quarta-feira, 30 de junho de 2010

Silva Peixe, o poeta-marinheiro

Leia aqui um poema do poeta-marinheiro Silva Peixe, dedicado à Gafanha.

Inventámos a roda, a electricidade, pusemos asas nas máquinas

Entre festejos e funerais

António Rego

Inventámos a roda, a electricidade, pusemos asas nas máquinas, enchemos o mundo de sons e imagens dentro da nossa casa e eis-nos, planeta irrequieto, nesta aventura, voragem do tempo que se compra e vende ao segundo

O mundo mediático vive uma espécie de delírio, numa cadeia comunicativa interminável onde uns puxam pelos outros, notícia atrai notícia, espectáculo vence espectáculo, novela esmaga novela, ultrapassando funeral ou festa. Jornalistas ao molhe, acontecimento ou boato, bom ou mau, aonde vão todos e todos contam depois de se acotovelarem, correrem para o primeiro título; a imagem mais forte, a primeira mão, o exclusivo, o mais sensacional. Esse carro puxado por dois cavalos – o dinheiro e o poder - corre no grande circo com a multidão a gritar pelos gladiadores, comprando, preferindo, aplaudindo, exumando cadáveres, elegendo vedetas, descobrindo segredos, violando éticas, ganhando audiências.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Stella Maris fecha portas



É público que o Clube Stella Maris, da Obra do Apostolado do Mar, vai fechar as portas aos objetivos para que foi criado. Sedeado na Gafanha da Nazaré, não conseguiu adaptar-se às profundas transformações por que passou a sociedade nos últimos anos no setor das pescas e das atividades económicas que lhe estão associadas.
Dispersão natural da área portuária, desmantelamento da frota bacalhoeira, transformação radical da indústria de  processamento do pescado, qualidade de vida a bordo dos navios que demandam o Porto de Aveiro, dificuldades sem conta na implementação de uma pastoral de e para o homem do mar, entre outras razões que nem vale a pena abordar, estiveram na base do fim do Stella Maris.
Quem o viu nascer, sente alguma mágoa, mas temos de ser realistas. Os tempos são outros, os marítimos de hoje não são, seguramente, os de há 30 anos, o nível de vida melhorou, mesmo para os trabalhadores do mar e da ria, e poucos eram os que precisavam de uma pensão que os acolhesse.
Outro destino vai ter aquele edifício que um dia foi levantado para apoiar social e espiritualmente os homens do mar e suas famílias. Outros tempos exigem outras respostas, maduramente pensadas, estruturalmente refletidas e tecnicamente erguidas.

Fernando Martins

Com Acordo Ortográfico

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ÍLHAVO: Portugal - Espanha em ecrã gigante

A Câmara Municipal de Ílhavo associa-se à participação da Selecção Nacional no Mundial 2010, que se realiza na África do Sul, convidando toda a população a assistir ao jogo Espanha – Portugal, que será transmitido em directo, em ecrã gigante, na Praça do Centro Cultural de Ílhavo, amanhã dia 29 de Junho, pelas 19h30.
Junte-se a esta grande família e venha apoiar a nossa Selecção!

Vaticano quer turistas mais atentos ao ambiente

O Vaticano apelou hoje a uma maior atenção ecológica por parte dos turistas de todo o mundo, lembrando o impacto desta indústria sobre o meio ambiente.
Na Mensagem para o Dia Mundial do Turismo 2010, que se celebrará a 27 de Setembro, o Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI) fala em “graves perigos” para vários ecossistemas do planeta.
Em particular, são lembradas as mudanças climáticas, a desertificação e a perda da biodiversidade, que, segundo o documento, “exigem uma solução urgente”

Ler mais aqui

domingo, 27 de junho de 2010

A crise

Anda por aí uma guerra terrível por causa das portagens e pela forma da cobrança. Habituados que estávamos a viajar sem preocupações pelas estradas a pisar, estamos agora confrontados com a eventualidade do pagamento de portagens, que muito pesam nos orçamentos familiares dos portugueses. Procurar percursos alternativos não será fácil, sobretudo em viagens longas.
No caso de viagens no mesmo dia, mesmo em trajetos curtos, não faltarão as dores de cabeça, com o dinheirinho a sair-nos do bolso, moedinha a moedinha, que se transformará num corte alto no ordenado mensal.
Sabemos que as autarquias e as pessoas, e bem, não se cansam de protestar contra a iminência da aplicação de leis feitas à pressa, sem ainda se saber como é que serão aplicadas e onde.
Depois, quando toda a gente sabe que estaremos a caminho duma grave crise económica, cujos resultados, imprevisíveis, poderão vir a tornar-se num drama nacional, que coragem teremos para protestar com mais veemência?
Li este fim de semana que apenas estamos a falar de crise, mas que ela, verdadeiramente, ainda está para vir, situação que ninguém interiorizou. Fala-se no descalabro da nossa economia, no desemprego a chegar a níveis brutais, na impossibilidade de o Estado apoiar seja quem for, no regresso à agricultura de subsistência. O problema é grave. Neste caso, que fazer? Confesso que não sei.
Li ainda que a UE, com todos os tecnocratas que campeiam nos gabinetes de Bruxelas, nem sequer teve capacidade para prever o descalabro e muito menos para minimizar a crise. Será que já aprendeu a lição? Esperemos que ao menos esteja no caminho certo para a encontrar.

FM

Com Acordo Ortográfico

Franz Lizt esta tarde

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

O que se pode fazer com um dollar...





Mas há mais...

Nota: De três amigos que me enviaram estas curiosidades e... habilidades.

Férias em tempo de crise



Não é novidade para ninguém que o nosso país está em crise, à semelhança do que se passa um pouco por todo o mundo. Mas ao falar de férias, será bom não pensar nisso agora, para não desanimarmos, ficando sem vontade de fazer seja o que for.
Importa, portanto, tendo em conta essa realidade, que ciclicamente nos envolve, programar a maneira de viver um período de descanso de alguma forma enriquecedor, sem grandes custos.
Cá por mim, vou seguir o conselho do nosso Presidente da República, que nos alertou há tempos para as vantagens de fazermos férias cá dentro. Por diversas razões: as despesas são menores; o que gastarmos fica entre nós; há muito que ver à nossa volta; ajudamos o nosso comércio, indústria e turismo; e valorizamos a nossa cultura.
Eu sei que muitos conterrâneos têm a ideia, errada, de que o que é estrangeiro é que é bom. Nem sempre. Também temos, neste jardim à beira-mar plantado, paisagens de sonho, praias de areia branca e limpa, rios de água cristalina, bons museus, excelentes restaurantes, verdejantes jardins, parques de campismo com todos os requisitos, modernas livrarias, bibliotecas atualizadas e centros culturais com programações para todos os gostos.
Os meus leitores já estão a falar alto, em tom crítico: «Olha, esqueceu-se disto… e daquilo». Pois é. Afinal, ainda sabem mais do que eu.

Fernando Martins

NOTA: Texto segundo Acordo Ortográfico

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 190

PELO QUINTAL ALÉM – 27


A BATATA


A
Dr. Francisco Ferreira Neves e
Manuel Ribau Teixeira

Caríssima/o:

a. Nunca me foi tão fácil pôr dois figurantes ali em cima: o primeiro logo mandava os alunos cavar batatas para a Gafanha e o segundo é o verdadeiro amante da batata!
Mas o difícil é falar do que, para nós, os aqui nados, ultrapassa a evidência...
Se houvéssemos de procurar elementos para um outro brasão esta preciosidade não podia faltar... claro, bacalhau, também... e barcos....

e. Há imagens que não conseguimos apagar e que, sem querermos, se associam ao primeiro clique. Já viste apanhar berbigões (está bem: cricos!) para uma mariscada?
Aí tens a apanha da batata, mas com uma diferença: esta era feita, também com os dedos das mãos, mas com o traseiro a arrastar pela terra.
E era uma fartura, benza-a Deus!

i. As batatas novas viam as velhas e a alimentação era à sua base: toda a «gente» comia o tubérculo, desde as pessoas até ...ao porco. Cozidas. Fritas eram um manjar. Puré, viste-lo!
A nível mundial, actualmente a batata é o quarto alimento mais consumido no mundo, após o arroz, o trigo e o milho.

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