quinta-feira, 4 de junho de 2009

Só se pode Participar!

1. Cada acto eleitoral afirma-se como um forte desafio à cidadania. Sendo verdade que a motivação em participar, muitas vezes, é bem mais desperta em situações de não liberdade ou quando existem regimes ditatoriais…o certo é que a plena consciência de uma cidadania efectivamente activa conduzirá a saber dizer «presente» mesmo, porventura, em situações em que não dá jeito ou a urgência parece não ser tanta. Torna-se essencial o nunca perder da memória histórica para apreciar o direito de votar e o valor do voto como das conquistas sociais mais dignificantes; é importante o considerar que cada dia, cada pessoa e cidadão, é convidado a ser actor sócio-político de modo generalizado, o que implica a noção dos «deveres para com a comunidade» (Declaração Universal DH, artigo 29º).
2. Nunca a «desculpa de mau pagador» das más imagens ou menos boas práticas políticas poderá ser justamente argumento para a não participação. Poderão, porventura, existir muitas condicionantes, circunstâncias e até dúvidas sobre o «peso» de cada voto; poderão existir visões ou distracções promotoras de uma indiferença generalizada diante da distância dos centros de poder (europeus) para que se vota… Mas nada nem nenhum argumento, numa sociedade madura que se deseja, justificará qualquer sentimento e prática de abstenção. Sociedade não participativa será comunidade social adormecida. Esse adormecimento, depois consequentemente, deita por terra o terreno activo de credibilidade reclamadora e estimulante.
3. Sendo que por vezes até pode interessar a indiferença ou um não pensamento de visão crítica integral a determinados agentes políticos, a verdade é que nada poderá afectar a necessidade de alimentar a democracia diária de que também a possibilidade de votar é expressão inequívoca. Uma certa anemia social da sociedade civil portuguesa, que se denuncia volta e meia, é desafiada a ser superada nas eleições europeias(?). Alexandre Cruz

Caldeirada de Enguias

Um bom petisco com pouca despesa

Caldeira de enguias (foto da casa Zé-Zé)


Um bom petisco, com imaginação, não obriga a muitas despesas. Se não puder apreciar a caldeirada de enguias à Zé-Zé, no sítio próprio, compre as enguias e ensaie fazer a dita, em família, aproveitando as sugestões deste e daquele. Se não tiver dinheiro para comprar as enguias, compre outros peixes quaisquer, mais em conta, e coma-os como se fossem enguias. Não se esqueça de regar a caldeirada e a garganta com um vinho branco fresquinho. Quanto a doce, opte pela aletria, bem açucarada, que toda a gafanhoa que se preze sabe fazer.


Há um livro à sua espera

Se olhar para a sua estante, há decerto um bom livro que por ali deve estar à espera que lhe pegue. Se puder comprar um, aqui fica a sugestão. O livro “Regresso ao Litoral – Embarcações Tradicionais Portuguesas”, de Ana Maria Lopes. É, seguramente, uma boa opção cultural. Se não tiver dinheiro para livros, então passe pelo pólo da Biblioteca Municipal, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, onde pode requisitar um livro, para ler durante 15 dias. A bibliotecária pode dar-lhe algumas sugestões.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A condição humana

1. Na madrugada de segunda-feira o voo 447 da Air France desapareceu no Atlântico, tendo, entretanto, sido descobertos seus vestígios. Saído do Brasil com 228 pessoas de 32 nacionalidades, esta tragédia poderá ser oportunidade de reflexão sobre a condição do ser humano. A hora presente é a do conforto possível, atitudes também manifestadas nos três dias de luto nacional brasileiro, nas celebrações em Paris das diferentes religiões no respeito pelas sensibilidades dos passageiros do voo fatídico. Têm sido nestes dias partilhadas muitas afirmações e realidades que são reflexo desta face humana humilde diante da grandeza surpreendente deste acontecimento. Quer de pessoas que embarcariam e por várias circunstâncias não partiram, quer diante da profundidade possível dos mais de 4000 metros onde possivelmente estarão os destroços do Airbus e a essencial caixa negra reveladora.
2. Para quem procura continuamente um sentido para a vida estas questões da condição humana não ficam esquecidas na periferia mas estão no centro dos valores e ideais nos quais se procura alicerçar a caminhada diária. Acontecimentos como o que acima referimos fazem parte de um autoconhecimento contínuo de quem sabe que a história humana por si mesma é limitada ao tempo e ao espaço; uma consciência clara de que tudo passa e tudo é breve (facto objectivo que não pode conduzir ao descompromisso), ficando de nós o bem que procurámos semear. Aquele que se descentraliza das “coisas” para os ideais que vencem as coordenadas temporais, esse conhece-se acima da ordem física e calculista, eleva-se! Mas para o pensar humano que absolutize a ordem do mundo de um “Titanic” perfeito, diante deste choque abre-se um abismo...
3. (Re)Conhecer-se a si mesmo na humildade da condição humana e ver acima do olhar das coisas é tarefa fortalecedora dos sentidos e oferece novas aberturas… Capazes de gerar a flexibilidade pessoal e comunitária dadora de qualidade e sensibilidade a cada dia presente.
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Alexandre Cruz

"Praceta Carlos Roeder", na Praia da Barra

Carlos Roeder foi um empresário
com visão de futuro

Na Praia da Barra há uma praceta com o nome “Comendador Carlos Roeder”. Fica mesmo ao lado do molhe da Meia-Laranja e tem no centro um obelisco, evocativo das obras da barra, com legendas que são uma boa lição de história para quem se der ao cuidado de as ler. 
Quando as nossas autarquias avançaram com esta simples mas justa homenagem a Carlos Roeder, não pude deixar de intimamente aplaudir o gesto. É que este industrial foi um dinâmico empresário que deu trabalho a muitas centenas de pessoas, quer no Estaleiro de S. Jacinto, quer noutras empresas que também fundou, ou das quais foi sócio de relevo. 
Carlos Roeder foi, e ainda é, uma figura de referência na região, sendo considerado, por um dos seus fiéis admiradores e colaboradores, Henrique Moutela, “um homem de invulgares qualidades de trabalho e de capacidade técnica”. Aparece na região, lembra Henrique Moutela, a “vender motores para os veleiros da Empresa de Pesca de Aveiro (EPA). Fá-lo a crédito, na década de 30 do século passado”. Na altura, “é convidado a entrar como sócio nessa empresa, com o valor da venda dos motores”. 
Carlos Roeder, com uma visão de futuro bastante nítida, convence os sócios da EPA a abandonarem “a pesca à linha em dóris” e em 1935 aparece o primeiro arrastão português, o ‘Santa Joana’, mandado construir na Dinamarca. 
O Estaleiro de S. Jacinto foi construído em 1940, “com amigos e colaboradores”. Mas o seu primeiro trabalho de engenharia foi o hangar da base da então Aviação Naval. Depois, quase até aos nossos dias, o Estaleiro foi, realmente, uma fonte de trabalho e de riqueza para muita gente da região, em especial de S. Jacinto, Gafanhas, Aveiro e Ílhavo. 
De ascendência alemã, Carlos Roeder estudou na Escola Politécnica de Lisboa, seguindo posteriormente para a Alemanha, onde cursou engenharia. Diz-se que a sua origem e formação muito contribuíram para a sua capacidade organizativa, para o sentido empresarial e para uma visão universal do trabalho. 
O seu gosto era, de facto, criar riqueza, dando emprego a centenas de pessoas, enquanto procurava destacar, sobretudo, a competência profissional e a lealdade dos seus colaboradores. Muitos dos seus encarregados eram pessoas sem grandes estudos, mas cumpridores rigorosos das suas decisões. No fim da vida, determinou a criação de uma fundação, a Fundação Roeder, destinada a contribuir para o bem-estar de todos os seus trabalhadores ou ex-trabalhadores. 

Fernando Martins

Bordados com arte, na Junta de Freguesia de S. Salvador

No salão da Junta de Freguesia de S. Salvador, Ílhavo, vai ser inaugurada, no próximo dia 5, pelas 21 horas, com a presença do presidente da Câmara, Ribau Esteves, uma exposição de Bordados, Macramé, Arte Floral e Pintura, por iniciativa da Colectividade Popular da Coutada. A exposição ficará patente ao público até 11 de Junho, com o seguinte horário: Dias úteis, das 16 às 20 horas; Sábado, domingo e feriado, das 15 às 20 horas.

terça-feira, 2 de junho de 2009

É possível Paz na Justiça?

1. Ninguém duvida que a complexidade da justiça, na sua multiplicidade de organismos e instâncias, nos conduz a uma reflexão que não seja simplista nem superficial. Todos temos a certeza de que uma sociedade que consiga “ter” uma justiça de qualidade garante meio caminho andado para o desejado progresso humano e social. Façamos o exercício de ver a justiça de trás para a frente, das finalidades e dos finalmentes serem redefinidos os meios, de olhar para o que chega diariamente ao cidadão comum com o intuito de reinterpretar as estruturas. É bem verdade que a revolução de comunicação humana que está a acontecer cada dia desafia à reinvenção dos modelos e estruturas sociais que muitas vezes se foram cristalizando no tempo.
2. Talvez a justiça, a par de outras estruturas, seja um destes pilares da sociedade ainda em défice de ajustamento contínuo, também porque não é fácil responder com a agilidade dos dias de hoje na base de procedimentos provindos de outros tempos e ritmos. Aos organismos práticos da justiça pede-se tudo: um tratamento de qualidade em quantidade. Mas para este salto qualitativo poucos envolvimentos e investimentos são reconhecidos e atribuídos. O mesmo se poderá dizer da Escola para que a Educação (para além da Escola) seja outro baluarte seguro, sempre em aperfeiçoamento, para que das experiências realizadas se elaborem as sínteses que permitem avançar…e nada caia em saco roto quando tudo o vento leva. Não nos referimos meramente a técnicas ou tecnologias; talvez o segredo seja outro: um Humanismo estimulante.
3. O exagerado e desordenado “barulho” que implode o reino da justiça na sociedade democrática, a par da desordenança subjacente que impede os consensos mínimos razoáveis para se seguir em frente, comprovam-nos a existência do défice de humanismo de sentido de bem comum. Até porque o segredo de toda a Paz não reside no tratado assinado em papéis mas carece de um pouco de boa vontade… Isto!
Alexandre Cruz

Faz sentido votar nas Europeias?

António Rego
Pertencer à Comunidade Europeia é um privilégio e um risco. E quando a Comunidade não se define primariamente como económica, aproxima os países mais ricos e mais pobres na procura da identidade histórica, política e cultural. E estimula uma aproximação social ainda que a velocidades diferentes. Os chamados fundos estruturais continuam voltados para os que chegam mais tarde e têm de andar mais depressa. Não faria qualquer sentido que em termos de saúde, habitação, cultura - desenvolvimento - algum dos países membros vivesse em situações de carência sem quaisquer condições de parceria ou negociação com os restantes membros. Neste conjunto e apesar dos muitos queixumes, Portugal quase se tornou irreconhecível a partir da sua pertença à União Europeia. Mesmo que a muitos pareça, ou dê jeito dizer, que se vive pior hoje que há trinta ou quarenta anos. Todos os dias somos confrontados com números europeus. Vindos de diferentes instâncias e abrangendo múltiplas áreas, fazem de nós um objecto de percentagens em radiografia permanente, não deixando por vezes que respiremos em ligeira passagem do positivo para o negativo. Se por vezes tem aspectos próximos do ridículo, apresenta outros interessantes: coloca-nos em contínuo exame de consciência ou numa autoavaliação que não nos deixa sossegados no adquirido. Corremos também riscos: dissolver a nossa identidade em tantos segmentos para alcançarmos um padrão europeu; vender a alma ao diabo para nos apresentarmos modernos e progressistas; renunciarmos a um património que é muito nosso em troca dum incerto prato de lentilhas. Aqui entra o papel dos nossos deputados ao Parlamento Europeu. Na assiduidade das suas presenças, nas questões que levantarem, nas propostas que fizerem, nos votos que emitirem, nas prioridades de ideologia, progresso, cultura, desenvolvimento que escolherem. E nos valores que defenderem. Não é indiferente um ou outro candidato. Eles têm de ser o reflexo de todos nós seja qual for o partido que lá os coloque. Sabe-se que são representantes de grupos políticos. Mas antes disso, dum país que é o nosso. O nosso passado e o nosso futuro são mais que um jogo partidário ou palavras que o vento leva. A isso não é alheio o conjunto de valores cristãos que tecem a nossa comunidade nacional.
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António Rego

“Língua e Costumes da Nossa Gente”, um livro que faltava

Obra que merece ocupar um lugar 
especial nos nossos interesses culturais



“Língua e Costumes da Nossa Gente” é um livro de Maria Donzília Almeida e de Oliveiros Louro, ambos docentes do Ensino Secundário. Vai ser lançado no próximo sábado, 6 de Junho, pelas 15.30 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal de Ílhavo. A organização do evento é da Confraria Camoniana de Ílhavo. A identidade do povo da Gafanha vai decerto sair reforçada com a publicação deste livro de dois gafanhões, que se orgulham das suas raízes. Conheço-os o suficiente para fazer esta afirmação. Digo isto mesmo sem ter lido o livro que agora vai ver a luz do dia. Contudo, se não li esta obra, li já bastante dos seus autores, em trabalhos dispersos e escritos ao longo de anos. Escrevem muito bem e das suas almas sai expressiva poesia. O livro é uma “manta de retalhos”, no bom sentido. Fala de trabalhos na água e na terra, actividades que se complementavam. Basta pensar que era da ria que se tirava o moliço, fertilizante para as areias áridas que haveriam de dar o sustento a quem aqui se fixou. Contém, por isso, palavras e expressões relacionadas com o trabalho agrícola e com as fainas piscatórias. Contém, também, expressões de uso local e outras de uso mais alargado. Relata usos como a matança do porco, a festa da Páscoa e os Reis, fala de orações, responsos, canções infantis do tempo da escola, lengalengas, provérbios e ditos da sabedoria popular. São inúmeras as referências a alfaias e utensílios usados na pesca, na agricultura e na vida doméstica, ilustrados com dezenas de fotografias. Nele se inserem actas e documentos históricos e no fim tem uma surpresa para muita gente que eu não desvendo. Trata-se, portanto, de um livro muito belo, que merece ocupar um lugar especial nos nossos interesses culturais, em tempo de uma globalização que tudo dilui, com avidez mortífera, se não estivermos atentos.
FM

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Crónica de um Professor: Dia Mundial da Criança

“Deixai vir a mim as criancinhas!”
Não pretende usurpar Direitos de Autor a Quem proferiu, há milénios, estas palavras, mas tão-só evocar quão partilhadas o têm sido, na sua tão penosa quanto longa carreira docente. Neste dia, em que está no centro das atenções, das preocupações e comemorações, a criança merece algum debate e reflexão, por parte da teacher. Desde muito cedo, foi alvo de estudos de comportamento, não fosse ela a matéria-prima duma profissão tão nobre, como é a lapidação de diamantes brutos. Das mãos dos professores, após muitas operações de profundo labor, saem as pedras preciosas que vão embelezar a vida e gerir os destinos do amanhã. Quando forem adultos! Quando tiverem ultrapassado, com sucesso, as várias etapas da sua formação, na qual os mestres são agentes activos e modeladores. Pretende-se que saia o melhor produto, que ganhe a excelência! Para isso se esfalfam e hoje, por todo o país, se desdobram em esforços para lhes proporcionarem alguns momentos agradáveis e em que elas são os únicos protagonistas. Sim, as criancinhas merecem-nos o melhor e o maior empenho. Vêm à memória, episódios de violência contra as crianças em que a mais abominável, execrável a todos os níveis, é sem dúvida a pedofilia. Não há palavras de repúdio que possam expressar a intensidade da revolta e indignação que qualquer cidadão de bem possa sentir. Ultrapassa os limites da capacidade humana. É uma ignomínia! Por outro lado, há que usar de bom senso e não cair no extremo oposto de tanta protecção, tanto facilitismo, tanta permissividade, que estão a conduzir as crianças de hoje a verdadeiros e pequeninos déspotas! Vejamos como as políticas educativas têm conduzido o ensino em Portugal e como os seus agentes têm sido maltratados e vilipendiados com a pseudo-liberdade dada aos alunos em geral. Foi moeda corrente em determinada época, que o ensino deveria ser ministrado com carácter lúdico, para que as crianças aprendessem a brincar! De tal modo isso ficou arreigado, que hoje, nas nossas salas de aula, deparamos com bandos de indigentes que nada mais fazem que boicotar sistematicamente o trabalho do professor. Sempre teve alguma dificuldade em aceitar que a pura brincadeira, sem carácter de responsabilização, possa conduzir a uma interiorização de valores, como por exemplo o trabalho. Se é dada, ao aluno, a possibilidade de recompor energias de descontrair, de brincar, em suma, nos intervalos das aulas que até são generosos, por que cargas de água não se deverá encarar o estudo, a aprendizagem como algo de sério, de consequente e não apenas um prolongamento do recreio? Vamos formar uma multidão de ociosos, de irresponsáveis, de parasitas? Quem está no ensino há décadas vê com tristeza como as coisas têm acontecido neste país de brandos costumes, onde a transgressão e a violência estão a ganhar foros de práticas rotineiras. Preconiza a teacher que... é de pequenino que se torce o pepino... e também com as abençoadas criancinhas deveria acontecer a mesma coisa!
M.ª Donzília Almeida 01.06.09

Generosidade dos portugueses respondeu, pela positiva, aos apelos do Banco Alimentar Contra a Fome

A Justiça Social virá quando não forem precisos os Bancos Alimentares
Quem há por aí capaz de duvidar da generosidade dos portugueses? Só os pessimistas, os que olham apenas e só para o seu umbigo. Afinal, pese embora as dificuldades por que todos passamos, o nosso povo soube responder ao apelo do Banco Alimentar Contra a Fome, durante o último fim-de-semana. Segundo números já apurados, e que apontam para 1935 toneladas de alimentos recolhidos, houve um aumento, em relação a Maio do ano passado, da ordem dos 18 por cento. Ainda bem. Contudo, é bom que nos habituemos à ideia de que esta é a solução imediata para responder à fome de muitos milhares de portugueses. A solução definitiva virá quando os Bancos Alimentares não forem precisos. Nessa altura, não haverá injustiças sociais. FM

Debater a Europa?

1. A campanha já vai alta, mas os níveis de reflexão efectiva sobre a Europa continuam muito baixos. A preferência pela intriga também já é elemento característico, como companhia dos vários processos eleitorais. Não se pense que é só em Portugal que ocorre este desvio; a Itália debate-se com a crítica a Berlusconi, a França debruça-se sobre Sarkosy. E parece que quanto mais os cidadãos estão “longe” da Europa ou a entendem só como dadora de subsídios, tanto mais o debate vai arrefecendo uma desejada reflexão ampla e aberta sobre a Europa para o século XXI. É natural que as grandes questões nacionais acabem por ser essa Europa mais perto em que a maturidade cívica tem dificuldades em reconhecer as virtudes e está logo pronta no apontar os defeitos.
2. Mas as lideranças teriam outra obrigação despertadora para os máximos possíveis de ligações entre os cidadãos e os lugares e poderes de decisão. Ao fosso que existe (e que acaba por ser lógico) entre Bruxelas e as comunidades locais e regionais, a elite política parece rendida à insignificância do debate sobre a Europa. Os problemas nacionais, também na conjuntura de crise, acabam por afogar as tentativas de uma reflexão de cidadania europeia. Talvez na actualidade terá sentido perguntar se «é mesmo possível debater a Europa?» Mesmo os que criticam o défice democrático da não realização de referendos sobre questões deste velho continente, a verdade é que o tempo e o modo de suas actuações parecem fazer desta época mais uma oportunidade eleitoral perdida.
3. Já bastava a distância geográfica dos centros de decisão europeia, já seria difícil ao nosso país de limitada intervenção cívica, quanto mais com a generalidade de um género crispado de campanha… Os apelos à não abstenção são esse último apelo a vencer as indiferenças que vão reinando, para mais em acto eleitoral de que não se vê o benefício imediato… Campanha terá de significar mais pedagogia... Cidadania? A faca e o queijo vão ficar na mesma?
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Alexandre Cruz

domingo, 31 de maio de 2009

Dom de Deus por excelência

O SOPRO DE JESUS
Jesus escolhe o gesto do sopro para comunicar o Espírito Santo, o dom de Deus por excelência. Comunica-o aos discípulos, fazendo deles apóstolos, comunica-o à Igreja a fim de ultrapassar as fronteiras da sinagoga e se abrir sem medos à universalidade da missão; comunica-o a cada um de nós para que – como São Paulo – vivamos para o Senhor e para os outros e não apenas para nós mesmos.
Antes de fazer o gesto, Jesus identifica-se. Mostra as mãos onde se mantêm as cicatrizes da crucifixão e apresenta o lado com as marcas da flagelação. Sou eu mesmo e não um fantasma – afirma. Vivo uma vida nova que não se parece em nada com a vida material ou virtual. Compreendei o gesto que vos faço. Acolhei e apreciai o Espírito que vos confio em nome do Pai. Deixai-vos guiar por Ele, pois fica constituído em memória permanente e viva de quanto vos transmiti e em garante fiel de quanto vos vai ser pedido para realizardes a missão que vos entrego.
O sopro de Jesus é para os discípulos o que o alento de Deus foi no alvor da criação, dando vida a todas as coisas e gerando a harmonia do universo; é para os profetas o que a brisa suave foi para Elias, atestando a presença qualificada de Deus junto de quem permanece fiel, mesmo no meio da perseguição; é para a Igreja ao longo da história o que foi para os membros da primeira comunidade cristã: agente de transformação, força de comunhão que vai integrando diferenças legítimas, linguagem de comunicação que a todos quer fazer chegar a novidade de Jesus, em favor da humanidade inteira.
Mas quantas vezes, os ruídos se infiltraram e surgiram os monólogos e as deturpações, a comunhão cedeu lugar à desunião e ao mútuo desconhecimento, a renovação foi suplantada pela manutenção e conservação das tradições, a brisa suave foi varrida pela tempestade violenta das guerras, sem conta, o alento criador foi usurpado pelas forças da morte, de todos os naipes.
O sopro de Jesus tem sempre uma importância vital para os discípulos, a Igreja enquanto comunidade instituída, a humanidade com família de irmãos. Ele é Espírito e não os espíritos, as forças ocultas e malfazejas, as correntes dinâmicas de esoterismo, os estados sentimentais e fundamentalistas. O sopro de Jesus constitui o gesto da nossa marca e do nosso estilo. Faz-nos apelos à intervenção coerente, lúcida e realista, numa sociedade cheia de luzes e sombras. Georgino Rocha

Os portugueses gostam de telenovelas

Quando toca a crianças, é uma alegria
Os portugueses gostam de telenovelas. Gostam mesmo. Penso que esse gosto vem de há muitos anos, quando os brasileiros nos mostraram algumas que apaixonaram muita gente. Não condeno esse simpático gesto. Cada um dá o que tem e o que pode. Conheço gente que já não consegue viver sem elas. Venham elas à hora que vierem, é certo e sabido que não faltam telespectadores. Cada um come do que gosta. Eu também vi algumas, mas depois achei que estava a perder tempo. Senti-me preso, manipulado, dependente. Era como uma droga leve. Depois libertei-me, tornei-me independente e mandei à fava essa perda de tempo. Os portugueses aprenderam a lição que veio dos brasileiros, como aprendem tudo o que é novo. E se vier do estrangeiro tanto melhor. Cheira a coisa fina. Depois começaram a imitá-los. Pelo que tenho ouvido, imitam bem e em alguns casos até os ultrapassam. Dizem… Os temas foram recriados, ampliados e divulgados por literatura da especialidade. As telenovelas têm consumidores. Mas de vez em quando os nossos órgãos de comunicação social acham que é preciso inovar, inventando ou aproveitando assuntos que dão para uma infinidade de capítulos. Pedofilia da Casa Pia, negócios do Freeport vida privada de políticos, escândalos sociais, corrupção. E quando toca a crianças, então é uma alegria. Se ela for estrangeira, tanto melhor. Até fazem filmes. Joana, Maddie, Esmeralda e Alexandra. Esta, que é russa, até dá pano para mangas. Claro que ainda não descobriram umas meninas e meninos cujos pais não têm pão para lhes dar, nem dinheiro para as vestir e educar, ou sem pais e sem família. Uma coisa vos garanto: quando essas telenovelas acabarem, estou cá a pensar que algum guionista vai inventar uma história capaz de as substituir. Os portugueses gostam…
FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 133

BACALHAU EM DATAS - 23

O FRACASSO DO “ELITE”

Caríssimo/a: Voltemos ao ELITE e ouçamos a opinião do capitão Valdemar que nos ajudará, mais uma vez, a entrar com segurança em águas profundas: «A alternância verificada no âmbito do apoio hospitalar às suas frotas, entre franceses e portugueses, ficou a dever-se às diferentes políticas económicas de desenvolvimento adoptadas pelos dois países, sobretudo após a entrada no século XX. Dissemos acima que o princípio da mudança entre os franceses foi anunciado com o aparecimento dos primeiros arrastões nos bancos no início do século, mais concretamente em 1907; no entanto, o grande incremento, a verdadeira grande revolução, só após o término da I Guerra Mundial se verificaria de modo fulgurante. À medida que a nova modalidade - pesca de arrasto - se ia impondo por força das incomparavelmente melhores capturas, com muito menos riscos para o pessoal, os navios veleiros da pesca à linha iam sendo gradualmente convertidos ou abatidos, consoante se tratasse ou não de unidades de boa dimensão e em bom estado de conservação. Mas a muito curto prazo, até esses navios transformados tinham desaparecido, sendo pois a frota francesa constituída na sua totalidade por unidades novas, feitas de raiz. E, em poucos anos, a visão dos veleiros franceses nas águas da Terra Nova era coisa de arquivo, fotografia em parede de escritório, ou recordação gravada na memória. Em Portugal tudo se processou de modo bem diferente, mas por razões que convém esclarecer! Não se pense que não houve entre nós qualquer reacção aos ventos de mudança! Antes pelo contrário, o entusiasmo foi enorme e imediato, Entre nós, a primeira tentativa de enviar à Terra Nova um arrastão ocorreu em 1909 e partiu da Parceria Geral de Pescarias, da casa Bensaúde, sediada na Ilha do Faial, nos Açores. A escolha deste porto de armamento, situado a meio do Atlântico e, por conseguinte, a meia distância entre Portugal Continental e os bancos da Terra Nova, obedeceu a um plano estratégico bem delineado. O navio, chamado "ELITE", era de propulsão mecânica a carvão e estava preparado para trazer o bacalhau eviscerado, conservado em gelo granulado, fazendo viagens relativamente curtas – cerca de três semanas – entre saída e chegada ao porto de armamento. Eram estas, aliás, o tipo de viagens que entre nós se faziam ao Cabo Branco, quer em duração quer em conservação pelo gelo. Mas, infelizmente, por várias razões de ordem técnica, a experiência não correu bem, não resultou, o que foi pena, porque o fracasso desta iniciativa tão louvável, e levada a cabo num momento tão próprio, terá muito possivelmente contribuído para o abandono precipitado da modalidade nascente e para um maior apego à manutenção e desenvolvimento da modalidade ancestral, aliás apoiada numa mão de obra barata e de facílimo recrutamento ao longo de todo o litoral português, E esta é uma razão de consequência que não deve ser omitida.» HDGTM, 42
E ao ELITE regressaremos, em breve, mas por outras razões. Manuel

sábado, 30 de maio de 2009

Férias em tempo de crise

Gafanha da Nazaré 
com muito para nos oferecer



A Gafanha da Nazaré, mesmo sendo uma terra nova (faz 100 anos, como freguesia, em 2010), tem muita coisa para desfrutar. Paisagens cheias de água por todos os lados, mata centenária com muito para descobrir, mar para contemplar e ria para viajar, ruas e mais ruas para passear, museus para visitar.
O mar e a ria são riquezas incalculáveis à espera de serem consideradas, por muitos de nós, como mais-valia para as nossas férias. Praias de areais convidativos e beira-ria que nos desafiam a pescar são bons locais para relaxar. 
A praia da Barra está à nossa espera. Com mais ou menos areal, podemos escolher um recanto de onde se aviste a ondulação que nos convida a um mergulho em tempo de canícula. Até ver, não se paga nada por isso. Então aproveitemos. 
A Casa Gafanhoa, antiga habitação de um lavrador rico, dos princípios do século XX, e o navio-museu Santo André, bem enquadrado pelo Jardim Oudinot, são preciosidades que não podem ser menosprezadas. Para visitas obrigatórias em época de férias profissionais, de preferência com a família toda. 
O Jardim Oudinot, o maior parque de lazer da Ria de Aveiro, começa a merecer a preferência de muita gente, em tempos de férias e não só. Espera-se que na época de Verão haja festas programadas para todas as idades, tanto de âmbito recreativo e cultural, como desportivo e social. Mesmo sem isso, as paisagens já por si são um chamamento, onde há recantos para uma boa merenda com familiares e amigos. Antigamente, o Jardim Oudinot servia essencialmente para isso. O actual não descurou a componente de unir a família. 
Na igreja matriz há um pequeno mas bonito museu paroquial, que merece a nossa atenção. Na mata da Gafanha, o Santuário de Schoenstatt, com os seus jardins sempre bem cuidados, é um convite a horas de meditação e de descontracção. 
O nosso Farol costuma oferecer, na época balnear, sobretudo, a possibilidade de contemplar, lá de cima, a mais de 66 metros de altura, paisagens deslumbrantes e únicas. E o Forte da Barra, que há tanto tempo espera por uma solução de restauro que o dignifique, pode ser motivo para ali, à sua sombra, imaginarmos a espera feita por soldados a eventuais inimigos da Pátria.

Fernando Martins

Cavaco Silva em Aveiro defende preservação do moliceiro

Não deixeis desaparecer o moliceiro,
porque nele está a alma aveirense
«O presidente da República, Cavaco Silva, apelou ontem à defesa do barco moliceiro, no discurso que proferiu na sessão comemorativa dos 250 anos de elevação de Aveiro a cidade, que decorreu nos Paços do Concelho. "Não deixeis desaparecer o moliceiro, porque nele está a alma aveirense", disse o presidente da República, assinalando que "preservar a identidade atrai os visitantes e cria os alicerces em cima dos quais se constrói o futuro".»
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Jesus Zing
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Que se entende por saúde?

"... o doente, que continua a ser um ser humano integral, na unidade tensa e viva de inconsciente, consciente, corpóreo, afectivo, psíquico, espiritual, espera certamente do médico e dos profissionais de saúde em geral competência científica e técnica, mas que também não esqueçam a sua própria humanidade integral. Assim, a uma medicina que, dados os seus prodígios desde o século XIX, corre o risco da unidimensionalidade científico-técnica, é necessário lembrar o princípio da humanitariedade, segundo o axioma ético-médico: "salus aegroti suprema lex" (a lei suprema é a saúde, também no sentido de 'salvação', do doente)."
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Anselmo Borges
Leia todo o artigo aqui

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Carminho canta Fadinho Serrano

Acabei de ler uma entrevista, no Ípsilon, da fadista Carminho. Os elogios justificam-se. Com aplausos. Digam lá se não é bonito.

Há idosos, mesmo doentes, que vivem para a comunidade


A mensagem de que é urgente envelhecer bem, vivendo o presente e tendo projectos de futuro adequados à situação de cada um, foi tónica dominante na última sessão das Conferências Primavera 2009, organizadas pela paróquia da Gafanha da Nazaré, em parceria com diversas organizações. Esta sessão, que se realizou ontem, quinta-feira, 28, no salão Mãe do Redentor, da igreja matriz, contou com o contributo de Liliana Sousa e Daniela Figueiredo, docentes da Universidade de Aveiro (UA), que apresentaram retratos sociais para um futuro humano, assumindo-se a pessoa idosa como centro de novos desafios comuns a empreender pela sociedade.
As convidadas da paróquia defenderam que urge construir imagens realistas da velhice, combatendo a ideia de que os idosos são solitários e abandonados pelas famílias. A este propósito, Liliana Sousa lembrou que os mais recentes estudos garantem que, afinal, 80 por cento dos cuidados de que as pessoas mais velhas carecem “são assumidos pelos familiares”. Para aquela docente da UA, “envelhece bem quem vive o presente e tem projectos de futuro adequados à sua situação”.
Daniela Figueiredo adiantou que a imagem negativa que há sobre as pessoas idosos são fruto de doenças, havendo nestes casos muito a fazer, numa perspectiva de as ajudar a ultrapassar essa fase de algum pessimismo. “Há idosos, mesmo doentes, que vivem para a comunidade”, referiu. Entretanto, frisou que a sociedade tem procurado criar recursos e avançado com valências que são respostas concretas, tanto para apoiar os mais velhos, como para aliviar os próprios familiares.
Valorizando a permanência dos idosos no seio das suas famílias, apontou a existência de Centros de Dia como uma mais-valia a ter em conta. E sobre os Centros de Noite,  Daniela Figueiredo considerou-os uma valência importante, embora “não generalizada”. O interesse cada vez maior pela ciência geriátrica e pela formação de técnicos vocacionados para este sector foi sublinhado pelas duas conferencistas. Salientaram que todos os estudos apontam a necessidade de provocar o envelhecimento activo ou bem sucedido, promovendo comportamentos saudáveis, criando ambientes amigáveis, ao mesmo tempo que se torna imperioso capitalizar a experiência e o saber acumulados ao longo da vida.
Sendo certo que cada idade tem a sua maturidade própria, as docentes da UA acrescentaram que os velhos nos dão lições de vida, sendo uma fonte inesgotável de contributos sociais, profissionais e éticos, que têm de ser aproveitados.

 FM

L'Osservatore Romano elogia lição de futebol e estilo do Barcelona

O diário L’Osservatore Romano elogiou o jogo limpo da equipa do Barcelona durante a final da Liga dos Campeões, em que venceu o Manchester United por 2-0. A partida disputou-se na última quarta-feira, em Roma. Em artigo intitulado “Il calcio, finalmente” (O futebol, finalmente), o jornal louvou o comportamento do treinador da equipa espanhola, Pep Guardiola, os jogadores e os adeptos, ante “um ambiente muitas vezes castigado por polémicas exasperadas e violências criminosas”.
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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Banco Alimentar organiza nova campanha de recolha de alimentos

É preciso olhar à nossa volta
Nos dias 30 e 31 de Maio, 23 mil voluntários, ligados ao Banco Alimentar Contra a Fome, vão estar nos sítios certos para recolherem alimentos destinados a quem tem fome. Vai ser um fim-de-semana aberto à solidariedade e um desafio para esquecermos as futilidades que nos ameaçam. Urge olhar mesmo para quem precisa de pão para enganar o estômago. Estamos tão fartos de engolir promessas e mais promessas, estudos e mais estudos sobre a fome que existe no mundo, em Portugal e, naturalmente, à nossa porta. Vamos, pois, olhar para o lado. É que as soluções políticas, para erradicar a pobreza, tardam.

Uma reflexão necessária, talvez incómoda

A celebração eucarística
é sempre uma riqueza a defender,
para bem do povo crente
"As celebrações prolongam-se demasiado, rompe-se o seu equilíbrio e unidade, atropelam-se momentos importantes, queima-se tempo necessário para o silêncio… Uma celebração eucarística não é um cabide onde cada um dependura coisas a seu gosto, nem uma assembleia com vários pelouros de gente independente. Tem presidência responsável, regras de culto público, ministérios ao serviço da assembleia. Não tem o rigor de uma cerimónia militar, mas não dispensa a ordenação correcta de um acontecimento respeitável. A Igreja quer que ela seja festiva, mas não a qualquer custo. Não é fácil extirpar abusos. Sei isso, por experiência. Quando me vi surpreendido, já no altar, por intervenções inesperadas e, na sacristia, chamei a atenção para isso, vi reacções de desagrado. Quando, terminada a celebração quis encontrar-me com o grupo coral para dizer o que, por dever, me competia, ouvi: “O senhor manda no altar, no coro mandamos nós”. Quando pedi a um coro que escolhesse cânticos que o povo cantasse, foi-me respondido: “Na igreja só tem direito a cantar quem faz parte do coro e vem aos ensaios”. São os tais pelouros que se foram constituindo por falta de formação e ganharam força ao verem e ouvirem o que se faz nas missas da televisão e da rádio, quando não mesmo por ali mais perto. A celebração eucarística é sempre uma riqueza a defender, para bem do povo crente." António Marcelino
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AVEIRO: Feira do Livro e do Disco no Rossio

Rossio, em Aveiro
A Feira do Livro e do Disco, no Rossio de Aveiro, abre hoje, 28, e prolonga-se até ao dia 7 de Junho. A edição de 2009 conta com 16 livreiros e várias editoras de música. HORÁRIO: de segunda a quinta-feira, das 17 às 23 horas, à sexta-feira, das 17 às 24 horas, ao sábado das 15 às 24 horas, ao Domingo das 15 às 23 horas e no dia 1 de Junho das 10 às 23 horas. A inauguração está marcada para as 17 horas desta quinta-feira. Paralelamente à venda de livros e discos decorrem actividades para as diversas idades (música, hora do conto, “workshops”). O programa pode ser consultado em http://www.cm-aveiro.pt/.

Semana do Ambiente do Município de Ílhavo

Praia da Barra
“+ ECO 2009”
A Semana do Ambiente do Município de Ílhavo, “+Eco 2009”, vai começar a 30 de Maio, com o 1.º Acampamento Municipal dos Agrupamentos de Escuteiros do nosso concelho. Do programa, destacamos a realização de uma Conferência de Imprensa, no próximo dia 2 de Junho, terça-feira, pelas 15.30 horas, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, e uma Cerimónia do Hastear das Bandeiras Azul e Praia Acessível 2009, no dia 5 de Junho, pelas 11 horas, nas Praias da Barra e da Costa Nova.

Presidente da Câmara de Ílhavo angaria fundos nos EUA para o Hospital de Cuidados Continuados da Misericórdia

O presidente da CMI, Ribau Esteves, deslocar-se-á aos Estados Unidos da América, em visita oficial, de 28 de Maio a 1 de Junho, na sequência de um convite da comunidade ilhavense radicada na Cidade de Newark e arredores, que em boa hora entendeu organizar uma acção de angariação de fundos a favor da obra do Hospital de Cuidados Continuados da Santa Casa de Misericórdia de Ílhavo. O “Grande Pic-nic”, como foi denominado o encontro, decorrerá na Cidade de Newark a 31 de Maio e conta já com a inscrição de algumas centenas de pessoas. Nos dias 29 e 30 o presidente da CMI visitará a Cidade de New Bedford, MA, onde presidirá a um jantar oficial com a Comunidade Ilhavense ali radicada e procederá à inauguração da nova sede da “Associação Humanitária Os Amigos de Ílhavo”. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, professor Fernando Maria Paz Duarte, acompanhará o presidente Ribau Esteves nesta viagem.

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