Tiago Pitta e Cunha escreveu um livrinho de 129 páginas para a coleção “Ensaios da Fundação”, que tem por título “Portugal e o Mar – À Redescoberta da Geografia”. Aquela coleção da Fundação Francisco Manuel dos Santos tem por objetivos dar a “conhecer Portugal, pensar o país e contribuir para a identificação e resolução dos problemas nacionais, assim como promover o debate público”.
Não é um livro que nos leve a desanimar na hora da leitura, até porque a nossa ligação ao mar corre-nos nas veias e a maresia permanentemente nos envolve.
Há neste ensaio temas que nos despertam para a importância do mar na vida dos portugueses, em particular, e da humanidade, em geral. Foi por ele que os portugueses deram novos mundos ao mundo, através das políticas dos descobrimentos de que tanto nos orgulhamos.
“A ligação imemorial de Portugal e da Europa ao mar” é o título da introdução que nos abre as portas de uma leitura agradável sobre o percurso do nosso país durante todas as suas fases históricas, na certeza de que o futuro continuará a passar, inevitavelmente, pelos oceanos.
O autor reconhece que Portugal tem vindo a dar alguns passos, no sentido de se juntar a países, como a Austrália ou o Canadá, «que nos finais da década de noventa adotaram medidas inovadoras, lançando as primeiras políticas nacionais integradas para os oceanos».
F. M.