segunda-feira, 17 de abril de 2006

DESAFIO DA PROXIMIDADE

Padre Lino Maia,
Presidente da CNIS,
propõe vivência de proximidade
1. Estar perto, a pouca distância no tempo, no espaço ou nas relações de parentesco, de alguém ou de alguma coisa é estar próximo. E alimentar essa capacidade e vontade de estar próximo é uma douta forma de vivência de proximidade. E, neste mundo globalizado, as pessoas mostram-se particularmente disponíveis para ouvir falar de "proximidade".
Não apenas por uma questão de moda, como também, ou sobretudo, por uma questão de sobrevivência na convivência...
Mas será a lei da proximidade a suprema e universal norma? O povo, que muitas vezes até parece ter razão, costuma dizer que "nem tão perto que se abafe, nem tão longe que não se aviste".
E é uma sabedoria popular com evidente consistência. É que, nem sempre a proximidade no tempo, no espaço ou no afecto será a melhor opção para uma boa e eficaz filosofia de acção ou de reacção.
É que a proximidade no afecto muitas vezes ofusca a razão. Porque, como também diz o pensador, o coração tem razões que a razão desconhece.
E a proximidade no espaço não raramente perturba a noção da real dimensão. Porque quem está demasiadamente próximo tem dificuldade em abraçar o que algum distanciamento permitirá abarcar.
E a proximidade no tempo, muito frequentemente, favorece a agitação e faz diminuir a capacidade de discernimento. Porque a leitura dum acontecimento, em cima dele mesmo, será parcial e muito provavelmente mais apaixonada do que isenta.
Por tudo isso e, provavelmente, algo mais, em algumas situações, aconselhará a boa prudência um circunstancial e estratégico distanciamento.
Para evitar alguma precipitação, eventual asfixia, provável mau juízo ou sinuosidade de percurso...
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Basílica de São Pedro: 500º aniversário

Bento XVI apela aos fiéis para que sejam as pedras vivas da Igreja Católica O Papa Bento XVI apelou hoje aos fiéis para que sejam "as pedras vivas" da construção da Igreja Católica, por ocasião do 500º aniversário da fundação da Basílica de São Pedro em Roma. Bento XVI, que presidiu às cerimónias a partir de Castel Grandolfo, disse que gostaria de viver com todos a "alegria do aniversário muito significativo da colocação, a 18 de Abril de 1506, da primeira pedra da nova basílica de São Pedro, que todo o mundo admira pela harmonia das suas formas".
"Quero lembrar com gratidão os soberanos pontífices que trabalharam para que esta obra extraordinária se erguesse, por cima do túmulo de Pedro. Quero expressar toda a minha admiração pelos artistas que contribuíram com o seu génio para a edificar e embelezar e por todos os que participaram na conservação desta obra de arte e de fé".
"Neste feliz aniversário, desejo que todos os católicos sejam ‘pedras vivas’ para a construção da Santa Igreja", concluiu.
A basílica actual foi erigida sobre uma outra construída no século IV por Constantino, imperador romano que foi um forte defensor do cristianismo.
Foram precisos 120 anos e uma sucessão de dez arquitectos – entre eles Donato Bramante, responsável pelo projecto inicial, e Miguel Ângelo, que desenhou a cúpula com 120 metros - para a nova basílica ser consagrada, em 1626, pelo Papa Urbano VIII.
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Fonte: "Público on-line"

Presidente da Câmara de Ílhavo fala ao Diário de Aveiro

«Não sou
uma pessoa
de consenso» A primeira frase de Ribau Esteves durante a entrevista do Diário de Aveiro é uma espécie de cartão de visita do autarca social-democrata: «Não sou uma pessoa de consenso». O líder do município de Ílhavo faz o ponto da situação de várias obras que decorrem no concelho, dando conta de outras que quer ver concluídas durante este mandato
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Durante a recente apresentação do Plano Estratégico do Porto de Aveiro, foi praticamente o único a quebrar o consenso em torno da qualidade do documento. Porquê?
Não sou uma pessoa de consenso, mas de ter opinião e de a partilhar com quem de direito. O que fiz foi referenciar a importância do Plano e a sua qualidade. Fui só eu a fazer notas de diferença, porque só eu abordei esse tipo de temática a dois níveis: nós não queremos um porto em si próprio, como zona industrial e logística, mas queremos que seja uma peça muito importante de uma plataforma de actividades logísticas e industriais. Ou seja, que além da área do porto faça um jogo de gestão com as áreas de localização industriais e logísticas pelo menos dos municípios que integram a Grande Área Metropolitana de Aveiro e a Associação de Municípios da Ria. É, no fundo, fazer com que o porto seja uma peça da co-gestão do desenvolvimento regional.
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Nessa altura levantou ainda questões de menor relevância…
Sim, mas que têm uma importância grande para o porto, no seu carácter único, e que o Plano Estratégico nem sequer as referencia. São três: a pesca (único no país com pesca artesanal, costeira e longínqua, e unidades transformadoras do pescado); a Ria de Aveiro (que nunca é referida) e a gestão das áreas não portuárias (Jardim Oudinot, Forte da Barra e a Praia Velha).
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(Para ler toda a entrevista, clique aqui)

domingo, 16 de abril de 2006

Mensagem de Páscoa de Bento XVI

Ressurreição: força de vida, de paz e de liberdade
Queridos irmãos e irmãs! Christus resurrexit! – Cristo ressuscitou! A grande Vigília desta noite fez-nos reviver o acontecimento decisivo e sempre actual da Ressurreição, mistério central da fé cristã. Círios pascais sem conta foram acesos nas igrejas para simbolizar a luz de Cristo que iluminou e ilumina a humanidade, vencendo para sempre as trevas do pecado e do mal. E, no dia de hoje, ressoam fortes as palavras que deixaram estupefactas as mulheres que, na manhã do primeiro dia depois do sábado, tinham ido ao sepulcro, onde o corpo de Cristo, descido às pressas da cruz, fora depositado. Tristes e desoladas pela perda do seu Mestre, tinham encontrado a grande pedra rolada para o lado e, entrando, viram que o seu corpo já não estava lá. Enquanto ali se encontravam incertas e desorientadas, dois homens com vestes resplandecentes surpreenderam-nas dizendo: «Por que motivo procurais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui; ressuscitou!» (Lc 24, 5-6). «Non est hic, sed resurrexit» (Lc 24, 6). Desde aquela manhã, tais palavras não cessam de ressoar pelo universo como um anúncio de alegria que atravessa os séculos imutável e simultaneamente cheio de infinitas e sempre novas ressonâncias.
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(Para ler toda a mensagem, clique aqui)

Um poema de João de Deus

Minha mãe, quem é aquele? Minha mãe, quem é aquele Pregado naquela cruz? – Aquele, filho, é Jesus… É a santa imagem d’Ele. – E quem é Jesus? – É Deus! – E quem é Deus? – Quem nos cria, Quem nos manda a luz do dia E fez a terra e os céus, E veio ensinar à gente Que todos somos irmãos E devemos dar as mãos Uns aos outros, irmãmente: Todo amor, todo bondade! – E morreu? – Para mostrar Que a gente, pela verdade, Se deve deixar matar.

Um texto do Padre Manuel Bernardes (1644 - 1710)

Espelho de Deus: As flores
Entre todas as naturezas insensíveis, as flores parece que com mais expressos acenos estão forcejando por remedar a formosura do seu Autor. A rosa, desatando do nó verde sua rubicunda pompa, amanhece dizendo-me: “Oh! como nosso Deus é suave e engraçado!” A açucena responde da outra parte: “Oh! como é cândido e puro!” E os lírios, com seu azul finíssimos, parece estão gritando: “Oh! céu, oh! alturas!” A variedade delas é tanta, que não sei onde havia tesouro de tão diferentes ideias, que as desenhasse: e, quando cuidamos, pelo que de uma região conhecemos que poucas mais haverá nas outras, aparecem novos exércitos da florida Primavera, segundo são novos os climas e terrenos, que se descobrem. Em umas o feitio é tão esquisito, que parece que seu Artífice estava então curioso e aplicado. Em outras diríeis que se valeu do pincel, segundo as salpicou de vários matizes. Outras vão lavrando pela terra tão emboscadas, que, primeiro que a sua cor, as descobre a sua fragrância. Em todas estão depositadas particulares virtudes para vários efeitos, os quais conhece quem sabe ler o letreiro da sua assinatura, que o Criador escreveu em cada espécie, por modo oculto, mas verdadeiro. Em nenhuma podem os maiores sábios do Mundo emendar coisa alguma, ou achar que lhe sobra ou falta parte necessária para a sua espécie. : In Luz e Calor

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

A Páscoa
do mundo: não à opressão e à morte O famoso filósofo Fichte tem um texto com perguntas que todo homem, minimamente atento à vida, alguma vez fez, pois são perguntas que ele transporta consigo, melhor, que ele é. O filósofo alemão escreveu que o ser humano não deixará facilmente de resistir a uma vida que consista em "eu comer e beber para apenas logo a seguir voltar a ter fome e sede e poder de novo comer e beber até que se abra debaixo dos meus pés o sepulcro que me devore e seja eu próprio alimento que brota do solo"; como poderei aceitar a ideia de que tudo gira à volta de "gerar seres semelhantes a mim para que também eles comam e bebam e morram e deixem atrás de si outros seres que façam o mesmo que eu fiz? Para quê este círculo que gira sem cessar à volta de si?... Para quê este horror, que incessantemente se devora a si mesmo, para de novo poder gerar-se, gerando-se, para poder de novo devorar-se?"
Também Ernst Bloch, o filósofo ateu religioso, escreveu que o homem nunca há-de contentar-se com o cadáver.
Há aquelas perguntas infinitas: Quem sou? Para onde vou? Onde estarei quando cá já não estiver? E o dramático é que, por um lado, a vida depois da morte é completamente não figurável - para lá do espaço e do tempo, não é possível qualquer representação. Nunca poderei dizer: morri, estou morto - serão outros a dar a notícia.
Por outro lado, é insuportável acabar, andar, na vida, de sentido em sentido e, no fim, afundar-se no nada - não ir para lado nenhum. Sendo o homem "alguém", quem afirma o nada no termo vê-se confrontado com a pergunta: como se passa de "alguém" a "ninguém"? Como conceber uma consciência morta? Afinal, o que era antes de morrer? Se tudo desembocasse no nada, qual seria a distinção entre bem e mal, honestidade e desonestidade, honradez e mentira, verdade e falsidade, já que no fim tudo se afundaria no nada e tudo seria o mesmo: precisamente nada?
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