disse há dias que não importa o passado nem interessa pensar muito no futuro. O que virá logo se verá.
Não comungando dos mesmos ideais nem dos mesmos princípios de vida, dei comigo a imaginar que fazia bem uma subida ao nosso Farol da Barra para se perceber que há muito para ver e viver para além do diâmetro curto do circulo em que estamos.
Boa Páscoa com grandes horizontes.

Fernando Martins

Miguel Torga — PÁSCOA




PÁSCOA

Um dia de poemas na lembrança
(Também meus)
Que o passado inspirou.
A natureza inteira a florir
No mais prosaico verso.
Foguetes e folares,
Sinos a repicar,
E a carícia lasciva e paternal
Do sol progenitor
Da primavera.
Ah, quem pudera
Ser de novo
Um dos felizes
Desta aleluia!
Sentir no corpo a ressurreição.
O coração,
Milagre do milagre da energia,
A irradiar saúde e alegria
Em cada pulsação.

Miguel Torga
In Diário XVI

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Porto de Aveiro tem novo Conselho de Administração



A partir de ontem, 16 de abril, a APA (Administração do Porto de Aveiro) passou a ter novo Conselho de Administração, assumindo a presidência Fátima Lopes Alves. Isabel Moura Ramos, Nuno Marques Pereira e Helder Vale Nogueira passam a fazer parte do mesmo Conselho. Registe-se que a APA assume também os destinos do Porto da Figueira da Foz e que Fátima Lopes Alves é doutorada em Ciências Aplicadas ao Ambiente, para além de outros títulos académicos. 
Como gafanhão, que vi nascer e crescer o atual Porto de Aveiro, com as suas múltiplas valências, felicito a nova presidente da APA, com votos de que conduza esta barca, no dia a dia, a bom porto, tendo sempre em conta os superiores interesses do ambiente, fundamentais ao bem estar das populações.

Semana Santa convida à reflexão



A Semana Santa, que nos encaminha para Cristo Ressuscitado, é propícia à reflexão, à oração e à partilha com os feridos da vida. Assoberbados com preocupações, lutas, guerras, desavenças e conflitos, nem tempo temos para seguir o Mestre. Durante esta semana, sugiro a cada um, para além do que recomenda o coração, o contacto com a natureza, tão pródiga em nos inundar de beleza e afetos que tranquilizam tudo e todos e nos abrem a novos horizontes de paz.
Meras sugestões aqui ficam.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Paris: Tragédia em Notre Dame

Notre Dame: Esplendor 


Notre Dame: Beleza de  pormenor 


Notre Dame: Tragédia

NOTA: Tudo o mais poderá ser conhecido por todos. As novas tecnologias tentam explicar tudo.

Semana Santa - Ao encontro de Cristo Ressuscitado

Estamos na Semana Santa, também chamada Semana Maior, por nela vivermos mais intensamente as verdades essenciais da nossa fé. Semana de silêncio, meditação, oração e de certezas de que a Ressurreição de Jesus, ano a ano renovada no coração dos crentes, está próxima, para júbilo de quantos acreditam que a vida de cada um de nós é sempre um recomeço. 
Jesus Cristo, um marco histórico indiscutível, é luz do mundo que anuncia Boas Novas a todos os homens e mulheres de boa vontade, para glória de Deus e redenção de toda a humanidade, ajudando-nos a ultrapassar as nossas fragilidades que tornam agreste a sociedade em que vivemos. 
A Semana Santa, vivida e sentida na humildade, leva-nos mais até aos que sofrem no corpo e na alma as incompreensões dos egoísmos e as injustiças a diversos níveis. 
A Semana Santa é também uma semana de purificação e de compromissos em permanente renovação. E no culminar dela, teremos a alegria da Ressurreição de Cristo, que nos garante a plenitude da vida. 
Santa Páscoa para todos na feliz certeza de Cristo Ressuscitado. 

Fernando Martins

domingo, 14 de abril de 2019

A tragédia do Titanic em 1912

Convés de botes
«O naufrágio do Titanic ocorreu entre a noite de 14 até à manhã de 15 de abril de 1912 no Atlântico Norte, quatro dias após o início da viagem inaugural do navio que partiu de Southampton com destino à cidade de Nova Iorque. 
O maior navio de passageiros em serviço à época, o Titanic tinha estimadas 2.224 pessoas a bordo quando atingiu um iceberg por volta de 23:40 (horário no navio)[nota 1] no domingo, 14 de abril de 1912. O afundamento aconteceu duas horas e quarenta minutos depois, às 02:20 (05:18 GMT) na segunda-feira, 15 de abril, resultando na morte de mais de 1.500 pessoas, transformando-o em um dos desastres marítimos mais mortais.» Assim se lê no Wikipédia, extraordinária fonte das mais variadas áreas do conhecimento. 

Adenda: Ver trabalho muito útil aqui 

Nota: Foto de Portos de Portugal

Semana Santa? Que tenho eu a ver com isso?

Bento Domingues
"O projecto de Jesus surge como projecto de libertação, sobretudo dos doentes, dos pobres e das mulheres que não contavam para nada na sociedade do seu tempo" 

1. Creio que toda a gente tem muito a ver com a Semana Santa. Explico: os católicos fervorosos podem lamentar que, num país onde a maioria da população se exprime como católica (cerca de 80%), aproveite o Natal, a Páscoa, os Domingos e festas de santos para descanso, desporto, viagens, segundo as possibilidades económicas de cada um, e muito pouco para celebrar e aprofundar o conhecimento da sua própria fé. 
Esses católicos só têm razão até certo ponto. Não esqueçamos que o Novo Testamento estabeleceu uma grande polémica em torno da prática judaica sacralizada do sábado. Uma das narrativas míticas da criação está organizada para que, no sétimo dia, até Deus descanse [1]. Não podia haver táctica melhor do que esta: colocar o seu Deus como exemplo do que todos os crentes deviam cumprir. Se os textos do Novo Testamento são tão duros com essa sacralização, não era por causa de serem dias de descanso e oração. O que levou o judeu, Jesus de Nazaré, a provocar os seus concidadãos, fazendo o que estava proibido ao sábado, não era por desprezo do dia consagrado ao descanso, mas por terem transformado, numa prisão, um marco civilizacional da liberdade. 
O ser humano não pode ser um escravo do trabalho. Há muitas outras dimensões da vida que é preciso atender e às quais é preciso dar oportunidades. Não esqueçamos que o projecto de Jesus surge como projecto de libertação, sobretudo dos doentes, dos pobres e das mulheres que não contavam para nada na sociedade do seu tempo. 

Anselmo Borges — A Paixão do Mundo

Anselmo Borges
Pascal, o matemático, um dos maiores de sempre, e também um dos mais profundos cristãos de sempre, observou, nos Pensamentos: “Jesus estará em agonia até ao fim do mundo; é preciso não dormir durante esse tempo.” 
Sim, a Paixão de Cristo continua e é preciso estar acordado e atento. Na Paixão de Cristo estamos todos. 

1. Com uma vida a anunciar, por palavras e obras, o Deus que é Amor incondicional, Pai e Mãe, cujo único interesse é a realização plena de todos os seus filhos, a alegria e a felicidade de todos, a começar pelos mais pobres, humildes, abandonados, oprimidos, o que o colocava em confronto com os poderes opressores, religiosos, económicos, políticos..., Jesus, sabendo o que o esperava, ofereceu uma ceia, a Última Ceia, dizendo: “Isto é o meu Corpo, isto é o meu Sangue, a minha vida entregue por vós”. Aquele pão e aquele vinho são a sua pessoa entregue para dar testemunho da Verdade e do Amor. Quando se reunissem, deveriam fazer isso em sua memória, lembrando o que ele fez e é. 
2. A religião sacrificial e ritual do Templo teve papel decisivo neste enfrentamento. Quem primeiro o condenou foi a religião oficial, cujos sacerdotes não toleravam ver os seus privilégios postos em causa: “Ide aprender o que isto quer dizer: eu não quero sacrifícios, mas justiça e misericórdia”, diz Deus. Do mais indigno que há: viver de e para uma religião que humilha e oprime em nome de Deus.
3. No Getsémani, Jesus entrou em pavor e angústia, “pôs-se a rezar mais instantemente, e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra”. Deus não atendeu a sua súplica e até os discípulos mais íntimos adormeceram. “Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis na tentação.” Todos passámos ou passaremos, de um modo ou outro, por horas de dúvidas, de horror e de solidão atroz. 

Boca da Barra: A fome


A fome num simples registo. Quando um traineira demanda o Porto de Pesca, é certo e sabido que as gaivotas ou outras aves marinhas dão logo sinal de peixe fresco à vista. Topam-no pelo cheiro ou pelo instinto e então põem-se a jeito para uma petiscada na hora da descarga. A luta pela sobrevivência oferece-nos, frequentemente, este espetáculo.

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