António Redondo
Celebra-se hoje, 17, o Dia do Alfaiate. Pelos aprendizes e por outros eram tratados como mestres, porque ensinavam a arte de talhar, provar e de acabar,
com esmero, os casacos, calças, samarras e sobretudos. Tinham mais trabalho na
altura das festas, exames e nas mudanças de estação, mas ainda nos casamentos.
O pronto-a-vestir veio depois e tudo se tornou mais fácil. Surgindo
a necessidade, ia-se a correr às lojas especializadas, que começaram a aparecer
por todos os lados e nas feiras.
Recordo-me bem desses tempos e dos meus alfaiates, cujos
nomes às vezes me escapam. Como é o caso do primeiro, que tinha o seu local de
trabalho em frente à igreja da Gafanha da Nazaré. Penso que se chamava António
e que em determinada altura foi trabalhar para a Metalomecânica de Aveiro.