|
Solar dos Malafaias |
|
Na Pedra da Escrita com filhos e amigos, há anos |
|
Os meus filhos no tanque-piscina, à espera da água que não tardou |
|
Eu e a Lita na última visita |
|
A piscina com água, que nunca falta, no recente dia da visita |
|
A Lita com o Pedro, nosso filho, junto à casa do Guarda Florestal |
|
Presidente da Junta |
Foi com mágoa que há tempos os meus olhos contemplaram a desolação que encontrámos em Serrazes, concretamente no espaço do antigo Parque de Campismo. Notámos, então, que o parque já não correspondia à beleza que há décadas nos atraiu, proporcionando a toda a família o usufruto da natureza verdejante, do sossego tranquilizante e da paisagem virgem. Mas ainda do contacto afável com as gentes, da descoberta da Pedra da Escrita, da visita que pudemos fazer ao solar dos Malafaias, da descobertas das aldeias e vilas circundantes e do conhecimento daquele recanto da etnografia da região de Lafões. Foi muito bom…
Na recente visita, pudemos confirmar que o fogo havia atingido de morte aquele recanto, com sinais evidentes da sua passagem destruidora. Contudo, percebemos que andavam obras em curso. Limpeza e plantação de árvores davam sinais de ressurreição, própria da primavera. O que se pretendia?
Contactámos o presidente da Junta de Freguesia de Serrazes, Armando Pereira, que ficou agradado pelo nosso interesse. E disse: “Infelizmente essa área veio a ser totalmente destruída nos incêndios que decorreram nos dias 15 e 16 de outubro de 2017, assim como toda a área florestal envolvente, bem como quase a totalidade da área da freguesia, onde arderam, além da floresta, casas, barracões e propriedades agrícolas.”
Valorizando o apoio que a Junta tem recebido do Estado, Câmara Municipal de São Pedro do Sul e entidades privadas, informa que tem sido possível “virar a página da tragédia”. Nessa linha, a autarquia de Serrazes ”tem vindo a recuperar o antigo Parque de Campismo, partindo quase do nada”, tendo já procedido à limpeza total, plantando “mais de 500 árvores folhosas, autóctones e exóticas”, que já dão sinais de vida.
Armando Pereira garante que daqui a alguns anos, “aquele espaço volte a ser um local aprazível, talvez não como Parque de Campismo, mas, provavelmente, como Parque de Merendas e Caravanismo”.
Será que ainda estarei a tempo, nessa altura, de poder refazer a imagem daquele rincão de ares puros da paisagem onde fui tão feliz com a família?
Fernando Martins