Em momentos difíceis, é fácil cair no desânimo. Não vale a pena pregar que andamos sempre otimistas, quando a alma dói. Estamos todos a viver horas complicadas e incertas. Ninguém ignora que o COVID-19 tem sido uma caixa gigante de problemas ainda longe da compreensão da ciência. E muitos de nós, contudo, pregamos ânimo para quem nos ouve ou lê, na esperança de que, mais dia menos dia, se descubra a forma de enfrentar o vírus mais contagioso das últimas décadas. Não sei se outros o terão imitado.
Todos assistimos à luta para o travar. Em quarentena, uns, e outros na frente da batalha, nomeadamente, médicos, enfermeiros, paramédicos, técnicos, auxiliares, pessoal que opera no silêncio nos vários setores dos hospitais e clínicas, recebem apenas, à distância, os nossos aplausos e sentidos agradecimentos. Que mais poderíamos fazer?
E depois deste desabafo, cá vai uma palavra de amizade solidária para os que mais sofrem, os que foram infetados e estão em tratamento, os que aguardam os resultados das análises, os familiares dos que não resistiram. Que todos saibamos olhar para o lado, na esperança de que uma palavra, um sorriso ou um gesto tornem mais leve a dor dos sofredores.
F. M.