domingo, 19 de maio de 2019

Figueira da Foz e Manuel Fernandes Thomaz





O viajante que passa pela Figueira da Foz não pode deixar de se encontrar com um herói, Manuel Fernandes Thomaz, que está sepultado junto ao monumento que lhe foi dedicado. É o que faço quando lá vou.

Dia Mundial do Médico de Família - 19 de maio

.

Celebra-se hoje, 19 de maio, o Dia Mundial do Médico de Família, com o objetivo de promover a importância dos cuidados de saúde a cada pessoa e sua família, valorizando o papel do referido médico no bem-estar do agregado familiar.
Esta celebração foi criada em 2010 pela Academies and Academic Associations of General Practitioners/Family Physicians, que reconheceu a mais-valia que representa a existência do médico no acompanhamento da pessoa, seja ela qual for, durante 20 ou 30 anos, ou mais, desde a infância à idade adulta e na velhice. Diz-se, nas notas que li no Google, que «mais do que um médico de doenças, é um médico de prevenção», gerindo «questões médícas, psicológicas e económicas».
Não sou dos que contestam os médicos de família e o nosso Sistema Nacional de Saúde (SNS), que considero realmente muito útil, embora saiba que nada neste mundo é perfeito. Pessoalmente, posso garantir que tantos os médicos como os enfermeiros e demais funcionários do SNS que frequento me acolhem com delicadeza, competência  e simpatia.

FM

Ares da Primavera


O sol convidou-me esta manhã a saborear a luminosidade deste domingo. No quintal, olhei o colorido das flores e nelas vi a apetecida primavera há tanto esperada. De bom grado as ofereço a quem visitar o meu blogue em que navego há quase 15 anos. 
Bom domingo para todos.

Anselmo Borges — MOTU PROPRIO ANTI-ABUSOS

Anselmo Borges


1. Muitas vezes me tenho referido aqui, e não só aqui, à tragédia da pedofilia na Igreja. Foram milhares de menores e adultos vulneráveis que foram abusados. Mesmo sabendo que o número de pedófilos é muito superior na família e noutras instituições, a gravidade da situação na Igreja é mais dramática. Por várias razões: as pessoas confiavam na Igreja quase sem condições, o que significa que houve uma traição a essa confiança, e o clero e os religiosos têm responsabilidades especiais. O mais execrável: abusou-se e, a seguir, ameaçou-se as crianças para que mantivessem silêncio, pois, de outro modo, cometiam pecado e até poderiam ir para o inferno. Isto é monstruoso, o cume da perversão. E houve bispos, superiores maiores, cardeais, que encobriram, pois preferiram salvaguardar a instituição Igreja, quando a sua obrigação é proteger as pessoas, mais ainda quando as vítimas são crianças. O Papa Francisco chamou a esta situação “abusos sexuais, de poder e de consciência”. Também diz, com razão, que a base é o “clericalismo”, julgar-se numa situação de superioridade sagrada e, por isso, intocável. Neste abismo, onde é que está a superioridade do exemplo, a única que é legítimo reclamar?
Felizmente, há hoje um alerta da opinião pública e, por isso, Francisco, em vez de condenar ou atribuir outras intenções aos meios de comunicação social, agradece, pois foi o meio para que também a Igreja acordasse do seu sono sacrílego.
E, aí, Francisco tomou uma iniciativa inédita e histórica, convocando uma Cimeira para o Vaticano, de 21 a 24 de Fevereiro passado. Foi uma Cimeira com 190 participantes, entre os quais 114 Presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, bispos representando as Igrejas católicas orientais, alguns membros da Cúria, representantes dos superiores e das superioras gerais de ordens e congregações religiosas, alguns peritos e leigos.
O Papa queria, em primeiro lugar, que se tomasse consciência da situação e do sofrimento incomensurável causado, que fica para a vida. E que se tomasse medidas concretas, de tal modo que se pudesse constatar um antes e um depois desta Cimeira verdadeiramente global e representativa da Igreja universal e nos seus vários níveis. Os três dias estiveram sob o lema tríplice: “responsabilidade”, “prestação de contas”, “transparência”. O Papa quer — não se trata de mero desejo — implantar “tolerância zero”.

sábado, 18 de maio de 2019

Um país de comendadores

Cabeleireiro cuida de um sem-abrigo (rede global)

Em artigo publicado no PÚBLICO de hoje, assinado por Ana Sá Lopes, Leonete Botelho e Helena Pereira, lê-se, em título, que “Em 45 anos, cinco Presidentes entregaram 9477 comendas”. É obra!
Realmente, somos um país de comendadores, num território pequeno com história grande, com cerca de uns 10 milhões de habitantes. Sem contar, claro, com outras distinções de menor importância que não dão direito ao pomposo tratamento de comendador disto e daquilo.
Eu não sei ao certo como é que é possível escolher os candidatos, a não ser por grandes e indiscutíveis feitos de extraordinário valor nacional, em prol do povo e do país. O que se sabe é que, por este andar, qualquer dia tem de se montar mais um negócio para satisfazer a voracidade generosa dos nossos presidentes, em matéria de condecorações, por isso e por aquilo. Depois, como se está a ver, a muitos são retiradas as comendas por comportamentos incompatíveis com a dignidade que as mesmas impõem.
Em conclusão, seria bom que os nossos presidentes pensassem  se vale a pena andar a premiar quem, no fundo, apenas cumpriu o seu dever cívico, cultural, ou social. Mais de 200 condecorações por ano é mesmo muita condecoração. Normalmente, ficam de fora muitos que, no dia a dia, são altamente dedicados a quem sofre, a quem vive na solidão ou no desespero do abandono. 
Abstenho-me de ilustrar  este meu modesto texto com figuras condecoradas que desonraram a ética e ofenderam a sociedade sem vergonha.

Dia Internacional dos Museus

Faina Maior (MMI)
Casa Gafanhoa

Túmulo de Santa Joana, no Museu de Aveiro

Celebra-se hoje, 18 de maio, o Dia Internacional dos Museus, não só para nos acordar para a sua existência, mas sobretudo para os poderemos visitar, já que muitos, ou todos, se apresentam com dia aberto e até com programações  festivas. Esta celebração é feita desde o dia 18 de maio de 1977, por proposta do ICOM –  Conselho Internacional de Museus.
Penso que todos ganharíamos muito se hoje fôssemos visitar pelo menos um museu. Os mais velhos, para manterem aberto o espírito às memórias do passado, quantas vezes longínquo, e os mais novos, para olharem para a vida e obra dos nossos antepassados. Há em cada canto um museu e todos são arcas de conhecimento à nossa disposição. Passe por um deles e verá como é bom apreciar a arte, os usos e costumes, os artefatos, o pensar e o viver dos que nos antecederam. Mas também dos que, nos nossos dias, criam obra que vale a pena admirar.

F.M.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Georgino Rocha: A glória de quem ama até ao fim


Georgino Rocha

Jesus vive intensamente a ceia de despedida que realiza com os discípulos, antes de livremente iniciar o processo que o leva à morte por crucificação. João, o discípulo amado e apóstolo narrador, descreve episódios únicos que nos podem aproximar dessa intensidade e ajudar a desvendar o “mundo íntimo” do Mestre disposto a amar até ao fim. Aconteça o que acontecer. Um destes episódios é o lava-pés, gesto familiar de quem vive para servir nas condições mais humildes e da forma mais pronta; gesto que Jesus explica dando-lhe o alcance pretendido: “Entendestes o que vos fiz? Sereis felizes se o puserdes em prática”.
Durante a ceia, Jesus comove-se profundamente, diz frases e faz gestos que lançam a inquietação nos comensais, incluindo Judas a quem chama amigo e exorta-o a fazer o que tinha planeado. Este obedecendo prontamente, toma o bocado do pão que estava a ser distribuído por Jesus e sai imediatamente. “Era noite” anota João, o evangelista, deixando em aberto a pluralidade de sentidos desta observação. A pressa e a noite deixam perceber o seu mundo interior, em que se cruzarão sentimentos opostos: As experiências felizes ocorridas na companhia de Jesus e a “pressão” do compromisso assumido perante os responsáveis “moíam e remoíam” na memória do seu coração. (Jo 13, 31-33a. 34-35)
Jesus, como havia feito após o lava-pés, dá largas ao que sente e dirige-se, antes de mais, a Deus que vê glorificado nesta hora, início de um longo processo de humilhações que culmina no Calvário. “O Evangelho mostra em estreita relação a saída de Judas do espaço comunitário e a glorificação de Jesus. O gesto da traição… é visto por Jesus no contexto da sua história com o Pai e, portanto, como sinal da sua glorificação. Mas é claro que a hora da sua glorificação não é suscitada por Judas com o seu gesto, mas pelo amor de Jesus que amou os seus até ao fim”. (Manicardi, comentário, p. 84)
Jesus liberta o coração e faz uma declaração que é louvor, garantia e mandamento. Louvor porque chegou a hora de ser glorificado, garantia de que o Pai também o será sem demora e mandamento de amor entre os discípulos. Liberta o coração e faz um belo ensinamento que nos deixa como credencial de que o seguimos fielmente.
As palavras de Jesus, uma espécie de cântico de alegria, atestam a boa consciência de Jesus que permanece sempre no amor mesmo quando tinha na mente a traição. E com a traição tudo o que se seguiria até à morte por crucificação no Calvário, morte vivida em total amor confiante.

Medalha de Ouro para aluno da Secundária da Gafanha da Nazaré




Gabriel Rouxinol ganha Medalha de Ouro nas Olimpíadas de Física, na Universidade de Coimbra, no passado dia 4 de maio. Aluno do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré, Gabriel merece os nossos parabéns pelo prémio alcançado, parabéns que são, naturalmente, extensivos aos seus professores que, de forma extremamente dedicada, acompanharam os alunos naquela competição.
Os meus parabéns a todos.

Fonte: Jornal Timoneiro. Foto da Rádio Terra Nova

Feira do Livro em Aveiro: Homenagem a Sophia

Mercado Manuel Firmino 
24 de maio a 10 de junho
 Segunda a Sexta-feira, das 15 às 23 horas
Sábados, domingos e feriados, das 10 às 23 horas

 


Partindo do mote “Metade da minha alma é feita de maresia”, a 44.ª edição da Feira do Livro celebrará o centenário do aniversário de Sophia de Mello Breyner Andresen e o mar que tantas vezes a inspirou.
Com um programa constituído por lançamentos de livros, conversas com escritores e tertúlias, procura-se realizar um evento literário de referência na Região de Aveiro.
Prevê ainda a realização de diversas atividades na área da música, do teatro e criação de dias temáticos:

Dia do Livro Infantil
Dia do Autor da Região de Aveiro
Dia da Saúde e Bem-estar
Dia da Poesia

 Fonte: CMA

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Faz sentido ler o que pensa Álvaro Garrido

Álvaro Garrido no Museu de Ílhavo (Foto do meu arquivo)

Na senda de grandes entrevistas a outros tantos grandes historiadores, a revista bimestral “JN HISTÓRIA” publica, no seu número 18, editado em fevereiro, uma desenvolvida entrevista a Álvaro Garrido, assessor do Museu Marítimo de Ílhavo. “O esquecimento parece predominar sobre a memória”, ao lado da foto do entrevistado, é a expressão que nos desafia a conhecer mais e melhor Álvaro Garrido, professor da Universidade de Coimbra. E ainda antes das perguntas e respostas, Pedro Olavo Simões, o entrevistador e Coordenador Editorial da revista, afirma, como mais um desafio à leitura, «que faz sentido, neste momento social e político, ler o que pensa Álvaro Garrido, não só uma referência maior da história marítima, mas um profundo conhecedor do corporativismo do Estado Novo e da economia social».
O entrevistado, que foi diretor do MMI entre 2003 e 2009, passando depois a consultor, respondeu às questões que lhe foram colocadas com clareza e saber, preenchendo 18 páginas de texto e fotos, que são razão mais do que suficiente para tomarmos conhecimento dos meandros do salazarismo, em que é especialista qualificado. «Parece-me que a sociedade portuguesa foi bem domesticada pelo Estado Novo», não porque «a longevidade do regime permitiu essa domesticação silenciosa, mas porque a herança foi muito pesada».
Álvaro Garrido diz-se «muito preocupado» com a «deriva populista a que nós assistimos na Europa e no mundo» e afirma que «é um desconserto político, para o mundo, a eleição de uma figura com Donald Trump». E sobre a pesca do bacalhau, afiança que «Havia uma dimensão dramática, cruel, do trabalho humano da frota bacalhoeira portuguesa».
Referindo-se ao seu trabalho no Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), garante: «Enriqueceu a minha perspetiva, acrescentou conhecimento e fez-me mais e melhor historiador, na medida em que percebi processos menos abstratos, menos instituídos, que os historiadores, no campo académico, podem ter mais dificuldades em perceber.» Frisa que foi gratificante o trabalho no MMI, «muito racional e muito planeado», só possível «devido a uma visão institucional, política também, de qualificação do museu».
Reconhece, entretanto, que tem havido «um grande progresso no modo como as autarquias encaram a cultura e o património, apesar de algumas ineficiências e opções erradas». E adiantou: «No caso do município de Ílhavo (…), houve uma sensibilidade muito clara relativamente ao papel que o museu marítimo municipal podia ter no desenvolvimento local e regional e no país, enquanto instituição promotora de cultura do mar.»
Álvaro Garrido considera-se mais de Coimbra do que da sua terra natal, Beduído. Diz que gosta muito de Estarreja, onde tem familiares e amigos, e aprecia a Torreira, «um lugar onde garantidamente se apanha frio e vento, mas onde é muito agradável estar», razão por que a considera o seu «lugar de descanso».
Em jeito de síntese, Pedro Olavo Simões traça o perfil do historiador e professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, mas também assessor do MMI — O homem do mar com alma agrária [a sua grande paixão era a agronomia] —, sublinhando: «não é possível conhecer a história marítima contemporânea de Portugal, particularmente durante o Estado Novo, sem esbarrar sucessivamente no trabalho de Álvaro Garrido.»
Salienta, entretanto, que o rumo do mar e o setor bacalhoeiro durante o Estado Novo lhe foram sugeridos pelo grande historiador Joaquim Romero Magalhães, recentemente falecido, que «foi seu orientador da dissertação de doutoramento». Afirma que se trata de um «autor especialmente prolífico», com «vasta obra publicada em torno das suas áreas de interesse», que me dispenso de citar pela sua extensão. E já agora, permitam-me que revele um dos seus sonhos: «ver o Sporting campeão.»

Fernando Martins

"O Sonho do Mar" de Maria Gabriel no MMI


Museu Marítimo de Ílhavo 
18 maio, 
sábado, 16:30



«O trabalho artístico de Maria Gabriel deixou marcas indeléveis no modo como a pintura portuguesa representou os grandes temas da cultura do mar nas últimas décadas do século XX. Ao organizar uma exposição antológica da obra artística de Maria Gabriel que mais se relaciona com o mar, o Museu Marítimo de Ílhavo reafirma a sua vocação cultural e procura enriquecer as suas coleções. Neste conjunto criterioso de obras, na figuração simbolista que transmitem e no cromatismo inconfundível que lhes é comum, pode o público encontrar novos sentidos de maritimidade, uma poética do mar português, hoje e sempre universal.»


Exposição integrada nas comemorações do Dia Internacional dos Museus 2019
Exposição patente até 30 de setembro de 2019

Fonte: MMI

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Dia Internacional da Família para um mundo mais fraterno

Família numerosa (rede global)

O Dia Internacional da Família celebra-se a 15 de maio de cada ano. A data foi escolhida pela Assembleia Geral da ONU e é comemorado desde 1994. Pretende-se com este dia sublinhar a importância da família, como estrutura de relevo na formação da educação infantil, mas não só, porque importa frisar o valor da união, assente no amor, no respeito, na compreensão mútua, na aceitação do outro tal como ele é, com as suas virtudes e defeitos. Das famílias, deve transparecer o testemunho da harmonia, da felicidade, do bem partilhado com os outros, sobretudo com os mais frágeis da sociedade. Na minha opinião, o agregado familiar precisa de contagiar o mundo em seu redor com o seu exemplo, sempre pela positiva, para a certeza de que o amor, vivido com verdade, torne o mundo mais fraterno.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Nova ponte da Gafanha da Nazaré foi inaugura há 58 anos

Efeméride: 14 de maio de 1961 



«No dia 14 de maio de 1961 foi inaugurada a nova ponte da Gafanha sobre o canal da ria chamado do Boco, a qual aí liga o concelho de Aveiro ao de Ílhavo»

“Calendário Histórico de Aveiro”
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Nota: A mesma ponte da Cale da Vila, Gafanha da Nazaré, ruiu no dia 29 de novembro de 1994.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Ares de primavera em dia de verão


Figueira da Foz - Ensaio


Frei Bento Domingues O.P. - Um dominicano português no Peru

Bento Domingues

1. Para os dominicanos, o mundo é a cela e o oceano o claustro. Frei Henrique Urbano pertencia a essa nova era da vida religiosa
Tenho uma grande dívida em relação a frei Henrique Urbano. Já fiz, neste jornal, breves referências a esta figura extraordinária, mas sempre com a ideia de lhe dedicar uma crónica [1]. Nasceu em Portugal, em Fermentelos, a 27 de Setembro de 1938. Frequentámos juntos, alguns anos, a Escola Apostólica de Aldeia Nova e o Studium Sedes Sapientiae, em Fátima, nos anos 50 do século passado. Era músico, poeta e apaixonado pelas Ciências Humanas.
Em Montreal (Canadá), fez um mestrado sobre as relações entre Sociologia e Teologia Pastoral. Ainda antes do doutoramento, já tinha entrado, a tempo inteiro, no Departamento de Sociologia da Universidade de Lavai, onde ensinou até à sua jubilação, a 30 de Maio de 1999. Doutorou-se nessa universidade em Sociologia, com uma tese sobre Mythes etutopies, no mundo inca.
Além do trabalho na universidade e de acordo com ela, foi-lhe possibilitada uma carreira paralela, na América Latina. Com outros dominicanos que tinham sido meus colegas em Toulouse, durante um trimestre de cada ano e nos anos sabáticos, trabalhou na fundação e no desenvolvimento do Centro de Estúdios Regionales Andinos "Bartolomé de Las Casas", em Cuzco (Peru), com apoio financeiro de várias organizações canadianas. Dirigiu, durante vários anos, a revista Allpanchis sobre questões sociológicas e antropológicas andinas e fundou a Revista Andina, com colaboração internacional, considerada então como a melhor revista de estudos neste domínio. Promoveu os estudos latino-americanos na Universidade Lavai, dirigiu várias teses de mestrado e de doutoramento e organizou colóquios no Canadá e outros países. Coordenou intercâmbios entre a Universidade Lavai e diversas instituições da América Latina durante vários anos.

domingo, 12 de maio de 2019

Visita rápida à Vila de São Pedro - Figueira da Foz






Depois de um outro destino, de que falarei um dia destes, se Deus quiser, fomos à Vila de São Pedro, no dia 8, na Figueira da Foz, para ver o mesmo mar de outro ângulo. Frio cortante explicava a ausência quase total de visitantes na zona da praia. Apenas uns carros foram chegando e logo partiram de  abalada, que o tempo, realmente, não convidava. Ousámos sair, apreciar o mar agitado, fotografar motivos escultóricos e desandar, que no abrigo é que se estava bem. Teremos de voltar lá para o verão. 

Delegação da Junta de Freguesia na Praia da Barra

Desde 12 de abril, sexta-feira, os serviços prestados pela Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré e pelos Correios de Portugal, na delegação da Praia da Barra, terão um novo espaço de atendimento ao público.
Esta situação não implica qualquer alteração ao tipo de serviços disponibilizados à população, nem ao local onde os mesmos estão localizados, havendo apenas uma mudança do espaço físico no edifício. Os horários de atendimento são os mesmos praticados atualmente (das 14.00 às 18.00 horas).
Fonte: Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré

Anselmo Borges: Papa Francisco, herético?

Anselmo Borges

«Alguém de boa-fé pode negar que Francisco se tem oposto permanente e veementemente ao aborto? Simplesmente, é necessário atender às pessoas e aos seus dramas. E a Igreja deve acolher e não excluir nem oprimir quem já sofre de mais. Por isso, Francisco concedeu a todos os padres o que antes estava reservado aos bispos: na confissão, o poder de absolver também esse pecado.»

1. Numa longa carta aberta de 20 páginas, publicada no LifeSiteNews em tempo de Páscoa, mais concretamente no dia 30 de Abril passado, um grupo de académicos, teólogos e padres católicos dirige-se ao colégio dos bispos da Igreja Católica invocando duas razões: acusar o Papa Francisco do "delito canónico de heresia" e requerer que os bispos façam o que é preciso para que ele renuncie publicamente a essas heresias ou se lhe aplique o estabelecido canonicamente, incluindo a remoção do cargo papal. E os bispos têm o dever de agir porque "a acumulação de danos causados pelas palavras e actos do Papa Francisco ao longo de anos foi causa de uma das piores crises da história da Igreja Católica."

2. Quais são essas heresias por palavras e actos?
Em síntese, Francisco é acusado de aceitar que católicos divorciados e recasados civilmente possam ser admitidos, em certas circunstâncias, à comunhão; acusado de não se opor de forma mais contundente ao aborto; acusado de, no diálogo ecuménico com os luteranos, manifestar acordo com Lutero em alguns pontos; acusado de acolher os LGBT; acusado de afirmar que a diversidade de religiões não só é permitida por Deus, mas querida; acusado de ter dado cobertura e mesmo ter promovido personalidades que também dão cobertura a estas heresias, aceitam a moralidade de actos homossexuais e/ou praticaram ou encobriram abusos sexuais de menores...
Como exemplo de quem, em vez de ser condenado, foi promovido aparece o arcebispo José Tolentino de Mendonça. Com estas palavras: "Em 2013, Mendonça louvou a teologia da irmã Teresa Forcades, que defende a moralidade de actos homossexuais, declara que o aborto é um direito e que afirmou que 'Jesus de Nazaré não codificou nem estabeleceu regras'. Francisco fê-lo arcebispo e chefe dos Arquivos Secretos do Vaticano. E também o escolheu para pregar o retiro quaresmal a ele e à Cúria em 2018."
Outro exemplo: O cardeal Maradiaga, para lá de outras heresias, afirmou que "dentro do Povo de Deus, não há uma classificação dual dos cristãos - laicado e clero, essencialmente diferentes - e que, para se falar correctamente, não se deveria falar de clero e laicado, mas de comunidade e ministérios (serviços)."

sábado, 11 de maio de 2019

Festa de Santa Joana - Padroeira da cidade e diocese de Aveiro


A solenidade de Santa Joana Princesa, padroeira da diocese de Aveiro, tem lugar no próximo dia 12, domingo.
As festividades iniciam-se às 11h00, na igreja do Convento de Jesus, onde terá lugar a investidura e compromissos de membros da Irmandade. Da parte da tarde, pelas 16h00, está marcada a procissão que sairá da Sé e percorrerá algumas ruas da cidade retomando para celebração da Eucaristia.


Ver horário na  Diocese de Aveiro

GEGN vai continuar a apostar no rigor das nossas tradições

José Manuel no seu gabinete na Casa da Música

Em Dezembro, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) elegeu, para o biénio de 2018/2020, os novos corpos sociais, ficando a presidir à direção José Manuel da Cunha Pereira, que vem dos tempos da fundação. Substitui no cargo Alfredo Ferreira da Silva que liderou o Etnográfico durante 36 anos, com mérito reconhecido. 
Como é sobejamente sabido, o Etnográfico surgiu no seio da Catequese Paroquial, tendo como data de nascimento o dia 1 de setembro de 1983 e desde essa altura o atual presidente manteve uma intervenção ativa. O gosto pela etnografia, «de que não percebia nada”, como nos garantiu, começou precisamente aí. 
O Zé Manuel, como é mais conhecido, veio para a nossa terra com 14 anos e logo se envolveu nas atividades da Igreja Católica. Daí a sua integração na Catequese, participando, com muito afinco, nas diversas ações, nomeadamente nos espetáculos. 
Não sendo um especialista em tarefas de investigação, que não é muito a sua área, assumiu ajudar no que fosse possível, colaborando em tudo o que o grupo programava e levava a efeito. Como não podia deixar de ser, começou a participar em vários festivais de folclore, “onde aprendeu muito, em especial na forma como os grupos e ranchos se apresentavam e organizavam os seus festivais”. E depois, como é natural, procurou incutir no grupo a aposta “de fazer mais e melhor”. Referia-se, concretamente, ao acolhimento, aos almoços ou jantares, aos convívios e ao conjunto de tarefas que uma festa etnográfica exige. 
O gosto acicatou-lhe o desejo de contribuir para que o GEGN respeitasse a tradição que os nossos avoengos nos legaram, quer nas músicas e cantares, quer nas danças e trajes. Contudo, frisou que o Etnográfico da nossa terra respeita os conselhos, observações e propostas dos técnicos da Federação do Folclore Português, no sentido de melhorar a qualidade da instituição. 
Sobre a renovação dos diversos setores, Zé Manuel reconheceu a importância da entrada dos jovens, porque é preciso treinar, criar interesse, passar a gostar da etnografia, raiz da cultura de qualquer povo. Os jovens vêm de famílias dos atuais membros e amigos, de músicos, cantadores e dançarinos; outros são convidados. Porém, nem todos se adaptam por falta de tempo, já que muitos estudam e trabalham. Os ensaios são da responsabilidade de José Augusto Rocha. 
Entretanto, o novo presidente da direção adiantou que o grupo pretende atrair mais visitantes à Casa Gafanhoa, que já passou a estar aberta ao público, para já, às quartas-feiras, das 14 às 17 horas, graças à disponibilidade dos seus membros. Nessa linha, as escolas vão ser convidadas a visitar a Casa Gafanhoa, num esforço de lembrar aos jovens um pouco da vida dos nossos antepassados. E referiu estar convencido de que a Câmara Municipal de Ílhavo vai colaborar em obras de melhoramentos, no respeito pela história da casa, com data dos princípios do século XX. 
Zé Manuel fez questão de lembrar que o Etnográfico vai continuar a apostar no Cantar ao Menino, no Cantar das Almas, na participação do Festival do Bacalhau e nos dois festivais que anualmente oferece às populações: o mais antigo, que tem lugar marcado no Jardim 31 de Agosto, e o da festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com a procissão pela ria, sendo o GEGN o líder da organização. 

Fernando Martins

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue

Arquivo do blogue