Há livros muito curiosos. Um deles — HISTÓRIA DE PORTUGAL em Disparates — estava perdido no sótão e caiu-me nas mãos, nem sei porquê. Quis o destino libertar-me de alguma lassidão provocada pelo Covid-19, que já expulsei da minha vida. Para já, que nunca saberemos quando surgirá outro vírus que nos dê cabo da cabeça.
À data em que o comprei já ia na 8.ª edição, no ano da publicação – 1988. Como facilmente se deduz, trata-se de uma compilação de disparates oriundos de alunos fracos. Diz o autor que os erros ortográficos foram banidos deste livro, “caso contrário torná-lo-iam ilegível”.
A título de exemplo, aqui ficam alguns disparates:
«Os Árabes eram originários de Roma, na Visigódia, e deram origem a muitas palavras para o dicionário. Aliás, o vestígio mais notável por eles deixado foi a sua própria língua — o latim.»
«Eis alguns contributos trazidos pelos Mouros, nos seguintes domínios:
Na língua portuguesa: Futebol, Pai, Lisboa, Hoje, Praia, Amanhã, Amigos, Armando, Amor, Português, Intaliano, Espanhol, Deixavam e Circulavam.
Nas técnicas agrícolas: Trouxeram o boi para lavrar o campo e a enxada. Introduziram a areia e carros que funcionavam a gasolina.
E mais:
D. Pedro I não sabia se tinha casado e matou o seu próprio pai.
D. Fernando, em 1183, publica a Lei das Sesmarias para que os desempregados ou vadios mandassem lavrar as terras.
Foi no reinado de D. Fernando que a peste negra atacou os Castelhanos por mar e por terra.
E sobre o 25 de Abril:
Foi o soldado português que se revoltou contra a república.
Os cidadão queriam ter direitos e não lhos davam: foi o 25 de Abril que lhos deu. Os cidadão queriam que houvessem muitos partidos, queriam falar mal dos partidos, queriam que os jornais falassem mal e que a televisão desse coisas sobre eles.
E por hoje é tudo.
Bom fim de semana com alegria