Tenho andado ligado à comunicação social escrita, e não só, desde muito novo. Sou de tempo dos jornais feitos com os tipógrafos a alinharem as palavras e as frases, letra a letra, com uma rapidez impressionante, saltando da caixa alta para a baixa e vice-versa. E quando era preciso substituir uma palavra ou frase havia, de vez em quando, um esgar crítico, ao jeito de quem queria perguntar: — Mas este indivíduo não podia ter visto o lapso antes?
Depois, as tecnologias foram avançando, até que, com a informática, tudo começou a tornar-se mais simples. E por fim (nunca será o fim…) os jornais impressos começaram a tornar-se obsoletos, porque a comunicação social online começou a dar ao mundo, em cima da hora, todo o que é notícia, boa e má, numa visão imediata dos jornalistas e dos editores, notícias essas que a todo o momento podem ser, e são, reeditadas.
Os jornais de papel passaram à história, quer queiramos quer não, por nem tempo haver para os ler. Quando muito, alguns, porventura os mais idosos, ainda os aceitam aos fins de semana. E não é verdade que as notícias nos vão chegando ao telemóvel, minuto a minuto, com notificações?
O mais antigo jornal de Portugal continental, o Diário de Notícias, vai iniciar no próximo domingo, dia 1 de julho, uma nova fase da sua vida. Terá uma edição em papel, aos domingos, e, nos demais dias da semana, somente terá edições online.
Com estes avanços, importa saber escolher as propostas adequadas às nossas sensibilidades e opções.
Fernando Martins