domingo, 11 de dezembro de 2011

POESIA PARA ESTE DOMINGO





NOTA: Sugestão do caderno Economia do EXPRESSO

Reflexão para este domingo



VIVEI NA ALEGRIA CONFIANTE
Georgino Rocha

Que exortação corajosa vinda de quem está em situações difíceis e sofridas! Que mudança de perspectivas comporta, relativizando o peso do presente face à esperança do futuro! Que suporte anímico e espiritual manifesta ao dar as razões em que se apoia e fundamenta! Aconselhar a viver na alegria os abatidos de coração, os esmorecidos de coragem, os desterrados de si mesmos, constitui uma verdadeira provocação e lança um forte desafio.
Assim era a situação no tempo do 3.º Isaías, profeta do exílio em Babilónia, quando Ciro, rei da Pérsia, conquista a cidade e dá liberdade aos cativos de regressarem às suas terras. Um grupo de judeus aproveita a oportunidade e vem instalar-se em Jerusalém. Mas depara-se com uma surpresa desagradável: é acolhido friamente e com alguma hostilidade pelos residentes. Apesar disso, ganha coragem e persiste, lançando as “bases” do culto habitual ao Senhor, seu Deus. Todavia, os agravos acentuam-se, sendo espoliados dos bens que conseguem obter, e ficam sem casa para habitar nem campos para trabalhar. Renasce intensa a desilusão frustrante, a tristeza de morte. E o profeta ergue a voz para proclamar: Exulto de alegria no Senhor. Ele há-de fazer brotar a justiça.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 267


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 50 



A BICICLETA FIXA 

Caríssima/o: 

As imagens são elucidativas: a evolução da bicicleta foi longe, tão longe que fixa nos permite pedalar e andar parados! 


Era minha intenção escrevenher sobre a bicicleta fixa que fotografei e que habitualmente me estica os músculos das pernas adormecidos de tantas horas sentadas... 
Porém, telefonema para pessoa amiga, um “já sabes que os pescadores foram encontrados” e a resposta: “E tu já sabes que faleceu um primo do teu primo?!”, fizeram esquecer a bicicleta que fixa nos leva ... Nem a adivinha para saber quem faleceu me deteve: 
“Mas como?” 
“Olha, pá, morte estúpida: como era seu hábito, tinha ido dar a sua volta de bicicleta até ao Forte; vinha na descida de quem vem do Cunha, e ao contornar a rotunda à beira da minha casa, foi contra o contentor... e ficou. Bombeiros, INEM, hospital..., mas nada conseguiram fazer para o salvar. 
Aquilo ou ele não travou, ou os travões falharam, olha, não sei, ganhou excesso de velocidade e... 
Bom rapaz: não fumava, não bebia... 
Não se compreende!” 


Não se compreende!... Morte estúpida! 
E de bicicleta!? E tanto se apregoam os benefícios, “faz tão bem andar de bicicleta!”... 
Tantas perguntas, tantos juízos, arquear de ombros, abanar de cabeças... 
Contudo, olhemos de forma positiva para a vida. Fechemos os ouvidos ao piar de aves agoirentas e olhemos a vida bem de frente e rolemos, andemos, giremos ou... sentemo-nos, na certeza, porém, de que devemos ver nos outros o nosso espelho... e a nós também nos pode acontecer! 
E apetece-me terminar como fez o meu amigo depois de respirar fundo: 
“Que descanse em paz! Ámen!” 

Manuel

sábado, 10 de dezembro de 2011

PADRE JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA NOMEADO PARA O CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A CULTURA







«Bento XVI escolheu 10 representantes do mundo das artes, ciências e letras, para reforçar o diálogo entre a Igreja e a sociedade. O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), padre José Tolentino de Mendonça, foi hoje designado pelo Papa como consultor do Conselho Pontifício para a Cultura (CPC).
De acordo com uma nota publicada pela sala de imprensa da Santa Sé, este professor, biblista e poeta português partilha a lista de nomeados com figuras proeminentes da arte e das ciências, como o arquiteto espanhol Santiago Calatrava e o cientista alemão Wolf Joachim Singer.
A página do SNPC na Internet acrescenta que a escolha do sacerdote partiu de uma proposta apresentada a Bento XVI pelo presidente do Conselho Pontifício da Cultura, o cardeal italiano D. Gianfranco Ravasi.
Trata-se da segunda vez, num curto espaço de tempo, que um português é escolhido para exercer funções naquele dicastério, depois de em novembro o bispo D. Carlos Azevedo ter sido apontado como delegado do CPC.»
Li aqui

DIA DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS: 10 DE DEZEMBRO





TODOS OS SERES HUMANOS 
NASCEM LIVRES E IGUAIS
Maria Donzília Almeida
Nasceu na mesma época, A Declaração Universal dos Direitos Humanos, apenas se antecipando, um ano e dois dias. Por isso nasci, dentro da liberdade de pensamento e ação, usufruindo cabalmente dessa legitimidade. Foi proclamada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 e esboçada por John Peters Humphrey, do Canadá, com a colaboração de várias pessoas de todo o mundo: Estados Unidos, França, China, Líbano entre outros.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

A Igreja tem de regressar ao Evangelho

Hans Küng

A IGREJA: OBSTÁCULO PARA A FÉ? 
Anselmo Borges 

O título em forma interrogativa desta crónica foi sugerido por uma afirmação cuja autoria não pertence a nenhum teólogo perigoso, mas ao próprio Papa Bento XVI, quando era simplesmente Joseph Ratzinger: "Hoje, a Igreja converteu-se para muitos no principal obstáculo para a fé." Afinal, apenas uma constatação. É verdade que, sem a Igreja, como se teria ouvido falar de Jesus e do Deus de Jesus? Mas, por outro lado, lá está o teólogo J. I. González-Faus a dizer que a Cúria é responsável por mais ateus do que Marx, Nietzsche e Freud juntos. 
Já aqui apresentei as ideias fundamentais da mais recente obra de Hans Küng: Ist die Kirche noch zu retten? (A Igreja ainda tem salvação?). Retomo a questão, partindo de uma entrevista sua à SWR2, a propósito do livro. 
A quem o acusa de ressentimento responde: "Não. Julgo que continuo a ser capaz de falar muito bem com o Papa pessoalmente. Continuamos a manter correspondência e ele sabe que a minha preocupação é simplesmente a Igreja, mas que tenho uma concepção diametralmente oposta à sua no que se refere ao caminho a seguir. Interessa-me ressaltar que não chegámos a esta situação através do Papa Ratzinger, mas como evolução a partir do século XI." Aliás, enviou o livro a todos os bispos alemães, e as reacções foram "cordiais", e também a Bento XVI, com "uma carta cortês", na qual expunha como a sua intenção é ajudar a Igreja. E Ratzinger, num "gesto positivo", fez-lhe chegar o seu agradecimento.

A fé pode oferecer um horizonte luminoso às novas gerações



Experiência partilhada, 
de dor e de esperança
António Marcelino



Cheguei a Madrid na manhã de segunda-feira, 21 de Novembro. Na véspera decorreram as eleições em Espanha. Ia participar na Assembleia Plenária dos bispos e, desde Lisboa, levava já comigo os jornais da manhã que diziam dos resultados. No destino, não vi nem euforias, nem ares de preocupação. Tudo parecia caminhar com normalidade. Na imprensa, porém, a avalanche, com números, leituras e comentários, previsões e esperanças, medos e encorajamentos. 
Entrei na sala dos trabalhos e o presidente da Conferência Episcopal lia, no momento, o seu discurso de abertura, concluindo assim: “A nossa Assembleia coincide com o começo de um novo período político… Como Pastores desejamos aos que foram eleitos para governar, em tempos tão difíceis, acerto, serenidade e espírito de serviço, na sua nobre e decisiva tarefa”. E recordou, a terminar, as palavras de Bento XVI ao chegar ao país, para a sua visita pastoral, no mês de Agosto: “A fé é um grande tesouro de que, certamente, vale a pena cuidar com uma atitude construtiva para o bem comum de hoje e para oferecer um horizonte luminoso ao futuro das novas gerações.

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