DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 40
... E O GALO!
Há dias assim...
Como em todos os outros, a capoeira andava no meio da estrada: galinhas, pintos amarelinhos e o galo! Lampeiros e a aproveitar uma ou outra folha de couve caídas do carro de vacas que passou há momentos. Mas a algazarra cresceu de tom quando a espiga lhes saiu na rifa... Atiraram-se todos à uma... os pintainhos assustados piavam...
De repente, surge o ciclista apressado, azougado...
À sua passagem deixa um rasto de destruição e de morte. Sem exagero: jazia morto, com o pescoço estrangulado, o galo degolado!
Que fazer?
Com a velocidade que levava, nem se aperceberia da tragédia não fora a calma e o silêncio que, de repente, o envolveram. Parou. Só então viu o que acontecera: o galo meteu o pescoço na roda traseira e os raios fizeram o resto.
Ali estava o resultado... Pegou com a mão direita no galo e com a esquerda na cabeça e só uma pergunta: De quem seria?
- Não importa... O galo não devia andar na estrada... Leve-o que não ganhou para o susto...
Leve-o...
Perto morava um sapateiro com graves problemas de saúde...
Agradeceu e bem lhe soube ...
Perto morava um sapateiro com graves problemas de saúde...
Agradeceu e bem lhe soube ...
Isto foi nos primeiros dias de Outubro de 1958! Em plena rua de Padre Américo.
Manuel
Manuel