Hoje, 12 de maio, é a festa em honra de Santa Joana
Princesa, padroeira da Cidade e Diocese de Aveiro, a que costuma aderir, com
devoção, o povo, ligando-se à Câmara Municipal e à Diocese.
É um dia cheio a que gosto de me associar, tocado decerto pela espontaneidade
dos aveirenses que muito me sensibiliza. Há cerimónias cívicas na Câmara e
religiosas na sé, culminando o dia dedicado à nossa padroeira com a procissão
vistosa, participada e muito bem organizada pela Irmandade de Santa Joana, de
colaboração com a paróquia da Glória e demais entidades.
Tanto quanto sei, Santa Joana, a princesa que trocou Lisboa
por Aveiro, onde se acolheu para exercitar a sua humildade, longe dos salamaleques
da corte e das honras de grandes conventos, marcou a sua presença entre nós
pela reflexão, pela oração e pelo cuidado dos pobres, em época de doenças que a
insalubridade da laguna provocava. E tanto bastou para que o estar próximo do
povo a tenha levado às honras dos altares, passando, natural e primeiramente, pelos
tronos que existem nos corações das gentes de Aveiro. Não é por acaso, por
isso, que há pela Santa Princesa tanta
devoção por parte dos crentes e tanta estima e respeito dos não crentes.