Segundo a Agência Ecclesia, o Papa Francisco alertou hoje no Vaticano para a “hipocrisia” que ataca a Igreja, de dentro e de fora, por causa dos que se escandalizam com o perdão e a misericórdia de Deus.
Realmente, nunca pensei chegar a viver na Igreja a que sempre pertenci uma situação como esta, com denúncia de crimes hediondos levados a cabo por clérigos a vários níveis, muitos deles próximos da cátedra de Pedro. Mas também me choca, profundamente, o silêncio (cúmplice, envergonhado ou comprometido?) de tantos servidores do Povo de Deus, notório no mundo.
Conforme pode ser comprovado na crónica de Frei Bento Domingues, que publico semanalmente há vários anos, o primeiro bispo português a declarar apoio incondicional ao Papa Francisco foi, precisamente, o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro. Diz Frei Bento: «Em Portugal, mas não só, era estranha a atitude de distância de padres e bispos em relação ao Papa caluniado. Era o cisma do silêncio, de surdos e mudos. De repente, a partir do comunicado exemplar do bispo de Aveiro, António Manuel Moiteiro Ramos, incentivando toda a diocese a um apoio explícito ao papa Francisco, assim como várias cartas de leigos à própria Conferência Episcopal, esta sentiu que não podia continuar alheia à calúnia. Tarde, mas lá cumpriu o seu dever.»
Desde muito novo, aprendi que o cristão deve orientar-se pelas leis do amor fraterno e solidário em prol de quem mais sofre, mas ainda da verdade, da justiça e da paz. Nunca admiti que a covardia fosse apanágio de qualquer crente.
Fernando Martins
Realmente, nunca pensei chegar a viver na Igreja a que sempre pertenci uma situação como esta, com denúncia de crimes hediondos levados a cabo por clérigos a vários níveis, muitos deles próximos da cátedra de Pedro. Mas também me choca, profundamente, o silêncio (cúmplice, envergonhado ou comprometido?) de tantos servidores do Povo de Deus, notório no mundo.
Conforme pode ser comprovado na crónica de Frei Bento Domingues, que publico semanalmente há vários anos, o primeiro bispo português a declarar apoio incondicional ao Papa Francisco foi, precisamente, o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro. Diz Frei Bento: «Em Portugal, mas não só, era estranha a atitude de distância de padres e bispos em relação ao Papa caluniado. Era o cisma do silêncio, de surdos e mudos. De repente, a partir do comunicado exemplar do bispo de Aveiro, António Manuel Moiteiro Ramos, incentivando toda a diocese a um apoio explícito ao papa Francisco, assim como várias cartas de leigos à própria Conferência Episcopal, esta sentiu que não podia continuar alheia à calúnia. Tarde, mas lá cumpriu o seu dever.»
Desde muito novo, aprendi que o cristão deve orientar-se pelas leis do amor fraterno e solidário em prol de quem mais sofre, mas ainda da verdade, da justiça e da paz. Nunca admiti que a covardia fosse apanágio de qualquer crente.
Fernando Martins