domingo, 2 de outubro de 2011

Hóquei em Patins: Portugal em terceiro lugar no campeonato do mundo





A selecção nacional de Hóquei em Patins ficou em terceiro lugar no campeonato do mundo que se realizou na Argentina. Ficou com o Bronze, a Argentina com a Prata e a Espanha com o Ouro. Pelo que ouvi, fomos escandalosamente arredados da final por uma má arbitragem. Já não ganhamos este campeonato há muito tempo. Também, tanto quanto vou percebendo, o futebol destronou os demais desportos, sobretudo o Hóquei de que fomos mestres no mundo. Não há grandes espaços para mais nada. As notícias do Hóquei restringem-se a uns cantinhos numa qualquer página menos nobre de jornal. 
A minha geração pode lá esquecer Jesus Correia e muitos outros craques que brincavam com o stique e com a bola em cima de patins, e os relatos emocionados de Artur Agostinho e Amadeu José de Freitas!

No DN

Uma reflexão para este domingo


CUIDAR DA VINHA. É A NOSSA VEZ!
Georgino Rocha


Finalmente, nossa! – declaram, alegres e triunfantes, os vinhateiros. A herança, que tanto ansiámos e tanto trabalho nos deu, é nossa. Valeu a pena. Tudo ultrapassámos. Estão neutralizados ou liquidados os enviados do dono para receberem a colheita. Acabamos de dar a morte ao próprio filho. Conseguimos a vinha, apesar de ficarmos com as mãos cheias de sangue. Afirmámos a nossa determinação e rasgámos o contrato. Ouvimos palavras duras, mas escutámos a razão emotiva que clamava pela posse da terra e dos seus produtos. Finalmente livres de quem se aproveita do nosso trabalho!

O dono da vinha dá-lhes tempo para serem razoáveis. Aumenta, não apenas o número de enviados, mas a sua representatividade. O filho, herdeiro por natureza e por lai, entra em acção. Tudo em vão. Resolve, então, enfrentar os arrendatários usurpadores. E aplica -lhes uma sentença “sem piedade”, cruel.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 257


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 40


... E O GALO! 

Caríssima/o:

Há dias assim...

Como em todos os outros, a capoeira andava no meio da estrada: galinhas, pintos amarelinhos e o galo! Lampeiros e a aproveitar uma ou outra folha de couve caídas do carro de vacas que passou há momentos. Mas a algazarra cresceu de tom quando a espiga lhes saiu na rifa... Atiraram-se todos à uma... os pintainhos assustados piavam... 

De repente, surge o ciclista apressado, azougado... 
À sua passagem deixa um rasto de destruição e de morte. Sem exagero: jazia morto, com o pescoço estrangulado, o galo degolado! 

Que fazer? 
Com a velocidade que levava, nem se aperceberia da tragédia não fora a calma e o silêncio que, de repente, o envolveram. Parou. Só então viu o que acontecera: o galo meteu o pescoço na roda traseira e os raios fizeram o resto. 

Ali estava o resultado... Pegou com a mão direita no galo e com a esquerda na cabeça e só uma pergunta: De quem seria? 
- Não importa... O galo não devia andar na estrada... Leve-o que não ganhou para o susto...
Leve-o...
Perto morava um sapateiro com graves problemas de saúde...
Agradeceu e bem lhe soube ...
Isto foi nos primeiros dias de Outubro de 1958! Em plena rua de Padre Américo.

Manuel

sábado, 1 de outubro de 2011

Um poema para este sábado




A dor mente


A minha dormência anda acordada de dia e de noite
tem dias em que nem o chão me sente
tem pernas em que nem sinto as horas
o corpo todo foi parar a um formigueiro e anda todo a trabalhar por mim
sou feliz à vossa semelhança
a doença tem dias
a doença tem os meus dias
acordo cansado como se o dia tivesse sido ontem
disseram-me que ia acabar numa cadeira de rodas
mas ontem andei contra a maré e ainda tinha pé
eu tenho esclerose múltipla
mas não a tenho todos os dias porque sou muito atarefado e tenho que fazer outras coisas
também
tenho que ser outras coisas também
outras coisas também
sou outras coisas também
somos outras coisas também
somos tudo também
o meu sistema anda nervoso à conta disto
mas o teu carinho cura-me
e o amor não tem remédio
tenho falta de equilíbrio
mas ainda hei-de fugir com o circo e caminhar num arame onde há espaço para todos
vê onde pões os pés que há um grande caminho para fazer
não sinto quando me tocas mas amo-te
mesmo sem mãos
mesmo sem dedos
mesmo sem pés
mesmo sem cara
mas com tudo o resto
tenho tudo
tenho tudo o resto
fica comigo que eu prometo que vou fazer tudo para te sentir para sempre

João Negreiros

Sugestão de leitura do caderno Economia do EXPRESSO

Um texto para Pais e Educadores



Sobre a Frustração
Inês Teotónio Pereira


As crianças, por definição, acham que podem fazer o que querem. Eles nascem assim: se têm fome, têm de comer já, se têm sono, têm de dormir imediatamente, se querem brincar com a chave do carro que está em cima da prateleira de vidrinhos, têm de trepar a prateleira de vidrinhos. É assim que funciona a sua cabecinha e elas não acham concebível que o mundo funcione de outra maneira. Muitas vezes, quando os pais se apercebem que em vez de filhos estão a criar monstrinhos, já é tarde de mais: eles já não aceitam um “não” como resposta, choram mais do que falam e gritam mais do que riem. 

Bento XVI:«... não há nada a dizer quando a manifestação se exprime de modo civilizado»



O Papa alemão na Alemanha
Anselmo Borges

A relação com a religião na Alemanha é diferente. Por exemplo, nas universidades públicas, há Faculdades de Teologia (católica e protestante), com o mesmo estatuto das outras faculdades, e é natural a religião e o seu debate estarem no espaço público.
Percebe-se, assim, por exemplo, o apelo de Angela Merkel à união dos cristãos frente ao abandono da religião: "A religião é a base sobre a qual eu e muitos outros contemporâneos contemplamos a dignidade sagrada do ser humano. Vemo-nos como a criação de Deus, e isso guia as nossas acções políticas." A visita do Papa fará lembrar as raízes cristãs da Alemanha e da Europa. E, filha de um pastor protestante, rezou e cantou na missa celebrada pelo Papa em Berlim.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A propósito de uma afirmação do Cardeal Patriarca de Lisboa sobre os políticos

Bagão Félix, com oportunidade
"Sou católico apostólico romano. Activamente. E tenho respeito e consideração por D. José Policarpo. Mas fiquei estupefacto com a afirmação, surpreendente, injusta e perigosa. Surpreendente, vinda de quem bem sabe sopesar as palavras para exprimir fielmente o seu estruturado pensamento.
Injusta, tratando como igual o que é diferente. Na coisa pública, como no trabalho, na empresa, até na Igreja, há bons e maus exemplos. Reconheço que o maior escrutínio exercido sobre os políticos se justifica, pois actuam em nome e com os recursos do povo. Mas, se há quem tenha enriquecido através da política, há também quem tenha empobrecido. Se há quem seja pouco sério, há também quem se dedique com probidade absoluta. Se há quem trafique poderes, há também quem actue virtuosamente com a integralidade do carácter.

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