quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ESTÁ LATENTE UM CERTO ADORMECIMENTO DEMOCRÁTICO



Estará hoje 
a democracia em perigo? 
António Marcelino 

Ouvem-se por aí expressões e tomam-se atitudes que parecem denunciar esse receio. Porém, o que vemos, de modo muito claro, é que o tempo dos ditadores e dos poderes absolutos está a terminar, e os que teimam permanecer em tronos de ouro, como senhores únicos do saber e da verdade, sonegando milhões ao povo e gerando, à sua volta, a sabujice e o vazio, têm, a curto prazo, os seus dias contados. 
O regresso às ditaduras, a não ser por caminhos tortuosos e indignos, como ainda acontece à revelia do tempo, não parece ser, hoje, caminho a temer em estados democráticos. Porém, está latente um certo adormecimento democrático pelo desinteresse generalizado pela política, pela ânsia de poder e as lutas partidárias, pela recusa em servir, por parte dos mais competentes e preparados, por uma anestesia provocada que leva o povo a pensar apenas na satisfação de direitos e reage, por vezes violentamente, ao cumprimento dos seus deveres normais e à colaboração inevitável nas crises emergentes.

PRAIA DA BARRA: Intervenção para defesa dos equipamentos

Obras em curso

Nos finais de Outubro, o mar atacou, e de que maneira!, o areal, ameaçando  um equipamento de apoio na Praia da Barra, o chamado Completo Off-Shore, colocando em risco a sua estabilidade, como informa a autarquia ilhavense. Em consequência disso, foram desenvolvidas múltiplas diligências por parte da CMI, daí tendo resultado uma cooperação institucional entre a autarquia, o INAG, a ARHCentro, a APA, a Capitania do Porto de Aveiro e o Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território. E as obras de reforço do cordão dunar, visando a sua estabilização e a defesa do referido apoio, foram atempadamente desencadeadas, esperando-se que fiquem concluídas em breve. 
Entretanto a CMI «manterá toda a atenção a esta importante matéria, atuando no sentido do aprofundamento da cooperação institucional e da defesa de intervenções devidamente interligadas entre as várias entidades com responsabilidades nesta matéria, no sentido da boa gestão da costa do Município de Ílhavo e da Região de Aveiro, nas situações conhecidas e nas que vão derivar da obra de prolongamento do Molhe Norte da barra da Ria e do Porto de Aveiro», sublinhou a autarquia ilhavense.

Dia Mundial da Sida - 1 de dezembro


E lá foi o Gonçalo com a sua felicidade na mão
Maria Donzília Almeida 


Hoje, 1 de Dezembro, comemora-se o Dia Mundial da SIDA, que tem por finalidade sensibilizar e chamar a atenção das pessoas para esta calamidade. O VIH é o vírus da imunodeficiência humana, um vírus que ataca e destrói as células do sistema imunitário do nosso organismo. Quando se diz que alguém está infectado com VIH, isso significa que tem o vírus no seu organismo; quando essa pessoa passa a ter manifestações da SIDA, significa que as defesas do seu organismo estão demasiado enfraquecidas para “combater” as infeções que, normalmente, seriam debeladas sem dificuldade. 
O dia 1 de dezembro foi internacionalmente instituído como o Dia Mundial de Combate à Aids. É neste dia que há uma consciencialização sobre essa doença. E o mundo une esforços para o seu combate. Desde o final dos anos 80, este dia vigora no calendário de milhares de pessoas por todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no final de 2007, 33 milhões de pessoas conviviam com o vírus do HIV no planeta, e diariamente surgem 7 500 novos casos. Esta epidemia, embora tenha iniciado no final do século XX, pode afirmar-se, com razão, que foi o mal do século.

1.º de dezembro, um feriado a eliminar...

Celebra-se este ano, provavelmente pela última vez, de forma oficial, o dia da restauração de Portugal. Segundo rezam as crónicas, o 1.º de dezembro vai ser um dos quatro feriados a extinguir. Os feriados, que poucos portugueses mobilizam para comemorações condignas, são, fundamentalmente, dias de descanso e de lazer. Quando muito, levam alguns a pensar nas razões que os justificaram. E já não é muito mau. Contudo, sabe-se que a nossa juventude está a leste dessas histórias de vivência que os nossos antepassados protagonizaram.
Quanto ao 1.º de dezembro, que se evoca como dia da libertação do jugo espanhol, com a entrega da coroa ao duque de Bragança e futuro D. João IV, ele significou, em especial, um gesto de amor pátrio e de consciência cívica do nosso povo. Haverá outras leituras, mas a ideia que ficou, entre o povo, resume-se à noção da reconquista da nossa independência.
Confesso que tenho dúvidas sobre os feriados que podiam ser eliminados. Alguns dias santos, de certo modo equiparados a feriados, poderão celebrar-se aos domingos. De resto, parece-me mal atirar para o saco do esquecimento certas datas tão marcantes da nossa vida cívica, como é o caso do 1.º de dezembro. Além do mais, uns dias de folga sabem sempre bem, embora as pontes que suscitam provoquem quebras na produção de algumas empresas, sobretudo numa fase difícil da economia nacional e até internacional.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O mundo não seria o mesmo sem mulheres


Todos os dias recebo inúmeros e-mails, uns lindíssimos, inspirados, poéticos e outros banalíssimos, rascas, ofensivos, estúpidos. Alguns cheios de verdade e oportunos e outros carregados de mentiras, forjados no maldizer, sem nexo. Hoje mostro apenas um breve quadro de um e-mail com um trabalho dedicado às mulheres, sem as quais o mundo seria uma seca, sem sentido. Aliás, sem as mulheres o mundo nem sequer poderia existir.

Papa apela ao fim da pena de morte





«Bento XVI lançou hoje um apelo aos países de todo o mundo para que promovam iniciativas “legislativas e políticas” com o objetivo de “eliminar a pena de morte”.
O Papa falava no Vaticano, durante a audiência pública desta semana, na qual saudou delegações de várias nações reunidas a convite da comunidade católica de Santo Egídio na iniciativa contra a pena capital intitulada ‘No Justice without Life’ (Não há justiça sem vida).
“Espero que as vossas deliberações encorajem as iniciativas legislativas e políticas que estão a ser promovidas num número crescente de países para eliminar a pena de morte e continuar o progresso substancial feito para tornar a lei penal conforme à dignidade humana dos prisioneiros e à manutenção efetiva da ordem pública”, disse, em inglês.»

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HÁ PESSOAS A QUEM CORTAM AS ASAS


O cortejo dos excluídos

Depois da revolução, falava-se, a torto e a direito, dos que foram retirados dos seus lugares de trabalho e “postos na prateleira”. Muitos deles eram gente ainda nova, competente e séria, considerada perigosa por não acertar, ideologicamente, com os novos senhores do poder. Para além da destruição de pessoas, um mal irreparável por qualquer preço, logo se viu um manifesto prejuízo, na maioria dos casos, da qualidade dos serviços, agora nas mãos dos comparsas, incompetentes, mas fiéis.
O mal de então pegou-se ao tempo e o cortejo dos excluídos continua. Há dias, pessoa válida, competente e generosa dizia-me, sem saber porquê, que a retiraram do seu lugar, sem lhe ser dada uma razão, a mantiveram um ano a olhar para o céu e a mandaram, agora, para onde não faz falta, nem sabe que fazer. É uma pessoa adulta, não aposentada, estimada por quem a conhecia e com ela lidava, a quem todos reconheciam valor, pelo seu porte e acção… Não é caso único. Que mundo este, com tão grande vocação para o desperdício!... Há excluídos que não se resignam e furam. Há outros a quem cortam as asas e limitam o campo. Quem vai responder por esta morte de pessoas e empobrecimento da sociedade, onde todos fazem falta?

António Marcelino



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